"O nível de poupança das famílias portuguesas continua em queda e nunca esteve tão baixo desde o ano 2000. No ano passado o saldo entre as novas aplicações financeiras (activos) e os pedidos de empréstimo (passivos) dos agregados familiares diminuiu 27% para cerca de dois mil milhões de euros, o valor nominal mais baixo dos últimos sete anos.
Visto de outro ângulo, as famílias portuguesas pouparam o ano passado o equivalente a 1,3% do PIB, um valor que se distancia dos 1,8% de 2006 e que transformam os 3,4% de 2002 já numa miragem.
Estes dados das contas nacionais financeiras publicadas pelo Banco de Portugal (BdP) na sexta-feira são a consequência de um conjunto de estrangulamentos que marcaram a economia portuguesa neste período: o baixo crescimento do País, o aumento das taxas de juro, a pressão para os baixos salários, e o aumento do desemprego, que atingiu em 2007 um valor sem precedentes.
Os números são também um desafio para economia nacional. É que quanto menor a poupança, menor o volume de recursos nacionais disponíveis para financiar investimento. Dito de outra forma: aumenta a dependência dos capitais estrangeiros."
Rui Peres Jorge
(exerto de notícia, datada de 08/05/26 e intitulada "Poupança das famílias cai para o mínimo desde o ano 2000 ", publicada pelo Jornal Negócios)
Sem comentários:
Enviar um comentário