Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quinta-feira, março 29, 2012

"[Movimento Sem Emprego] - Plenários em Lisboa e no Bombarral"

 «O MOVIMENTO SEM EMPREGO informa a realização dos seguintes plenários:
Este grupo de trabalhadores que alterna a sua condição entre o desemprego, o sub-emprego ou a precariedade, afirma estar empenhado na criação de um movimento para o combate político e para a defesa dos direitos deste sector social.

Manifesto do Movimento Sem Emprego: http://www.movimentosememprego.info/docs/ManifestoMSE.pdf.

Unidos pelo Direito ao Trabalho e à Dignidade!

Para mais informações contactar:

Ana Rajado 967872436, 

Ana Pacheco 965347923



(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

quarta-feira, março 28, 2012

"As mulheres mostraram apreciar mais a possibilidade de fazer compras"

"Embora as diferenças detectadas não fossem muito marcadas (o que, em termos de análise estatística, não garante a robustez dos dados, isto é, a validação estatística das diferenças identificadas, para um nível de confiança de 95%), as mulheres mostraram apreciar mais a possibilidade de fazer compras e desfrutar da oferta em matéria de lazer que os homens. Outro tanto sucedeu com a componente serviços de alojamento e gastronomia."

 J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, março 26, 2012

5º Congresso Latino-Americano de Investigação Turística

«3ª CIRCULAR
5º Congresso Latino-Americano de Investigação Turística
Tema: Fortalecimento e Integração da Pesquisa em Turismo na América Latina
Período: 03 a 05 de setembro de 2012
Local: EACH/USP - São Paulo, Brasil

Comitê Organizador (Universidade de São Paulo):
Dra. Cynthia Watanabe Corrêa
Dra. Karina Toledo Solha
Dr. Marcelo Vilela de Almeida
Dra. Mariana Aldrigui Carvalho

Chamada para submissões
A atual conjuntura mundial está provocando significativas transformações no turismo, fato que vem sendo estudado por pesquisadores de todo mundo. A produção científica latino americana na área vem se consolidando e já apresenta consistência para construção de um referencial próprio.
Assim, o mapeamento desta produção permite identificar oportunidades de trabalho conjunto e consequentemente a estruturação de uma abordagem renovada nos estudos do turismo.
Com esse intuito, o 5º Congresso Latino Americano de Investigação Turística pretende reunir pesquisadores e demais interessados e avançar na produção do conhecimento turístico, estimulando a criação de redes de pesquisadores, além de fortalecer as já existentes.
Convidamos pesquisadores e demais interessados nas temáticas direta e indiretamente relacionadas ao turismo a submeter artigos completos de acordo com os eixos temáticos abaixo:
Eixo 1 – Inovação no Turismo
Eixo 2 – Destinos Turísticos
Eixo 3 – Planejamento e Gestão de Empreendimentos Turísticos
Eixo 4 – Marketing turístico
Eixo 5 – Cultura e turismo
Eixo 6 – Turismo e meio ambiente
Eixo 7 – Educação em turismo
Eixo 8 – Pesquisa em turismo
Eixo 9 – Novas modalidades de turismo
Eixo 10 – Outros temas

Novo Prazo para Submissão
• 22 de abril de 2012 – trabalho completo
Divulgação dos resultados
• 15 de maio de 2012
[...]
Informações sobre o evento
contato: clait-each@usp.br»

[reprodução parcial de anexo de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Xerardo Pereiro - mirantropos@hotmail.com]

sábado, março 24, 2012

Political Economy of International Organizations: call for papers

«6th Annual Conference on the
Political Economy of International Organizations

February 7-9, 2013, Universities of Mannheim and Heidelberg, Germany

Submissions are invited for the sixth annual conference on the political economy of international organizations, to be held at the Universities of Mannheim and Heidelberg, Germany, on February 7-9, 2013. The conference brings together economists and political scientists to address political-economy issues related to international organizations such as the World Trade Organization, the United Nations, the International Monetary Fund, the World Bank, and the European Union, and also other international organizations that have as yet received less attention in the academic literature.

Submission of Papers
Both empirical and theoretical papers will be considered. Please submit full papers to conference@peio.me. The deadline for submission is 30 September, 2012. Decisions will be made by 31 October, 2012. This year's special issue of the Review of International Organizations will be focusing on The Political Economy of Multilateral Trade Negotiations, edited by Peter Egger (ETH Zurich) and Marcelo Olarreaga (University of Geneva). Please indicate in your submission to the conference whether you are interested in also submitting to the special issue.

Conference Format, Attendance, and Registration
The number of participants will be limited to about 70, which allows for in-depth discussion of each paper. Authors of accepted papers are expected to attend the entire conference. There is no registration or conference fee. Travel and accommodation are at the expense of participants.

Conference Venue: Universities of Mannheim and Heidelberg, Germany. The closest international airport is Frankfurt (30 minutes).

Conference Website: http://www.peio.me/»

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Paulo Reis Mourão)

quinta-feira, março 22, 2012

1ª Conferência Internacional do OBEGEF - Perceção Interdisciplinar da Fraude e Corrupção

«1ª Conferência Internacional do OBEGEF 
Perceção Interdisciplinar da Fraude e Corrupção (http://www.obegef.pt/i2fc/

Em setembro de 2012 (dias 14-15), decorrerá na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) a 1ª Conferência Internacional do OBEGEF - Perceção Interdisciplinar da Fraude e Corrupção. 
Apelamos à sua participação submetendo um resumo, poster ou participando nas Doctoral/Master Tutorials (que decorrerão no dia 13 de setembro). A data limite para submissão é 9 de Abril. 
O desafio desta conferência é o de contribuir para estudo, prevenção e combate da fraude e corrupção de uma forma integrada, aproveitando os contributos trazidos por todos, independentemente das suas funções e formações científicas. É entrecruzar contributos de juristas, juízes, procuradores, economistas, gestores, políticos, polícias, criminologistas, psicólogos, matemáticos, informáticos, jornalistas, antropólogos, sociólogos, urbanistas, historiadores, filósofos, auditores, forenses e de todos os demais que tenham contributos relevantes sobre estas problemáticas. 
São encorajadas contribuições teóricas e empíricas. Os tópicos da conferência incluem mas não estão limitados a: 
 § Educação ética e prevenção de fraude 
 § Economia paralela, fraude e branqueamento de dinheiro 
 § Crime, crime de colarinho branco e fraude 
 § Dinâmica social, institucional e individual da fraude 
 § Fraude: enquadramento, tipo e procedimentos 
 § Estado e corrupção 
 § Prevenção e deteção de fraude 
 § Fraude nos setores sociais 
 A Conferência inclui sessões plenárias, apresentação de artigos e sessões de discussão lideradas por especialistas reconhecidos mundialmente no mundo académico e profissional. 
 [...]
 Datas importantes 
9 de abril, 2012: Submissão de propostas (resumo/posters/propostas de tese). 
1 de maio, 2012: Notificação de aceitação 
30 de julho, 2012: Submissão do artigo final e registo 
Propina: 100 € (normal) / 50 € (estudantes) 
Os artigos apresentados no decorrer da Conferência serão publicados num livro de atas com ISBN e serão posteriormente considerados para a publicação num volume publicado por uma editora internacional. 
Serão atribuídos prémios (no valor de 500€) ao melhor artigo, poster e proposta de tese. 
 Contactos Email: I2FC@fep.up.pt 

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

quarta-feira, março 21, 2012

sexta-feira, março 16, 2012

O turismo não poderia (não poderá) sair incólume

No actual contexto de redução de rendimentos enfrentada por grande parte das famílias portuguesas, em razão do peso que toma o turismo interno, o sector não poderia (não poderá) sair incólume, isto é, tenderá, ele também, a contribuir para o avolumar do quadro recessivo que a economia vive. 
Note-se, por outro lado, a presumível insustentabilidade do crescimento da procura com base nos mercados emissores que registaram os melhores desempenhos relativos no ano 2010. Provavelmente, os dados respeitantes ao ano de 2011 já deixarão isso patente mas, mesmo não estando publicados, bastará olhar com atenção para essa lista de países para resultar óbvia essa expectativa. Itália, Espanha, Holanda e, até, França estão longe, muito longe, de enfrentar boas conjunturas económicas, sendo difícil antecipar quando retomarão um ciclo consolidado de crescimento.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, março 14, 2012

Success

"Success is to be measured not so much by the position that one has reached in life as by the obstacles which he has overcome."

Booker T. Washington

(citação extraída de SBANC Newsletter, March 13, Issue 708 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

segunda-feira, março 12, 2012

Como fazer um empreendedor? O papel dos valores sociais e sentimentos

As empresas de hoje procuram no mercado indivíduos capazes de criar empresas e desenvolver negócios, numa palavra, quem seja capaz de empreender. Este perfil tem associado as ideias de capacidade de empenho num projecto, de assumpção de responsabilidades e mesmo de correr riscos. Estas são as características que se associam à figura do “Empreendedor”, sendo que este toma muitas vezes decisões de forma intuitiva, isto é, sem que seja claro o resultado económico daí decorrente.
A tomada de decisão empresarial não é uma tarefa fácil. Tenha-se presente que mais de 70% das empresas criadas vão à falência nos três primeiros anos de vida. A empresa recém-formada confrontar-se-á com a ausência de um histórico de vendas e a falta de reconhecimento por parte do cliente. Está assim em desvantagem face às empresas implantadas no mercado. Resta-lhe, por isso, tirar partido dos poucos dados de que dispõe (conjuntura económica, vendas dos concorrentes). Nestas circunstâncias, o Empreendedor tem de agir de forma intuitiva, isto é, sem poder suportar-se em estudos robustos.
A importância da intuição está ligada à de percepção. Considere-se um “puzzle” onde tudo parece encaixar-se. Neste contexto, o Empreendedor é alguém que, descartando uma aproximação analítica, acaba por descobrir que, afinal, falta uma peça. Também pode ser colocado na posição de alguém que “pensa fora da caixa”.
A iniciativa empresarial suporta-se num certo quadro emocional, com expressão no sentimento de confiança e na crença de capacidade de sobreviver no mercado que informam a acção do Empreendedor. O caminho seguido por este reflecte os seus valores, sentido de responsabilidade, desejo de autonomia e nível de tolerância ao risco, e optimismo.
Estes valores e sentimentos influenciam de forma diferente cada grupo social. Na minha tese de Mestrado, supervisionada pelo Professor Pedro Pita Barros, conclui que, em Portugal, o Empreendedor é orientado para tomadas de decisão intuitivas quando a sua avaliação dos valores sociais e relações emocionais estão acima das presentes noutros grupos.
Isto liga-se com o porquê das empresas procurarem desenvolver uma identidade emocional e culturas próprias, o que as leva a fazer testes de personalidade aquando do recrutamento de colaboradores. Identificar que perfis se conectam melhor com os existentes é uma componente da estratégia das organizações. No caso daqueles sujeitos que escolhem trabalhar de forma independente, a sua acção é também influenciada pelo respectivo perfil emocional, o qual decorre da respectiva inserção social e características psico-sociais. Estes atributos condicioná-los-ão nas suas tomadas de decisão.
Daqui decorre que as instituições que apoiam os Empreendedores deverão ser capazes de lhes fornecer ferramentas apropriadas para o desenvolvimento dos seus negócios. A decisão intuitiva do Empreendedor, mediada pelos recursos de que possa dispor, funcionará melhor se for apoiada por informação que lhe permita posicionar-se melhor no mercado (sector de actividade, tipo de produto, faixa etária do cliente, etc.).
É também desejável que as instituições sociais, o estado e a população em geral sejam capazes de oferecer aos mais novos condições para que eles se sintam orgulhosos dos seus feitos e ambicionem chegar mais longe. Por outro lado, é necessário que sejam levados a não temer o fracasso e que sejam capazes de confiar nos outros (de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor, Portugal é dos países onde menos o Empreendedor cria relações de negócio com pessoas fora do seu circulo íntimo). No longo prazo, tanto o apoio das instituições como o da sociedade podem dar frutos em matéria de perfil emocional do Empreendedor.

José Pedro Cadima

quinta-feira, março 08, 2012

ARWTE 2012 - Call for Papers

«Dear Colleagues:

I am pleased to inform you that our next conference is already in motion (CFP attached). Here are the main details:
* ARWTE 2012 - Advanced Research Workshop in Tourism Economics *
Location: Coimbra, Portugal
Dates: 11 - 12 June 2012
Deadline for paper submissions: 30 April 2012
JEL classification(s): A, C, D, F, M, N, O, Q, R, Z
Further information available soon at: http://arwte2012.apidt.com/

I would appreciate if you could pass through this information.

Apologies for cross-posting and many thanks in advance for your cooperation. I look forward to seeing you in Coimbra next June.

Kind regards,

Álvaro Matias, Chair
APIDT - Portuguese Association for Tourism Research and Development Rua de Santa Clara 125 D
2775-737 Carcavelos, Portugal
E-mail: arwte2012@apidt.com
Phone: +351 965403584»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

terça-feira, março 06, 2012

Change the world

“Never doubt that a small group of thoughtful, committed citizens can change the world. Indeed, it is the only thing that ever has."

Margaret Mead

(citação extraída de SBANC Newsletter, March 6, Issue 707-2012, http://www.sbaer.uca.edu)


"Movimento Sem Emprego realiza primeira acção pública no Centro de Emprego do Conde Redondo"

«INFORMAÇÃO DE AGENDA E COMUNICADO DE IMPRENSA
Movimento Sem Emprego realiza primeira acção pública no Centro de Emprego do Conde Redondo
O MOVIMENTO SEM EMPREGO vai estar no Centro de Emprego do Conde Redondo no próximo dia 6 de Março, para convocar os desempregados para a manifestação da Plataforma 15 de Outubro, no dia da Greve Geral, e fazer uma primeira apresentação da organização a outros desempregados.
Este grupo de trabalhadores que alterna a sua condição entre o desemprego, o sub-emprego ou a precariedade, afirma estar empenhado na criação de um movimento para o combate político e para a defesa dos direitos deste sector social.
Com o desemprego a bater todos os recordes, os organizadores esperam que a luta política ajude a inverter a tendência para o isolamento das pessoas que ficam nesta situação e aposta tudo no envolvimento do maior número possível de desempregados, seja no tipo de acções como a que vai ter lugar no Centro de Emprego do Conde Redondo, seja no chamado que estão a fazer para a manifestação e assembleia popular marcada para o dia 22 de Mar o, no decorrer da greve geral.
Pelo Movimento Sem Emprego
Ana Pacheco,
Ana Rajado,
Chullage,
Renato Teixeira,
Myriam Zaluar,
Nuno Silva e

Ulício Cardoso



Para mais informações, contactar:
Ana Rajado
967872436,
mobilizar@movimentosememprego.info

Evento no Facebook (Plenário de desempregados - Acção no centro de emprego do Conde Redondo): https://www.facebook.com/events/349869798364580/
Evento no Facebook (Coluna de Desempregados na Manifestação da Greve Geral):
https://www.facebook.com/events/241646325927197/

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sexta-feira, março 02, 2012

Do papel do Estado na economia às práticas políticas concretas

1.      Não é a primeira vez que trago às páginas deste jornal um artigo de opinião que toma por base a minha interacção com leitores dos textos que vou publicando em diversas espaços de divulgação e debate de ideias. Nalguns casos, esses escritos resultam de questões que me chegam de alunos de instituições de ensino superior e, até, de escolas secundárias sedeadas em diversos pontos do país. No presente caso, o pedido de “entrevista” chegou-me de um aluno de uma instituição universitária lisboeta. Nos parágrafos seguintes retenho algumas das dimensões tratadas nas respostas, breves, que dei às perguntas que me foram endereçadas.
2.      A primeira questão colocada prendia-se com o papel mais ou menos interventor do Estado na economia, sendo que importava que ficasse claro que tal não equivale a situar aquele exclusivamente como produtor de bens e serviços. Aparte as funções tradicionais de lançar impostos, assegurar a defesa do Estado e dos cidadãos, e promover a equidade social, cumpre-lhe igualmente estar atento aos ciclos económicos, fazendo uso dos instrumentos de que dispõe para estabilizar a economia e assegurar o crescimento.
3.      Passando para o quadro concreto da situação vivida e da forma como o governo em funções tem atacado os défices e a dívida pública, uma outra questão levantada foi a das privatizações. Disse a esse propósito que a forma como este dossiê tem sido encaminhado releva de três dimensões que importa distinguir: uma prende-se com o financiamento da dívida, surgindo aí a venda de empresas públicas ou das participações do Estado em empresas diversas como uma forma fácil e imediata de realizar receita; outra prende-se com saber se as ditas organizações se tornam mais eficientes tendo uma gestão “privada”; uma terceira aproximação tem que ver com a questão de a venda de certas empresas públicas ser não ser um modo de privatizar benefícios, reclamando os actores privados a “nacionalização” quando o momento seja o de socializar perdas. Mantendo presente as ópticas de abordagem que se enunciam antes, conclui que proclamar a superioridade do Estado regulador não passa de uma questão de fé.
4.      Uma outra vertente que esteve em equação foi a da provisão privada de serviços como a educação e a saúde e/ou do respectivo financiamento por fundos privados. Isso levou-me a lembrar que uma das funções do Estado é promover a oferta de bens e serviços cuja provisão privada pode não ser eficiente, e que outra é promover a equidade social. Neste caso, está em causa garantir que os extractos sociais mais frágeis tenham acesso aos serviços de saúde e de educação. Ora, se se considerar os sistemas de saúde mais dependentes de mecanismos de financiamento privados que existem, verificar-se-á que se encontram entre aqueles que menos capazes são de atender as necessidades básicas de saúde do universo dos cidadãos. Por outro lado, a igualdade de oportunidades no acesso à educação também não parece ser salvaguardada sem oferta pública generalizada. No caso da formação superior e da investigação produzida nas universidades, o risco de “desvio” em função de lógicas de mercado e de curto-prazo afigura-se ser ainda maior. Claro está que no discurso dos detentores do poder, os objectivos que subjazem às políticas de privatização de serviços públicos que encetam são sempre muito meritórios.
5.      Finalizando o questionário, emergiam as problemáticas do papel que o Estado terá no futuro e a das saídas para a crise em que o país está mergulhado. Daí me veio a oportunidade para sublinhar que, dependendo as funções do Estado quer das visões que, ciclicamente, se vão impondo quer da força política de turno no Governo, é problemático prever o que vai passar-se nessa matéria a médio e longo prazos. Entretanto, a prazo mais curto, por força dos compromissos assumidos pelo Governo perante as instituições credoras e por força do programa político-ideológico que lhe está associado, não é grande exercício de adivinhação antecipar que tudo quanto sejam interesses do Estado em empresas financeiramente apetecíveis será vendido. Por sua vez, sobre as saídas para a crise, oferece-se-me claro que não se encontrará solução portadora persistindo neste modelo de fazer política e neste tipo de políticas. Dizer isto significa reafirmar que o que gera riqueza e emprego não são políticas contraccionistas mas políticas promotoras do crescimento e do emprego. Também é dessa forma que a receita fiscal cresce sustentadamente.

J. Cadima Ribeiro 

(Artigo de Opinião publicado na edição de 2012/03/01 do Jornal de Leiria)