A criação do espaço euro permitiu dar estabilidade às economias da zona euro, obrigadas a rigorosas regras orientadas pelo Banco Central Europeu, em conjunto com cada um dos bancos centrais nacionais. Além da estabilidade monetária, que cria condições para uma taxa de inflação baixa e controlada, o euro agilizou as trocas comerciais entre estes países, fazendo diminuir os custos de transacção com câmbios de moeda, as barreiras aduaneiras e outros, o que permitiu tornar mais barato transportar e comercializar serviços dentro do espaço euro. O euro tornou-se, assim, uma moeda forte, logo os países do euro podem comprar mais e mais barato. A maioria das moedas tinha, e tem ainda, como referência o dólar americano. Numa altura em que o euro bate um novo recorde de valor em relação á moeda americana (a moeda única europeia está a negociar acima dos 1,47 dólares, impulsionada pelas expectativas de que a Reserva Federal dos Estados Unidos irá baixar a sua taxa de referência em 50 pontos base para evitar que a maior economia do mundo entre em recessão) para os países da zona euro comprar matérias-primas, produtos energéticos ou outras mercadorias aos países de fora, particularmente os que têm por referência o dólar americano, torna-se mais barato, podendo comprar mais e melhor.
Contudo, se pertencer á zona euro permite importar mais, já para quem está fora do espaço é mais caro comprar dentro da zona euro. Os nossos produtos ficam mais caros, sendo mais difícil exportá-los. No mundo global em que vivemos, as empresas para sobreviver têm de conseguir alargar os seus mercados, internacionalizar e exportar. Com um euro cada vez mais forte, é cada vez mais difícil esta tarefa, o que torna os produtos menos competitivos e, em última fase, coloca em risco a vida das próprias empresas. E todos sabemos que quando a existência das empresas está em risco, os postos de trabalho também o estarão.
Segundo um estudo apresentado no início de Dezembro de 2007 (Roper Reports, realizado pela empresa de estudos de mercado Gfk), os portugueses estão cada vez mais pessimistas face aos indicadores económicos, sendo Portugal o segundo país (a seguir ao Japão), onde os cidadãos mostram menos confiança quanto á sua situação económica pessoal. No topo das preocupações dos portugueses estão a eventual recessão e desemprego, o crime e a ausência de lei e a inflação e os preços elevados. Entre os portugueses, apenas 26 por cento acredita que daqui a 12 meses a sua conta bancária estará de melhor saúde. De realçar que dos 31 países analisados neste estudo, Portugal é o único que apresenta duas referências a questões económicas no top 3 das preocupações dos cidadãos. O que se percebe com facilidade: o país continua mais ou menos de tanga, o desemprego aumenta (ou como os governantes gostam de dizer “os empregos diminuem”), as pensões sobem pouco, as greves sucedem-se e, enquanto assistimos á novela do futuro aeroporto internacional do país, vamos perdendo a vontade de sorrir quando toca a fazer contas e fazer render o salário até ao final do mês.
Contudo, se pertencer á zona euro permite importar mais, já para quem está fora do espaço é mais caro comprar dentro da zona euro. Os nossos produtos ficam mais caros, sendo mais difícil exportá-los. No mundo global em que vivemos, as empresas para sobreviver têm de conseguir alargar os seus mercados, internacionalizar e exportar. Com um euro cada vez mais forte, é cada vez mais difícil esta tarefa, o que torna os produtos menos competitivos e, em última fase, coloca em risco a vida das próprias empresas. E todos sabemos que quando a existência das empresas está em risco, os postos de trabalho também o estarão.
Segundo um estudo apresentado no início de Dezembro de 2007 (Roper Reports, realizado pela empresa de estudos de mercado Gfk), os portugueses estão cada vez mais pessimistas face aos indicadores económicos, sendo Portugal o segundo país (a seguir ao Japão), onde os cidadãos mostram menos confiança quanto á sua situação económica pessoal. No topo das preocupações dos portugueses estão a eventual recessão e desemprego, o crime e a ausência de lei e a inflação e os preços elevados. Entre os portugueses, apenas 26 por cento acredita que daqui a 12 meses a sua conta bancária estará de melhor saúde. De realçar que dos 31 países analisados neste estudo, Portugal é o único que apresenta duas referências a questões económicas no top 3 das preocupações dos cidadãos. O que se percebe com facilidade: o país continua mais ou menos de tanga, o desemprego aumenta (ou como os governantes gostam de dizer “os empregos diminuem”), as pensões sobem pouco, as greves sucedem-se e, enquanto assistimos á novela do futuro aeroporto internacional do país, vamos perdendo a vontade de sorrir quando toca a fazer contas e fazer render o salário até ao final do mês.
Nelson Cerqueira
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa”)
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