Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quarta-feira, dezembro 30, 2009

“Emigrateca portuguesa”

«Com votos de um feliz Ano Novo, damos-lhe a conhecer que se encontra disponível para consulta “on-line” (http://www.emigrateca.org/), a versão consolidada de 2009, da “Emigrateca portuguesa”.
No próximo ano iremos procurar alargar a sua dimensão inserindo outros textos, que por razões técnicas (devido à sua extensão), não foi ainda possível editar. Neste sentido, vimos convidá-lo a enviar novos contributos, contactos e sugestões de modo a tornar mais acessível este portal junto de investigadores, estudantes, associações e comunidades portuguesas. Bem haja.
[...]
Jorge Carvalho Arroteia»
*
(reprodução parcial de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

sábado, dezembro 26, 2009

A pobreza em Portugal

Nas sociedades actuais, e nomeadamente em Portugal, existe uma grande dificuldade em caracterizar devidamente o fenómeno pobreza. Isso acontece porque não há uma avaliação aprofundada das suas características, dos seus determinantes e um adequado seguimento da sua evolução ao longo do tempo, até pelos “embaraços” que tal situação gera junto dos poderes políticos.
Segundo dados do INE referentes ao ano 2007, são (eram) cerca de 18% os portugueses (1,9 milhões de pessoas) que vivem (viviam) ou estão (estavam) em risco de viver em situação de pobreza, sendo este um valor ligeiramente superior à média da União Europeia que, na mesma data, se situava nos 17%. Caso as transferências sociais e as pensões não existissem, a taxa de pobreza em Portugal chegaria aos 31% da população. Quer isto dizer que as transferências sociais (incluindo o rendimento social de inserção) afastaram cerca de 13% dos indivíduos residentes em Portugal do limiar da pobreza.
Na U.E., com pior situação que a portuguesa, encontravam-se a Roménia, Chipre, Itália, Espanha e Grécia.
Já agora, vale a pena assinalar que, entre 1997 e 2007, a taxa de pobreza em Portugal reduziu-se cerca de quatro pontos percentuais, passando de 22% para 18%, uma evolução que foi, obviamente, no bom sentido. Infelizmente, mesmo não havendo dados fiáveis, tudo indica que outro tanto não sucedeu no período mais recente.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, dezembro 21, 2009

“Inter-industry Wage Premia in Portugal: Evidence from EU-SILC data”

“In this paper we investigate whether inequality in the inter-industry wage premia may be explained by unobserved differences in workers’ educational skills. We use the 2007 EU-SILC data set for Portugal, a nation which can be considered a case-study, due to its high inter-industry wage dispersion. Applying both OLS and quantile regression techniques, our results suggest that this unobserved heterogeneity is not a relevant matter in the wage premia determination. We thus corroborate the previous empirical contribution to Economic Letters performed by Martins (2004).”

Biagetti, Marco
Scicchitano, Sérgio

Date: 2009-12-08
Keywords: Returns to education; inter-industry wage inequality; Quantile regression; Portugal.
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:pra:mprapa:19076&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, dezembro 18, 2009

"Portugal com ´grandes carências` na educação"

Notícia i
Portugal com "grandes carências" na educação - estudo:
*
(agradeço a MJMatos a chamada de atenção para a notícia, na sua "entrada" de 16 de Dez., só agora lida, intitulada Revista de imprensa, disponível em Que Universidade ?)

quarta-feira, dezembro 16, 2009

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Eurasia Business and Economics Society (EBES) 2010 Conferences

«Dear Colleague,
We invite you to participate in the Eurasia Business and Economics Society (EBES) 2010 Conferences, which will bring together many distinguished researchers from all over the world. Participants will find a good opportunity for presenting new research, exchanging information and discussing current issues. Although we focus on Europe and Asia, all papers from major business and economics fields -theoretical or empirical - are highly encouraged.
EBES will have two conferences in 2010. The first conference will be held in Istanbul, Turkey on May 26-28, 2010. Submissions are now being accepted for the Istanbul conference. The deadline for the abstract submission for the Istanbul conference is January 31, 2010. The second conference of 2010 will be held in Athens, Greece on October 28-30, 2010. The deadline for abstract submission for the Athens conference is July 18, 2010.
We would also like to announce publication opportunities for qualified papers presented at the EBES Conferences. Qualified papers will be published in the special issues of the journal of Emerging Markets Finance and Trade (EMFT) and the Journal of Business Economics and Management (JBEM). Both journals are indexed in the Social Science Citation Index. On the other hand, all accepted abstracts will be published in the Conference Program and the Abstract Book with ISBN number.
For further details, please visit our website www.ebesweb.org
Hope to see you in one of our 2010 conferences.
Best regards,
Ender Demir
EBESConference Coordinator in Europe
(reprodução integral de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

domingo, dezembro 13, 2009

Qual das estratégias deverá o Governo privilegiar?

*
(título de mensagem, datada de segunda-feira, 7 de Dezembro de 2009, disponível em Economia Portuguesa e Europeia)

quinta-feira, dezembro 10, 2009

The point to remember

"The point to remember about selling things is that, as well as creating atmosphere and excitement around your products, you've got to know what you're selling."

Stuart Wilde

(citação extraída de SBANC Newsletter, December 8, Issue 596 - 2009,

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Consequências da dívida externa Cabo-verdiana

Nos últimos 5 anos (2004-2008) a taxa média do crescimento do PIB de Cabo Verde foi de 6,44%, valor superior a média dos países da África Subsariana de rendimento médio, que foi de 4,66%. Contudo, sabemos que o nosso país apresenta escassos recursos naturais e nível de poupança interna muito baixa (média de 5% do PIB), pelo que, para sustentar parte deste crescimento, Cabo Verde teve que enveredar pelo caminho do crédito externo.
De forma a apreciar a delicadeza da situação, para avaliar o endividamento externo da economia Cabo-verdiana usámos a Posição de Investimento Internacional (PII), indicador que ocupa uma importância relevante nas tomadas de decisões económicas de qualquer país. A PII é uma medida estatística que apresenta o valor das disponibilidades (activos) e responsabilidades (passivos) financeiras externas de uma economia no final de um determinado período de tempo. A PII líquida representa a diferença entre o que uma economia possui e o que deve.
No nosso período em análise (2004-2008), a média da PII, negativa, em Cabo Verde, foi de 68,56% do PIB [correspondendo a uma média 72.383 milhões de Escudos de Cabo Verde (ECV)], tendo atingido 76,35% do PIB (equivalente a 99.522,8 milhões de ECV), em 2008. Este valor equivale a uma dívida de 200.000$00 (ECV) por cada cidadão. Porém, o recurso ao endividamento externo é perfeitamente explicado no caso de uma economia como a nossa, que apresenta parcos recursos naturais e financeiros, precisando, assim, de recorrer ao capital externo para financiar o investimento interno.
A média do saldo devedor do PII, durante o período em análise é explicada em grande parte pelo sector das sociedades não bancárias e particulares (onde adquire particular relevância o Investimento Directo Estrangeiro) e pelo sector público.
O Investimento Directo Estrangeiro, além de ter facultado avanços consideráveis a nível microeconómico, em sectores chaves, como tecnologia e capacidade produtiva, tem sido direccionado, em grande parte, para o sector imobiliário turístico, impulsionando assim o crescimento económico de Cabo Verde. As receitas do turismo apresentaram no período em análise uma taxa média de crescimento de 27 %, correspondendo a um peso médio no PIB de 17%.
O sector público, por sua vez, considerando o período 2004-2008, representou aproximadamente, em média, 73% da dívida acumulada, expressa em termos de percentagem do PIB. Esta dívida tem tido uma evolução decrescente, situando-se em 2008 em cerca de 60% do PIB. Sendo, a dívida pública interna, excluindo Títulos Consolidados de Mobilização Financeira, correspondeu, uma média de 26,6% do PIB, numa tendência decrescente, atingindo 19,3% do PIB, em 2008. E a dívida externa acumulada foi de aproximadamente 47% do PIB.
Os recursos externos têm financiado cerca de 90 % do investimento público, contribuindo assim para que este crescesse a uma média anual de 17%. Este investimento tem sido direccionado em grande parte para as funções económicas e sociais, como projectos de infra-estruturação no domínio dos transportes, modernização do sistema educativo, boa governação/reforma do Estado, saúde, redução da pobreza e conservação do ambiente.
Estes valores, apesar de aparentarem ser elevados, estão conformes com o acordo assinado com o FMI, no âmbito dos objectivos do Policy Support Instruments – PSI, que estabelecia como o limites de dívida pública externa a observar em Junho do 2009 cerca de 70% do PIB e da dívida pública interna valores próximos de 20% do PIB.
A dívida externa tem sido contratada, na sua maioria, por credores multilaterais, em condições muito vantajosas (taxas de juros médias de 1%, com períodos de carência entre 5 a 10 anos e prazo de maturidade de 20 anos).
Numa perspectiva económica, o Estado pode recorrer ao endividamento aumentado o consumo presente por contrapartida da redução do consumo futuro. E, se esperar um aumento considerável do rendimento futuro, a opção pelo endividamento é boa, uma vez que esses rendimentos gerados vão permitir fazer face aos encargos com as dívidas assumidas. Porém, o Estado deve aplicar estes recursos em projectos que permitam assegurar o seu reembolso, como, por exemplo, no aumento da capacidade produtiva, ou seja, em investimentos produtivos com taxas de rendibilidade superiores às exigidas pelos credores externos.
Em suma, e atendendo aos últimos relatórios do FMI produzidos no âmbito do PSI, datados de Junho e de Outubro de 2009, constatamos o seguinte: (i) o montante da dívida cabo-verdiana está dentro dos limites estabelecido pelo FMI, e apresenta uma tendência decrescente; (ii) o programa de investimento público do Governo foi avaliado como apropriado para eliminar os constrangimentos da infra-estruturação e assim aumentar o potencial de crescimento económico de longo prazo; (iii) apesar do decréscimo na taxa de crescimento do PIB devido à evolução negativa daqueles que têm sido os principais fundamentos do crescimento económico de Cabo Verde (Investimento Directo Estrangeiro; Turismo; e Remessas), motivada pela crise internacional, as autoridades nacionais continuam a demonstrar compromisso firme em matéria de adopção de políticas prudentes, o que se vem traduzindo na redução da dívida pública interna, na acumulação de reservas externas (4 meses de importação) e estabilização da dívida externa; (iv) Cabo Verde cumpriu os principais objectivos estabelecidos no âmbito do PSI, assinado em 2006.

(Coimbra, 01 de Dezembro de 2009)
João António F. Brito – Mestre em Economia.

Fontes dos dados: Relatórios anuais do Banco de Cabo Verde; FMI - Sexta revisão dos termos do PSI; e Regional Economic Outlook – Sub-Saharan Africa, Abril de 2008
[Publicado no Jornal ASEMANA, nº 910, de 04 de Dezembro de 2009]

sexta-feira, dezembro 04, 2009

"O combate ao ´chico-espertismo` tem de ser intensificado"

Conjuntura…(2)

(título de mensagem, datada de sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009, disponível em Economia Portuguesa e Europeia)

quinta-feira, dezembro 03, 2009

XX Jornadas Luso Espanholas de Gestão Científica | Call for Papers - Nova data

«Caras e caros investigadores,
Foi adiado o prazo de submissão de artigos para as XX Jornadas Luso-Espanholas de Gestão Científica.
A nova data é 9 de Dezembro. Apelamos à sua participação! Veja como fazer a sua submissão aqui.
Sob o tema «Novos desafios da gestão em contexto de incerteza», convidamos-vos a submeter os trabalhos de investigação às Jornadas Luso Espanholas de Gestão Científica.

Serão aceites para revisão, trabalhos de investigação aplicada, reflexão teórica e metodologias e experiências docentes. Todas as submissões serão sujeitas a um processo de dupla revisão anónima.
Os tópicos propostos para as jornadas são os seguintes: Docência: Metodologia e experiências docentes; Gestão e Organização de empresas (Empreendedorismo; Estratégia; Inovação; Internacionalização, Ética e Responsabilidade Social, …); Contabilidade e Finanças; Gestão de Recursos Humanos; Marketing, Logística e Distribuição; Sistemas de Informação.

Datas Importantes:
Prazo de apresentação das comunicações: 9 de Dezembro de 2009
Comunicação da Decisão de Aceitação: a partir de 20 de Dezembro 2009
Registo Antecipado: até 11 de Janeiro de 2010
Realização das Jornadas: 4 e 5 de Fevereiro de 2010»
*
(reprodução integral de mensagem entretanto recebida, com a origem identificada)

segunda-feira, novembro 30, 2009

quinta-feira, novembro 26, 2009

Recuperação económica assimétrica à escala global

As perspectivas económicas melhoraram consideravelmente nos últimos meses. Em termos globais começam a observar-se variações positivas do produto, aumentos tímidos nos volumes de investimento e uma leve recuperação do comércio internacional. A conjuntura actual caracteriza-se pela assimetria na recuperação económica por grupos de países, dado que o bloco dos emergentes, que foi o que melhor resistiu aos embates da crise, está a recuperar com maior robustez e celeridade que o das economias ditas desenvolvidas, onde a persistência de desequilíbrios continua a lastrar a recuperação do produto e do emprego.
O cenário de recuperação mais provável nas economias desenvolvidas traduzirá diferentes intensidades de saída da crise, dependendo do tipo de desequilíbrios internos nas taxas de investimento e nos rácios de endividamento privado, e da evolução das variações do PIB. Ademais, as políticas de protecção do emprego adoptadas em alguns países terão um impacto considerável sobre a velocidade de saída no curto prazo. Países como Alemanha, que introduziram medidas de manutenção do emprego no sector privado, crescerão menos no curto prazo, mas é muito provável que os impactos dessas medidas heterodoxas sejam muito positivos, tanto no médio como no longo prazo.
A assimetria em termos conjunturais coloca reptos importantíssimos na definição de uma estratégia de saída da crise. Para além dos problemas associados à determinação dos estímulos públicos a retirar e das medidas de política económica a introduzir nesta fase, pretende-se evitar a extemporaneidade nas decisões sobre esta matéria. Isto porque existe o risco de que a recuperação induzida pelas políticas públicas seja confundida com uma recuperação efectiva dos níveis de actividade. Uma retirada prematura das políticas monetárias e fiscais, implementadas na generalidade das economias desenvolvidas, poderia pôr em risco a incipiente recuperação em algumas delas, prolongando a conjuntura recessiva ou incrementando os desequilíbrios em diversos âmbitos.
Se houver que definir uma calendarização para a alteração do mix de política económica adoptado genericamente no último ano, a cronologia da estratégia de intervenção nos países desenvolvidos deveria contemplar as seguintes fases. Em primeiro lugar, os estímulos monetários quantitativos, associados à expansão da base monetária dos bancos centrais, deveriam ser eliminados de forma progressiva. As principais vias de intervenção são o cancelamento das facilidades de crédito, destinadas à correcção das disfunções dos mercados de crédito e à contenção dos problemas sistémicos no sector financeiro, a modificação das políticas de gestão da liquidez, diminuindo o peso das injecções ilimitadas e reactivando os leilões competitivos, e a suspensão dos programas de compras de activos. Em segundo lugar, e, dependendo das conjunturas nacionais ou regionais, o endurecimento progressivo da política monetária, através do incremento sucessivo das taxas de juro de intervenção. Por último, quando os sinais de crescimento e de criação de emprego sejam suficientemente robustos, os governos deverão restringir a política fiscal, reduzindo a despesa pública, e mais especificamente, contraindo o investimento público. Nos países em desenvolvimento as primeiras duas fases tendem a sobrepor-se e o incremento das taxas de juro deveria começar de forma iminente, inclusivamente antes de retirar as medidas de estímulo, dado que as autoridades destes países estão a ter imensas dificuldades para lidar com as entradas massivas de capital, que se têm verificado nos últimos meses.
A principal consequência macroeconómica dos planos de resgate financeiro e de estímulo monetário e fiscal é o crescimento desproporcionado da dívida pública, que neste momento representa, em média, nos países desenvolvidos, perto de 120% do PIB, transferindo riscos desde os balanços do sector privado para as contas do sector público. Esta situação é altamente indesejável, dado que a margem de manobra dos governos, perante conjunturas recessivas, é cada vez mais limitada. Por este motivo, nos próximos anos as instituições financeiras internacionais deverão pressionar junto dos governos para reduzir os actuais níveis de dívida, até situá-la por baixo de 60% do PIB, nos países desenvolvidos, e em níveis ligeiramente inferiores nos países em desenvolvimento.
A saída da crise implica necessariamente a coordenação das estratégias nacionais, ainda que essa coordenação não significa que as medidas que as integram devam ser implementadas de modo sincrónico, dado que os ritmos de recuperação estão a ser significativamente desiguais. Nas próximas décadas, o reforço da coordenação supra-nacional e a adopção de uma perspectiva sistémica para a resolução dos problemas devem presidir a actuação governamental em matéria de política económica. As necessidades de ajustamento durante o próximo ciclo expansivo obrigarão a uma reformulação do papel do estado na economia e à realização de reformas na saúde, nas pensões e no mercado de trabalho, especialmente nos países desenvolvidos, e a adoptar políticas supranacionais de supervisão do sistema financeiro e medidas efectivas de luta contra a evasão fiscal à escala internacional. Assim sendo, em algumas matérias será necessário alcançar consensos e ceder alguma soberania, na esperança de que a adopção de uma perspectiva global contribua para prevenir o aparecimento de crises sistémicas e limitar o seu alcance e intensidade.
FRANCISCO CARBALLO-CRUZ
(artigo de opinião publicado na edição de 2009/11/24 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

quarta-feira, novembro 25, 2009

Thinking about a thing

"If you spend too much time thinking about a thing, you'll never get it done."

Li Xiao Long

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 24, Issue 594 - 2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

terça-feira, novembro 24, 2009

segunda-feira, novembro 23, 2009

sábado, novembro 21, 2009

quinta-feira, novembro 19, 2009

sábado, novembro 14, 2009

"Euro-Mediterranean Trade and Investment Fair"

«Dear EMRBI members and associates
This is to inform you that the EuroMed Research Business Institute has joined forces with the BusinessGlobal.com and the Cyprus Chamber of Commerce and Industry and co-organises the Euro-Mediterranean Trade and Investment Fair. The Euro-Mediterranean Trade and Investment Fair is an on-line exhibition and forum bringing together business professionals, exhibitors and buyers from EU countries and Mediterranean countries. The main purpose is the forging of strategic alliances and partnerships in trade, industry, technology and investments.
The Fair with many benefits to the exhibitors and visitors is an innovative marketing tool linking businessmen and investors in EU countries with their counterparts in the Middle East and North Africa providing an ideal platform for promoting their economic and competitive strengths to European as well as global markets.
To find out more about this initiative please read the document attached or email info@businessglobal.com or tel. +357 22581450
Regards

Professor Demetris Vrontis
President, EuroMed Research Business Institute (EMBRI) - http://www.emrbi.com/»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a origem que se identifica)

sexta-feira, novembro 13, 2009

quinta-feira, novembro 12, 2009

"How well the balance-of- payments constraint approach explains the Portuguese growth performance. Empirical evidence for the 1965-2008 period"

«Abstract:
The present study aims to verify whether the balance-of-payments constrained growth approach is suitable for explaining the Portuguese growth performance during the last decades. For that, we adopt “Thirlwall’s Law” that predicts actual growth by the ratio of the exports growth relative to the income-elasticity of the demand for imports. The income-elasticity of imports, essential for the entire analysis, is obtained from the estimation of the imports function by 2SLS, assuming that domestic growth is endogenous.To smooth cyclical variations, 15-year overlapping periods are considered in the computation of “Thirlwall’s Law”, assuming that income-elasticity with respect to imports is either constant or variable over time. It is found that the Law is a good instrument for predicting actual growth in Portugal and this result is reinforced by performing the McCombie test. Our results reveal that Portugal grew slightly higher relatively to the OECD countries in the entire period and this is consistent with the income-elasticity of the demand for exports exceeding that of imports, as “Thirlwall’s Law” implies. Portugal also grew slightly faster than the rate consistent with the balance-of-payments equilibrium, accumulating external deficits over time. Dividing the sample in the pre and post-adhesion period to the EU, it is shown that Portugal grew at a lower rate in the latter, and this is consistent with lower export growth and higher income-elasticity with respect to imports. To overcome this problem, policies are needed to improve the supply characteristics of exports related to non-price competitiveness and reduce the imports sensitivity with respect to domestic income changes.»
Micaela Antunes, Faculty of Economics, University of Coimbra, Portugal
Elias Soukiazis, Faculty of Economics, University of Coimbra and GEMF
[Estudos do GEMF, N.º 13, de 2009,

quarta-feira, novembro 11, 2009

Money is only a tool

"Money is only a tool. It will take you wherever you wish, but it will not replace you as the driver."

Ayn Rand

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 10, Issue 592-2009,

terça-feira, novembro 10, 2009

Estatísticas do Território: convergência e divergência económica

Depois de um largo período de redução drástica da produção de estatísticas sobre o território, especialmente a escalas geográficas mais restritas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e outros organismos públicos que integram o Sistema Estatística Nacional retomaram há cerca de 4 anos o esforço de recolha e tratamento de informação relevante para o conhecimento das realidades regionais e locais e de suporte à execução e avaliação das políticas públicas com maior incidência territorial. Por detrás do desmantelamento do sistema de estatísticas de base local e regional a que se assistiu num certo momento estiveram considerações de natureza estritamente financeira e, diria, também, estreiteza de pontos de vista sobre as estatísticas que importaria produzir e o alcance económico e social de dispor de boa informação estatística.
Na linha de trabalhos anteriores, necessariamente recentes, chegou-me às mãos há poucos dias um estudo do Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais (DPP) em que o tema versado é a “Convergência Económica das Regiões Portuguesas: 1995-2006” (DPP/MAOTDR, 2009), onde, como se deduz pelo título, o que está em causa é a evolução das desigualdades no país, tratadas a nível de NUTs II e NUTs III. A leitura que se faz toma como indicadores a densidade da população, o VAB, o emprego, a produtividade e o VAB per capita, e a partir deles ensaia-se caracterizar os comportamentos de convergência ou de divergência de cada “região”, isto é, é analisado em que medida as unidades estatísticas em análise (NUTs) registaram uma evolução no sentido de aproximação aos valores da média nacional (convergência, que pode ser positiva ou negativa) ou de afastamento face a essa média (divergência, que pode, também, ter dois sentidos).
Sem surpresa, os autores do estudo acabam por concluir que as dinâmicas a que se assistiu no período em análise são muito diversas, não permitindo arrumações fáceis na conjugação dos comportamentos dos indicadores com as zonas geográficas, a indiciar “estruturas quantitativas territoriais muito diferenciadas” (p. 11). Pese isso, não deixam de sublinhar que as áreas metropolitanas do Porto (Grande Porto) e de Lisboa (Grande Lisboa), juntamente com a Península de Setúbal (4,1% da superfície do país, no seu conjunto), em 2006, “concentravam 38,4% da população, 38,4% do emprego e 48, 6% do VAB nacional” (p.11).
Numa leitura mais fina, assinalam-se outras coisas que me parece oportuno reter aqui; nomeadamente:
i) a perda de posição da NUT II Norte, resultado, em grande medida, do comportamento genericamente negativo da área metropolitana do Porto e da NUT III Ave, parcialmente contrariada pelo Cávado e pelo Tâmega e por alguns sub-regiões do interior;
ii) o contraste que se viu estabelecido entre a área metropolitana de Lisboa, que, em termos gerais, continuou a registar uma divergência positiva face ao restante território nacional, e a Península de Setúbal, que não foi capaz de preservar o dinamismo revelado no período precedente; e
iii) a continuação da evolução convergente mantida pelo Algarve, embora padecendo de limitações em matéria de produtividade.
Como resulta óbvio desta breve apresentação de dados, não há grandes surpresas nos dados agora trazidos a público. Entretanto, como é missão das estatísticas oficiais, esta análise permite tornar mais objectivo o sentimento que vamos tendo de um país a várias velocidades e, em grande medida, desgovernado, nomeadamente naquilo que à gestão do território diz respeito. Será que disponibilidade de mais e melhor informação sobre o território faz/fez diferença deste ponto de vista, particularmente para efeitos de desenho e monitorização das políticas públicas (estruturais; regionais)? Claro que fez, mas não são as estatísticas (e os seus produtores) que decidem sobre a afectação dos recursos e controlam a sua aplicação.
Como última nota, é bom que fique dito que a análise de convergência ou de divergência territorial que é objecto do estudo em referência não deve ser confundida com análise de crescimento. Isto é sublinhado deste o prólogo pelos autores do trabalho. É que desempenhos absolutos positivos mas diferenciados configuram também convergência ou divergência. Claro está que pior que tudo é termos o país “parado”, como foi norma na década que agora se apresta para terminar.´
.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de 2009/11/10 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

segunda-feira, novembro 09, 2009

sexta-feira, novembro 06, 2009

quarta-feira, novembro 04, 2009

Call for Papers for the 4th meeting of the Portuguese Economic Journal

"Dear colleague,
Please find attached the first Call for Papers for the 4th meeting of the Portuguese Economic Journal which will be held in Faro from June 25th-26th, 2010.
Theoretical, empirical or policy oriented papers on economic-related fields can be submitted.
The meeting is being organised by the Centre for Advanced Studies in Economics and Econometrics (CASEE) together with the Faculty of Economics of the University of Algarve.
We look forward to receiving your submission.
(...)
Best regards,
Paulo M. M.Rodrigues"
(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a origem identificada)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Conjuntura do mercado de trabalho espanhol: é necessário introduzir reformas?

Sendo certo que os governos Europeus estão extremamente preocupados com os indicadores económicos de conjuntura que os serviços estatísticos produzem periodicamente, neste momento as inquietações mais profundas estão associadas ao crescimento do desemprego. Ademais, na maioria das economias Europeias a tradicional sazonalidade do mercado de trabalho aponta para um agravamento dos níveis de desemprego nos próximos meses e as previsões macroeconómicas para um estancamento da actividade mais prolongado do que inicialmente esperado, que vai atrasar a criação líquida de emprego na maioria dos sectores.
A situação a este nível em Espanha é dramática. A taxa de desemprego aproxima-se dos 18% e o número de desempregados dos 4.125.000. Os dados do último trimestre foram relativamente favoráveis, dado que o desemprego caiu aproximadamente em 14.000 pessoas, ainda que esta descida apenas teve impacto sobre a taxa de desemprego, devido a uma redução da população activa de perto de 90.000 pessoas (por segundo trimestre consecutivo). Esta diminuição explica-se em grande medida pela redução das entradas de jovens no mercado de trabalho e pela contracção da população imigrante.
O dado mais preocupante do último trimestre foi, como já tinha sido nos trimestres anteriores, a intensa destruição de emprego verificada em quase todos os sectores de actividade. Apesar de se ter verificado uma certa moderação, pelo incremento de actividade no período estival e pelos efeitos do Plano E (de promoção de obras públicas locais), no último trimestre a economia espanhola destruiu perto de 75.000 postos de trabalho. Os dados são mais preocupantes se o horizonte temporal for alargado retrospectivamente. No último ano destruíram-se em Espanha mais de um milhão e seiscentos mil postos de trabalho, quase um milhão na construção e perto de setecentos mil na indústria. O emprego no sector serviços tem permanecido praticamente invariável, tendo inclusivamente criado algum emprego nos períodos de maior actividade.
Existem outros aspectos, que sendo de distinta natureza, dão origem a uma preocupação acrescida. Em primeiro lugar, o crescimento do número de lares com todos os seus membros em situação de desemprego, que neste momento se aproxima rapidamente de 1.150.000. Em segundo lugar, a destruição de emprego começa a afectar os trabalhadores com contratos sem termo (indefinidos), dado que no último trimestre o número de trabalhadores com este tipo de contratos caiu em mais de 160.000.
A experiência passada demonstra que a economia espanhola apenas cria emprego quando cresce por cima de 2,5%. Segundo as previsões macroeconómicas internacionais, não voltará a crescer com esse vigor até 2012 ou 2013. Para além das medidas paliativas adoptadas pelo governo nos últimos meses (como por exemplo a concessão de subsídios adicionais para grupos de desempregados sem subsídio), este tem que pôr em prática medidas activas que alterem os pressupostos que regem o mercado de trabalho. Existem evidências objectivas que provam que o mercado de trabalho está desajustado. Por um lado, em situações de crise, a taxa de desemprego praticamente duplica a da média comunitária e, por outro, a aproximação a essa média apenas tem sido possível crescendo desequilibradamente por cima do seu potencial.
A persistência de taxas de desemprego relativamente altas é explicada por várias razões. Primeiro, nos contratos colectivos de trabalho os salários não têm em consideração certos aspectos de extrema importância, como a situação particular de cada empresa, as variações de actividade económica ou o nível de desemprego em cada momento; isto é, a impossibilidade de ajustamento via preços conduz para um ajustamento via quantidades. Segundo, a grande diferença entre o custo de despedimento (e outros direitos) dos contratos a termo e dos contratos sem termo (indefinidos), aliado à facilidade para manter trabalhadores no primeiro regime durante longos períodos de tempo. Terceiro, o escasso recurso à contratação a tempo parcial, dado que a flexibilidade no mercado é introduzida maioritariamente através dos contratos temporais. Quarto, o domínio das políticas passivas de emprego face às políticas de formação e reciclagem profissional no conjunto das políticas de emprego. E por último, ainda que noutro nível, a grande ineficiência dos serviços públicos de emprego que apenas intermedeiam uma em cada dez colocações.
Na primeira fase da recessão a utilização de políticas macroeconómicas de procura permitiu amortecer os seus efeitos mais negativos ao manter os níveis de actividade económica. Uma vez ultrapassado o momento mais crítico, a saída da situação recessiva obriga à utilização de medidas de cariz microeconómico que melhorem o funcionamento dos mercados que se têm revelado menos eficientes. O crescimento do desemprego e os custos económicos e sociais associados obrigam a que o governo tome medidas que contribuam para promover a criação de emprego e, sobretudo, para resolver os problemas que afectam o mercado de trabalho. A crise voltou a evidenciar, com toda a sua crueza, que o mercado de trabalho espanhol apresenta graves problemas institucionais, de carácter estrutural, que têm a sua manifestação mais clara na rigidez salarial e na natureza dicotómica da contratação, que dá origem a um mercado de trabalho dual. Uma reforma do mercado do trabalho que resolva os problemas anteriores é, sem dúvida, necessária, para evitar que continue a ser, durante as fases recessivas, um lastre para o crescimento económico e, durante as expansivas, uma fonte de desequilíbrios macroeconómicos.
FRANCISCO CARBALLO-CRUZ
(artigo de opinião publicado na edição de 2009/10/27 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

domingo, novembro 01, 2009

“The determinants of university patenting: Do incentives matter?”

“In recent years various studies have examined the factors that may explain academic patents. Existing analyses have also underlined the substantial differences to be found in European countries in the institutional framework that defines property rights for academic patents. The objective of this study is to contribute to the empirical literature on the factors explaining academic patents and to determine whether the incentives that universities offer researchers contribute towards explaining the differences in academic patenting activity. The results of the econometric analysis for the Spanish universities point towards the conclusion that the principal factor determining the patents is funding of R&D while royalty incentives to researchers do not appear to be significant.”

Tomás del Barrio-Castro (University of the Balearic Islands)
José García-Quevedo (University of Barcelona)

Date: 2009
Keywords: patents, university, R&D.
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ieb:wpaper:2009/9/doc2009-13&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quarta-feira, outubro 28, 2009

If you want time…

"You will never ´find` time for anything. If you want time, you must make it."

Charles Bruxton

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 27, Issue 590 - 2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

terça-feira, outubro 27, 2009

"Um discurso que defenda e defina [...] uma política industrial mais coerente"

"[...] espero que o novo ministério da economia, inovação e desenvolvimento contribua para a consolidação em Portugal de um discurso público desenvolvimentista assertivo e confiante, na linha de algumas preocupações que constam do QREN. Um discurso que defenda e defina, usando a reduzida margem de manobra disponível, uma política industrial mais coerente, servida por incentivos selectivos e por investimentos públicos bem planeados, que favoreçam a área dos bens transaccionáveis intensivos em conhecimento e em tecnologia e não a captura de sectores da provisão pública por grupos rentistas."
João Rodrigues
*
(excerto de mensagem, datada de 2009/10/23 e intitulada Economia política e política económica alternativas em português, disponível em Ladrões de Bicicletas)

sábado, outubro 24, 2009

quinta-feira, outubro 22, 2009

Os números da crise em tempo de constituição de um novo governo

De acordo com o INE, a taxa de desemprego registada no 2º trimestre do ano em curso foi de 9,1%, mais 1,8 pontos percentuais que o que se verificava no mesmo trimestre do ano de 2008, e o valor mais elevado vivido pelo país desde meados dos anos oitenta do século passado. Segundo estimativas da OCDE, este cenário de desemprego elevado está longe de ter termo a breve prazo: para 2010, prevê para Portugal uma taxa de desemprego de 11,7%, valor acima da média dos países da OCDE, que deverá aproximar-se dos 10%.

Estes números dizem-nos que o país terá ultrapassado a barreira dos 500 mil desempregados no mês de Agosto. Se, entretanto, nos quisermos referir à faixa etária dos 15 aos 24 anos, a taxa de desemprego registada no referido trimestre de 2009 era da ordem dos 18,7%, sendo que um número expressivo era detentor de habilitações a nível de ensino superior. Este número do desemprego juvenil está em linha com o que vinha sendo observado não apenas em Portugal mas, em geral, na União Europeia em matéria de diferencial entre a taxa de desemprego global e a da população activa mais jovem, que em não raros casos é o dobro da primeira. Por sua vez, este dado reflecte a resistência que as empresas mantém à contratação de trabalhadores sem experiência laboral ou com pouca experiência, sejam detentores de maiores ou menores qualificações.

Não se conclua do que se diz no parágrafo precedente que o investimento em educação/formação não vale a pena, de todo. A verdade é que, também de acordo com dados recentes da OCDE (Education at a glance 2009), considerando a média dos países integrantes da organização, o desempregado que tem maiores qualificações tem maior probabilidade de conseguir emprego: por exemplo, ter o secundário completo reduz em 6,7 pontos percentuais o risco de desemprego para quem tiver entre 20 e 24 anos. Obviamente, deste dado não pode retirar-se a indicação que não haja escolhas a manter em matéria de cursos ou áreas de formação a frequentar. O investimento em formação, como a generalidade dos investimentos, comporta risco. Não pode, por isso, ser feito sem uma análise cuidada do deve e haver expectável, futuro.

O quadro de situação em matéria de emprego não dá espaço para optimismos no horizonte temporal próximo, mesmo se os indicadores de confiança económica têm vindo a subir. Na Alemanha, por exemplo, de acordo com informação recente avançada pelo Instituto de Pesquisa Económica alemã, a confiança empresarial terá subido pelo sexto mês consecutivo. Nos EUA, por sua vez, a confiança dos consumidores encontra-se ao nível de Janeiro de 2008, o que pode estar relacionado com o aumento verificado da actividade económica americana. Em Portugal, a situação é similar, com indicadores de confiança para a indústria, comércio e serviços a registarem valores cada vez mais animadores ao longo dos últimos meses deste ano. Acontece entretanto que uma coisa é podermos estar no ponto de viragem para o relançamento económico e outra é assistirmos à criação líquida de emprego. Antes que se atinja uma situação de crescimento sustentado e em torno dos 2 pontos percentuais, não será expectável que se assista à redução das taxas de desemprego, em Portugal, como no resto da Europa.

No caso português, para a melhoria das perspectivas económicas também não ajudam nada o défice das contas públicas previsto para este ano, de 5,9% do PIB, e o montante esperado da dívida pública (74,5% do PIB). Estes dados macroeconómicos reconduzem o país ao quadro de infracção do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e, logo, abrem espaço para que os procedimentos aí previstos em matéria de défices excessivos sejam accionados. Esta situação tem, por seu turno, consequências gravosas em termos de liberdade de acção do governo em matéria de políticas públicas e, portanto, de capacidade de actuação a nível de estímulo à economia. Isto dito, percebe-se que os tempos continuarão a ser de grande dificuldade para os portugueses, que, depois dos sacrifícios que fizeram nos derradeiros oito anos, talvez merecessem estar bem melhor. Claro está que sempre se pode contrapor que, tendo tomado a opção de referendar, em sede eleitoral, as políticas económicas conduzidas, têm os políticos e as políticas económicas a que têm direito.
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J. Cadima Ribeiro

(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Leiria)

quarta-feira, outubro 21, 2009

The fool's idea of glory

"Showing off is the fool's idea of glory."

Bruce Lee

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 20, 2009, Issue 589-2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, outubro 19, 2009

Autoridade da Concorrência: Seminário

SEMINÁRIO
“The relationship between competition authorities and sectoral regulators: an international-comparative perspective”
Dr. Maher M. Dabbah
Director, Interdisciplinary Centre for Competition Law and Policy (ICC), http://www.icc.qmul.ac.uk/
Queen Mary, University of London
AdC, Lisboa, 26 de Outubro 2009
17h00
[...]
Entrada Livre – Necessária inscrição prévia
Local: Autoridade da Concorrência (AdC)
Para se inscrever contacte: Ema Bernardo
Av. Berna, 19 – 10º andar, Lisboa
Email: ebernardo@concorrencia.pt
Telefone: 21 790 20 53»
*
(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sábado, outubro 17, 2009

Os portugueses têm os políticos e as políticas económicas que merecem?

"[...]
No caso português, para a melhoria da situação económica também não ajudam nada o défice das contas públicas previsto para este ano, de 5,9% do PIB, e o montante esperado da dívida pública (74,5% do PIB). Estes dados macroeconómicos reconduzem o país ao quadro de infracção do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e, logo, abrem espaço para que os procedimentos aí previstos em matéria de défices excessivos sejam accionados. Esta situação tem, por seu turno, consequências gravosas em termos de liberdade de acção do governo em matéria de políticas públicas e, portanto, de capacidade de actuação a nível de estímulo à economia. Isto dito, percebe-se que os tempos continuarão a ser de grande dificuldade para os portugueses, que, depois dos sacrifícios que fizeram nos derradeiros oito anos, mereciam estar bem melhor. Claro está que sempre se pode acrescentar que, tendo tomado a opção de referendar, em sede eleitoral, as políticas económicas conduzidas, têm os políticos e as políticas económicas que merecem."

J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, outubro 15, 2009

"Lisboa teve 173 milhões dos fundos para regiões pobres"

«Lisboa teve 173 milhões dos fundos para regiões pobres
Os investimentos aprovados para Lisboa com recurso a fundos comunitários dados às regiões mais pobres somavam, em Agosto, 173 milhões de euros, ou 2,3% do total aprovado, disse o secretário de Estado, Rui Baleiras.
Consulte o artigo completo em:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/nacional/interior.aspx?content_id=1390935

Comentário: É preciso ter lata...»
*
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

terça-feira, outubro 13, 2009

O comércio electrónico: curiosidades postas à luz pela investigação empírica

O passo seguinte ao uso generalizado na comunicação corrente das tecnologias de comunicação e informação, especialmente da internet, foi o respectivo aproveitamento para efeitos de negócio, entre empresas, por uma lado, e destas com o consumidor final, por outro. Os investigadores sociais não deixaram de seguir atentamente o nascimento e primeiros passos deste novo canal comercial, sendo certo que depressa foram confrontados com alguns factos inesperados.
Entre os dados surpreendentes ou inesperados que a investigação empírica trouxe para a luz do dia contam-se os seguintes: i) a dispersão de preços entre vendedores virtuais revelou ser muito mais elevada do que o esperado; ii) a importância assumida nesses mercados pela “confiança” e pela “marca” também se revelou muito elevada; isto é, longe de ser um grande egualizador dos retalhistas e de eliminar a necessidade do estabelecimento de marcas, a internet pode incrementar a importância das diferenças entre retalhistas em vertentes como a confiança e a marca”; adicionalmente, iii) constatou-se que a orientação para os mercados electrónicos não conduziu necessariamente à desintermediação das trocas, mesmo se tal difere do que se verifica nos mercados “físicos” tradicionais; isso mostrou ser particularmente verdade no caso dos vinhos, onde as vendas directas ao consumidor via internet não foram assumidas como verdadeira opção por parte da maioria dos produtores de vinhos ou adegas, grandes ou pequenas, como é ilustrado pelos casos australiano e alemão, nomeadamente.
Nesta última dimensão, tem que concluir-se que uma coisa é publicitar na internet informação sobre o produto e respectivos canais de retalho e outra é a venda directa ao consumidor final pelo canal virtual. No que se refere à importância dada pelos consumidores às marcas no comércio electrónico, os investigadores foram levados a concluir que tal possa resultar da necessidade dos consumidores de recorrerem à marca como indicador próximo dos atributos do produto para os quais lhes falta informação ou cuja informação é difícil de obter. Isso aplicar-se-ia com particular acuidade ao caso dos produtos com atributos sensoriais ou “bens tácteis”.
Infelizmente, a informação sobre o canal electrónico em Portugal é muito escassa. Conhece-se pouco mais do que o perfil do consumidor português do comércio electrónico. Um estudo disponível (Netsonda, 2008) diz-nos que este é maioritariamente masculino (52%), jovem (70,3% dos utilizadores têm entre 25 e 64 anos), detentor de boa formação académica (37,5% possuem o ensino secundário, a que se somam 49% com o ensino superior), urbano (as pequenas, médias e grandes cidades representam 83,5% deles), integrando agregados familiares pequenos (2 ou 3 membros), com um certo nível de rendimento (mais de 60% situam-se no grupo de rendimentos que vai dos 10000 aos 50000 Euros).
Através doutras fontes (por exemplo, Jornal Têxtil, 2009) e de dados referidos a casos particulares, sabemos, também, que, apesar de não estar “imune à crise”, o volume de negócios vem crescendo em cada ano que passa. Curiosamente, um operador deste mercado (Petit Patapon), entrevistado pelo jornal antes referido, sublinha que “A boa cobertura de lojas da marca no mundo físico em Portugal funciona […] como elemento gerador de rácios atípicos de visita/compra” (Jornal Têxtil, 2009, p.6). Dado este que põe evidência a possível complementaridade dos dois canais de distribuição referidos, ao invés de serem pensados como alternativos.
Sendo um espaço de oportunidade para fazer negócios ou alargar mercados, espera-se que brevemente outros dados sobre a realidade do comércio electrónico em Portugal e o perfil dos respectivos utilizadores fiquem disponíveis. A identificação dos consumidores-alvo e o seguimento das tendências da procura nunca deixarão de ser requisitos básicos de sucesso de qualquer negócio.
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J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

quinta-feira, outubro 08, 2009

Brasil: "Nordeste ganha portal de notícias econômicas"

«Praias, artesanato, frutos do mar, mas também o maior complexo de produtos químicos e petroquímicos da América Latina, força no segmento de serviços, destaque na produção agrícola. É com a proposta de mostrar o potencial da região Nordeste que entra no ar, hoje dia 8 (às 7:00h), o Tendências e Mercado – Panorama Econômico do Nordeste (http://www.tendenciasemercado.com.br/ ), portal com um olhar diferenciado sobre os aspectos econômicos da região, em sintonia com os negócios presentes no Brasil e no mundo.
Lançado na data em que se comemora o Dia do Nordestino, o Tendências e Mercado possui três raios de atuação: empresas, negócios e finanças, fazendo jornalismo econômico de forma acessível a todos os públicos, por meio de reportagens especiais, entrevistas exclusivas, indicadores financeiros, análise de mercado, além de matérias factuais e artigos de profissionais renomados.
O portal conta ainda com canais dedicados à moda e estilo, saúde e bem-estar, cultura, central de cursos e eventos, central de investimentos, inovação tecnológica, viagens, automóveis e novidades da economia. É um espaço com informações atualizadas, conteúdo especializado e foco em uma região em processo de expansão.
O Tendências e Mercado já nasce comprometido com a responsabilidade social (TM Social) e oferece às Organizações Não-Governamentais (ONGs) do País a oportunidade de apresentarem suas ações, sem nenhum custo, por meio de banners veiculados no portal. A primeira campanha é do Instituto Akatu, que prega o consumo consciente.
Acompanhe também o nosso portal: http://www.tendenciasemercado.com.br/
e nosso twitter: www.twitter.com/tmnoticias
Contatos:
contato@tendenciasemercado.com.br
(82) 3313-9342
(82) 8859-2795
--
Guto Barros Luís Augusto S. Barros
Diretor de Marketing/Planejamento
gutobarros@tendenciasemercado.com.br»

(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

quarta-feira, outubro 07, 2009

You have to…

"You have to put in many, many, many tiny efforts that nobody sees or appreciates before you achieve anything worthwhile."

Brian Tracy

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 6, 2009, Issue 587-2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, outubro 05, 2009

“Convergence and divergence in welfare state development: an assessment of education policy in OECD countries”

“In this paper, we quantitatively assess education policy change in OECD countries. While research in social policy has shown that convergence in welfare provision can only partially be assessed in OECD countries, it has yet to be assessed to what extent this also concerns the sector of education. By distinguishing educational expenditures, educational governance and educational outputs, we analyze this sector for OECD countries since the 1990s. The paper is structured as follows: We first outline the importance of education and schooling in contemporary social policy. In a second step, we present concepts of convergence and divergence in welfare state development, concluding with assumptions on the state of education policy. In a third step, we present the data and methods used. Afterwards, we track changes in educational expenditures, educational governance and educational outputs. In a concluding section, we compare the findings and outline their significance for research on policy convergence and social policies, as well as for internationalization of education policy. The paper has a mainly empirical aim, contributing to the debate on policy change and convergence in social policy.”

Jakobi, Anja P.
Teltemann, Janna

Date: 2009
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:zbw:sfb597:93&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, outubro 03, 2009

"Azeite - Produção nacional cresceu 42%"

Azeite - Produção nacional cresceu 42%

(título de artigo, datado de Sexta-feira, 2 de Outubro de 2009, disponível em Café Portugal)

quinta-feira, outubro 01, 2009

U. E.: evolução dos principais indicadores económicos

Selected Principal European Economic Indicators: http://ec.europa.eu/eurostat/euroindicators

(título de tabela de indicadores económicos disponível no sítio do EUROSTAT)

terça-feira, setembro 29, 2009

"Eu Participo"

"Eu Participo em Braga"

(título de mensagem, datada de Terça-feira, 29 de Setembro de 2009, disponível em Planeamento Territorial)

domingo, setembro 27, 2009

O perfil do consumidor português do comércio electrónico

"O perfil do consumidor português do comércio electrónico (Netsonda, 2008) diz-nos que este é maioritariamente masculino (52%), jovem (70, 3% têm entre 25 e 64 anos), detentor de boa formação académica (37,5% possuem o ensino secundário, a que se somam 49% com o ensino superior), urbano (as pequenas, médias e grandes cidades representam 83,5% deles), integrando agregados familiares pequenos (2 ou 3 membros), com um certo nível de rendimento (mais de 60% situam-se no grupo de rendimentos que vai dos 10000 aos 50000 Euros)."
*
(excerto de comunicação em preparação, intitulada "Comercialização de vinhos de qualidade em nichos de mercado: o consumidor online", da autoria de J. Freitas Santos e J. Cadima Ribeiro)

quinta-feira, setembro 24, 2009

Leadership

"Leadership rests not only upon ability, not only upon capacity; having the capacity to lead is not enough. The leader must be willing to use it. His leadership is then based on truth and character. There must be truth in the purpose and will power in the character."

Vince Lombardi

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 22, Issue 586- 2009, http://www.sbaer.uca.edu)

terça-feira, setembro 22, 2009

sábado, setembro 19, 2009

quarta-feira, setembro 16, 2009

"Today's leaders must be partners"

"In the past a leader was a boss. Today's leaders must be partners with their people... they no longer can lead solely based on positional power."

Ken Blanchard

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 15, Issue 585-2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, setembro 14, 2009

sexta-feira, setembro 11, 2009

Portugal: principais indicadores

Principais indicadores
População residente
N.º, 2008: 10 627 250
Índice de preços no consumidor
%, Agosto de 2009: -1,3
Taxa de desemprego
%, 2.º Trimestre de 2009: 9,1
Produto interno bruto dados encadeados em volume (B.1*g)
%, 2.º Trimestre de 2009: -3,7

(tabela de indicadores de evolução da poupulação e economia portuguesas disponível nesta data na página de abertura do sítio do INE)

quarta-feira, setembro 09, 2009

"Education at a glance 2009"

Education at a glance 2009

(título de mensagem, datada de Terça-feira, 8 de Setembro de 2009, disponível em Polikê?)

domingo, setembro 06, 2009

quarta-feira, setembro 02, 2009

Seminário 'Hypercluster do Mar - Que Futuro?'

«Bom dia!
A Câmara Municipal de Cascais e a Agência Cascais Atlântico convidam a participar no Seminário ‘Hypercluster do Mar – Que Futuro?’, inserido no evento ‘Green Festival’ que decorrerá de 18 a 25 de Setembro, no Centro de Congressos do Estoril.
Durante o Seminário, que terá lugar no dia 24 de Setembro, dia Mundial do Mar, será dado a conhecer o estudo sobre o Hypercluster da Economia do Mar, elaborado pela SaeR - Sociedade de Avaliação de Empresas de Risco, em conjunto com a Associação Comercial de Lisboa – Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, sob a orientação do Prof. Ernâni Lopes. Trata-se do primeiro estudo sobre a economia do mar em Portugal, num cenário a médio prazo, tendo como objectivo identificar o potencial estratégico da economia do mar, definindo acções concretas, exequíveis e prontas a aplicar, a nível nacional, de modo a que a teoria seja posta em prática.
Para se inscrever ou para obter mais informações sobre o evento, aceda a
[...]
Agência Cascais Atlântico
Complexo Multiserviços, Estrada de Manique nº 1830 2645-550 Alcabideche
Telefone: +351 210995353

(reprodução integral de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

terça-feira, setembro 01, 2009

Mudando de assunto ou talvez nem tanto: o feitiço de um feiticeiro

Já me reportei recentemente, neste “Jornal de Parede” [corrija-se: num outro, vizinho deste], ao efeito que os outdoors podem ter na imaginação das pessoas! E sobre a dedicação das “senhoras”ao nosso querido Sócrates!
Neste fim-de-semana constatei, para meu espanto, que a saga ainda está no início. E que promete até Outubro, até às nossas eleições!...
Não é que o outdoor que colocava o feiticeiro rodeado de jovens senhoras e outras menos jovens que mal se viam foi substituído por outro onde surge apenas o Sócrates (sempre com o e-mail para contacto, que deve deliciar qualquer senhora, mesmo as mais bem intencionadas e até alguns senhores), que quase se confunde com o Brad Pitt!... Confesso que, por momentos, fiquei desatenta da condução do veículo e que na segunda passagem até me pareceu que o homem me estava a tentar enfeitiçar, tal era o seu olhar penetrante! Não me pareceu ver as brancas no cabelo, mas os olhos de sedutor estavam lá e um sorriso que nunca lhe vi antes… Vejam lá os milagres que se conseguem fazer! E continua a dizer “Juntos vamos conseguir”, que me deixa sempre muito embaraçada!...
Quem o convenceu a parecer em tamanho XL, super retocado pelo Photoshop e com um olhar à matador, foi bem esperto(a). Será uma mulher que estará por detrás desta campanha?...
Quer queiramos ou não, o homem ficou bem na fotografia e, claro, a namorada de longa data deve andar muito apreensiva com os resultados que tal ousadia poderá vir a provocar!...
Leonor

sexta-feira, agosto 28, 2009

Memória: o governo em exame

O governo português da actual maioria PSD/PP acabou de completar dois anos em funções, por isso faz sentido fazer um balanço do seu trabalho, como aliás foi feito pelos partidos políticos da oposição e por alguns órgãos de comunicação social. De forma muito abreviada e parcelar é isso que me proponho realizar aqui, pegando em três dos tópicos que mais atenção têm merecido na opinião pública.

1 - Retoma económica e sectores de arranque
Depois de dois anos de recuo do PIB, do emprego e do poder de compra de parcela significativa dos portugueses, este anuncia-se como o ano de início da recuperação. Não pode, de facto, deixar de ser assim na medida em que é expectável a retoma económica do conjunto das economias da União Europeia. Implícitas na afirmação precedente estão a circunstância de Portugal ser uma pequena economia, com um grau actual de abertura muito elevado, e a postura acomodada, seguidista da política económica conduzida pelo governo em funções.
Em expressão do modelo de gestão económica implementado, a retoma só pode, entretanto, ser desencadeada pelos sectores mais expostos ao exterior e onde existem vantagens comparativas melhor consolidadas. Não me surpreenderia, daí, que voltassem a ser a fileira têxtil, o calçado, o sector automóvel e a electrónica os pivôs da recuperação. Haverá que esperar um contributo, igualmente, do sector turístico, mesmo em expressão da promoção do país associada ao Campeonato Europeu de Futebol (EURO 2004).
É óbvio que não é daí que vem o problema. O problema estará na natureza das vantagens competitivas que se pretender potenciar.

2 – Competitividade económica e áreas-chave onde intervir
No meu entender, subsistem duas razões maiores para as limitações de competitividade que se fazem sentir em Portugal: uma, a falta de investimento em educação e qualificação profissional; outra, a cultura empresarial até há pouco dominante em Portugal, falha de arrojo, apostada em explorar os factores tradicionais de competitividade (mão de obra barata, recursos produtivos tradicionais). Quando e onde se investiu em capital humano, quando se esteve perante estratégias empresariais mais esclarecidas, na vertente de organização do trabalho e na componente comercial, a falta de competitividade desvaneceu-se.
A forma de dar a volta ao problema residirá, obviamente, em fazer diferente do que tradicionalmente se fez, conforme sublinho no parágrafo precedente. Para tanto, é preciso reunir os contributos do Estado, dos agentes empresariais e do cidadão comum. O Estado precisa reforçar o seu empenho na educação e qualificação de activos, empresários e trabalhadores, e manter uma estratégia coerente e esclarecida nesta dimensão da sua acção mas, também, em matéria de rumo a procurar para a economia; os empresários precisam assumir-se mais como agentes de mudança, exigindo que os governos cumpram o seu papel na parceria para o desenvolvimento que importa prosseguir (ao invés, de facilitadores de subsídios e cúmplices de momentos de maiores apertos); o cidadão e trabalhador tem que ser mais exigente com os governos e consigo próprio, percebendo-se como contribuinte activo para a mudança social e económica por que anseia.
Em grande medida, tudo se resume a criar uma nova cultura de responsabilidade e estabelecer um projecto de desenvolvimento para o país que não fique devedor de taticismos políticos de ocasião e, colocado num contexto de desafio para o país, seja partilhado por amplos sectores da sociedade portuguesa.

3 – Reforma fiscal e competitividade nacional. De que reforma precisa Portugal?
Em matéria de reformas, o país precisa principalmente, da reforma da eficácia da máquina fiscal e da reforma da postura que sucessivos governos adoptaram em termos de evasão fiscal. O laxismo também se cultiva, e os governos têm dado um contributo inexcedível. A fazer, há que abandonar o discurso da exigência e adoptar a cultura da exigência, começando o Estado (e os governos) por dar o exemplo.
Para além da de atitude, a mais importante reforma a operar é a da organização do Estado, com expressão substantiva na descentralização da máquina do Estado e na regionalização (leia-se: devolução do poder às regiões). O caminho a percorrer é o da reforma de procedimentos e posturas, com acento tónico no diálogo entre os sectores mais dinâmicos da sociedade portuguesa, no sentido de se alcançar um verdadeiro contrato social de progresso.

É, como sublinhei, um balanço muito parcial e liminar o que aqui adianto. Outras áreas se poderia comentar, do défice orçamental à gestão da dívida pública, da produtividade às políticas de desregulamentação do mercado de trabalho, etc. O tom crítico da análise não se alteraria. A parcimónia no uso do espaço não o permite fazer nesta ocasião. Fica a aguardar uma próxima oportunidade!

Braga, 6 de Abril de 2004

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, agosto 26, 2009

To be successful

"To be successful you have to enjoy doing your best while at the same time contributing to something beyond yourself."

Mihaly Csikszentmihalyi

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 25, Issue 582- 2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, agosto 24, 2009

Memória: a Educação não é um ramo da Economia

A sociedade portuguesa viu instalar-se nos derradeiros anos um discurso negativo sobre os seus recursos e capacidades. É, de certo modo, o retorno cíclico ao “Velho do Restelo”.
Esse discurso descrente e desencantado tem interpretes em múltiplos sectores da sociedade mas parece ter penetrado mais fundo no sector da educação, incluindo o ensino superior. Curiosamente, ou talvez não, os estudantes e os seus representantes associativos encontram-se entre os seus maiores cultores. A rivalizar com eles sugere-se quase só o discurso governamental, falho de convicção e amarrado a grupos de interesses que não vêem no ensino e na formação senão o negócio.
São pedras de toque da mensagem da desgraça, especialmente:
i) a suposta degradação da qualidade do ensino superior oferecido (com ênfase maior no ensino público);
ii) a perda de pertinência da formação ministrada face às solicitações do mercado de trabalho (vulgo empresas);
iii) a culpabilização dos professores e da autonomia das instituições pela proliferação de cursos que não oferecem perspectivas de saída profissional aos seus diplomados.
Colocadas num contexto geral de reflexão sobre a evolução e futuro da formação graduada e pós-graduada, estas questões têm merecido a atenção de diversas instâncias nacionais e internacionais. Para reter um desses documentos, menciono aqui o relatório da UNESCO sobre “Higher Education in the Twenty-first Century: Challenges and Tasks Viewed in the Light of the Regional Conferences” (World Conference on Higher Education, Paris, Outubro de 1998).
Recomendando vivamente aos interessados a leitura do citado documento, de forma sumária não queria deixar de dar aqui o meu testemunho sobre as questões mencionadas.
1. Quem, como eu, acedeu ao ensino superior universitário na fase de transição do ensino elitista do início dos anos 70 para o ensino massificado do pós-25 de Abril e, posteriormente, na condição de docente, viveu a euforia da expansão do sistema universitário nos anos 80 e 90 do século XX, não pode deixar de ficar perplexo com o simplismo do discurso sobre o ensino superior em Portugal.
Se bem que não se possa esperar dos estudantes que frequentam actualmente as instituições uma “memória” dos progressos realizados, pode-se-lhes pedir a honestidade intelectual de evitarem afirmações infundadas ou não suportados pelos factos que assistem à configuração presente do sistema de ensino superior. Para falar daquilo que conheço bem, deixo aqui apenas 2 números: quando ingressei como docente no começo dos anos 80, a minha Escola/Faculdade tinha um corpo de 3 doutores; hoje tem 50, e dentro de um ano e meio deverá contar com 60. No mesmo contexto de testemunho pessoal podia reportar-me às instalações, ao equipamento informático, aos serviços de apoio, etc.
2. Há quem pretenda confundir Educação e Economia. Conforme o sublinha o documento da UNESCO já identificado, “a Educação não é um ramo da Economia, nem o processo educativo, os seus propósitos últimos ou os seus resultados ou ‘produção’ são comparáveis aos da Economia” (UNESCO, 1998, p.3). E continua, é, antes, “um sector essencial da sociedade e uma condição da existência social”
Naturalmente que a formação universitária deverá também formar técnicos, que sirvam as empresas, que sirvam a sociedade. Mas são, deverão ser, as licenciaturas assimiladas simplesmente a cursos de formação profissional? E porquê então subsistem sistemas de ensino universitário, politécnico, de formação profissional?
Obviamente que a sociedade do presente, a sociedade do conhecimento, e o ritmo das rupturas tecnológicas e organizacionais impõem um outro projecto de Universidade e um outro modelo de parceria entre a universidade e a economia. Isto porque o conhecimento cria-se, crescentemente, através da acção e uma nova partilha de tarefas se institue entre investigação fundamental, investigação aplicada, inovação e transferência, e porque, nesse contexto (que só parcialmente é ainda o do presente), a formação não estará mais a montante da investigação. Mas quem é que em Portugal já encarou seriamente isso? Que políticas activas estão esboçadas para aproximar o presente do futuro?
3. É recorrente o discurso culpabilizando os professores e a gestão universitária pública pela frustação dos estudantes em matéria de saídas profissionais, e, antes disso, pelo insucesso escolar. Isso tem servido de pretexto para atingir fortemente a autonomia das instituições de ensino público consagrada nas leis que a essa matéria se referem, publicadas nos anos 80. Nesta vertente, convergem o discurso dos estudantes, de alguns sectores empresariais e o dos governos (o presente e os anteriores, de iniciativa do PS).
O discurso é de tal modo desqualificado e demagógico que se emaranha nas suas próprias contradições. Para sublinhar algumas dessas contradições, deixemos algumas perguntas de resposta óbvia: i) quem permitiu a inúmeras instituições privadas operar como instituições de ensino superior e quem autorizou o funcionamento dos respectivos cursos? ii) quem regula as condições de acesso e define os contingentes de alunos que ingressam no sistema público? quem é que veio reclamar a necessidade de regular a criação de cursos superiores quando o mercado já dispensava essa intervenção reguladora?
As considerações que antes deixo pretendem dar conta da complexidade do que está em causa. Antes disso, porém, visam sublinhar que não é matéria onde o discurso fácil e a demagogia devam ser incentivados. Infelizmente, o que se tem visto em Portugal é o rigoroso contraponto do que aqui enuncio.
J. Cadima Ribeiro

(Braga, 2 de Dezembro de 2003)

sexta-feira, agosto 21, 2009

Síntese Económica de Conjuntura - Julho de 2009

"A Síntese Económica de Conjuntura é uma publicação de acompanhamento da conjuntura destinada a quem necessita de indicações seguras acerca das tendências do crescimento da procura, da produção, do rendimento e dos preços. Contém informação actualizada e apresentada de modo a permitir avaliar o estado da economia no momento da análise e antever a sua evolução provável a curto prazo. Esta análise é suportada por um conjunto de quadros e gráficos dos principais indicadores que são complementados por diversos outros relativos à evolução da produção, da procura, do emprego e dos preços na União Europeia, Estados Unidos e Japão."
*
(resumo de "Síntese Económica de Conjuntura - Julho de 2009", disponível nesta data em INE)

terça-feira, agosto 18, 2009

Cardinal sins

"In life and business, there are two cardinal sins. The first is to act precipitously without thought and the second is to not act at all."

Carl Icahn

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 18, 2009, Issue 581-2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

sexta-feira, agosto 14, 2009

"Euro area GDP down by 0.1% and EU27 GDP down by 0.3%"

«GDP declined by 0.1% in the euro area1 (EA16) and by 0.3% in the EU271 during the second quarter of 2009, compared with the previous quarter, according to flash estimates published by Eurostat, the Statistical Office of the European Communities. In the first quarter of 2009, growth rates were -2.5% in the euro area and -2.4% in the EU27.
Compared with the same quarter of the previous year, seasonally adjusted GDP decreased by 4.6% in the euro area and by 4.8% in the EU27 in the second quarter of 2009, after -4.9% and -4.7% respectively in the previous quarter.
During the second quarter of 2009, US GDP decreased by 0.3% compared with the previous quarter, after -1.6% in the first quarter. US GDP decreased by 3.9% compared with the same quarter of the previous year (-3.3% in the previous quarter).»
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(excerto de EUROSTAT News Release, 117/2009 - 13 August 2009)

quinta-feira, agosto 13, 2009

terça-feira, agosto 11, 2009

“Fiscal behaviour in the European Union: rules, fiscal decentralization and government indebtedness”

“We assess the fiscal behaviour in the European Union countries for the period 1990-2005 via the responsiveness of budget balances to several determinants. The results show that the existence of effective fiscal rules, the degree of public spending decentralization, and the electoral cycle can impinge on the country’s fiscal position. Furthermore, the results also support the responsiveness of primary balances to government indebtedness.”

António Afonso (Technical University of Lisbon, Department of Economics; UECE,Research Unit on Complexity and Economics, R. Miguel Lupi 20, 1249-078 Lisbon, Portugal.)
Sebastian Hauptmeier (European Central Bank, Kaiserstrasse 29, D-60311 Frankfurt am Main, Germany.)

Date: 2009-05
Keywords: fiscal regimes, fiscal rules, fiscal decentralization, European Union, panel Data.
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ecb:ecbwps:20091054&r=pbe

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, agosto 09, 2009

quinta-feira, agosto 06, 2009

IV CER

Convite à Apresentação de Resumos

A SPER e a Universidade de Aveiro têm o prazer de anunciar que está aberto o prazo para a recepção de resumos para o IV CER.

Os resumos serão aceites até ao dia 20 de Setembro de 2009, para as seguintes Áreas Temáticas:
1. Agricultura, Produtos Locais e Desenvolvimento Rural
2. Turismo, Património e Desenvolvimento Rural
3. Políticas e Programas de Desenvolvimento Rural
4. Planeamento do Território e Desenvolvimento Rural
5. Actores, Dinâmicas Locais e Inovação em Meio Rural

Os resumos deverão ser enviados por email para ivcer@csjp.ua.pt e obdecer ao seguinte formato:
Estrutura das páginas:
Margem superior 2.5 cm
Margem inferior 2.5 cm
Margem esquerda: 3 cm
Margem direita: 2.5 cm.
Estrutura do texto:
• Identificação da Área Temática
Topo da página, Arial, 10, negrito
• Título:
Arial, 14, Negrito
Espaçamento do parágrafo: antes 0pt; depois 12 pt.
• Identificação dos autores
a) Nome, Sobrenome: Arial, 11, negrito
b) Instituição, contactos e email: Arial, 10.
Espaçamento do parágrafo: antes 0pt; depois 0pt
• Corpo do texto:
500 palavras (valor máximo): Arial, 11, normal, justificado
Espaçamento entre linhas: 1.5pt
Espaçamento do parágrafo: antes 6pt; depois 6pt.

Os autores serão informados da decisão de aceitação dos resumos por parte da Comissão Científica, até ao dia 10 de Outubro de 2009, devendo posteriormente remeter os textos completos da comunicação até ao dia 15 de Dezembro de 2009.
Os resumos serão publicados no Livro de Resumos do IV CER e os textos completos em Cdrom.
Prevê‐se a possibilidade de publicação em livro de alguns textos seleccionados, em data posterior ao Congresso.
As inscrições no IV CER poderão ser feitas, a preço mais reduzido, até ao dia 30 de Outubro de 2009. Brevemente serão divulgados os preços, ficha de inscrição e formas de pagamento, bem como outras informações relevantes.
Esperamos contar com a sua participação!

Comissão Organizadora:
Direcção da SPER Universidade de Aveiro
Luís Moreno Elisabete Figueiredo
Orlando Simões Elisabeth Kastenholz
Ana Novais Mª Celeste Eusébio
Elisabete Figueiredo Mª Cristina Sousa Gomes
Paulo de Carvalho Tomás Mª João Carneiro
Orlando Rodrigues Sandra Valente
Paulo Batista

Comissão Científica:
Aida Valadas de Lima – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
António Covas – Universidade do Algarve
Artur Cristóvão – Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro
Artur da Rosa Pires –Universidade de Aveiro
Carminda Cavaco – Universidade de Lisboa
Carlos Costa – Universidade de Aveiro
Celeste Coelho – Universidade de Aveiro
Fernando Oliveira Baptista – Instituto Superior de Agronomia
Isabel Dinis – Escola Superior Agrária de Coimbra
Isabel Rodrigo – Instituto Superior de Agronomia
João Luís Fernandes – Universidade de Coimbra
J. Cadima Ribeiro – Universidade do Minho
José Portela ‐ Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro
Manuel Belo Moreira – Instituto Superior de Agronomia
Maria Luís Pinto – Universidade de Aveiro
Pedro Hespanha – Universidade de Coimbra
Renato Miguel do Carmo – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES/ISCTE)
Teresa Pinto Correia – Universidade de Évora
Xerardo Pérez – Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro

quarta-feira, agosto 05, 2009

segunda-feira, agosto 03, 2009

"Vinho tinto previne infecções"

"Uma equipa de cientistas de Glasgow anunciou que vinho tinto previne infecções. O dito, além de ter dado de comer a um milhão de portugueses, foi, afinal, o fundador do Serviço Nacional de Saúde!"

Adelino Maltez

(excerto de mensagem, datada de 2009/08/03, intitulada "As metáforas de Cavaco, o regresso do tintol e as genealogias politiqueiras", disponível em Sobre o tempo que passa)

sexta-feira, julho 31, 2009

“Outsourcing And Public Sector Efficiency: How Effective Is Outsourcing In Dealing With Impure Public Goods? ”

“The debate on new public management, together with the shortage of public funds, has had a considerable impact on public administration. Accordingly, many governments have searched positive impacts on the efficiency, equity and quality provision of public services through increasing competition and active participation of the private sector, considering outsourcing as the appropriate instrument to attain such endeavor. However, private involvement in public services provision is controversial. While, on the one hand it is touted as a way to increase efficiency and accountability by turning over choices to individuals in the market place, on the other hand, some argue that it has the potential to produce considerable fraud and corruption if managerial control by the public sector is weak. So, given this context, we aim to assess the private involvement in public services in efficiency terms, putting aside ideological considerations. So, after the introduction, we present a definition of public goods and we characterize their different types, with particular emphasis on “impure” public goods. Section 3, focuses on market failures together with equity considerations as the main reasons that configure the role of the public sector in providing impure public goods, as well as on the possibility of government failures. Section 4 deals with the benefits and costs of outsourcing in the public sector. Section 5 describes the most frequent forms of private sector involvement in the provision of impure public goods, as well as the advantages and disadvantages of the different options. Section 6 carries out some comments on the need for regulation. Finally, section 7 concludes.”

Argentino Pessoa (Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Portugal)

Date: 2009-07
Keywords: Contracting out, impure public goods, market/government failures, private sector involvement, public sector
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:por:fepwps:329&r=pbe


(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)