Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quinta-feira, março 24, 2022

Revisitando um editorial escrito para o Jornal Têxtil, em maio de 2006


Jornal Têxtil: para que te quero?

Não assisti ao nascimento do Jornal Têxtil, mas nem por isso nutro menos simpatia por este projecto informativo e pelos que, com dedicação e profissionalismo, lhe foram dando expressão substantiva. Sei que não é tarefa fácil ser voz anunciadora de caminhos incertos, mesmo que promissores. Sei, bem assim, que não é fácil ser-se ponto de encontro de um “sector” tão diverso e complexo como é o que dá nome ao Jornal. A prová-lo aí está o “impasse” porque passa a entidade que é sua promotora.

Se o futuro se constrói com informação qualificada e com conhecimento, então continuará a haver lugar para o Jornal Têxtil (JT), desde que saiba renovar-se e preservar a exigência que o tem caracterizado. É este, tal e qual, o desafio que a própria fileira produtiva enfrenta, agora mais patente face à afirmação dos grandes operadores têxteis recém-chegados aos mercados mundiais.

Na senda do caminho feito, o JT tem que redobrar insistência em conceitos operativos como os de parceria (parceria de empresas; parceria de empresas e entidades do sistema científico e tecnológico; parceria de agentes de desenvolvimento), inovação (no produto, no processo, no modelo de negócio) e de ousadia (ousar fazer diferente, ousar fazer melhor).

Braga, 24 de Maio de 2005


J. Cadima Ribeiro

 

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