Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

Mostrar mensagens com a etiqueta Investimento em Capital Humano. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Investimento em Capital Humano. Mostrar todas as mensagens

domingo, janeiro 20, 2013

“Eficiência e/ou coesão territorial: de que modo uma rede de Instituições de Ensino Superior pode contribuir para estes objectivos?”

«The existence of higher education institutions (HEIs), dispersed in different locations throughout the country, is probably one of the most striking features associated with the expansion of this level of education in Portugal in the last 40 years. This phenomenon is particularly relevant since the level of qualification of the Portuguese active population remains small. The presence of HEIs causes very diverse effects of economic and social nature, which should be addressed as a whole (over the whole period of their occurrence). In confronting objectives of economic rationality and improvement of the qualification of Portuguese population, particularly of young people, it is important to discuss the possibility of a network of HEIs, at the same time, efficient and promoting territorial cohesion. In 2006, the OECD has pointed to the decline in demand associated with, among other factors, a sharp demographic contraction, in conjunction with the existence of an excess in installed supply, particularly in certain areas, in this level of education. In this scenario, it is now added a context of strong public budget constraints. A discussion of the characteristics of a network of HEIs, in terms of their efficiency and/or their contribution to territorial cohesion must take into account the supply available from the network, as well as the locations of the network. It is clear that the design of a network of HEIs is always political. Nevertheless, this decision making should be based on assumptions of a technical nature. A discussion of these assumptions is the goal we want to achieve with this paper.

Rego, Conceição
Caleiro, António
Vieira, Carlos
Vieira, Isabel
Baltazar, Maria da Saudade

Date: 2013-01
Keywords: Territorial Cohesion; Efficiency; Higher Education Policy; Network of Higher Education Institutions.


(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Programa de Doutoramento/Doutorado em Economia

«Segue abaixo mensagem de divulgação do doutoramento em Economia tendo em vista potenciais candidatos brasileiros. Caso entenda oportuno, agradeço que encaminhe a mensagem para os seus contatos no Brasil.
                                                                                
Prezado Colega,

Na qualidade de diretora do Doutorado em Economia oferecido em parceria pela Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, venho lhe enviar informação sobre o programa. Se for possível, agradeço a divulgação desta mensagem entre os potenciais interessados, assim como a exposição do cartaz  em local visível para os estudantes.

O Doutorado em Economia visa proporcionar uma formação científica sólida e avançada em Ciências Econômicas que permita aos seus diplomados realizar pesquisa de alto nível em Economia e desempenhar funções de natureza profissional que envolvam análises econômicas rigorosas e exigentes.

A qualidade do programa encontra-se alicerçada num corpo docente formado em universidades americanas e europeias de prestígio, com pesquisa científica reconhecida internacionalmente através da publicação de um elevado número de artigos em revistas científicas. O Departamento de Economia da Universidade do Minho é um dos melhores de Portugal no que toca à pesquisa em Economia e a Escola de Economia e Gestão dispõe de excelentes condições de acolhimento. Para obter informações adicionais e consultar todas as publicações científicas produzidas por pesquisadores da EEG, sugiro a consulta da página do Gabinete de Apoio à Investigação.

A próxima edição do programa se inicia em setembro de 2013, decorrendo o 1º semestre na Universidade do Minho e o 2º na Universidade de Coimbra.

As candidaturas estão abertas em permanência, sendo o prazo médio de resposta de dois meses. Os interessados em iniciar o doutorado no mês de setembro de 2013 devem se candidatar até ao dia 10 de Julho.

Para mais informações consultar a web do doutorado ou enviar uma mensagem para PhD-econ@eeg.uminho.pt.

Grata pela colaboração,

Linda G. Veiga
Diretora do Doutorado em Economia
Escola de Economia e Gestão
Universidade do Minho
P-4710-057 Braga
Portugal
Tel: +351-253604568

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

terça-feira, novembro 27, 2012

"Portugal tem mais investigadores que a média europeia mas não os sabe aproveitar"

«Portugal tem mais cientistas "per capita" que a média da União Europeia, mas ainda não sabe aproveitar esta "capacidade de gerar conhecimento", considerou, esta segunda-feira, o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva.
"O país tem hoje um número de investigadores por cada 1000 habitantes ativos superior à média da UE. Falta fazer com que esta surpreendente capacidade de gerar conhecimento passe para a sociedade e influencie o seu futuro", afirmou Santos Silva na abertura da conferência Portugal em Mudança, que assinala o 50.º aniversário do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.
Santos Silva evocou a memória de Adérito Sedas Nunes, um dos fundadores do ICS, que"soube denunciar, num período de grande crescimento [económico] de 1969-73, o grande aumento das desigualdades, o crescimento sem sentido, a desertificação do interior".
O presidente da Fundação Gulbenkian afirmou que o Portugal contemporâneo continua a ter uma "ordenação do território caótica", com um litoral que "concentra ainda mais a população", enquanto o interior está "rasgado por autoestradas, muitas sem sentido"

(reprodução de notícia Jornal de Notícias online, de 2012-11-26)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, novembro 12, 2012

“ENTRExplorer - Serious Game for Immersive Entrepreneurs”: texto de divulgação junto da comunicação social

«Assunto: Jogo online e gratuito ensina cidadão comum a criar o seu próprio negócio!

Disponível em www.entrexplorer.com, o “ENTRExplorer - Serious Game for Immersive Entrepreneurs” é um jogo online e gratuito dedicado ao empreendedorismo que resulta de um projeto de I&D desenvolvido a nível europeu.

O objetivo principal foi criar e desenvolver um jogo realista, de acesso fácil e direcionado para a comunidade em geral, e para os jovens com idades entre os 15 e os 25 anos em particular. O jogo permite que (potenciais) empreendedores possam adquirir conhecimentos na área do empreendedorismo, construir o seu próprio Plano de Negócios, avaliar o seu Perfil de Empreendedor e simular uma ideia de negócio num ambiente virtual.

O “ENTRExplorer” visa assim estimular ideias inovadoras, contribuindo para a geração de riqueza na economia europeia. A competitividade empresarial, a inovação e o empreendedorismo são fatores-chave na fórmula do crescimento económico. Este “serious game”, apresenta vários cenários relacionados com o percurso que vai desde ideia de negócio até à criação da empresa, pondo em prática uma abordagem inovadora na utilização de métodos de educação/formação.

Os principais impactes esperados são, por um lado, a promoção da utilização de tecnologias inovadoras de elearning (jogos) para desenvolver competências e, por outro lado, o apoio a potenciais empresários na obtenção de conhecimentos e competências básicas para executarem os seus próprios negócios, aumentando o número de novas empresas em toda a Europa.

O consórcio responsável pelo desenvolvimento do projecto é liderado pelo Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho, em colaboração com o Spin-off EDIT VALUE® (Portugal), a Sketchpixel (Portugal) e três parceiros internacionais: Coventry & Warwickshire Chamber of Commerce (Reino Unido); Steirische Volkswirtschaftliche Gesellschaft (Áustria); e, Bulgarian Development Agency (Bulgária).

O lançamento oficial do jogo “ENTRExplorer” (cujo programa segue em anexo) terá lugar no dia 16 de Novembro, pelas 14h30, no Parque de Exposições de Braga, integrado na Start Point - Feira Internacional de Emprego e Empreendedorismo.

Nuno Pinto Bastos
Administrador EDIT VALUE
(Contacto: 918880033)»

domingo, agosto 19, 2012

terça-feira, agosto 14, 2012

“Um em cada cinco trabalhadores tem formação superior”

Notícia jornal Expresso
[Nunca tinha acontecido. Os trabalhadores licenciados já representam um quinto dos portugueses com emprego. E a taxa de desemprego é muito menor entre a população com cursos superiores.]
Ler mais: 

terça-feira, abril 10, 2012

"MSE: novo ´site`, subscrição de manifesto e agenda"

«COMUNICADO DE IMPRENSA
O Movimento Sem Emprego disponibiliza o seu novo site: http://www.movimentosememprego.info, sendo agora possível subscrever o seu Manifesto. O Manifesto do MSE conta já com mais de uma centena de assinaturas. Convida-se toda a população à sua divulgação e subscrição em
  http://www.movimentosememprego.info/content/manifesto-do-movimento-sem-emprego,
sendo importante o preenchimento do concelho para que assim seja possível a organização de acções conjuntas dos subscritores em função da sua área de residência.

Informação de Agenda
Este grupo de trabalhadores que alterna a sua condição entre o desemprego, o sub-emprego ou a precariedade, afirma estar empenhado na criação de um movimento para o combate político e para a defesa dos direitos deste sector social.

Unidos pelo Direito ao Trabalho e à Dignidade!
Para mais informações contactar:
Ana Rajado 967872436,
Ana Pacheco 965347923
mobilizar@movimentosememprego.info

Site: http://www.movimentosememprego.info
Página no Facebook: http://www.facebook.com/groups/movimentosememprego/
Twitter: https://twitter.com/MovSemEmprego»

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

segunda-feira, março 12, 2012

Como fazer um empreendedor? O papel dos valores sociais e sentimentos

As empresas de hoje procuram no mercado indivíduos capazes de criar empresas e desenvolver negócios, numa palavra, quem seja capaz de empreender. Este perfil tem associado as ideias de capacidade de empenho num projecto, de assumpção de responsabilidades e mesmo de correr riscos. Estas são as características que se associam à figura do “Empreendedor”, sendo que este toma muitas vezes decisões de forma intuitiva, isto é, sem que seja claro o resultado económico daí decorrente.
A tomada de decisão empresarial não é uma tarefa fácil. Tenha-se presente que mais de 70% das empresas criadas vão à falência nos três primeiros anos de vida. A empresa recém-formada confrontar-se-á com a ausência de um histórico de vendas e a falta de reconhecimento por parte do cliente. Está assim em desvantagem face às empresas implantadas no mercado. Resta-lhe, por isso, tirar partido dos poucos dados de que dispõe (conjuntura económica, vendas dos concorrentes). Nestas circunstâncias, o Empreendedor tem de agir de forma intuitiva, isto é, sem poder suportar-se em estudos robustos.
A importância da intuição está ligada à de percepção. Considere-se um “puzzle” onde tudo parece encaixar-se. Neste contexto, o Empreendedor é alguém que, descartando uma aproximação analítica, acaba por descobrir que, afinal, falta uma peça. Também pode ser colocado na posição de alguém que “pensa fora da caixa”.
A iniciativa empresarial suporta-se num certo quadro emocional, com expressão no sentimento de confiança e na crença de capacidade de sobreviver no mercado que informam a acção do Empreendedor. O caminho seguido por este reflecte os seus valores, sentido de responsabilidade, desejo de autonomia e nível de tolerância ao risco, e optimismo.
Estes valores e sentimentos influenciam de forma diferente cada grupo social. Na minha tese de Mestrado, supervisionada pelo Professor Pedro Pita Barros, conclui que, em Portugal, o Empreendedor é orientado para tomadas de decisão intuitivas quando a sua avaliação dos valores sociais e relações emocionais estão acima das presentes noutros grupos.
Isto liga-se com o porquê das empresas procurarem desenvolver uma identidade emocional e culturas próprias, o que as leva a fazer testes de personalidade aquando do recrutamento de colaboradores. Identificar que perfis se conectam melhor com os existentes é uma componente da estratégia das organizações. No caso daqueles sujeitos que escolhem trabalhar de forma independente, a sua acção é também influenciada pelo respectivo perfil emocional, o qual decorre da respectiva inserção social e características psico-sociais. Estes atributos condicioná-los-ão nas suas tomadas de decisão.
Daqui decorre que as instituições que apoiam os Empreendedores deverão ser capazes de lhes fornecer ferramentas apropriadas para o desenvolvimento dos seus negócios. A decisão intuitiva do Empreendedor, mediada pelos recursos de que possa dispor, funcionará melhor se for apoiada por informação que lhe permita posicionar-se melhor no mercado (sector de actividade, tipo de produto, faixa etária do cliente, etc.).
É também desejável que as instituições sociais, o estado e a população em geral sejam capazes de oferecer aos mais novos condições para que eles se sintam orgulhosos dos seus feitos e ambicionem chegar mais longe. Por outro lado, é necessário que sejam levados a não temer o fracasso e que sejam capazes de confiar nos outros (de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor, Portugal é dos países onde menos o Empreendedor cria relações de negócio com pessoas fora do seu circulo íntimo). No longo prazo, tanto o apoio das instituições como o da sociedade podem dar frutos em matéria de perfil emocional do Empreendedor.

José Pedro Cadima

sábado, fevereiro 11, 2012

“Rendimento Acadêmico, o que prediz (e o que não prediz): o caso dos alunos de Ciências Econômicas da UnB”

“The analysis was based in 240 questionnaires answered by students of economics at University of Brasília. Using them, it was tried to make a whole description of the characteristics of these alumni and, in a second moment, to estimate econometric models to identify the causes of academic outcome, measured by the Grade Point Average (GPA) of UnB. The models showed that the amount of study and the frequency in classes are fundamental. Although, it did not find relationship between the participation in the campus social life and GPA. As in previous surveys, women presented better grades than men. Quota students, however, had lower GPAs than others. Finally, when a logistic regression was estimated to determine the probability of a fail, the time spent studying had little significance, as long as, the number of absences and subjects were the most important variables.” 

 LIMA, Luis C. F. 

 Date: 2011-12 
 Keywords: Academic Outcome; Higher Education; Econometrics; OLS; MLE 

 (resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, novembro 04, 2011

“Is Mass Higher Education Working? An Update and a Reflection on the Sustainability of Higher Education Expansion in Portugal”

“The appeal of HE expansion has been particularly significant in the case of Portugal, whose levels of qualification of the labour force have been historically low. Over the last two decades the country has experience a massive expansion of its higher education system and the numbers of students enrolled and rates of enrolment have multiplied more than four times. This paper focus on the sustainability of this trend of higher education (HE) expansion in Portugal and attempts to update and rebalance a debate that is too often carried out exclusively from a supply-side perspective. The paper develops an empirical framework which incorporates the diversity of jobs currently carried out by university graduates and their changing skill requirements but that also provides a useful benchmark to refer to growing expectations mismatches among graduates. Using a new typology of graduate-level jobs and staff logs data collected annua lly by the Portuguese Government for private sector employees, the paper analyses the increasing dispersion of graduates’ relative earnings and relates this trend to the increasing diversification of their jobs. The paper also tests more directly the impact of over-education (relative to the graduate jobs’ current skill requirements) and finds that the relative penalty associated with this condition has increased during the 1995-2005 period. The paper then questions the extent to which Portugal can continue to be portrayed as a straightforward success story regarding the massification of HE and considers the implications regarding political and social support for continuing expansion in the system.”

Hugo Figueiredo (Department of Social, Political Sciences and Law, University of Aveiro CIPES – Centre for Research in Higher Education Policies)
Pedro Teixeira (Centre for Research in Higher Education Policies-CIPES)
Jill Rubery (Manchester Business School, The University of Manchester)

Date: 2011-09
Keywords: human capital; higher education massification; demand for graduates; over education; inequality

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quarta-feira, maio 25, 2011

“FUGA DE CÉREBROS” EM PORTUGAL?

O conceito de “fuga de cérebros” (em inglês brain circulation) (Johnson e Regets, 1998) foi introduzido para traduzir a seguinte perspectiva: indivíduos especializados e com elevadas qualificações circulam entre diferentes locais, incluindo o próprio país, adquirem novos conhecimentos e desenvolvem as suas competências, integram redes internacionais de conhecimento, em vez de se moverem para um local específico e aí se estabelecerem. A obtenção de formação pós-graduada é uma das principais motivações para a saída do país indicada pelos investigadores portugueses (Delicado, 2008). Outras razões facilmente identificadas são as melhores condições que estes investigadores encontram em centros de investigação no exterior.
O fenómeno da “fuga de cérebros” afecta com maior incidência os países menos desenvolvidos, onde a actividade científica ainda se encontra num estado embrionário, no entanto este fenómeno não é exclusivo dos países mais pobres. Países tecnologicamente avançados, como é o caso de muitos países europeus, também presenciam esta realidade porque tem-se verificado que, mais do que “fugirem”, os cérebros “circulam”, mantendo laços com diferentes locais e acumulando sucessivas experiências de mobilidade que muitas vezes implicam o retorno ao país de origem. Esta questão tem suscitado um menor número de estudos.
Olhando agora especificamente para o caso português, constata-se que devido a seculares constrangimentos económicos e políticos, Portugal tem ocupado uma posição semi-periférica dentro do sistema mundial da ciência, caracterizada, segundo Nunes e Gonçalves (2001), por escassos recursos financeiros, baixa produtividade, ténue internacionalização, resistência à inovação, deficiente organização e predomínio da importação de tecnologia criada no estrangeiro. Esta condição semi-periférica manifesta-se também nos fluxos de mobilidade dos investigadores, verificando-se que Portugal é sobretudo um país “de saída” (à semelhança dos países “periféricos”), mais do que “de entrada” (os países “centrais”), mas com assinaláveis taxas de retorno (o que o distingue dos países mais “periféricos”).
Nas últimas décadas, a saída de investigadores tem sido fortemente apoiada pelo governo português, mediante bolsas de doutoramento e pós-doutoramento no estrangeiro. Segundo dados estatísticos da Fundação para a Ciência e Tecnologia, entre 1994 e 2008 foram atribuídas 3815 bolsas de doutoramento e 691 bolsas de pós-doutoramento no estrangeiro, assim como 3046 bolsas de doutoramento e 973 bolsas de pós-doutoramento mistas (que prevêem uma temporada numa instituição fora do país).
Porém, há dois fenómenos nos fluxos de mobilidade que importa considerar. Por um lado, o equilíbrio entre formados no estrangeiro e em Portugal tem vindo a alterar-se, o que é visível tanto ao nível das bolsas de doutoramento (nos últimos anos as bolsas para estudar em Portugal aproximam-se dos dois terços das bolsas atribuídas) como nos doutoramentos realizados (desde o início da década que o peso dos doutoramentos realizados em Portugal ultrapassa os 80%)[1]. Por outro lado, há efectivamente uma tendência de regresso: 29% (3200) dos doutorados no sistema científico português obtiveram o doutoramento no estrangeiro[2] . A grande maioria de regressados tem sido absorvida pelo sector universitário público (que é o principal executor de I&D em Portugal, para além do mais prestigiado), seguindo-se o ensino superior privado (universitário e politécnico) e o ensino politécnico. Uma minoria integra-se em instituições primordialmente de investigação, empresas e hospitais. Perto de 2% encontra-se fora do sistema científico, com empregos no ensino não superior, na administração pública ou outras situações.
No caso de Portugal, as taxas de retorno dos cientistas portugueses formados no estrangeiro são elevadas pelo que poderá não fazer sentido falar em “fuga de cérebros”. Ainda que, como típico de um país semi-periférico, o ritmo de saídas de investigadores nacionais supere o de entradas de investigadores estrangeiros, é certo que uma grande parte dos investigadores portugueses que procuraram formação pós-graduada fora do país tem regressado a Portugal e conseguido reintegrar-se no sistema científico nacional. Por outro lado, é inegável o impacto que o regresso destes cientistas tem tido na ciência portuguesa. Não só se assistiu a um crescimento assinalável dos níveis de qualificação do pessoal científico como o próprio desenvolvimento e internacionalização da investigação em Portugal nos últimos anos pode, em parte, ser atribuída ao regresso destes investigadores.
Qualitativamente, os investigadores retornados contribuíram também para dinamizar a produção de ciência, fertilizá-la com novas ideias, enriquecê-la com redes de colaboração internacional. Porém, há também que reconhecer a existência do risco de um “desperdício de cérebros” ou “fuga de cérebros interna”. Cientistas altamente qualificados impedidos de realizar investigação, jovens doutorados incapazes de se integrarem numa posição profissional estável, investigadores que perdem o contacto com colegas e instituições estrangeiras, são formas de desperdício do investimento feito na formação avançada e na mobilidade científica, a que os decisores políticos têm de estar atentos.

Raquel Rodrigues Alves

[1] Fonte: dados estatísticos da FCT e GPEARI 2009b.
[2] Fonte: Sistema Integrado de Informação (SII), GPEARI, Inquérito aos Doutorados 2006

[artigo de opinião publicado na edição de ontem do Suplemento de Economia do Diário do Minho]

terça-feira, março 01, 2011

CEF.UP and NIPE Workshop LEED 2011: 3rd Call for Papers

«"Economic analysis using linked employer and employee data: bringing together theory and empirics"
16-17 June
Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Porto, Portugal

3rd Call for Papers

Dear Colleague,
CEF.UP and NIPE are jointly organizing a Workshop on recent research developments based on LEED (linked employer-employee data). We aim to promote the interaction of researchers within this community by creating a forum for the discussion of applied and theoretical contributions in economics and the role of LEED in opening new research paths. The event will count with the participation of John M. Abowd, Francis Kramarz and Jean-Marc Robin as invited lectures.
This event celebrates the decision to make the Portuguese LEED, Quadros de Pessoal, fully accessible (conditional on special permission) to the academic community. Quadros de Pessoal is internationally renowned as one of the richest data sets on product and labour markets, with detailed and comprehensive information on workers and firms.
We encourage researchers using LEED, including PhD students, to submit a related paper to this Workshop. The deadline for paper submission is March 20, 2011. Applicants will be notified about the status of their submissions by April 15, 2011.
All correspondence should be addressed to Ana Bonança, leed_workshop@fep.up.pt. For further information please visit our website at
http://www.fep.up.pt/investigacao/cef.up/workshopleed2011/
Kind regards,
The Organizing Committee
Anabela Carneiro, José Varejão, João Cerejeira and Miguel Portela»

(reprodução integral de mensagem, com a proveniência que se identifica, que me me caiu ontem na caixa de correio eletrónico)

domingo, fevereiro 13, 2011

“OECD Educationtoday Crisis Survey 2010: The Impact of the Economic Recession and Fiscal Crisis on Education in OECD Countries”

“The OECD Directorate for Education surveyed the impact of the economic recession on education for the first time in June 2009. Responses were received from seventeen OECD member countries, the Flemish Community of Belgian and two Canadian provinces. The results of the survey reflect the observations of officials in education ministries and public agencies in member countries regarding various aspects of the impact of the economic recession and fiscal crisis on education.”

Dirk Van Damme
Kiira Karkkainen

Date: 2011-02
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:oec:eduaab:56-en&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)