Cruzando quadros teórico-conceptuais de base, levantamento sumário de recursos e potencialidades, situação económico-financeira actual e leitura dos sinais que parecem configurar a evolução social e política do país, entendo que Portugal, por volta de 2020, e em qualquer dos casos no médio-longo prazo, balançará entre dois cenários:
i) o da estagnação nos seus níveis de riqueza e bem-estar actuais, prolongando o quadro socioeconómico sem projecto, refém de estratégias “externas” (leia-se: da União Europeia), elas próprias errantes e pouco enfeudadas ao desenvolvimento dos povos; e
ii) o de uma economia e sociedade mais maduras, uma sociedade mais responsável do ponto de vista ambiental e mais consciente e solidária em matéria de dinâmica social, mais organizada e melhor liderada, em expressão de uma renovação das suas bases produtivas, de uma colocação em valor das capacidades e iniciativa dos seus agentes mais dinâmicos, de uma maior atenção ao ordenamento do território (e das cidades) e da afirmação de um modelo de governação sociopolítica muito mais próximo dos cidadãos e das suas necessidades.
J. Cadima Ribeiro
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