Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

sexta-feira, julho 30, 2010

Indicador de clima económico: Julho de 2010

Indicador de clima económico estabiliza e indicador de confiança dos Consumidores mantém movimento descendente em Julho - Julho de 2010
29 de Julho de 2010

(reprodução de título de Destaque(s) do INE, disponível na página de entrada do respectivo portal nesta data)

quarta-feira, julho 28, 2010

Para descontrair, num dia que promete estar miseravelmente quente, à semelhança dos precedentes

«... (Esta está fantástica!!!)..demais..é mesmo isto !!!...

Empresário: Bom dia Sr. Eng., há quanto tempo ??!!!
Ministro: Olha, olha, está tudo bem?!
Empresário: Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo.
Ministro: E que habilitações ele tem?!
Empresário: Tem o 12.º completo.
Ministro: O que ele sabe fazer?!
Empresário: Nada, sabe ir para a Discoteca e deitar-se às tantas da manhã!
Ministro: Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, fica a ganhar cerca de 4000, agrada-te?!
Empresário: Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça não arranjas algo com um ordenado mais baixo?!
Ministro: Sim, um lugar de Secretário já se ganha 3000 !...
Empresário: Ainda é muito dinheiro, não tens nada por volta dos 600/700 ???
Ministro: Eh pá, isso não, para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar Inglês, dominar Informática e tem de ir a concurso!!!...»

(cortesia de MCCO)

quinta-feira, julho 22, 2010

quarta-feira, julho 21, 2010

Contracção orçamental e políticas alternativas

Apesar da gravidade da crise económica e financeira iniciada em 2007 e das dificuldades para encontrar uma resposta que mitigasse os seus efeitos, durante os anos de 2008 e 2009 foram implementadas uma série de políticas económicas que podem ser consideradas genericamente correctas. Para combater a crise financeira, os bancos centrais reduziram drasticamente as taxas de juro e apoiaram os mercados de crédito com intervenções em grande escala. Para apoiar a economia real, os governos incrementaram rapidamente a despesa pública para manter os níveis de procura, à custa de gerar grandes défices orçamentais e elevar consideravelmente os níveis de dívida pública. As políticas seguidas impediram que as economias se afundassem e evitaram que permanecessem numa situação recessiva durante longos anos.

A recuperação de algumas economias, iniciada no final do verão do ano passado, fez com que muitos governos se apressassem a retirar os estímulos fiscais que tinham permitido sustentar os níveis de procura e moderar o crescimento do desemprego, colocando em sérios riscos a recuperação no médio prazo. A crise da dívida, iniciada no primeiro trimestre deste ano e aprofundada no segundo, colocou um ponto final na heterodoxia em matéria de política fiscal. Os países mais desequilibrados foram obrigados pelos mercados e pelo Ecofin a adoptar planos de austeridade, destinados a reduzir o défice orçamental, num horizonte temporal reduzido, através do corte de diversas componentes da despesa e do aumento de impostos.

O objectivo último destas políticas fiscais restritivas e das reformas dos mercados que as acompanharam foi, aparentemente, restabelecer a confiança nos mercados de dívida e garantir o financiamento das economias com problemas. Ou seja, o pressuposto fundamental que justificou a imposição destes planos é que as contracções fiscais podem expandir a economia, sempre e quando permitam recuperar a confiança. Como quase tudo em economia, este pressuposto pode ser válido em determinadas conjunturas mas não pode ser considerado universalmente correcto. Na história económica recente, as contracções fiscais tiveram efeitos expansivos quando combinadas com políticas monetárias expansivas e quando a actividade do sector privado (financiada por níveis positivos de poupança) foi suficiente para substituir o sector público na dinamização da procura interna. Adicionalmente, evidencia-se que o sucesso destas contracções para expandir o produto obriga a que a sua implementação não seja anterior à recuperação do crescimento.

A contracção fiscal imposta pelos planos de austeridade é, na minha opinião, excessiva e terá consequências negativas em termos de crescimento, nomeadamente nos países periféricos. Por um lado, porque a política monetária do BCE, apesar da sua expansividade, não está a conseguir dinamizar os mercados de crédito e porque o sector privado, destes países, está extremamente endividado. Por outro, porque o timing para a sua implementação é incorrecto, dado que a recuperação do crescimento ainda está longe de ser conseguida na maior parte destas economias. Convém também ter presente que a generalização dos ajustamentos fiscais à totalidade dos países da zona euro, mesmo nos casos em que não são necessários (p.e. na Alemanha), minará o crescimento do conjunto, atrasando a recuperação das economias periféricas mais desequilibradas.

Para além de uma moderada contracção orçamental em algumas economias europeias, existem certos aspectos, alguns conjunturais e outros estruturais, que deveriam fazer parte, em diferentes horizontes temporais, da solução para a actual situação de estagnação da economia. Por um lado, alguns países, nomeadamente a Alemanha, deveriam mudar a sua atitude e assumir a liderança na saída da crise, para a qual precisam de grandes doses de determinação e de solidariedade bem entendida. Nos últimos meses o governo alemão tem sido excessivamente cauteloso, tem-se pautado por critérios de austeridade e ainda não compreendeu que o papel do seu país é fundamental para que a economia europeia inicie uma recuperação sólida num prazo razoável. Os políticos alemães continuam a insistir no reforço da disciplina fiscal e a adiar as reformas estruturais que permitiriam incrementar a sua procura interna e impulsionar o crescimento económico. Esta forma de governar está justificada pela grande obsessão pelas questões de política interna da chanceler Ângela Merkel, que este ano tem governado, em grande medida, em função das sondagens. O governo alemão tem que interiorizar que a disciplina fiscal não é a única receita possível e que a culpabilização velada dos países periféricos não contribui para gerar confiança nos mercados e consolidar soluções sistémicas que acelerarem a saída da crise. No curto prazo, a mudança de atitude do governo alemão (e doutros, como o francês) é a única forma de acalmar os mercados e diminuir os prémios de risco da dívida dos países com desequilíbrios.

Por outro lado, no médio prazo, o modelo europeu de política económica deveria ser complementado com um mecanismo comum de gestão da dívida. A proposta que está a ser analisada neste momento preconiza que os países da zona euro emitam dívida, até um máximo de 60% do seu PIB, de maneira conjunta, e quantidades superiores a esse montante de forma individual. Este modelo introduziria fortes incentivos para que os países mantenham níveis de dívida inferiores a 60% do seu PIB (a dívida nacional seria mais cara), evitaria a discriminação dos pequenos países, que têm mercados de dívida muito pouco líquidos, e reforçaria o papel do euro como moeda de reserva. A emissão de dívida conjunta reduziria o prémio de liquidez e o custo da dívida para a totalidade dos países.

Por último, num horizonte temporal de médio prazo, seria também recomendável estabelecer compromissos em matéria de equilíbrio fiscal. Os acontecimentos dos últimos meses demonstraram que um modelo baseado na coordenação fiscal é pouco efectivo, dado que perante um shock assimétrico os países com défices reduzidos não mostram interesse em colaborar, expandindo a sua procura interna. As propostas sobre a introdução de limites no défice nas constituições dos estados parecem excessivas. Contudo, seria desejável encontrar um mecanismo alternativo que obrigue os governos a manter o equilíbrio fiscal ao longo do ciclo. Dessa forma, o quadro de política fiscal da zona euro ganharia credibilidade.

Os planos de ajustamento fiscal irão atrasar a recuperação do crescimento económico em muitos países europeus e no conjunto da zona euro. O restabelecimento do crescimento nos países periféricos depende do crescimento da procura (interna e externa) nos países centrais, nomeadamente na Alemanha. A recuperação da confiança advirá principalmente da capacidade de liderança na implementação de reformas estruturais e da aptidão para alcançar acordos e consensos em matéria de política económica, no seio da UE. Dessa forma, as políticas nacionais ganhariam efectividade, limitando o consumo inútil de recursos, o desgaste dos governos e os sacrifícios dos trabalhadores.

Francisco Carballo-Cruz

(artigo de opinião publicado na edição de ontem do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

domingo, julho 18, 2010

"Appeal to the European Comission (Economia Social)"

«Estimado amigo:
Adjunto remito carta dirigida por Bernard Thiry y Rafael Chaves a la comunidad académica europea solicitando su adhesión a la carta abierta cuyo texto te adjunto en inglés y español dirigida a la Comisión Europea. Desde la presidencia del CIRIEC-España consideramos que se trata de una importantísima iniciativa conducente a que se oiga en las más altas instituciones europeas la voz de los universitarios europeos a favor de la economía social. En una primera etapa el propósito consiste en reunir cientos de firmas de universitarios europeos para solicitar una entrevista con las autoridades de la Unión Europea y hacerle entrega de la carta. En una segunda etapa tomaremos contacto con los actores de la economía social para reclamar de ellos también el apoyo a la carta. Por todo ello, te pido que, como indica la carta de Chaves y Thiry, si eres profesor universitario y la Open Letter adjunta es de tu conformidad, nos lo hagas saber antes del próximo 25 de julio remitiendo a ciriec@uv.es tus datos profesionales (nombre, categoría académica y universidad de pertenencia). Desde el CIRIEC-España te mantendremos informado de la evolución de esta iniciativa. Muchas gracias por tu apoyo y feliz verano,
José Luis Monzón
Catedrático de Economía Aplicada de la Universitat de Valencia
Presidente de CIRIEC-España»
*
(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu na caixa de correio electrónico na 6ª feira pp., reencaminhada por Paulo Mourão)

sexta-feira, julho 16, 2010

quarta-feira, julho 14, 2010

Success…

"Success without honor is an unseasoned dish; it will satisfy your hunger, but it won't taste good."
Joe Paterno

(citação extraída de SBANC Newsletter, July 13, Issue 625 - 2010, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, julho 12, 2010

"Divulgação do PLUG 2010 - prémio promovido pela APRITEL"

«É missão da APRITEL (Associação dos Operadores de Telecomunicações) incentivar o desenvolvimento do sector das telecomunicações.
Nesse sentido, a Associação lançou em 2008 o PLUG, um concurso que visa premiar as melhores ideias que possam contribuir para o desenvolvimento deste sector tão importante na economia.
Dado o sucesso alcançado na primeira edição, a APRITEL realiza este ano o PLUG 2010, a 2ª. Edição do concurso.
[...]
Mais informação está disponível em http://www.plug-apritel.org/.

DESTINATÁRIOS
Gostaríamos de divulgar esta iniciativa de forma significativa no universo da Faculdade de Economia e Gestão (alunos, ex-alunos, professores, funcionários,…)
Podem concorrer ao prémio todas aquelas pessoas (ou equipas) que não estejam directamente relacionadas com a organização do mesmo. No entanto, parece-nos que o concurso tem mais vocação para matéria das áreas económicas, jurídicas ou tecnológicas pelo que, faz sentido a divulgação junto dos alunos e ex-alunos dessas especialidades.
PRÉMIOS
15.000 Euros em prémios.
Divulgação dos trabalhos vencedores, bem como dos seus autores, em meios de comunicação de relevo.
CALENDÁRIO
As candidaturas deverão ser apresentadas até dia 15 de Outubro de 2010.
[...]
Em breve entraremos em contacto para combinar a operativa e programar uma data para envio do material de divulgação.
Com os melhores cumprimentos,
Cristiana Gastão»
*
(reprodução parcial do corpo principal de mensagem que entretanto me caiu na caixa de correio electrónico, com a proveniência que se identifica)

Inflacção e comércio externo: os últimos dados

Taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 1,2% - Junho de 2010
12 de Julho de 2010

Comércio Internacional-Saídas aumentam 18,4% e Entradas 13,1% - Maio de 2010
09 de Julho de 2010

(títulos de Destaques do INE com as datas assinaladas, disponíveis na página de entrada do respectivo Portal - INE)

quarta-feira, julho 07, 2010

Those who believe

"The future belongs to those who believe in the beauty of their dreams."

Eleanor Roosevelt

(citação extraída de SBANC Newsletter, July 6, Issue 624 - 2010, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, julho 05, 2010

VIII Encontro de Economistas de Língua Portuguesa

«Caro(a) Colega,
Em estreita ligação com a AELP - Associação de Economistas de Língua Portuguesa, a Ordem dos Economistas vai organizar nos próximos dias 11, 12 e 13 de Novembro o VIII Encontro de Economistas de Língua Portuguesa cujo programa provisório poderá ser consultado através da ligação:
http://www.ordemeconomistas.pt/xeo/attachfileu.jsp?look_parentBoui=6737145&att_display=n&att_download=y
O tema do Encontro é "Parceria e desenvolvimento em espaços geograficamente descontinuados: o caso dos Países de Língua Portuguesa" que será desenvolvido em três subtemas, que serão objecto de outros tantos painéis:
1.º Subtema: Evolução recente e perspectivas das relações económicas entre os Países de Língua Oficial Portuguesa;
2.º Subtema: Os factores de ordem histórica e cultural que podem e devem levar à cooperação no âmbito da CPLP;
3.º Subtema: Globalização e identidade nacional: o papel da cooperação e da parceria na construção de um espaço económico geograficamente descontinuado.
Para além de o convidar desde já a participar no Encontro vinha igualmente convidá-lo a, através de um texto que não tenha mais de 3000 palavras, apresentar a sua reflexão sobre o tema e os subtemas propostos, a qual deverá chegar à Ordem dos Economistas até ao próximo dia 30 de Setembro.
Uma Comissão Científica composta pelos Colegas Adriano Pimpão, António Almeida Serra e João Ferreira do Amaral procederão à selecção das reflexões/comunicações a apresentar na sessão do Encontro de 12 de Novembro, que terá lugar entre às 14.30 e as 18.30 horas.
Para cada um dos Países da CPLP está previsto igual procedimento. Por razões práticas serão apenas seleccionadas para serem apresentadas três comunicações por País. Todas as demais serão também objecto de publicação.
A fim de que o nosso VIII Encontro possa revestir-se de um êxito significativo e que possa contribuir para o reforço e aprofundamento da cooperação entre os Países que constituem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, vinha solicitar-lhe o seu empenho nesta iniciativa. Grato, desde já, por toda a cooperação que possa vir a prestar e com os melhores cumprimentos
Francisco Murteira Nabo
Bastonário»
*
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reencaminhada por Paulo Mourão)

sábado, julho 03, 2010

quinta-feira, julho 01, 2010

Conversas sobre nós: do potencial turístico dos territórios às deficiências de organização e de estratégia de promoção turística

1. O CER, Centro de Estudos Regionais, uma associação cívica sedeada em Viana do Castelo, tem vindo a promover um ciclo de conferências que, sugestivamente, intitulou “Novas conversas sobre nós”. A última das conferências realizadas ocorreu no final da passada semana e teve como orador convidado o signatário deste texto. O tema versado foi: “Alto Minho: destino turístico cultural e criativo?”. Em boa verdade, o tema que me havia sido proposto não contemplava a forma interrogativa.
2. O elemento de amarragem da intervenção foi um levantamento que havia sido feito, via inquérito, sobre as preferências ou escolhas de visitantes reais ou potenciais do Alto-Minho. As preferências que era suposto serem explicitadas reportavam-se aos recursos turísticos ofertados pelo território em causa. Os resultados a que se chegou foram os seguintes: os recursos turísticos mais valorizados pelos inquiridos foram os Recursos Históricos, seguidos dos Recursos Naturais-Água.
3. Os resultados obtidos no âmbito do mencionado estudo revelaram-se interessantes especialmente por tornarem patente a inadequação da estratégia promocional que vinha sendo conduzida, centrada no Património Religioso e no Artesanato, atributos que se revelaram ter menor relevância no contexto da hierarquia de preferências dos inquiridos.
4. Pegando com maior detalhe nos resultados do estudo, podia adicionalmente constatar-se o seguinte: i) no âmbito dos Recursos Históricos, apareciam positivamente ponderados o Património Arqueológico e o Património Civil; ii) no âmbito dos Recursos Etnográficos, o mesmo se verificava relativamente às Festas e à Gastronomia; e iii) no contexto dos Recursos Naturais-Terra, surgiam positivamente apreciados os Parques Nacionais ou de Paisagem Protegida. Ora estes são recursos que caem no âmbito de perfis de procura turística mais recentes, onde a dimensão cultura, singularidade e ambiente natural têm lugar de destaque, e era daqui que surgia o pretexto para questionar a viabilidade de configurar o Alto-Minho como um destino de turismo cultural.
5. A problemática da criatividade a que fazia apelo o título da conferência surgia colocada mais adiante e prendia-se com a ideia que, se se pode assimilar o turismo cultural a visitas a monumentos e locais históricos, é também possível uma aproximação que considere uma fruição cultural mais activa. Esta problematização foi sendo feita por vários autores a partir do virar do século XX, confrontados que foram com o crescimento daquilo a chamaram “turismo criativo”. Defendem os ditos autores que os consumidores do turismo criativo procuram experiências interactivas para ajudar no seu desenvolvimento pessoal e aumentar o seu capital criativo. O turismo criativo envolve não apenas ver, não apenas “estar lá”, mas uma interacção reflexiva por parte dos turistas. Ora, era neste contexto que a questão sobre se o Alto-Minho seria capaz de posicionar-se nesse mercado poderia ser colocada. Era também daqui que surgia a oportunidade de dar um formato interrogativo ao tema da dita conferência.
6. A verdade é que, para lá chegar, o território em causa precisará, antes, de posicionar-se como destino de turismo cultural, dado que não o é, pese o seu potencial em recursos culturais. A verdade é que, digo, para lá chegar, o Minho-Lima precisará antes de consolidar-se como destino turístico enquanto tal, quer dizer, terá que conseguir que os agentes da actividade turística desenvolvam acções no sentido de uma utilização eficiente dos recursos endógenos, bem como definam e, consequentemente, promovam uma imagem da sub-região como destino turístico comum. E, adicionalmente, carecerá de: i) superar a ausência de uma cuidada organização e administração dos recursos turísticos; ii) ultrapassar a escassa oferta de alojamento e de restauração de qualidade; iii) resolver fragilidades ao nível das acessibilidades; iv) desenvolver um plano de oferta de eventos e actividades de animação mais regular e mais consistente; v) apostar na qualificação dos recursos humanos ao serviço do sector; vi) desenvolver uma cultura empresarial mais propensa à cooperação; vii) superar as lacunas graves existentes na promoção turística do território; e viii) enfrentar as indefinições em matéria de estratégia e organização do sector e contribuir para a construção de uma nova organização institucional (e territorial) do turismo regional e nacional.
7. Foi este o diagnóstico que propus aos participantes no fórum, procurando sublinhar a distância a que o dito território se situa daquilo que pode ser equacionado em matéria de um projecto turístico que faça apelo às dimensões culturais, perspectivadas de uma forma mais activa ou mais passiva. Trago aqui essa problemática e invoco aqui o evento porque, em se tratando da realidade do desenvolvimento turístico, o Alto-Minho e a Alta-Estremadura (e Leiria, em particular) não estão colocados perante realidades e constrangimentos muito diversos. Invoco a vivência que experimentei porque acho que o pontapé de saída para a mudança aqui (aí) também têm que ser “as conversas sobre nós”, que porventura não serão novas porque serão início de conversa.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de 2010/07/01 do Jornal de Leiria)