Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

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quarta-feira, novembro 14, 2007

“Foreign Direct Investment and Country-Specific Human Capital”

“Workers who are educated abroad acquire human capital specific to the country of foreign study (for example, language capital and country-specific knowledge on firm organization and on social system) which makes them more productive than domestically educated workers when both types of workers are employed by subsidiaries of multinational firms headquartered in the country of foreign study. An increase in foreign-educated labor in an FDI-host country thus attracts more FDI from the country of foreign study. We find evidence from bilateral FDI and foreign-student data for 63 countries over the period of 1963-1998 that strongly supports this prediction. Our findings suggest that foreign-educated labor may account for a sizable portion of growth in FDI flows during the sample period.”

Jinyoung Kim (Department of Economics, Korea University)
Jungsoo Park (Department of Economics, Sogang University)

Keywords: foreign direct investment, multinational firm, human capital, foreign education, students abroad.
Date: 2007
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:iek:wpaper:0705&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Pescanova em Portugal

A empresa espanhola Pescanova e a Agência Portuguesa para o Investimento (API) assinaram um protocolo para a construção de um grande viveiro no concelho de Mira. A nova unidade, que deverá ter início em 2008, vai duplicar a produção nacional de peixe em cativeiro, numa zona protegida a nível ambiental.
De acordo com os dados mais recentes do ministério da agricultura, a produção nacional em 2004 foi de cerca de sete mil toneladas, a mesma capacidade que terá a nova unidade de aquicultura destinada á criação de pregado.
Manuel Fernandez, presidente da multinacional espanhola, anunciou que com este investimento Portugal tornar-se-á o maior produtor de pregado do mundo.
O projecto envolve um investimento inicial de 140 milhões de euros dos quais 40 milhões são financiados pelo estado português e a criação de cerca de duzentos postos de trabalho directos.
A produção do novo viveiro destina-se em 99% á exportação, na sua maioria para países da União Europeia e para países terceiros.
A escolha de Portugal como país de localização do viveiro não foi pacífica. A Quercus, criticou o apoio do governo, uma vez que o viveiro se situará na Rede Natura 2000 e implicará a destruição de dunas e floresta.
Em resposta o ministro (agricultura e pescas) Jaime Silva, garantiu ontem que serão tomadas as medidas necessárias para que o projecto seja viável do ponto de vista ambiental. O presidente da API, face á posição da Quercus referiu “ se se seguisse o que a Quercus diz, não haveria investimento em Portugal”, opinião esta que subscrevo. Ora ponderando os Custos/ Benefícios deste projecto e o favorecimento que poderá ter para o crescimento da economia portuguesa, criando postos de trabalho directo e indirecto, melhorando a nossa balança comercial com aumento das exportações, entre outros benefícios, os custos ambientais serão mínimos. Não estamos a falar de uma industria pesada com elevados níveis de poluição, mas sim, de uma industria de criação de peixe que até certo ponto é amiga do ambiente, contribuindo assim, para a manutenção da espécie em alto mar.
O ministro da Economia , considerou que este projecto está a dar á agricultura a importância que ela merece.
O presidente Pescanova, anunciou também que num futuro próximo vai incorporar a produção de novas espécies, nomeadamente linguado em Mira. O projecto terá sucessivas ampliações e atingirá, numa segunda fase, uma capacidade de dez mil toneladas.
Eu digo: venham mais destes…

Manuel Vilas

(doc. da série artigos de análise/opinião)