«Gostaria de
desafiá-lo a responder ao fórum do JORNAL DE LEIRIA desta semana. Agradeço que
a resposta [...] não exceda os 400
caracteres.
[...]
Elisabete Cruz
PERGUNTA:
A administração local e Miguel Relvas, ministro adjunto e dos Assuntos
Parlamentares, andam numa verdadeira guerra de palavras. Os autarcas não se
conformam com a Lei da Reforma das Freguesias e,
principalmente, com a Lei dos Compromissos, que dizem estar a paralisar as
câmaras e a "pôr em causa o trabalho que as autarquias prestam à
população", palavras de Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do
Conde e dirigente da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Também os
autarcas da região de Leiria têm tecido duras críticas à Lei dos Compromissos,
referindo-se-lhe como uma tragédia. Miguel Relvas, por seu lado, acusou os
autarcas de sofrerem de "esquizofrenia" e que só são a favor de
mudanças para o "vizinho". O ministro referiu ainda a necessidade de
se "procurarem novos mundos" para de conseguir ultrapassar a actual
crise.
Que comentários lhe merece este assunto?
Resposta:
Não é só com os autarcas que Miguel Relvas guerreia.
É também com jornalistas e, sobretudo, com os portugueses. O poder tem um
efeito terrível na lucidez de certas pessoas. A “lei dos compromissos” é uma
espécie de moinho de vento contra a qual o governo resolveu arremeter, como se
estivesse aí a sede do desequilíbrio das contas públicas e como se a burocracia
fosse um elemento informador de boa gestão. Alternativamente, deveria o
ministro Relvas olhar para dentro do governo e para as políticas que subscreve
e procurar aí as respostas para a incapacidade com que aquele se confronta de
reduzir o défice público e o desemprego, e estimular o crescimento.
J. Cadima Ribeiro»
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