Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento
segunda-feira, novembro 25, 2024
segunda-feira, novembro 09, 2020
"Economia do Esquecimento: rasgando o estreito de Magalhães", da autoria de Paulo Reis Mourão
A UMinho Editora publicou o livro "Economia do Esquecimento: rasgando o estreito de Magalhães" na coleção Ciência e Cultura para Todos, da autoria de Paulo Reis Mourão.
- https://editora.uminho.pt/pt/Novidades/Paginas/detalhe.aspx?id=114
- https://ebooks.uminho.pt/index.php/uminho/catalog/book/12
Da contracapa do livro:
[´Economia do Esquecimento` é um livro que se lê num folgo não tanto por ser contido no número de páginas mas, antes, em razão das temáticas que endereça (desde logo, o desenvolvimento, percebido enquanto acesso das pessoas, nos seus lugares de residência, ao emprego e bem-estar social), da fluidez da escrita e do compromisso que se percebe do autor com a sua região, Trás-os-Montes. Não se tratando de um romance, embora a forma como nos prende à leitura o pudesse sugerir, nem por isso deixa de nele haver espaço para a invocação de paradoxos, heróis e vilões, lamentando-se que não termine com um voto de esperança no futuro.
Embora devesse esperá-lo, acabei amiúde surpreendido pelo enunciar de “realidades” para as quais fui despertado há 40 anos, entre elas as de que “os custos de concentração” (no litoral) devem ser somados aos “custos do esquecimento” (do interior Transmontano, e não só), do que resulta óbvio que a superação ou mitigação de uns e outros só se conseguirá quando as atuações de política olharem, articuladamente, para uns e outros. Endereçando a problemática dos “caminhos do futuro”, concordo com o autor na necessidade dos atores do território se congregarem no estabelecimento de uma “estratégia de desenvolvimento”, ficando-me a dúvida se não devia também ter sublinhado que não há estratégia (de desenvolvimento) sem liderança, singular ou coletiva.
J. Cadima Ribeiro]
quinta-feira, abril 30, 2020
Fórum ´O Turismo no Minho no Pós-Coronavírus`
domingo, maio 20, 2012
"...o filme da RTP 2 que passou às duas da madrugada"
segunda-feira, fevereiro 06, 2012
Humor...
Um está preso.
O outro está desaparecido.
E o terceiro está com graves dificuldades económicas…»
segunda-feira, outubro 03, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (VIII)
quinta-feira, setembro 29, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (VII)
quarta-feira, setembro 28, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (VI)
sábado, setembro 24, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (V)
quinta-feira, setembro 22, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (IV)
[Continuação]
segunda-feira, setembro 19, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (III)
[Continuação]
domingo, setembro 18, 2011
Cartas Portuguesas - de Lisboa (II)
Paulo Timm
sexta-feira, setembro 16, 2011
Cartas portuguesas - de Lisboa
segunda-feira, janeiro 31, 2011
O Poder Real em Portugal 2010 e a Crise (11ª parte)
Em jeito de CONCLUSÕES
[...]
11 - A redução do “wellfare state”
Por razões várias, bem documentadas nos meios de comunicação nacionais e europeus, o tradicional “wellfare state” (Segurança Social) prevalecente na Europa na última metade do século XX (e também em Portugal no último quartel), com tudo gratuito (Educação, Saúde, etc.), 30 ou menos horas de trabalho por semana de 5 dias, reformas por inteiro garantidas aos 55 anos, com pagamento de 15 ordenados por ano (16 meses na falida Grécia), tornou-se insustentável. Daí uma das principais razões das gigantescas Dívidas Públicas da Grécia, de Portugal, onde os “trabalhadores” têm direito a acréscimos que vão até 200% no valor das horas “extraordinárias” que façam, ao contrário do que sucede numa Suíça ou numa Alemanha, da Espanha, da Irlanda, da Islândia, da Itália e da própria França e Reino Unido.
Naturalmente que países da zona euro, como a Alemanha, que têm pago a “factura” destas grandes “dissonâncias” entre o “wellfare state” usado em sua casa e o “wellfare state” que os (des)governos do Sul da Europa resolveram implementar, exigem que haja critérios comuns quanto aos direitos (e deveres) dos “trabalhadores” em toda a Europa, de modo que as despesas com a Segurança Social se tornem sustentáveis. Esta exigência tem levado a um clamor imenso em Portugal e noutros países. Porém, tal gritaria nada resolve: as leis económicas não são menos inflexíveis que a lei da gravidade...
Braga, Jan. de 2011
JBM
Referências
http://hugolancassocial.blogspot.com/2007/10/constituio-da-repblica-portuguesa-e-as.html
-José M. Barroso, “O 'mistério' do 25 de Novembro de 1975”, Diário de Notícias, Lisboa
21-11-2006.
Varqá Carlos Jalali, “The Evolution of the Portuguese Party System in Comparative European Perspective since 1974”, Ph.D. Thesis, University of Oxford, 2002
Wikipedia.
(Artigo de opinião/testemunho do autor identificado. Devido à extensão total do texto, que se reporta a um período amplo e a dimensões muito variadas da realidade que trata, será divulgado por partes. Sendo matéria sensível aquela que se invoca, é aqui tratada como testemunho de alguém que viveu o período objecto de análise e que dele faz a sua leitura.)
domingo, janeiro 30, 2011
O Poder Real em Portugal 2010 e a Crise (10ª parte)
Em jeito de CONCLUSÕES
[...]
(Observa-se que é errado, como vem sendo dito nos órgãos de comunicação social, supor que os desequilíbrios nas contas externas de um país são devidos apenas a desequilíbrios na balança de “Importações – Exportações” de mercadorias. Os desequilíbrios nas contas externas de um país derivam de desequilíbrios na Balança de Pagamentos e as remessas dos emigrantes contribuem para equilibrar essa balança.)
Outra forma de diminuir o desemprego é “reconverter” os desempregados, mesmo aqueles que se aproximam dos 50 anos de idade. Há que reconverter essa gente dando-lhe “formação” apropriada em laboratórios e estágios em empresas e/ou serviços públicos dirigida para profissões com saídas em Portugal, em África, Brasil, etc.. Todas essa acções contribuirão para o aumento do PIB. Por outro lado, um número apreciável de desempregados são jovens com cursos superiores que escolheram o curso sem terem em consideração as “saídas profissionais” ( ou com cursos superiores incompletos, que abandonaram pelas mais variadas razões). Hoje, o Ensino Superior oferece mais de 5000 cursos superiores sem dar aos candidatos indicações sobre as “saídas profissionais” para cada curso. Há também que reconverter esta gente dando-lhe “formação” para profissões com saídas em Portugal e fora dele, conforme acima se indicou
Ainda outra forma de diminuir o desemprego é orientar os desempregados para pequenos negócios, com recurso ao micro-crédito que o Governo deve fomentar pressionando os bancos nesse sentido (veja-se as acções de Muhammad Yunus na Índia e Bangladesh).
(As escolas de todos os níveis em Portugal não promovem de forma alguma o “espírito de empresa”, até porque não existe a disciplina de Economia no Secundário e, lamentavelmente, até desapareceu nos cursos de Engenharia...).
9 - Ao contrário do que é público e do que é publicado, os estabelecimentos de ensino público, cooperativo e privado, bem como os hospitais públicos, em parceria ou privados, e alguns serviços camarários, são “unidades de produção” cujo rendimento é possível contabilizar a curto ou a médio prazo, e não apenas unidades com “despesas sem retorno”. De facto, uma escola prepara (ou deve preparar) jovens para as mais variadas actividades produtivas (as Letras e as Artes também são actividades produtivas, mesmo em sentido económico) e os responsáveis do Ensino em todos os níveis não devem perder isso de vista. Assim, todas as escolas contribuem para o PIB a médio prazo. Um hospital não é mais que uma “oficina” de “reparação ou nascimento” de seres humanos. E, na medida em que execute a sua missão com eficiência e rapidez, também contribui para o PIB a curto prazo. O serviços camarários de Obras Publicas, de Transportes, de Sanidade e Limpeza, de Tráfego, de Jardinagem, etc. também contribuem para o PIB a curto e a médio prazo, na medida que executem a suas missões com eficiência e rapidez.
Os exemplos de serviços camarários lentos, deficientes e ineficientes, também abundam, com elevado prejuízos, contabilizáveis, para o PIB. Um ex.: numa câmara municipal, um munícipe, que até é especialista no assunto, demonstra por A+B que o circuito de tráfego actual numa rua de traçado em U conduz a engarrafamentos e danos nos veículos circulantes e estacionados, essencialmente por causa de a rua ter sentido duplo. Apresenta sugestão escrita e fundamentada para que a câmara instale sentido único na rua em causa (o que quase nada custa aos cofres da câmara) no “Gabinete de Apoio ao Munícipe”. Passam-se 6 meses sem resposta. Repete o pedido. Passa-se mais 1 ano sem resposta. O munícipe vai à assembleia municipal e nos minutos destinados ao Público, no fim da sessão, expõe o problema e apresenta directamente ao presidente da câmara cópia da documentação. O presidente da câmara promete mandar um engenheiro dos serviços respectivos convocar o munícipe para uma reunião de discussão do assunto. Passa-se mais outro ano sem qualquer convocatória...
Outro caso: numa estrada normal dentro da área urbana de outra câmara municipal, próximo de um cruzamento onde se têm registado vítimas por excesso de velocidade dos veículos que ali circulam, os donos da casa que está sobre o cruzamento apresentam, com apoio da junta de freguesia, pedido escrito e fundamentado para que seja construída uma rotunda no cruzamento em causa, para que os veículos sejam obrigado a reduzir a velocidade ao entrarem na rotunda. Face à falta de resposta da câmara, os munícipes interessados vão à assembleia municipal e nos minutos destinados ao Público, no fim da sessão, expõem o problema e apresentam directamente ao presidente da câmara cópia da documentação. O presidente da câmara promete mandar um engenheiro dos serviços respectivos convocar os munícipes e a junta de freguesia para uma reunião de discussão do assunto. Passa-se mais de um ano sem qualquer convocatória...
Depois destes exemplos, nem dá para se apresentarem vários casos de deficiência e ineficiência de serviços, tais como os da CP (Caminhos de Ferro Portugueses), um dos maiores “sorvedoiros dos dinheiros públicos”, que está dividida em vários sectores, cada um com o seu “Director” (comboios suburbanos, comboios regionais e comboios de longo curso), com bilheteiras lado a lado mas que “não falam nem comunicam entre si” (na falta do funcionário numa das bilheteira, outro doutra bilheteira não poder vender bilhete nem substituir o colega!), com gabinetes dos vários quadros superiores separados e luxuosos, centrados em Lisboa, não falando uns com os outros e passando o tempo a reenviar o utente de sector para sector. E nem adianta criar um blogue onde se mostra a necessidade e possibilidade de fazer horários mais úteis às centenas de utentes que dia a dia se têm de deslocar para o seu serviço. Nem com a intervenção de jornalistas que constatam in loco e publicitam as deficiências e imobilidade , se demove a manutensão da rotina dos serviços de empresas públicas ou em grupo, como a CP, que, ao contrário de qualquer grupo de bancos, nem sequer tem serviços integrados de contabilidade e outros (os computadores da CP, às vezes instalados lado a lado, não “falam” uns com os outros!...)
Já nem se fala na REFER e na RAVE (Rede de Alta Velocidade), há anos existente sem existir a dita Alta Velocidade (TGV)...Está tudo tranquilo e imóvel porque o contribuinte paga todos os prejuízos e os OGEs e a Dívida Pública tudo cobriram. Até quando?
JBM
(Artigo de opinião/testemunho do autor identificado. Devido à extensão total do texto, que se reporta a um período amplo e a dimensões muito variadas da realidade que trata, será divulgado por partes. Sendo matéria sensível aquela que se invoca, é aqui tratada como testemunho de alguém que viveu o período objecto de análise e que dele faz a sua leitura.)
sexta-feira, janeiro 28, 2011
O Poder Real em Portugal 2010 e a Crise (9ª parte)
A ilustrar esta afirmação está a seguinte notícia:
Clube dos jornalista 14 de Fevereiro de 2010, “Portugal amordaçado”: "Ver umas dezenas de cidadãos, muitos deles com colunas em jornais de grande audiência, ocupando espaços televisivos, escrevendo blogs alojados na plataforma da Portugal Telecom, com programas de rádio, a manifestar-se contra a falta de liberdade de expressão é bem a prova de que a asfixia impera."
Em jeito de CONCLUSÕES
1- Para o Bem e para o Mal, o 25 de Abril de 1974 produziu em Portugal um “trambolhão” que só tem par no que se produziu na China, na época da Revolução cultural. Os portugueses, mormente os jovens, não estão conscientes deste facto, até porque na Escola esse facto lhes é ocultado ou mal contado. Os próprios dirigentes europeus também não têm consciência do que o 25 de Abril produziu em Portugal. Apenas têm uma vaga ideia de que houve uma “Revolução dos Cravos” em Portugal, país pequeno (a “colonizar”), na periferia da Europa, um zero à esquerda em todos os aspectos (económico, cultural, etc.). Compete aos Homens e Mulheres de Estado (há pouco(a)s que queiram “dar a cara”) de Portugal fazer valer mundialmente a posição de Portugal que, afinal, é Centro do Mundo, porque: tem o maior “porta-aviões” do Globo (os Açores) no meio do Oceano Atlântico; pode e deve unir-se com algumas das maiores potência emergentes, a começar pelo Brasil; pode e deve tornar fáceis e baratas as ligações navais do Extremo Oriente com a Europa, através de portos como o de Sines e linhas de caminho de ferro TGV, não tanto de passageiros mas mais de mercadorias; pode e deve explorar a sua grande plataforma continental (Portugal tem muito mais mar seu do que terra) evitando que, entretanto, outros países da Europa tomem conta dela; pode e deve contribuir para o combate à entrada na Europa do tráfico de drogas, armas, etc., através de acções conjugadas de todas as polícias (as forças armadas estão longe de fazer o que podem e devem...); etc., etc..
2- A questão do Poder Real em Portugal depois do 25 de Abril até hoje está por estudar, discutir e divulgar.
3- Há uma “maioria silenciosa e comodista” de cerca de 60% da população em condições de votar que não vai às urnas e despreza, ostensivamente, a classe política (tem razões para isso, mas, no seu próprio interesse, não deve fazê-lo). O ensino em Portugal, especialmente o Básico + o Secundário (B+S), contribui para esta situação. (Haja em vista, por ex., o desprezo com que é tratada a disciplina de Filosofia e os erros no programa, etc.).
4- O sistema eleitoral é de tal ordem mau que um deputado natural e residente no Algarve pode vir a ser deputado pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo...[há um completo divórcio entre os “Representantes do Povo” no que é suposto ser o órgão máximo do Poder (a Assembleia da República) e os elementos desse Povo].
5- O sistema de ensino B+S em Portugal é de tal ordem mau, que um professor(a) da “Instrução Primária”, natural e residente no Algarve, pode vir a ser colocado(a) em Viana do Castelo. Por mando da FENPROF, tudo tem de estar centralizado em Lisboa...[Quem será capaz de repor nas escolas B+S a autoridade dos professores? Quem será capaz de descentralizar o ensino B+S em Portugal? Quem será capaz de impor exames nacionais bem organizados no 4º, 6º , 9º, 11º e 12º anos de escolaridade? Quem será capaz de introduzir no ensino Básico ou no Secundário uma disciplina de “Economia” e outra de “História das Religiões do Planeta” e “varrer” desse ensino as disciplinas inúteis de “Educação Cívica”, “Projecto”, etc.? Quem será capaz de introduzir um Ensino Técnico (Industrial e Comercial) de nível que produza Técnicos Médios de interesse para as Empresas Industriais e Comerciais (Montadores Electricistas, Mestres de Oficinas Mecânicas, Mestres de Oficinas de Automóveis, Mestres de Fábricas de Carrocerias, Mestres de Equipamentos de Ar Condicionado, Mestres de Oficinas de Mobiliário, Técnicos de Contabilidade Industrial e Comercial, Técnicos Bancários, Topógrafos, etc. etc..? Quem será capaz de introduzir o ensino de Artes (de Artífice) e Ofícios no sistema de ensino geral para as pessoas que, não sendo dotadas de poder de abstracção, são, todavia, dotadas de “mãos” (habilidade) e, têm por ventura, espírito inventivo e/ou inovador?. etc., etc..]
6- Uma completa “revolução” no ensino, principalmente no B+S, é condição indispensável para se sair da Crise Económica (e Social). Não se vê no horizonte forma de se conseguir esse objectivo. Seria necessário “varrer” a “mobília velha” que existe no MEN e colocar lá quem possa ver o Mundo Global onde os nossos filhos e netos têm de viver e saiba ensiná-los para enfrentarem essa situação. O melhor BEM “material” de um País é o nível educacional dos seus cidadãos, já que, quando não se possa exportar mercadorias, exporte-se “gente” qualificada com grande probabilidade de sucesso em qualquer parte do Mundo. (Copie-se o que se passa no futebol mundial).
7- Ao contrário do que a maioria dos responsáveis governamentais pensa, os “Profissionais nacionais e internacionais de Gestão de Financiamentos” estão bem a par do impasse no Poder Real que existe em Portugal e que impede uma verdadeira Reforma Estrutural da Economia Portuguesa (não as reformas parciais e “cosméticas” que têm sido ensaiadas). Daí que, enquanto os principais partidos se não entenderem e fizerem acordos sérios “extra-parlamentares”, compromissos conjuntos que podem ser tomados em qualquer altura (independentemente de eleições e de datas para as mesmas), as taxas de juro para a Dívida Pública não deixarão de aumentar até virem os “Homens Sem Rosto” meter os nossos dirigentes na ordem...
JBM
(Artigo de opinião/testemunho do autor identificado. Devido à extensão total do texto, que se reporta a um período amplo e a dimensões muito variadas da realidade que trata, será divulgado por partes. Sendo matéria sensível aquela que se invoca, é aqui tratada como testemunho de alguém que viveu o período objecto de análise e que dele faz a sua leitura.)