Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

segunda-feira, junho 29, 2009

Redes estratégicas

Laboratório:
Dinâmica de rede

(título de mensagem, datada de 28 de Junho de 2009, disponível em Empreender)

terça-feira, junho 23, 2009

Resultados da avaliação pela FCT das unidades de I&D: Economia e Gestão

Aqui fica a ligação activa para o sítio da FCT onde se pode aceder à avaliação de todas as unidades de investigação, nomeadamente das de Economia e Gestão, cujos resultados só agora foram publicitados:

http://www.fct.mctes.pt/unidades/08/?p=1

Aproveito também para deixar votos de um Bom S. João para os o que sejam apreciadores, o que não é o meu caso!
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J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, junho 17, 2009

5ª Conferência do Banco de Portugal "Desenvolvimento Económico Português no Espaço Europeu"

«Caro Professor,
Está em curso o Convite à Apresentação de Comunicações para a 5ª Conferência do Banco de Portugal sobre o Desenvolvimento Económico Português no Espaço Europeu, a realizar no 2º Trimestre de 2010.
A conferência tem como objectivo incentivar economistas portugueses a reflectirem sobre os desafios do desenvolvimento económico em Portugal. Para além de reflexões de grande rigor técnico, pretende-se que os estudos apresentados sejam úteis do ponto de vista de política económica, devendo ter um carácter aplicado e considerando Portugal como case study.
O período para apresentação de comunicações decorre até ao dia 30 de Junho e toda a informação relativa à Conferência poderá ser consultada em
Com os melhores cumprimentos,
Mário Centeno»
*
(reprodução integral de mensagem electrónica recebida, reencaminhada por: NIPE)

terça-feira, junho 16, 2009

Construir respostas a partir dos recursos e competências dos territórios: a comercialização de vinhos pela internet

1. Os recursos são a base da actividade económica. Alguns territórios podem apresentar-se bem dotados de recursos e carecerem de competências. As competências exprimem-se na capacidade de combinar os recursos para deles tirar utilidade ou proveito. O desenvolvimento da actividade económica, requer a combinação e a coordenação eficiente dos recursos existentes nos territórios.
Num momento em que a economia portuguesa vem atravessando um período de profunda crise e indecisão sobre as bases em que vai construir o seu futuro, parece-me oportuno trazer aqui estas notas sobre as bases do desenvolvimento dos territórios e, logo, do país. Nos parágrafos seguintes procura-se sublinhar a existência de oportunidades e de vias para o seu aproveitamento que ou não têm sido consideradas ou têm sido subaproveitadas. O caso que se invoca é o dos vinhos de qualidade, aqui convocados no contexto do questionamento das virtualidades do recurso a novos canais de distribuição.
2. Nas últimas duas décadas emergiu um número crescente de empresas portuguesas que vêm produzindo e vendendo vinho de elevada qualidade para o mercado externo. O sucesso destas firmas, orientadas para os principais mercados de vinhos e fazendo uso dos canais de retalho tradicionais, é facilitado pelas especificidades regionais. Algumas dessas firmas estão a evoluir desta aproximação clássica para uma nova que consiste na exploração de nichos de mercado. O mercado “em linha” (online) é um nicho que as empresas precisam de visar.
A indústria do vinho pode ser segmentada em função de variados atributos. Esses atributos podem ter natureza intrínseca ou extrínseca. Elementos distintivos básicos dos vinhos são a região de origem e a cor. A atractividade de um nicho de mercado depende de vários aspectos, que vão da dimensão do mercado e poder de compra dos consumidores ao interesse demonstrado por parte dos concorrentes.
3. Para alguns consumidores, a aquisição através do canal electrónico tornou-se parte da respectiva vida diária. Nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, o número de indivíduos que usava a internet para comprar e vender bens e serviços atingia já mais de 17 milhões no final do ano de 2001. O desenvolvimento da internet levou muitas empresas a procurar tirar vantagem deste novo canal de distribuição. Em todo o caso, vender livros ou CDs “em linha” ou vender doces, frutas ou mobiliário não é a mesma coisa.
4. Não havendo dados para Portugal sobre o perfil do comprador de vinhos que usa o canal electrónico, esses dados existem para os EUA. Dos resultados disponíveis para este mercado, um primeiro elemento a reter refere-se ao número de respondentes a um inquérito que consomem vinho regularmente (53,5%). Em contraste, o mercado electrónico revelou-se bastante pequeno: somente 17,2% dos consumidores de vinho recorria a esse canal de comercialização. A variedade de fontes de informação usadas pelos consumidores merece também atenção, sendo que os retalhistas gozam de uma clara supremacia, com quase 30% (29,6%) das visitas. Este dado é consistente com a ideia de que subsiste uma clara diferença entre usar a internet para obter informação sobre produtos e usá-la como principal canal de compra ou canal alternativo aos tradicionais.
5. Informação igualmente interessante foi obtida através de um inquérito conduzido junto dos autores dos blogues temáticos de vinhos. Uma primeira indicação reporta-se ao género: 70,7% dos respondentes foram homens. Uma segunda informação reporta-se à presença menor de indivíduos jovens entre os autores de blogues sobre vinhos. Jovens ou menos jovens, os autores de blogues são, em geral, gente possuindo altos níveis de rendimento e detentora de elevadas qualificações académicas. Isto pressupõe que se trata de consumidores bem informados, capazes de sustentar um certo nível de consumo. Cruzando este dado com aquele que nos dizia que a internet deveria ser tomada como um canal de aquisição de vinhos complementar, uma estratégia que os operadores do mercado electrónico podem explorar residirá na aposta nos catálogos de vinhos difíceis de encontrar e de muito elevada qualidade.
6. Concluindo: no respeitante à comercialização pela internet de vinhos, os resultados a que tivemos acesso confirmam que esse canal é apropriado para comercializar vinho, mesmo se não é considerado pelos consumidores como alternativo aos canais tradicionais. Perseguindo a meta de ver crescer esse mercado, importa implementar esquemas logísticos bem lubrificados e melhorar a confiança entre vendedores e consumidores. Para alcançar esse objectivo, parece ser necessário estabelecer algum nível de colaboração dos produtores e/ou retalhistas localizados na mesma área.
7. Cremos ter ficado claro que os territórios são uma fonte inquestionável de recursos e que, quando considerados a partir das suas potencialidades, não será difícil descortinar neles oportunidades de índole económica. As novas tecnologias de informação e comunicação mostram ter um papel essencial a desempenhar, quer na componente promoção quer na da comercialização.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

segunda-feira, junho 15, 2009

"Chamada de artigos - Revista História e Economia"

«Prezado Professor,
Temos a satisfação de lhe informar que a 4ª publicação da revista: "História e Economia", Revista Interdisciplinar do Instituto de História e Economia, encontra-se gratuitamente disponível no site http://www.bbs.edu.br/institutobbs.asp
Solicitamos artigos para o 5ª volume da revista, que tem a publicação prevista para o final do primeiro semestre de 2009.
A Revista dedica-se à publicação de artigos nas áreas de História Econômica, História Financeira, e História das Idéias Econômicas. Publicamos somente textos originais, aceitando em casos especiais, a publicação simultânea em revista estrangeira.Recebemos artigos em português, inglês, espanhol ou francês.
Os artigos poderão ser referentes a quaisquer países ou regiões. Todos os artigos serão publicados no idioma em que foram escritos
O conselho editorial da revista é composto pelos seguintes profissionais:
§ Adalton Franciozo Diniz – Mackenzie
§ André Villela – EPGE/FGV
§ Antônio Penalves Rocha- USP
§ Carlos Eduardo Carvalho – PUC/SP
§ Carlos Gabriel Guimarães - UFF
§ Flavio Saes – USP
§ Gail Triner - Rutgers University
§ Jaime Reis – ICS - Universidade de Lisboa
§ John Schulz – BBS
§ Jonathan B. Wight – University of Richmond
§ José Luis Cardoso –ISEG - Universidade Técnica de Lisboa
§ Marcos Cintra - Unicamp
§ Pedro Carvalho de Mello – ESALQ
§ Renato Leite Marcondes - USP/Ribeirão Preto
§ Ricardo Feijó – USP/Ribeirão Preto
§ Steven Topik – University of California Irvine
§ Vitoria Saddi – JP Morgan Chase

Para maiores informações, favor entrar em contato com Rafael Balan Zappia
Telefone: 3266-2586
E-mail: he@bbs.edu.br
Endereço: Alameda Santos, 745 – 1º andar.
CEP: 01419-001 – São Paulo – SP
Atenciosamente,

Conselho Editorial»

(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

Subsiste uma clara diferença entre usar a internet para obter informação e usá-la como principal canal de compra

Subsiste uma clara diferença entre usar a internet para obter informação e usá-la como principal canal de compra

(título de mensagem, datada de hoje, disponível em Planeamento Territorial)

quarta-feira, junho 10, 2009

Apresentação de livro: "[...] 500 anos de emigração galega a Lisboa"

«O Centro de Estudos Galegos da Universidade do Minho tem o prazer de informar da seguinte actividade:
Inauguração da exposição e apresentação do livro e do documentário: História de uma emigração difusa. 500 anos de emigração galega a Lisboa, da autoria de Xan Leira.

Lugar: Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva
Dia: 17 de Junho
Hora: 18h

Com os melhores cumprimentos,
Inês Rodo Montes
Centro de Estudos Galegos - ILCH
Universidade do Minho»

(reprodução integral de mensagem distribuída entretanto na rede electrónica da UMinho, com a proveniência identificada)

segunda-feira, junho 08, 2009

"O PS sofreu hoje uma grande derrota": não foi nada que não merecesse

"O PS sofreu hoje uma grande derrota: primeiro com a elevadíssima abstenção, depois com a constatação de que as sondagens estavam erradas. Apesar de esperada uma descida substancial em relação a 2004, os 26,6% são um resultado fraquíssimo e os cerca de 5% de distância em relação ao PSD serão, concerteza, muito difíceis de digerir.
Por outro lado, o PSD foi incapaz de aproveitar o descalabro socialista e, apesar de ser o partido mais votado, não é, nem de perto de longe, o vencedor da noite eleitoral [...]"
João Martinho
*
(excerto de mensagem, datada de 2009/06/07, intitulada A vitória, nestes casos, é de quem a apanhar, disponível em Avenida Central)

terça-feira, junho 02, 2009

Reflexões sobre a alteração do modelo económico-social português

Desde há uma série de anos discute-se quase permanente sobre a necessidade de mudar o modelo económico-social em Portugal. As razões invocadas para justificar tal necessidade advêm da escassa capacidade do actual modelo para garantir níveis sustentáveis de crescimento económico, com capacidade para gerar riqueza e emprego, e para acomodar as variações cíclicas da actividade económica. O debate sobre o assunto tem sido amplo e diversificado, mas também disperso e pouco qualificado. A falta de concretização tem conduzido a resultados magros em termos teóricos e a inação em termos práticos.
Um modelo económico é uma síntese da realidade, que tenciona reflectir de forma simplificada os comportamentos e as inter-relações entre os diferentes agentes económicos, no âmbito da produção, do investimento e do consumo. Um modelo económico-social amplia o espectro do modelo económico, ao incorporar não só as transacções de carácter económico, mas também as de carácter social, incluindo, inclusivamente, aquelas sem qualquer tipo de contraprestação económica. Em economia política estudam-se habitualmente três tipos de modelos económicos: a economia de mercado, a economia dirigida e a economia mista.
A economia portuguesa é, como a maioria das economias industrializadas, uma economia mista, onde o sector privado e o público convivem com a finalidade de gerar e distribuir riqueza, respectivamente. Em termos latos, o debate sobre a alteração do modelo económico deveria apenas concentrar-se sobre o papel atribuído às esferas privada e pública da economia e, portanto, sobre o seu protagonismo no sistema económico. Em termos mais específicos, a reflexão deveria centrar-se na potencial mudança do modelo produtivo e na alteração do papel do Estado na economia. Obviamente ambos os níveis de discussão afectam lógicas sobrepostas, razão pela qual, tratar de isolar os debates não parece a estratégia mais razoável para melhorar a eficácia do sistema.
A primeira questão a resolver é determinar quais as funções a desempenhar pelo Estado na economia, definindo-se por exclusão as que devem ser executadas por privados. Neste sentido convém pôr de lado os preconceitos sobre este assunto, dado que economias nas que o Estado tem um peso muito significativo (nomeadamente pela grande generosidade das políticas redistributivas) conseguem apresentar níveis de competitividade significativamente altos nos rankings internacionais. Contrariamente, algumas das mais liberais enfrentam graves problemas em momentos de crise, como o actual, pela inexistência de políticas públicas que permitam amortecer os efeitos da quebra de actividade económica e travar o drama social do desemprego.
Dentro das temáticas específicas para o debate, a alteração do sistema produtivo é prioritária. No caso português este apoiou-se, durante décadas, em sectores de reduzido valor acrescentado, que baseavam a sua competitividade em custos de produção (nomeadamente salariais) relativamente baixos. A crescente exposição à concorrência de países com custos de produção extremamente reduzidos levou ao desaparecimento ou reconversão, desde início desta década, de sectores de grande importância em termos de produção e exportação. O rol do governo português, na óptica sectorial, tem sido tradicionalmente muito interventivo, potenciando sectores, através da subsidiação directa ou indirecta, e prejudicando outros, muitas vezes de forma inconsciente, por via das distorções competitivas, activas ou passivas. No contexto dos sistemas produtivos, os governos não podem promover directamente sectores atendendo a interesses particulares, sejam eles legítimos ou não. Compete às empresas tomar decisões de investimento e pôr em marcha actividades produtivas. Os governos devem limitar-se a melhorar as suas condições de desempenho, apoiando o sistema educativo e de inovação, fornecendo informação para os negócios, reforçando os vínculos universidade-empresa, fortalecendo as diferentes modalidades de formação profissional, reduzindo os custos de transacção e a burocracia e promovendo a estabilidade macroeconómica e a segurança jurídica, entre outras.
Para além das mudanças do sistema produtivo, é imprescindível proceder a uma reformulação das formas de intervenção do Estado. O seu papel como produtor deveria focar-se maioritariamente nas funções de distribuição, potenciando, simultaneamente, o seu papel como regulador, com a finalidade de assegurar o bom funcionamento tanto dos mercados de bens e serviços, como do mercado de trabalho. Um outro aspecto importante consiste em diferenciar os conceitos de provisão e produção. Para garantir a provisão dum determinado bem ou serviço, o Estado não precisa de o produzir directamente. Na tomada de decisões operativas a este respeito, as considerações de eficiência e de capacidade de regulação são aspectos que exigem uma cuidada ponderação por parte dos decisores públicos.
Todas as recomendações recorrentemente efectuadas pelos organismos internacionais, durante os últimos vinte anos, são, sem dúvida, um bom ponto de partida para implementar um programa de reformas estruturais que permita alterar o modelo económico-social, tornando-o economicamente mais eficiente e socialmente mais justo. A alteração do modelo exige uma liderança política forte e uma conjuntura económica favorável. Sem elas o debate estéril prolongar-se-á durante anos e a sua implementação ficará eternamente adiada.
FRANCISCO CARBALLO-CRUZ
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

"Não me venham com a lenga-lenga de que nas eleições europeias não se avaliam políticas nacionais!"

Um protesto mais eficaz

(título de mensagem, datada de 1 de Junho de 2009, disponível em Empreender)