Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

segunda-feira, setembro 05, 2011

Há espaço no país para mais do que produzir de forma sub-contratada bens de tecnologia básica

Alguns elementos das políticas agro-florestal e de cidades pressupostos numa estratégia de desenvolvimento do país têm implícitas dimensões de política industrial e de orientação a concretizar no que se refere a serviços a prestar às pessoas e às empresas. Funcionamento em rede, reunião de massas críticas, qualidade do serviço, apelo às referências locais e estímulo à criatividade são tudo instrumentos do processo de configuração de um tecido industrial mais coerente e mais competitivo.
Sabemos que, quando as condições de competência e de enquadramento financeiro e institucional estão reunidas, a iniciativa e a ousadia aparecem. Olhe-se para o desenvolvimento da indústria dos moldes, olhe-se para a progressão das indústrias das tecnologias de informação e comunicação em Portugal, considere-se a evolução que se vem registando em direcção a novos produtos nos têxteis e confecções (têxteis técnicos, têxteis funcionais) e perceber-se-á que há espaço no país para mais do que produzir de forma sub-contratada bens de tecnologia básica, visando mercados pouco exigentes.

J. Cadima Ribeiro

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