Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento
sexta-feira, dezembro 21, 2018
sexta-feira, dezembro 14, 2018
Special Issue of ´Sustainability` on "Cultural Heritage and Regional Development Policies": invitation to submit a paper
sexta-feira, novembro 23, 2018
domingo, novembro 18, 2018
Leiria: potencialidades, fraquezas, captação de investimento externo e liderança
Do que conhece da região de Leiria, quais
as suas potencialidades?
Confesso que conheço muito menos do que gostaria. Já levo cerca de 30 anos de
afastamento da realidade económica, social e política. O que vou seguindo é
pelos jornais e por visitas muito esporádicas à família. Há potencialidades
iniludíveis associadas à história e à dinâmica mais recente da indústria, ao
seu património natural e construído, ao posicionamento geográfico, devido à
proximidade a Lisboa e, consequentemente, a importantes infra-estruturas
portuárias e aeroportuárias, e à iniciativa empresarial.
Que fraquezas deveriam ser trabalhadas?
Uma coisa são recursos, outra são capacidades operativas, concretização de
projectos. Do que vou vendo e percebendo, parece haver uma enorme falta de clareza
de projecto ou de estratégia, se é que chega a haver projecto de
desenvolvimento para este território. Os agentes sugerem-se dispersos e
amarradas a estratégias do foro individual. Há, adicionalmente, falta de escala
nas intervenções que vão sendo conduzidas e falta de liderança. A relativa
fluidez das “fronteiras” do território também não facilita nem a aquisição de
massa critica nem a definição das necessárias lideranças sociais e políticas.
Parece-me essencial que se pegue na própria malha urbana que é suporte do
território e se procure perceber-lhe o potencial estruturador e coerência
funcional.
Por que é que pensa que falta
liderança em Leiria?
Tenho má opinião sobre a gestão política desse território. Os políticos estão,
de forma genérica, muito virados para o seu umbigo. Existe muito pouco o
sentimento de território. Aliás, a utilização do termo 'região de Leiria'
causa-me algum embaraço. Se estamos a falar de Leiria enquanto concelho, não é
região nenhuma. Enquanto distrito, é falar de uma unidade
político-administrativa que é relativamente artificial do ponto de vista da
identificação das comunidades. Não existe nenhum conceito histórico ou cultural
de região associado a Leiria. A imagem que tenho é a de posturas desgarradas,
ausência de identidade forte e, claramente, de liderança. Quando falo de
liderança, não é focalizada numa pessoa. É antes de uma elite, da convergência
de um grupo de pessoas, que têm pontos comuns de visão sobre o desenvolvimento
do território e lutam no mesmo sentido. Dos contactos que tenho com Leiria, não
me apercebi que tivesse havido um esforço sério para chegar a esse projecto, a
essa liderança. Mas é uma percepção obtida por quem está fora, pode não ser
assim.
Tem-se assistido ao abandono do País por
parte de várias multinacionais. De que forma se pode contrariar esta tendência?
Este abandono prende-se com as estratégias competitivas das empresas que operam
em mercados globais e com as oportunidades em matéria de custos, de acesso a
recursos naturais, mercados, redes logísticas e a capital humano que se vão
revelando nos diferentes contextos económicos. As razões que podem trazer novos
investimentos externos a Portugal são necessariamente diferentes daquelas que
os trouxeram no passado. O que se pode fazer? Pode-se investir mais em
qualificação dos recursos humanos. Pode-se apostar muito mais no
desenvolvimento do sistema científico e tecnológico, requalificar o território
e dotar o País de infra-estruturas diversas, incluindo as logísticas e as
associadas à potenciação do País em matéria de turismo e lazer. Pode-se
aproveitar bem melhor as relações históricas e culturais que Portugal mantém
com muitas partes do mundo e potenciar a partir daí parcerias empresariais que
possamos aproveitar para chegar a novos mercados e criarmos empregos em
Portugal. Pode-se dar eficiência à máquina burocrática que regula o
funcionamento das empresas e da Economia, ser-se bastante mais célere e
esclarecido nos processos de negociação com os operadores internacionais
interessados e fomentar uma relação mais próxima entre o sistema científico e
tecnológico e as empresas.
(Excerto de entrevista dada à jornalista Lurdes Trindade, do Jornal de Leiria, em 2007)
segunda-feira, outubro 01, 2018
quarta-feira, fevereiro 28, 2018
Social entrepreneur and gender: what’s personality got to do with it?
“Social entrepreneur and gender: what`s personality
got to do with it?”, InternationalJournal of Gender and Entrepreneurship, Vol.10, Nº 1, 2018, págs. 61-82.
Etiquetas:
Iniciativa Empresarial,
Publicações
quinta-feira, fevereiro 08, 2018
“Social entrepreneur and gender: what`s personality got to do with it?”
Abstract
Social entrepreneurship is known as a
promising path for creating social value in a sustainable and enduring way.
Social entrepreneurs are at the core of the entrepreneurial process and are
critical drivers for maintaining social entrepreneurial activity. Research on
economic entrepreneurship identifies a gender gap favourable to men. In the
social entrepreneurship arena, the existing evidence is slightly fuzzy, since
this gender gap seems not to be so preeminent. The present study uses the Big
Five Model to identify personality trait differences between women and men
social entrepreneurs and to assess whether this differences influence the social
entrepreneurial activity in a different way. A review of literature on gender
differences and personality traits on social entrepreneurship details the main
theoretical developments and builds the hypotheses. An email survey was applied
to the heads of Portuguese social ventures to test the hypotheses previously
formulated. The data gathered suggest that, both, female and male social
entrepreneurs have a personality characterized by a high level of openness to
experience, agreeableness, conscientiousness, extraversion and emotional
stability. Based on the analysis of variance (ANOVA) between the two groups and
a logistic regression, our investigation has revealed that women and men who
launch a new social venture only differ in one personality dimension - agreeableness
- wherein women are highest scored. No significantly differences were found in
the other personality traits.
Keywords: Social entrepreneurship; Gender, Big Five Personality
traits; Portugal.
ÒSusana
Bernardino
Polytechnic
Institute
of
Oporto/ISCAP/CECEJ,
Porto, Portugal
ÒJ.
Freitas Santos
Polytechnic
Institute of Oporto/ISCAP/CECEJ, Porto
ÒJ.
Cadima Ribeiro
(Reprodução de resumo de artigo publicado online em 7 de fevereiro de 2018 em International
Journal of Gender and Entrepreneurship, https://doi.org/10.1108/IJGE-07-2017-0040)
Etiquetas:
Comportamento dos Agentes,
Iniciativa Empresarial,
Notícia
quinta-feira, fevereiro 01, 2018
“Initiatives of Creative Tourism in Urban and Rural Territories”: call for papers
A Stream on “Initiatives of Creative Tourism in Urban and Rural Territories”
as part of the 14th Annual International Conference on Tourism 11-14 June 2018, Athens, Greece Sponsored by the Athens Journal of Tourism
- https://www.atiner.gr/touter
quinta-feira, janeiro 25, 2018
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