Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quarta-feira, dezembro 30, 2009

“Emigrateca portuguesa”

«Com votos de um feliz Ano Novo, damos-lhe a conhecer que se encontra disponível para consulta “on-line” (http://www.emigrateca.org/), a versão consolidada de 2009, da “Emigrateca portuguesa”.
No próximo ano iremos procurar alargar a sua dimensão inserindo outros textos, que por razões técnicas (devido à sua extensão), não foi ainda possível editar. Neste sentido, vimos convidá-lo a enviar novos contributos, contactos e sugestões de modo a tornar mais acessível este portal junto de investigadores, estudantes, associações e comunidades portuguesas. Bem haja.
[...]
Jorge Carvalho Arroteia»
*
(reprodução parcial de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

sábado, dezembro 26, 2009

A pobreza em Portugal

Nas sociedades actuais, e nomeadamente em Portugal, existe uma grande dificuldade em caracterizar devidamente o fenómeno pobreza. Isso acontece porque não há uma avaliação aprofundada das suas características, dos seus determinantes e um adequado seguimento da sua evolução ao longo do tempo, até pelos “embaraços” que tal situação gera junto dos poderes políticos.
Segundo dados do INE referentes ao ano 2007, são (eram) cerca de 18% os portugueses (1,9 milhões de pessoas) que vivem (viviam) ou estão (estavam) em risco de viver em situação de pobreza, sendo este um valor ligeiramente superior à média da União Europeia que, na mesma data, se situava nos 17%. Caso as transferências sociais e as pensões não existissem, a taxa de pobreza em Portugal chegaria aos 31% da população. Quer isto dizer que as transferências sociais (incluindo o rendimento social de inserção) afastaram cerca de 13% dos indivíduos residentes em Portugal do limiar da pobreza.
Na U.E., com pior situação que a portuguesa, encontravam-se a Roménia, Chipre, Itália, Espanha e Grécia.
Já agora, vale a pena assinalar que, entre 1997 e 2007, a taxa de pobreza em Portugal reduziu-se cerca de quatro pontos percentuais, passando de 22% para 18%, uma evolução que foi, obviamente, no bom sentido. Infelizmente, mesmo não havendo dados fiáveis, tudo indica que outro tanto não sucedeu no período mais recente.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, dezembro 21, 2009

“Inter-industry Wage Premia in Portugal: Evidence from EU-SILC data”

“In this paper we investigate whether inequality in the inter-industry wage premia may be explained by unobserved differences in workers’ educational skills. We use the 2007 EU-SILC data set for Portugal, a nation which can be considered a case-study, due to its high inter-industry wage dispersion. Applying both OLS and quantile regression techniques, our results suggest that this unobserved heterogeneity is not a relevant matter in the wage premia determination. We thus corroborate the previous empirical contribution to Economic Letters performed by Martins (2004).”

Biagetti, Marco
Scicchitano, Sérgio

Date: 2009-12-08
Keywords: Returns to education; inter-industry wage inequality; Quantile regression; Portugal.
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:pra:mprapa:19076&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, dezembro 18, 2009

"Portugal com ´grandes carências` na educação"

Notícia i
Portugal com "grandes carências" na educação - estudo:
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(agradeço a MJMatos a chamada de atenção para a notícia, na sua "entrada" de 16 de Dez., só agora lida, intitulada Revista de imprensa, disponível em Que Universidade ?)

quarta-feira, dezembro 16, 2009

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Eurasia Business and Economics Society (EBES) 2010 Conferences

«Dear Colleague,
We invite you to participate in the Eurasia Business and Economics Society (EBES) 2010 Conferences, which will bring together many distinguished researchers from all over the world. Participants will find a good opportunity for presenting new research, exchanging information and discussing current issues. Although we focus on Europe and Asia, all papers from major business and economics fields -theoretical or empirical - are highly encouraged.
EBES will have two conferences in 2010. The first conference will be held in Istanbul, Turkey on May 26-28, 2010. Submissions are now being accepted for the Istanbul conference. The deadline for the abstract submission for the Istanbul conference is January 31, 2010. The second conference of 2010 will be held in Athens, Greece on October 28-30, 2010. The deadline for abstract submission for the Athens conference is July 18, 2010.
We would also like to announce publication opportunities for qualified papers presented at the EBES Conferences. Qualified papers will be published in the special issues of the journal of Emerging Markets Finance and Trade (EMFT) and the Journal of Business Economics and Management (JBEM). Both journals are indexed in the Social Science Citation Index. On the other hand, all accepted abstracts will be published in the Conference Program and the Abstract Book with ISBN number.
For further details, please visit our website www.ebesweb.org
Hope to see you in one of our 2010 conferences.
Best regards,
Ender Demir
EBESConference Coordinator in Europe
(reprodução integral de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

domingo, dezembro 13, 2009

Qual das estratégias deverá o Governo privilegiar?

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(título de mensagem, datada de segunda-feira, 7 de Dezembro de 2009, disponível em Economia Portuguesa e Europeia)

quinta-feira, dezembro 10, 2009

The point to remember

"The point to remember about selling things is that, as well as creating atmosphere and excitement around your products, you've got to know what you're selling."

Stuart Wilde

(citação extraída de SBANC Newsletter, December 8, Issue 596 - 2009,

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Consequências da dívida externa Cabo-verdiana

Nos últimos 5 anos (2004-2008) a taxa média do crescimento do PIB de Cabo Verde foi de 6,44%, valor superior a média dos países da África Subsariana de rendimento médio, que foi de 4,66%. Contudo, sabemos que o nosso país apresenta escassos recursos naturais e nível de poupança interna muito baixa (média de 5% do PIB), pelo que, para sustentar parte deste crescimento, Cabo Verde teve que enveredar pelo caminho do crédito externo.
De forma a apreciar a delicadeza da situação, para avaliar o endividamento externo da economia Cabo-verdiana usámos a Posição de Investimento Internacional (PII), indicador que ocupa uma importância relevante nas tomadas de decisões económicas de qualquer país. A PII é uma medida estatística que apresenta o valor das disponibilidades (activos) e responsabilidades (passivos) financeiras externas de uma economia no final de um determinado período de tempo. A PII líquida representa a diferença entre o que uma economia possui e o que deve.
No nosso período em análise (2004-2008), a média da PII, negativa, em Cabo Verde, foi de 68,56% do PIB [correspondendo a uma média 72.383 milhões de Escudos de Cabo Verde (ECV)], tendo atingido 76,35% do PIB (equivalente a 99.522,8 milhões de ECV), em 2008. Este valor equivale a uma dívida de 200.000$00 (ECV) por cada cidadão. Porém, o recurso ao endividamento externo é perfeitamente explicado no caso de uma economia como a nossa, que apresenta parcos recursos naturais e financeiros, precisando, assim, de recorrer ao capital externo para financiar o investimento interno.
A média do saldo devedor do PII, durante o período em análise é explicada em grande parte pelo sector das sociedades não bancárias e particulares (onde adquire particular relevância o Investimento Directo Estrangeiro) e pelo sector público.
O Investimento Directo Estrangeiro, além de ter facultado avanços consideráveis a nível microeconómico, em sectores chaves, como tecnologia e capacidade produtiva, tem sido direccionado, em grande parte, para o sector imobiliário turístico, impulsionando assim o crescimento económico de Cabo Verde. As receitas do turismo apresentaram no período em análise uma taxa média de crescimento de 27 %, correspondendo a um peso médio no PIB de 17%.
O sector público, por sua vez, considerando o período 2004-2008, representou aproximadamente, em média, 73% da dívida acumulada, expressa em termos de percentagem do PIB. Esta dívida tem tido uma evolução decrescente, situando-se em 2008 em cerca de 60% do PIB. Sendo, a dívida pública interna, excluindo Títulos Consolidados de Mobilização Financeira, correspondeu, uma média de 26,6% do PIB, numa tendência decrescente, atingindo 19,3% do PIB, em 2008. E a dívida externa acumulada foi de aproximadamente 47% do PIB.
Os recursos externos têm financiado cerca de 90 % do investimento público, contribuindo assim para que este crescesse a uma média anual de 17%. Este investimento tem sido direccionado em grande parte para as funções económicas e sociais, como projectos de infra-estruturação no domínio dos transportes, modernização do sistema educativo, boa governação/reforma do Estado, saúde, redução da pobreza e conservação do ambiente.
Estes valores, apesar de aparentarem ser elevados, estão conformes com o acordo assinado com o FMI, no âmbito dos objectivos do Policy Support Instruments – PSI, que estabelecia como o limites de dívida pública externa a observar em Junho do 2009 cerca de 70% do PIB e da dívida pública interna valores próximos de 20% do PIB.
A dívida externa tem sido contratada, na sua maioria, por credores multilaterais, em condições muito vantajosas (taxas de juros médias de 1%, com períodos de carência entre 5 a 10 anos e prazo de maturidade de 20 anos).
Numa perspectiva económica, o Estado pode recorrer ao endividamento aumentado o consumo presente por contrapartida da redução do consumo futuro. E, se esperar um aumento considerável do rendimento futuro, a opção pelo endividamento é boa, uma vez que esses rendimentos gerados vão permitir fazer face aos encargos com as dívidas assumidas. Porém, o Estado deve aplicar estes recursos em projectos que permitam assegurar o seu reembolso, como, por exemplo, no aumento da capacidade produtiva, ou seja, em investimentos produtivos com taxas de rendibilidade superiores às exigidas pelos credores externos.
Em suma, e atendendo aos últimos relatórios do FMI produzidos no âmbito do PSI, datados de Junho e de Outubro de 2009, constatamos o seguinte: (i) o montante da dívida cabo-verdiana está dentro dos limites estabelecido pelo FMI, e apresenta uma tendência decrescente; (ii) o programa de investimento público do Governo foi avaliado como apropriado para eliminar os constrangimentos da infra-estruturação e assim aumentar o potencial de crescimento económico de longo prazo; (iii) apesar do decréscimo na taxa de crescimento do PIB devido à evolução negativa daqueles que têm sido os principais fundamentos do crescimento económico de Cabo Verde (Investimento Directo Estrangeiro; Turismo; e Remessas), motivada pela crise internacional, as autoridades nacionais continuam a demonstrar compromisso firme em matéria de adopção de políticas prudentes, o que se vem traduzindo na redução da dívida pública interna, na acumulação de reservas externas (4 meses de importação) e estabilização da dívida externa; (iv) Cabo Verde cumpriu os principais objectivos estabelecidos no âmbito do PSI, assinado em 2006.

(Coimbra, 01 de Dezembro de 2009)
João António F. Brito – Mestre em Economia.

Fontes dos dados: Relatórios anuais do Banco de Cabo Verde; FMI - Sexta revisão dos termos do PSI; e Regional Economic Outlook – Sub-Saharan Africa, Abril de 2008
[Publicado no Jornal ASEMANA, nº 910, de 04 de Dezembro de 2009]

sexta-feira, dezembro 04, 2009

"O combate ao ´chico-espertismo` tem de ser intensificado"

Conjuntura…(2)

(título de mensagem, datada de sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009, disponível em Economia Portuguesa e Europeia)

quinta-feira, dezembro 03, 2009

XX Jornadas Luso Espanholas de Gestão Científica | Call for Papers - Nova data

«Caras e caros investigadores,
Foi adiado o prazo de submissão de artigos para as XX Jornadas Luso-Espanholas de Gestão Científica.
A nova data é 9 de Dezembro. Apelamos à sua participação! Veja como fazer a sua submissão aqui.
Sob o tema «Novos desafios da gestão em contexto de incerteza», convidamos-vos a submeter os trabalhos de investigação às Jornadas Luso Espanholas de Gestão Científica.

Serão aceites para revisão, trabalhos de investigação aplicada, reflexão teórica e metodologias e experiências docentes. Todas as submissões serão sujeitas a um processo de dupla revisão anónima.
Os tópicos propostos para as jornadas são os seguintes: Docência: Metodologia e experiências docentes; Gestão e Organização de empresas (Empreendedorismo; Estratégia; Inovação; Internacionalização, Ética e Responsabilidade Social, …); Contabilidade e Finanças; Gestão de Recursos Humanos; Marketing, Logística e Distribuição; Sistemas de Informação.

Datas Importantes:
Prazo de apresentação das comunicações: 9 de Dezembro de 2009
Comunicação da Decisão de Aceitação: a partir de 20 de Dezembro 2009
Registo Antecipado: até 11 de Janeiro de 2010
Realização das Jornadas: 4 e 5 de Fevereiro de 2010»
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(reprodução integral de mensagem entretanto recebida, com a origem identificada)