Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quarta-feira, agosto 31, 2011

To do a job right

"It is easier to do a job right than to explain why you didn't."

Martin Van Buren

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 30, Issue 684 - 2011, http://www.sbaer.uca.edu)

sábado, agosto 27, 2011

Potenciais Impactos para Guimarães do acolhimento da Capital Europeia da Cultura 2012: uma análise baseada em experiências anteriores

A nomeação de Guimarães como Capital Europeia da Cultura (CEC), em 2012, suscitou grandes expectativas na comunidade local, nos territórios limítrofes e, de um modo geral, na população portuguesa. No entanto, muitos dos potenciais impactos são ainda pouco perceptíveis pela maior parte das pessoas, se bem que muitas delas antecipem que os impactos sejam positivos.

A presente comunicação pretende aferir, de forma prospectiva, os possíveis impactos do acolhimento por Guimarães da CEC, em 2012. Por referência a experiências anteriores de organização de outras CEC, procura-se identificar alguns dos efeitos, em termos de atracção de turistas (nacionais e internacionais), das actividades culturais programadas, disponibilidades orçamentais e audiências, bem como aferir do potencial impacto económico e do legado do evento para o futuro da cidade.

Com base na análise efectuada, pode concluir-se que Guimarães CEC 2012 oferece um potencial de atracção para o Norte do país e região da Galiza, possui um orçamento, por habitante, comparável a outras CEC e beneficia do empenhamento dos agentes locais. Menos positiva é a distância da cidade a dois dos principais destinos turísticos nacionais (Lisboa e Algarve), a extensão da programação cultural do evento, o fraco envolvimento dos agentes culturais locais no programa de actividades do evento e a inexistência de espaços museológicos de referência internacional. Em contrapartida, destaca-se a existência de ligações aéreas de baixo custo a várias cidades Europeias através do aeroporto do Porto, a possibilidade de reposicionar a imagem da cidade ao nível nacional e internacional, a disponibilização de fundos para a revitalização urbana do centro histórico e o aumento esperado do número de turistas (nacionais e estrangeiros). A recessão económica (nacional e Europeia), as dificuldades orçamentais, a pouca ambição da política de angariação de patrocínios e de recursos financeiros privados e a sustentabilidade do evento no futuro são algumas ameaças que poderão comprometer o sucesso de Guimarães CEC 2012.

J. Freitas Santos

Laurentina Vareiro

Paula Cristina Remoaldo

J. Cadima Ribeiro

(resumo de comunicação a apresentar no III CONGRESSO INTERNACIONAL “A Casa Nobre: um Património para o Futuro”, a realizar na Casa das Artes – Arcos de Valdevez, a 2, 3 e 4 de Dezembro de 2011)

quinta-feira, agosto 25, 2011

Portugal: cenários para 2020

Cruzando quadros teórico-conceptuais de base, levantamento sumário de recursos e potencialidades, situação económico-financeira actual e leitura dos sinais que parecem configurar a evolução social e política do país, entendo que Portugal, por volta de 2020, e em qualquer dos casos no médio-longo prazo, balançará entre dois cenários:
i) o da estagnação nos seus níveis de riqueza e bem-estar actuais, prolongando o quadro socioeconómico sem projecto, refém de estratégias “externas” (leia-se: da União Europeia), elas próprias errantes e pouco enfeudadas ao desenvolvimento dos povos; e
ii) o de uma economia e sociedade mais maduras, uma sociedade mais responsável do ponto de vista ambiental e mais consciente e solidária em matéria de dinâmica social, mais organizada e melhor liderada, em expressão de uma renovação das suas bases produtivas, de uma colocação em valor das capacidades e iniciativa dos seus agentes mais dinâmicos, de uma maior atenção ao ordenamento do território (e das cidades) e da afirmação de um modelo de governação sociopolítica muito mais próximo dos cidadãos e das suas necessidades.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, agosto 22, 2011

"Nunca pertenci, nem pertencerei ao coro daqueles que acham que a situação a que se chegou é resultado de circunstâncias externas"

Cumpre-me deixar claro que nunca pertenci, nem pertencerei ao coro daqueles que acham que a situação a que se chegou é resultado de circunstâncias externas desfavoráveis, do Euro (moeda europeia) ou de infortúnios do destino. Pelo contrário, a meu ver, os 10 anos seguidos de estagnação que o país já leva são fruto de lógicas de poder desligadas dos objectivos de progresso e bem-estar social dos portugueses, de falta de um projecto sócio-económico para o país e de muita incompetência técnica.
Esta dimensão de incompetência esteve mais presente do que nunca na fase subsequente à crise financeira internacional declarada em finais de 2008, com ilustrações gritantes na gestão dos dossiês BPN, parcerias públicas-privadas, novo aeroporto de Lisboa, rede de comboio de alta velocidade, entre outros.

J. Cadima Ribeiro

sábado, agosto 20, 2011

"UN Global Conference 27th-30th September, 2011 @ London, United Kingdom"

«United Nations World Conference on the Impact and Implications of the Global Financial and Economic Crisis on Sustainable Development & Climate Change Proposals for an Integrated Global Response to the Crisis. (27 - 30 September, 2011 @ The International Convention Centre London, United Kingdom).

Dear Invitee, Nonprofit/NGO Colleague,

On behalf of the organizing and scientific working committee, the United Nations invites you to a Four-day summit of Economists, Educationists, Administrators, Manufacturers, Researchers, Non-Governmental Organizations, Religious Leaders, Community Organizations, individuals from the Public and Private Sector from 27 - 30 September, 2011 in London (UK) to assess the worst global economic down turn since the Great Depression. The aim is to identify emergency and long-term responses to mitigate the impact of the crisis, populations, and initiate a needed dialogue on the transformation of the international financial architecture, taking into account the needs and concerns of all countries of the world.

The United Nations Summit coming up in September was mandated at the Follow-up International Conference on Financing for Development, held in June 2009 in New-York. Member States requested the General Assembly to organize the meeting "at the highest level".

Date: 27th - 30th September, 2011
Venue: International Convention Centre London, United Kingdom.
Conference Theme: Impact and implications of the global financial and economic crisis on sustainable development & climate change proposals for an integrated global response to the crisis.

Registration to this Summit is absolutely "free" and strictly for invited individuals and organizations only. As an invitee,you have received a registration code UN/WFEC/01673/UK/2011 with the invitation letter, which grants you access to the registration form. The United Nations General Assembly will sponsor free travel costs and all-round flight ticket for all participant. Invited participants will only be responsible for their hotel accommodation and feeding cost at the Hyde Park Hotels. The International Convention Centre (ICC) London, United Kingdom is the venue of this summit while the Hyde Park Hotel has been officially designated to accommodate all participant for this unique and prestigious global financial and economic crisis summit.

Call for papers:
United Nations welcomes paper presentation from interested participants, scholars, financial experts, policy makers, and other practitioners. Paper presentations will be scheduled for 20 minutes each including questions.

The following topics can be covered in your submission and presentation:

* Causes and Solutions of the Global Financial and Economic Crisis
* Global Repercussions of the Financial and Economic Crisis
* Fundamental Defects of the Free Market System
* The Impact of the Financial and Economic Crisis on Developing Countries
* The Impact of the Financial and Economic Crisis on Millennium Development Goals MDG's
* Accounting & Financial Regulations
* Government and/or Private Sector Response to the Financial and Economic Crisis
* Any other topic relating to Finance and Economy

Participants will enjoy shows, attractions, activities, and tours available in host city.

Important Dates:
Submission of Paper Presentation and Proposals -- Monday, 5th September, 2011.
Submission of Registration form and Proof of Accommodation from Hyde Park Hotel -- Immediately.
Registration Closing Date -- As set by United Nations General Assembly.

For further details about registration form,visa,flight ticket and other details, write an acceptance letter to be part of this event and send directly to Ms. Elizabeth Thompson (Conference Organizing Secretary) E-mail: secretary@wfec-un.org
Register Now!

Alessandra Alfieri,
[Coordinator]
Communication and Public Affairs,
United Nations Global Financial and Economic Crisis Summit Organizing Committee.
(UNWFEC)»

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

"O que está a falhar é a política"

«Nobel de Economia: "O que está a falhar é a política"
O pânico financeiro nas bolsas e o regresso de uma psicologia de crise entre os investidores e agentes económicos está a conjugar-se com números péssimos sobre o crescimento das economias desenvolvidas e uma "total inabilidade política" nos dois lados do Atlântico disse ao Expresso o Nobel de Economia.

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
9:41 Sexta feira, 19 de agosto de 2011

Uma conjugação mortal está a ocorrer entre uma dinâmica de abrandamento da economia, com o fantasma da recaída na recessão nos países Ocidentais, e uma "total inabilidade política" por parte dos governos nos dois lados do Atlântico, disse ao Expresso, com manifesto pessimismo, Michael Spence, Prémio Nobel da Economia em 2001, professor de Economia na Universidade de Nova Iorque, em entrevista publicada na edição de 14 de agosto.
Num mês em que as bolsas de todo o mundo viveram emoções fortes, com a volatilidade ao rubro, e dois eventos de míni-crash a 8 e 18 de agosto, e os Estados Unidos continuam a lamber as feridas do corte de notação por parte da agência Standard & Poor's, o Nobel de 68 anos afirma que "a política está a dificultar uma resposta enérgica à situação em muitos países, incluindo nos Estados Unidos, e no conjunto da União Europeia".
E prossegue: "Esta inabilidade política para agir - a não ser em resposta a uma crise clara - juntamente com a ameaça real de um abrandamento global significativo da economia mundial está a provocar a derrocada nos mercados e isso, por sua vez, agrava ainda mais as perspetivas de crescimento".É a política, estúpido!
A imagem que se está a passar é que os políticos deixam o mais que podem nas mãos do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal (Fed) americana o assunto desta nova crise.
Na realidade, é o BCE que está a conter o disparo dos juros da dívida no mercado secundário de Espanha e Itália e a alimentar o mercado interbancário europeu evitando a sua secura. Nos EUA, os investidores sentiram-se aliviados, no curto prazo, com a promessa da Fed de manter os níveis das taxas de juro federais (fed funds rates) próximos de 0% ou muito baixos até meados de 2013, mas estão suspensos do que Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal, vai dizer no retiro dos banqueiros centrais norte-americanos em Jackson Hole no próximo dia 26 de agosto.
Michael Spence acha que estes movimentos dos banqueiros centrais "não resultarão". E frisa: "Sem dúvida que a política monetária é um aspeto importante do incentivo à retoma, um facilitador, diria. Mas os bancos centrais não podem resolver por si o problema conjunto das contas públicas e do crescimento. Isso requer reformas e investimentos - com detalhes que variam de país para país. Investimento público, reforma do mercado de trabalho, competitividade, política fiscal, investigação e desenvolvimento são coisas que os banqueiros centrais não controlam". E tudo isso é do domínio dos políticos eleitos.»

(reprodução de artigo Expresso, com a referência identificada)
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]
Comentário: !!!

sexta-feira, agosto 19, 2011

Competitividade e território

Que fique claro que os territórios são alfobres de recursos e competências e que a sede primeira da respectiva afirmação económica e desenvolvimento são os seus recursos e competências, interpretadas estas como capacidade de transformar recursos de base em produtos e serviços negociáveis nos mercados, qualquer que seja a escala que se queira considerar, local, nacional, global.
Curiosamente, quando o modelo de operação económica é o internacional, como é próprio dos tempos que correm, em face da procura de singularidade, de novidade, do que melhor responde à idiossincrasia do consumidor, os produtos dos territórios (sobretudo, produtos tradicionais mas também aqueles que são gerados no presente, bebendo na cultura, no saber-fazer dos lugares) ganham valia económica inesperada. Considere-se, a título de exemplo, as carnes de certas espécies animais, os azeites e os queijos com designação de origem protegida, o património natural e construído de alguns lugares, etc.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, agosto 17, 2011

CALL FOR PAPERS - International Conference on World Heritage at Risk (Ravello 14 -16 September 2011)

«Dear Colleague
please find below information on the above Conference, which you might find of interest. Deadline for papers submission is 21 August 2011.
We invite to submit theoretical and applied papers addressing the 4 conference themes:

•A1: Heritage and Climate Change
•A2: Heritage and Diversity
•A3: Heritage in Conflict Areas
•A4: Tourism carrying capacity and World Heritage Sites management plans

For further information please visit www.cecseries.org
Please circulate this call within your network of colleagues.
Thank you for your cooperation
Regards

Dr Patrizia Riganti
Lecturer in Architecture
Department of Architecture & Built Environment
Faculty of Engineering
University of Nottingham
University Park
Nottingham
NG7 2RD

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

segunda-feira, agosto 15, 2011

“Taxation trends in the European Union: 2011 edition”

“This report contains a detailed statistical and economic analysis of the tax systems of the Member States of the European Union, plus Iceland and Norway, which are Members of the European Economic Area. The data are presented within a unified statistical framework (the ESA95 harmonised system of national and regional accounts), which makes it possible to assess the heterogeneous national tax systems on a fully comparable basis. The standard classifications of tax revenues (by major type of tax or by level of government) presented in most international tax revenue statistics are hard to interpret in economic terms. This publication stands out for offering a breakdown of tax revenues by economic function (i.e. according to whether they are raised on consumption, labour or capital). This classification is based on disaggregated tax data and on a breakdown of the revenue from the personal income tax. Besides revenue data, the report also contains indicators of the average effective tax rate falling on consumption, labour and capital, as well as data on environmental taxation and on the top rates for the personal and corporate income tax. Country chapters give an overview of the tax system in each of the 29 countries covered, the revenue trends and the main recent policy changes. Detailed tables allow comparison between the individual countries and European averages. Data cover the 1995-2009 period and are presented both as a percentage of GDP and as a percentage of total taxation. This year's edition of the report for the first time includes data on average effective tax ratios (EATRs) for non-financial corporations. In addition, the report also contains a detailed new analysis of the impact of the economic and financial crisis on the tax systems of all EU Member States.”

European Commission

Date: 2011-06
Keywords: European Union, taxation.

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, agosto 13, 2011

Bovino barrosão




Bovino barrosão protegendo-se do calor, debaixo de uma árvore, depois de breve espreitadela da barragem da Caniçada (Gerês), a partir do miradouro situado na vizinhança.








[Foto da autoria de C.P.]


terça-feira, agosto 09, 2011

(To) find the way

"Determine that the thing can and shall be done, and then we will find the way."

Abraham Lincoln

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 9, Issue 681-2011, http://www.sbaer.uca.edu)

"Rating" da dívida dos Estados Unidos

Notícia JNegócios
Vídeo: "É irónico ver Obama queixar-se das agências de rating":
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=500561
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sexta-feira, agosto 05, 2011

quarta-feira, agosto 03, 2011

Learn wisdom

"By three methods we may learn wisdom: First, by reflection, which is noblest; Second, by imitation, which is easiest; and third by experience, which is the bitterest."

Confucius

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 2, Issue 680-2011, http://www.sbaer.uca.edu)

“Os portugueses desperdiçam muitas oportunidades para prosperar”

Notícia Correio do Minho
Professor da Universidade do Minho entregou livro a Cavaco:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=51748
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