Guiado pelo Ladrões de Bicicletas (cf. mensagem datada de Sábado, 29 de Dezembro de 2007, intitulada "Agora diz que é a cultura"), fui desaguar num texto de Pedro Pita Barros acabado de publicar no Diário Económico.
Para fecho de ano, é leitura que recomendo. Recomendo, digo, na medida em que me parece que o artigo de Pedro Pita Barros, nos equívocos que alimenta, ilustra bem as razões do bloqueio a que se assiste na economia e na sociedade portuguesa. Para a construção de uma visão alternativa, a leitura crítica deixada por João Rodrigues, no seu blogue, deve merecer também a devida ponderação.
A dimensão mais paradigmática desse equívoco de leitura de situação acaba mesmo por ser aquela que emerge no derradeiro parágrafo do texto de Pedro Pita Barros, quando escreve:
«É consensual que o ano de 2008 não será um ano fácil, em termos económicos. O acelerar do calendário eleitoral irá começar a fazer-se sentir. A pressão para o Governo querer “apresentar obra” tem sempre como sinal visível a realização de mais despesa. Ou, ainda mais perigoso, compromissos com despesa futura, a “despesa virtual”. E há várias áreas onde este risco se pode materializar. Resta esperar que o ministro das Finanças tenha a capacidade de o evitar».
A expectativa que põe na acção (mediadora) do ministro das Finanças chega a ser comovente.
J. Cadima Ribeiro
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