Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

domingo, dezembro 30, 2007

Leituras de fim-de-ano

Guiado pelo Ladrões de Bicicletas (cf. mensagem datada de Sábado, 29 de Dezembro de 2007, intitulada "Agora diz que é a cultura"), fui desaguar num texto de Pedro Pita Barros acabado de publicar no Diário Económico.
Para fecho de ano, é leitura que recomendo. Recomendo, digo, na medida em que me parece que o artigo de Pedro Pita Barros, nos equívocos que alimenta, ilustra bem as razões do bloqueio a que se assiste na economia e na sociedade portuguesa. Para a construção de uma visão alternativa, a leitura crítica deixada por João Rodrigues, no seu blogue, deve merecer também a devida ponderação.
A dimensão mais paradigmática desse equívoco de leitura de situação acaba mesmo por ser aquela que emerge no derradeiro parágrafo do texto de Pedro Pita Barros, quando escreve:
«É consensual que o ano de 2008 não será um ano fácil, em termos económicos. O acelerar do calendário eleitoral irá começar a fazer-se sentir. A pressão para o Governo querer “apresentar obra” tem sempre como sinal visível a realização de mais despesa. Ou, ainda mais perigoso, compromissos com despesa futura, a “despesa virtual”. E há várias áreas onde este risco se pode materializar. Resta esperar que o ministro das Finanças tenha a capacidade de o evitar».
A expectativa que põe na acção (mediadora) do ministro das Finanças chega a ser comovente.
J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A importância de uma universidade pode ser aferida pela capacidade de criar e transmitir conhecimento útil à sociedade

Empresas e universidades

(título de mensagem, da autoria de Vasco Eiriz e datada de 07/12/28, disponível em Empreender)

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Comportamento do sector turístico em 2005 e 2006

"Após o abrandamento registado em 2005, em parte reflectindo o efeito de base da realização em 2004 do campeonato europeu de futebol, nos dois anos seguintes a actividade turística retomou ritmos de crescimento elevados. De facto, em termos nominais a Despesa em Consumo Turístico aumentou 3,2% e 8,1%, respectivamente, em 2005 e 2006, estimando-se, para 2007, um crescimento de 10,8%. O Valor Acrescentado gerado pelo Turismo registou variações nominais de 2,6% e 10,3%, em 2005 e 2006, respectivamente, devendo ter abrandado ligeiramente para 8,7% em 2007, sobretudo devido aos maiores custos associados ao transporte de turistas. Ainda assim, perspectiva-se que, em 2007, o crescimento nominal desta variável seja superior ao do conjunto da economia, em linha com o verificado em 2006."
*
(resumo de Destaque(s) do INE de 21 de Dezembro pp., intitulado "Actividade Turística retoma em 2006 e 2007 ritmos de crescimento elevados, superiores ao do conjunto da economia - 2005 / 2006", disponível em INE)

IDE e produtividade

(titulo de mensagem, datada de 25 de Dezembro de 2007, disponível em e.economia.info)

domingo, dezembro 23, 2007

quarta-feira, dezembro 19, 2007

"A lógica Ricardiana merece ser reabilitada pelos governantes"

Qual é o posicionamento competitivo de Portugal?
(título de mensagem, datada de 18 de Dezembro de 2007, disponível em Empreender)

terça-feira, dezembro 18, 2007

Os vinhos portugueses de qualidade e o efeito região de origem: a percepção de consumidores e retalhistas

O regresso à análise do comportamento do consumidor encontrou uma forte motivação quando a discussão sobre o efeito país de origem dos produtos foi levantado pelos investigadores do marketing e dos negócios internacionais nos anos 80 do século XX e, sobretudo, na primeira metade dos anos 90. O que aqueles pesquisadores defenderam foi que o país de origem tinha uma influência considerável na avaliação de um produto feita pelos consumidores.
A revisão da literatura permite tornar claro que o comportamento dos consumidores pode variar significativamente, quer em termos de motivação para a compra, quer nos critérios de escolha de um produto, quer em termos de comportamento. A cultura, o estatuto económico e os valores humanos podem ser fortes pistas para compreender as motivações de compra dos consumidores. Isso não permite concluir que o efeito país de origem e o etnocentrismo não estejam presentes, mas que esses fenómenos serão muito mais complexos do que tem sido assumido em muitos estudos. Contrariamente à desvalorização do efeito país de origem, alguma investigação dá suporte à noção de que existe uma hierarquia de países estrangeiros implícita na decisão do consumidor.
A mencionada evidência adquire a sua inteligibilidade a partir de algo que parece óbvio: quando os consumidores não estão familiarizados com os produtos de um país, a imagem do país pode servir como chave para a tomada de decisão sobre a aquisição. No sentido oposto, uma vez os consumidores familiarizados com os produtos de um país, a imagem do país perde importância em favor de outros atributos, como a marca e o preço.
O conceito de etnocentrismo é originado na realidade de, nas suas decisões de compra, os consumidores, amiúde, tenderem a dar preferência a produtos nacionais. As razões que subjazem a este comportamento foram resumidas como sendo: i) o receio dos consumidores de lesarem a economia do seu país “amado” ao adquirem produtos estrangeiros; ii) "a moralidade de comprar produtos importados"; e iii) a existência de preconceitos pessoais em relação a produtos estrangeiros. Inversamente, consumidores não-etnocentricos são aqueles que adquirem os produtos em função da avaliação que fazem dos seus méritos e, neste contexto, tendem a não valorizar a origem geográfica.
Entretanto, pode-se entender que, à medida que a familiaridade com a marca aumenta, os consumidores tendam a usar menos outros sinais extrínsecos, como o país de origem ou o preço. Por outro lado, falando da importância dos preços na decisão do consumidor, alguns investigadores concluíram que o preço é raramente o atributo ao qual os consumidores conferem o maior relevo.
Testando a relevância dos factores etnocentrismo ou patriotismo, qualidade, marca e preço do produto, a investigação empírica foi levada a concluir que, embora patriotas a ponto de fazerem sacrifícios em matéria de preço, é duvidoso que os consumidores aceitem desiludir-se optando por produtos que não se conformem com a qualidade que exigem.
Salvaguardadas algumas distâncias, o que é válido para analisar a preferência dada pelos consumidores aos produtos de um país pode também ser válido para os de uma região. Pelo menos, a cultura é certamente algo que dá singularidade aos territórios e, em muitos casos, a cultura e o clima são elementos chave para compreender os factores intrínsecos de diferenciação dos produtos.
Tendo presentes as ideias e conceitos antes enunciados, como forma dos testar, o autor deste texto desenvolveu há uns meses atrás dois questionários através dos quais retalhistas e consumidores finais foram inquiridos sobre as razões da escolha que faziam de vinhos de mesa portugueses, de qualidade. Uma das questões incluídas respeitava à região de origem desses vinhos. Era-lhes também solicitado que identificassem os três principais atributos considerados na decisão de aquisição, hierarquizando-os. Os inquéritos foram realizados entre Fevereiro e Abril de 2007, numa loja Makro (retalhistas) e no hipermercado Feira Nova (consumidores finais), ambos em Braga.
De forma breve, dos resultados que foram obtidos, sublinhamos o seguinte:
i) o factor de maior influência na aquisição de vinho foi identificado como sendo a região de origem, tanto no caso dos consumidores finais como no dos retalhistas;
ii) num distante segundo lugar, apareciam a marca, o preço e o tipo de vinho, no caso dos retalhistas, bem como o tipo, a marca e o preço, no outro inquérito;
iii) olhando para o segundo factor de escolha, as diferenças de abordagem entre retalhistas e consumidores finais ofereciam-se mais evidentes, com os retalhistas a enfatizarem a marca e a região de origem e os consumidores a darem mais importância aos preços e menos à região de origem.
Resumindo, dos resultados obtidos com a amostra dos consumidores conclui-se que o atributo mais valorizado foi, destacadamente, a região de origem, sendo o tipo de vinho decisivo na decisão de aquisição apenas em 13% dos casos. Como segundo factor de escolha, o preço foi assinalado por 25,6% dos respondentes como sendo considerado na sua decisão de aquisição. Dessa forma, os consumidores finais e os retalhistas revelam ter uma estratégia de escolha distinta, com a marca e não o preço a emergir como segundo factor de escolha no caso destes últimos.
J. Cadima Ribeiro

(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, em coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

domingo, dezembro 16, 2007

"Não é agradável para o poder político falar de emigração"

Notícia JN
Diáspora mais feminina e com maior mobilidade:
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(título de notícia do Jornal de Notícias, de 07/12/15)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, dezembro 12, 2007

O novo Programa de Estabilidade e Crescimento

O novo Programa de Estabilidade
(título de mensagem, datada de 2007/12/10, disponível em Visto da Economia)

segunda-feira, dezembro 10, 2007

A evolução do mercado de trabalho em Portugal

Por definição, o desemprego é a medida da parcela da força de trabalho disponível que se encontra sem emprego.
No dia 25 de Outubro de 2007 o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, admitiu que o desemprego é o mais sério problema que a economia portuguesa enfrenta.
O desemprego atingiu em 2007 a mais alta taxa dos últimos vinte anos dando origem a um novo surto de emigração.
Segundo a Eurostat, a taxa de desemprego aumentou para 8,2% em Outubro, sendo assim a maior na zona Euro.
Já alargando aos 27 Estados-Membros da União Europeia, os resultados não são expressivamente melhores. Portugal é ultrapassado apenas pela Polónia com 8,8% e pela Eslováquia com 11,2%.
Desta forma, a taxa de desemprego subiu 0,2% em Outubro, face aos mês anterior, comparando com o período homólogo, o aumento foi de 0,7%.
Fazendo distinção entre os sexos, na Zona Euro, a taxa das mulheres ficou nos 8,2%, contra 6,5% dos homens, na UE, 7,6% para as mulheres e de 6,4% para os homens.
A taxa de desemprego dos jovens com menos de 25 anos situou-se em Outubro em 14,3% na Zona Euro e 14,7% na UE.
Têm-se verificado importantes modificações na estrutura do emprego, com efeitos negativos quer na estabilidade quer na qualidade do emprego: a primeira é a substituição de emprego a tempo inteiro por emprego a tempo parcial com remuneração reduzida; a segunda é a substituição de contratos sem termo por contratos a termo; a terceira é a substituição de emprego mais qualificado por emprego menos qualificado.
O emprego a tempo parcial com salário reduzido, os contratos a prazo e o emprego menos qualificado estão a aumentar, enquanto o emprego permanente, o a tempo completo e o mais qualificado estão a diminuir.
Esta evolução é consequência de políticas económicas, financeiras e sociais.

Elisabete Maciel

(artigo de análise/opinião produzido no âmbito da UC. Economia Portuguesa)

O Custo do Desemprego em Portugal

Numa altura em que o desemprego tem dominado as nossas atenções, é interessante analisar a evolução das contas da Segurança Social, onde este tem influenciado não só as prestações de desemprego, mas também as contribuições.

(em Milhões de Euros)
Em 1995 verificaram-se os seguintes valores: Contribuições: 6.120,60; Desemprego: 699,08 e Pensões: 4.776,97.
Em 2000: Contribuições: 8.769,26; Desemprego: 803,28 e Pensões: 7.008,66.
Em 2005: Contribuições: 10.955,29; Desemprego: 1.803,24 e Pensões: 10.648,75.
Finalmente em 2006, Contribuições: 11.029,61; Desemprego: 1.717,86 e Pensões: 11.191,99.

Analisando estes números, entendemos a preocupação do Governo em controlar o crescimento das Pensões, no entanto, não devemos desvalorizar o peso dos custos com o desemprego.
Verificamos que de 2000 a 2005 as prestações de desemprego aumentaram 124,5%, as pensões 51,9% e as contribuições somente 24,9%. Em 2000 as prestações de desemprego representaram 9,2% das contribuições e em 2006 15,6%.
Tendo em conta que os números de 2006 são o reflexo das necessárias medidas de controlo sobre as prestações de desemprego, a análise destes valores torna-se ainda mais dramática. Representam em grande medida as necessidades reais dos desempregados face ao aumento da precaridade e diminuição da quantidade de trabalho.
As perspectivas futuras também não são animadoras, se considerarmos o crescente aumento do desemprego e do fenónemo de emprego de curto-prazo, prevê-se que as prestações de desemprego tenderão a aumentar e as contribuições a diminuir, impulsionando não só o peso dos custos com o desemprego mas também o peso das pensões nas contas da Segurança Social.
Se bem que o Executivo tem concentrado os seus esforços na contenção do crescimento das pensões, o desemprego é actualmente uma questão emergente, não só porque são as contribuições que financiam a Segurança Social, mas também porque a problemática do desemprego, como é obvio, não se finda na análise destas contas, mas tem expressão na maioria dos indicadores económicos.

Emanue Malanza

(artigo de análise/opinião produzido no âmbito da U.C. Economia Portuguesa)

sábado, dezembro 08, 2007

Apoios do QREN

"FUNDOS COMUNITÁRIOS
Notícias sobre os apois do QREN:
http://apoiosqren.blogspot.com/

Todos as informações sobre Projectos de Investimento"
(mensagem que me caiu na caixa de correio electrónico em 07/12/07, proveniente de noticias@fordual.pt)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Um novo modelo de transporte de mercadorias

Durante décadas as empresas Portuguesas tiveram grandes dificuldades para concorrer nos mercados das regiões mais ricas do norte e centro de Europa, pelos elevados custos de transporte que tinham que assumir, em resultado do défice de infra-estruturas tanto no próprio país como em Espanha. A melhoria das infra-estruturas de transporte, primeiro em Espanha e depois em Portugal, tem contribuído significativamente para aproximar as produções portuguesas do centro de Europa.
No caso da região Norte, a situação das ligações a Espanha e à Europa por via rodoviária permaneceu estagnada durante muitos anos, condicionada tanto pelos planos de melhoria da rede de auto-estradas e autovias em Espanha como por um modelo rodoviário nacional que obrigava a que as mercadorias do Norte tivessem sempre que rumar a sul para sair do país. A conclusão da rede de autovias em Espanha e do troço da A3 Braga-Valença, juntamente com a construção das auto-estradas interiores que permitem a saída do país via Chaves, vieram demonstrar que um modelo virado a norte é o mais adequado para que as mercadorias da zona mais exportadora do país possam chegar à fronteira francesa em menos tempo e a um menor custo.
A melhoria da infra-estrutura rodoviária tem promovido a intensificação do transporte de mercadorias por esta via, roubando quota de mercado ao transporte marítimo. Este modelo de base rodoviária parece insustentável a médio prazo pelo impacto ambiental que se lhe associa. Neste sentido, a política da UE em matéria de transporte de mercadorias está cada vez mais vocacionada para a promoção da ferrovia como opção modal prioritária. Por esse motivo, existe um claro redireccionamento do financiamento comunitário para infra-estruturas de transporte, que privilegia nitidamente os projectos ferroviários em detrimento dos de carácter rodoviário. Ademais, é uma hipótese cada vez mais real que a prazo venham a ser introduzidas taxas sobre o transporte rodoviário de mercadorias, com a finalidade de penalizar esta opção modal de forma a mitigar as referidas externalidades ambientais.
A aposta no caminho-de-ferro está ser a aproveitada pelos países da UE de forma diversa. Uns estão a desenvolver amplas redes de alta velocidade que cobrem a totalidade do país, construídas na base das dinâmicas de passageiros, como é o caso de Espanha. Outros estão a utilizar os seus recursos de forma mais racional, destinando-os à melhoria e requalificação da rede existente, com a finalidade de que o novo material circulante possa operar a velocidades máximas de 220 km, e para a construção de novos troços que possam contribuir para eliminar a congestão e para promover os denominados efeitos de rede. Esta estratégia, adoptada maioritariamente pelos países nórdicos e do norte de Europa, tenciona promover a inter-conectividade de redes e a inter-modalidade, integrando o transporte de mercadorias no modelo ferroviário.
No caso Português o debate sobre o modelo ferroviário precisa de incorporar novas perspectivas e propostas e redimir-se de racionalidades ultrapassadas. Alguns dos planos da alta velocidade para o país incluem soluções maximalistas com linhas de alta velocidade internas e de ligação a Espanha nas quatro fronteiras mais importantes. Apesar da impossibilidade de levar a cabo na próxima década um plano com aquela dimensão e características técnicas, é obvio que algumas das soluções propostas poderiam ser postas no terreno com perfis técnicos notoriamente diferentes. Neste sentido, a recente decisão da Comissão Europeia de considerar prioritário, para efeitos de financiamento, o troço ferroviário transfronteiriço entre Portugal e a Galiza, que na parte Portuguesa abrange a secção da linha entre Ponte de Lima e Valença do Minho, contribuirá decisivamente para impulsionar a construção de uma infra-estrutura ferroviária mista de altas prestações entre Braga e a fronteira. A decisão comunitária de incluir o referido troço transfronteiriço entre os 30 projectos prioritários garante um financiamento para o projecto de 244 milhões de euros, ainda que os governos nacionais deverão contribuir com aproximadamente 70% dos fundos necessários, dado que a comparticipação comunitária neste tipo de projectos não pode ultrapassar 30% do orçamento total.
Esta infra-estrutura, que de acordo com o calendário estabelecido pelos governos Português e Galego deverá estar concluída em 2013, representa uma grande oportunidade para a região. Contribuirá para incrementar os níveis de integração com a Galiza e, ao mesmo tempo, permitirá mudar progressivamente o modelo de transporte de mercadorias de base rodoviária por um de base ferroviária, apoiado necessariamente na rede espanhola e nas infra-estruturas logísticas de suporte às actividades de transporte.
As infra-estruturas de transporte representam um factor fundamental na dinâmica de recomposição do território europeu. Os agentes regionais devem estar atentos aos desenvolvimentos referidos, dado que os modelos de transporte não devem continuar a reforçar centralidades nacionais, mas antes devem procurar promover as interconexões em função das próprias dinâmicas e inter-relações de cada território. Deve existir um claro compromisso dos agentes económicos e institucionais regionais para apoiar este tipo de projectos, que ao melhorar a acessibilidade em termos temporais, contribuem para a revalorização do espaço regional.
FRANCISCO CARBALLO-CRUZ
(artigo de opinião publicado na edição de hoje no Suplemento de Economia do Diário do Minho, em coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")