O que me choca é que pareça não se estar consciente ou se esconda que os custos com a mão-de-obra na China, não há muito tempo, não iam além de 8% dos portugueses, sendo que os valores correspondentes dos indianos se situavam nos 11%, os dos búlgaros em 19%, e os dos marroquinos e dos turcos em 69%. Será que mesmo assim faz sentido fazer desta “variável” o elemento estratégico da nossa competitividade?
Por contrapartida, poderia invocar o caso de diversos produtos portugueses sofisticados que são colocados em diversos mercados externos e que nem por isso têm dificuldade em concorrer aí. Obviamente, o tipo de aposta prosseguida pelas empresas que protagonizam esses negócios é outro. Será que não é possível multiplicar esse modelo de inserção nos mercados? Será que não é possível implementar políticas que sinalizem correctamente os caminhos que a economia portuguesa deve percorrer? Obviamente, não é a olhar exclusivamente para os equilíbrios financeiros de curto prazo, como se fez ao longo dos últimos 10 anos, que lá se chega.
J. Cadima Ribeiro
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