Na actual situação económica, grandes investimentos públicos (TGV, auto-estradas, aeroportos, etc.) são questionáveis. Para os socialistas (PS), são relevantes para o futuro de Portugal, enquanto os sociais-democratas (PSD) os vêem como o buraco que afundará ainda mais o país. Ambas as partes possuem fortes pilares de razão, sendo apenas possível optar não pela decisão certa, mas sim pela mais apropriada.
De facto, se os projectos são cancelados o investimento público diminui. Esta escolha, para além de afectar projectos do sector privado, também produz impacto negativo no desemprego (considerando que esses investimentos iriam recrutar desempregados). Deste modo, seria de esperar uma retracção do consumo privado, e um eventual aumento da despesa pública (subsídios de desemprego). Com este panorama, a economia portuguesa deteriora-se.
Se os projectos seguirem em frente, o Estado ao ir buscar financiamento na banca aumenta assim as suas responsabilidades. Este processo leva a que os juros subam, o que torna a obra mais cara e dificulta o acesso a crédito por parte do sector privado. Este aumento do custo faz com que a despesa do Estado aumente o que directa ou indirectamente agrava o défice público. Caso o défice supere os 3% o Estado é obrigado a aumentar os impostos e/ou reduzir a despesa. Nesta situação, o efeito revitalizador dos projectos seria perdido. Contudo, num panorama de excepção do Pacto de Estabilidade, com margem para flexibilizar a obrigação da redução do défice em situações de crise, a hipótese de ultrapassar os 3% poderá ser concedida. Deste modo, a realização dos projectos públicos pode reanimar a economia.Outro aspecto a realçar é a aprovação do Plano Paulson nos E.U.A. o que pode levar o mercado financeiro mundial à normalidade. Mesmo na Europa, apesar de não haver um plano semelhante, tem existido um esforço conjunto na estabilização do mercado, através de injecções de liquidez e nacionalizações de instituições. Estes acontecimentos podem levar o mundo de volta à Grande Moderação. De um ponto de vista mais pessoal, é preferível usar fundos do Estado para financiar a obra, do que encaminhá-los para subsídios de desemprego. A meu ver, os projectos públicos são o aditivo que o motor do nosso país precisa, mas só aumentam o desempenho se no motor existir gasolina, e essa deve ter ingredientes como estabilidade do mercado, melhores políticas económicas, melhor alocação dos recursos humanos, maior produtividade e melhor formação profissional.
De facto, se os projectos são cancelados o investimento público diminui. Esta escolha, para além de afectar projectos do sector privado, também produz impacto negativo no desemprego (considerando que esses investimentos iriam recrutar desempregados). Deste modo, seria de esperar uma retracção do consumo privado, e um eventual aumento da despesa pública (subsídios de desemprego). Com este panorama, a economia portuguesa deteriora-se.
Se os projectos seguirem em frente, o Estado ao ir buscar financiamento na banca aumenta assim as suas responsabilidades. Este processo leva a que os juros subam, o que torna a obra mais cara e dificulta o acesso a crédito por parte do sector privado. Este aumento do custo faz com que a despesa do Estado aumente o que directa ou indirectamente agrava o défice público. Caso o défice supere os 3% o Estado é obrigado a aumentar os impostos e/ou reduzir a despesa. Nesta situação, o efeito revitalizador dos projectos seria perdido. Contudo, num panorama de excepção do Pacto de Estabilidade, com margem para flexibilizar a obrigação da redução do défice em situações de crise, a hipótese de ultrapassar os 3% poderá ser concedida. Deste modo, a realização dos projectos públicos pode reanimar a economia.Outro aspecto a realçar é a aprovação do Plano Paulson nos E.U.A. o que pode levar o mercado financeiro mundial à normalidade. Mesmo na Europa, apesar de não haver um plano semelhante, tem existido um esforço conjunto na estabilização do mercado, através de injecções de liquidez e nacionalizações de instituições. Estes acontecimentos podem levar o mundo de volta à Grande Moderação. De um ponto de vista mais pessoal, é preferível usar fundos do Estado para financiar a obra, do que encaminhá-los para subsídios de desemprego. A meu ver, os projectos públicos são o aditivo que o motor do nosso país precisa, mas só aumentam o desempenho se no motor existir gasolina, e essa deve ter ingredientes como estabilidade do mercado, melhores políticas económicas, melhor alocação dos recursos humanos, maior produtividade e melhor formação profissional.
Helder Fernando Pereira Alves
(Estudante de Economia da EEG/UMinho)
(Estudante de Economia da EEG/UMinho)
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho)
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