Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

sexta-feira, julho 31, 2009

“Outsourcing And Public Sector Efficiency: How Effective Is Outsourcing In Dealing With Impure Public Goods? ”

“The debate on new public management, together with the shortage of public funds, has had a considerable impact on public administration. Accordingly, many governments have searched positive impacts on the efficiency, equity and quality provision of public services through increasing competition and active participation of the private sector, considering outsourcing as the appropriate instrument to attain such endeavor. However, private involvement in public services provision is controversial. While, on the one hand it is touted as a way to increase efficiency and accountability by turning over choices to individuals in the market place, on the other hand, some argue that it has the potential to produce considerable fraud and corruption if managerial control by the public sector is weak. So, given this context, we aim to assess the private involvement in public services in efficiency terms, putting aside ideological considerations. So, after the introduction, we present a definition of public goods and we characterize their different types, with particular emphasis on “impure” public goods. Section 3, focuses on market failures together with equity considerations as the main reasons that configure the role of the public sector in providing impure public goods, as well as on the possibility of government failures. Section 4 deals with the benefits and costs of outsourcing in the public sector. Section 5 describes the most frequent forms of private sector involvement in the provision of impure public goods, as well as the advantages and disadvantages of the different options. Section 6 carries out some comments on the need for regulation. Finally, section 7 concludes.”

Argentino Pessoa (Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Portugal)

Date: 2009-07
Keywords: Contracting out, impure public goods, market/government failures, private sector involvement, public sector
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:por:fepwps:329&r=pbe


(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, julho 30, 2009

Portuguese Journal of Marketing

«PORTUGUESE JOURNAL OF MARKETING number 24 is now available on rpmonline - http://www.rpm.pt/

This new number presents the following papers:
1. Relationship Marketing: concepts and Challenges.
2. The Potention of Relational Marketing in Portuguese Companies.
3. The Roots of Impulse Versus Planned Purchase Tendency in Consumer´s Personality.
4. Adaptive Selling and Successful Salesforce .
5. Gender Materialism in Portugal
6. New Trends in Tourism: Solidarity Travels.

Enjoy our free subscribing on www.rpm.pt/assinar.aspx»
*
(reprodução de mensagem de correio electrónico recebida em 2009/07/29, proveniente da entidade identificada)

quarta-feira, julho 29, 2009

When defeat comes …

"When defeat comes, accept it as a signal that your plans are not sound, rebuild those plans, and set sail once more toward your coveted goal."

Napoleon Hill

(citação extraída de SBANC Newsletter, July 28, Issue 578- 2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

sexta-feira, julho 24, 2009

"Estes economistas para quê?"

*
(título de mensagem, datada de Quarta-feira, 22 de Julho de 2009, disponível em Ladrões de Bicicletas)

terça-feira, julho 21, 2009

segunda-feira, julho 13, 2009

O défice comercial português

Os números são mais complexos do que parecem...

(título de mensagem, datada de Quinta-feira, 9 de Julho de 2009, disponível em Ladrões de Bicicletas)

sexta-feira, julho 10, 2009

Índice de Desenvolvimento Regional: a posição de Leiria

1. No final do mês de Maio pp. o INE (Instituto Nacional de Estatística) e o DPP (Departamento de Prospectiva e Planeamento do MAOTDR) apresentaram em Lisboa o seu “Índice Sintético de Desenvolvimento Regional” (ISDR) reportado aos anos de 2004 e de 2006. As unidades de análise retidas foram as NUTs III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos de nível III), resultando daí um retrato da situação do país em matéria de desenvolvimento regional bastante desagregado e elucidativo das diferenças existentes. Tal análise retrata de forma muito mais fidedigna a realidade socioeconómica de cada município que diagnósticos que procuram atingir esse objectivo partindo da posição do país ou de unidades estatísticas de nível II, espaços genericamente coincidentes com as áreas de intervenção das CCDRs (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional).
2. Leiria integra-se na NUT III denominada Pinhal Litoral e, para minha surpresa, este território era o que, no ano de 2006, apresentava melhor desempenho no índice identificado logo a seguir a Lisboa e à frente do Baixo Vouga (Aveiro). Para o referido ano, reduziam-se a 4 as NUTs III que apresentavam um ISDR superior à média do país. Como se entenderá, esta média é fortemente condicionada pelos resultados de Lisboa. A outra NUT III que integrava este “pelotão da frente” era a Beira Interior Sul, porventura uma situação ainda mais surpreendente se tivermos em conta a sua posição geográfica no interior do país, junto à fronteira. Neste caso, os dados só muito ligeiramente a distinguiam da média nacional. Por contrapartida, na base da escala encontravam-se o Tâmega, em último lugar, logo seguido pelos Açores, pelo Alto Trás-os-Montes e pelo Douro.
3. O ISDR foi construído a partir da consideração de 3 componentes; a saber: a competitividade, aproximada por uma carteira de indicadores que supostamente contribuem para ela ou a retratam; a coesão territorial, construída de idêntico modo; e a qualidade ambiental, que tenta captar a qualidade do crescimento urbano, a produção de resíduos diversos, a qualidade da água disponível para consumo humano, entre outros indicadores ambientais. Destes índices parciais, aquele em que o Pinhal Litoral aparece melhor classificado é o da coesão, onde surge na 3ª posição, e no que regista pior desempenho, talvez esperado, é o da qualidade ambiental, onde não vai além da 21ª posição entre as 30 unidades de análise retidas. Não sendo brilhante, na componente competitividade situa-se numa posição relativa melhor, a 10ª. Esta posição, até por configurar um desempenho abaixo da média nacional, denuncia alguns dos problemas com que se confronta o seu tecido produtivo. Mais uma vez, este dado é em grande medida marcado pelo desempenho de Lisboa, que se distingue de forma bem evidente do restante país. Disso fala o crescimento que a Área Metropolitana de Lisboa beneficiou no período pós-adesão à Comunidade Europeia, que a levou a ter tratamento diferenciado das restantes parcelas do território nacional em matéria de acesso a fundos estruturais já no QCA III.
4. Estes índices são medidas relativas; valem o que valem. A carteira de indicadores usada é uma peça essencial da qualidade do índice. Sendo um dado relativo, permite no entanto que nos situemos por referência aos demais e, a partir dessa comparação, inferir algumas das dimensões do que são os nossos pontes fortes e fracos, e partir daí para a definição de trajectórias de correcção de debilidades.
5. O bom desempenho global apresentado pelo Pinhal de Litoral, e, portanto, de Leiria, definida num sentido alargado, pode fazer-nos pensar que pouco há que corrigir. Não mantenho essa perspectiva, conhecido que é o mau desempenho global do país ao longo da presente década. Sabidos que são os défices existentes de concertação estratégica e de liderança, para os quais tenho chamado a atenção em variadas ocasiões, os dados do ISDR aqui reportados dizem-nos, pelo menos, que a prestação de Leiria e do território envolvente podiam ser significativamente melhores se tais lacunas fossem olhadas de outro maneira. Quero dizer, longe de olharmos com regozijo para os dados que o Pinhal Litoral apresenta neste índice, importaria que tomássemos consciência do potencial de oportunidade que, neste território, tem ficado por aproveitar em razão da incapacidade que tem persistido de pensar colectivamente a respectiva estratégia e de prosseguir caminhos concertados entre os seus principais actores económicos e políticos.
J. Cadima Ribeiro
*
(artigo de opinião publicado na edição de 09/07/09 do Jornal de Leiria)

quarta-feira, julho 08, 2009

terça-feira, julho 07, 2009

“Paying for the liberal state: the rise of public finance in nineteenth century Europe”

“Public finance is a major feature of the development of modern European societies, and it is at the heart of the definition of the nature of political regimes. Public finance is also a most relevant issue in the understanding of the constraints and possibilities of economic development. This paper is about the rise and development of taxation systems, expenditure programs, and dept regimes in Europe from the early nineteenth century to the beginning of World War I. Its main purpose is to describe and explain the process by which financial resources were raised and managed. We analyse nine countries or empires that are considered highly representative of the widest European experience on the matter and discuss whether there are any common patterns in the way the different European states responded to the need for raising additional resources to pay for the new tasks they were performing.”

José Luis Cardoso
Pedro Lains

Date: 2009-06
Keywords: Nineteenth Century Europe, Governments, Public finances, Taxation,
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:cte:whrepe:wp09-03&r=pbe

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, julho 02, 2009

O Litoral e o Interior

Jornal de Leiria
Resposta às questões colocadas pela jornalista Mª Anabela Silva, em 09/06/30
1 - Se entre o Litoral e a fronteira são pouco mais de 100 quilómetros, porque é que há uma diferença tão acentuada entre o Litoral e o Interior?
R: Em termos remotos, a rarefacção de populações nas zonas raianas (raia seca, sobretudo), foi um dos resultados da conflitualidade histórica existente entre o Reino de Portugal e o de Castela e Leão. Viver de costas voltadas era criar uma barreira em matéria de povoamento, dotação de infra-estruturas e de oportunidades de emprego e de desenvolvimento desses territórios.
Mais tarde, em função da orientação para o mar do país, da respectiva abertura económica ao exterior tomando o mar como principal canal comercial e de relação, esse efeito tendeu a aprofundar-se. Mais recentemente, a dotação de infra-estruturas e serviços, a criação de emprego público e privado, uma política suportada na ideia da concentração de esforços nas zonas em que supostamente mais proveito se poderia retirar dos investimentos a fazer, por força das economias externas e de escala existentes, ditou em grande medida a situação a que chegámos.
A lógica política também ajudou: investe-se onde há votantes na esperança de que estes retribuam a “atenção” dos governos. Quem não tem poder eleitoral não conta. O círculo vicioso da pobreza e da desertificação do “interior” vai-se auto-alimentando. Um exemplo bem vivo desta lógica de fazer política foi o encerramento de maternidades e de outros serviços de saúde em diversas regiões do país: encerraram-se serviços com o argumento do insuficiente número de utentes; uma vez encerrados estes e outros serviços, restará às populações abandonadas à sua sorte procurarem esses mesmos serviços nos principais centros urbanos do litoral.

2 - O que pode ser feito para esbater as diferenças entre o Interior e o Litoral?
Uma coisa básica que se pode fazer é assumir o princípio da solidariedade interterritorial, isto é, à semelhança do que os países da União Europeia fazem para com os países economicamente mais frágeis da União, transferir recursos e apoios ao desenvolvimento para estas regiões. Isso faz-se, por exemplo, invertendo a lógica de desqualificação dos serviços e infra-estruturas destes territórios. Faz-se, também e sobretudo, através do reforço da dotação de serviços e da atractividade de alguns centros urbanos do interior, estrategicamente posicionados. Faz-se, por outro lado, olhando para os recursos e capacidades endógenas desses lugares e pensando o respectivo desenvolvimento a partir do aproveitamento desses recursos e competências, ao invés de olhar para eles como desertos ou lugares que, para se desenvolveram, só lhes resta imitar o modelo económico doutros lugares, no nosso caso, do litoral.

3 - Que mais-valias/vantagens poder ter o interior?
Como deixo dito, o interior tem recursos mais ou menos abundantes que podem ser aproveitados e valorizados em matéria de desenvolvimento, desde o património cultural (monumental e imaterial) aos espaços naturais, desde produtos agrícolas singulares aos recursos do subsolo. Nalguns casos, tem até tradição industrial e alguma capacidade financeira associada às remessas da emigração. É a partir daqui que se pode pensar o desenvolvimento. A política de cidades e uma infra-estruturação consequente farão outra parte.
Acresce que hoje em dia, quando a comunicação e o comércio tomam sobretudo o caminho do centro da Europa, estar no interior ou na fronteira não é um elemento penalizador. Pelo contrário, é uma oportunidade de acesso a mercados mais alargados que os locais/regionais, é a vantagem da vizinhança com populações/visitantes potenciais de “fora de portas”. É a oportunidade de ver valorizado em termos económicos territórios menos desordenados e mais preservados na sua autenticidade que outros que, em nome do desenvolvimento, se deixaram descaracterizar.

Évora, 30 de Junho de 2009

J. Cadima Ribeiro