Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quarta-feira, outubro 28, 2009

If you want time…

"You will never ´find` time for anything. If you want time, you must make it."

Charles Bruxton

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 27, Issue 590 - 2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

terça-feira, outubro 27, 2009

"Um discurso que defenda e defina [...] uma política industrial mais coerente"

"[...] espero que o novo ministério da economia, inovação e desenvolvimento contribua para a consolidação em Portugal de um discurso público desenvolvimentista assertivo e confiante, na linha de algumas preocupações que constam do QREN. Um discurso que defenda e defina, usando a reduzida margem de manobra disponível, uma política industrial mais coerente, servida por incentivos selectivos e por investimentos públicos bem planeados, que favoreçam a área dos bens transaccionáveis intensivos em conhecimento e em tecnologia e não a captura de sectores da provisão pública por grupos rentistas."
João Rodrigues
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(excerto de mensagem, datada de 2009/10/23 e intitulada Economia política e política económica alternativas em português, disponível em Ladrões de Bicicletas)

sábado, outubro 24, 2009

quinta-feira, outubro 22, 2009

Os números da crise em tempo de constituição de um novo governo

De acordo com o INE, a taxa de desemprego registada no 2º trimestre do ano em curso foi de 9,1%, mais 1,8 pontos percentuais que o que se verificava no mesmo trimestre do ano de 2008, e o valor mais elevado vivido pelo país desde meados dos anos oitenta do século passado. Segundo estimativas da OCDE, este cenário de desemprego elevado está longe de ter termo a breve prazo: para 2010, prevê para Portugal uma taxa de desemprego de 11,7%, valor acima da média dos países da OCDE, que deverá aproximar-se dos 10%.

Estes números dizem-nos que o país terá ultrapassado a barreira dos 500 mil desempregados no mês de Agosto. Se, entretanto, nos quisermos referir à faixa etária dos 15 aos 24 anos, a taxa de desemprego registada no referido trimestre de 2009 era da ordem dos 18,7%, sendo que um número expressivo era detentor de habilitações a nível de ensino superior. Este número do desemprego juvenil está em linha com o que vinha sendo observado não apenas em Portugal mas, em geral, na União Europeia em matéria de diferencial entre a taxa de desemprego global e a da população activa mais jovem, que em não raros casos é o dobro da primeira. Por sua vez, este dado reflecte a resistência que as empresas mantém à contratação de trabalhadores sem experiência laboral ou com pouca experiência, sejam detentores de maiores ou menores qualificações.

Não se conclua do que se diz no parágrafo precedente que o investimento em educação/formação não vale a pena, de todo. A verdade é que, também de acordo com dados recentes da OCDE (Education at a glance 2009), considerando a média dos países integrantes da organização, o desempregado que tem maiores qualificações tem maior probabilidade de conseguir emprego: por exemplo, ter o secundário completo reduz em 6,7 pontos percentuais o risco de desemprego para quem tiver entre 20 e 24 anos. Obviamente, deste dado não pode retirar-se a indicação que não haja escolhas a manter em matéria de cursos ou áreas de formação a frequentar. O investimento em formação, como a generalidade dos investimentos, comporta risco. Não pode, por isso, ser feito sem uma análise cuidada do deve e haver expectável, futuro.

O quadro de situação em matéria de emprego não dá espaço para optimismos no horizonte temporal próximo, mesmo se os indicadores de confiança económica têm vindo a subir. Na Alemanha, por exemplo, de acordo com informação recente avançada pelo Instituto de Pesquisa Económica alemã, a confiança empresarial terá subido pelo sexto mês consecutivo. Nos EUA, por sua vez, a confiança dos consumidores encontra-se ao nível de Janeiro de 2008, o que pode estar relacionado com o aumento verificado da actividade económica americana. Em Portugal, a situação é similar, com indicadores de confiança para a indústria, comércio e serviços a registarem valores cada vez mais animadores ao longo dos últimos meses deste ano. Acontece entretanto que uma coisa é podermos estar no ponto de viragem para o relançamento económico e outra é assistirmos à criação líquida de emprego. Antes que se atinja uma situação de crescimento sustentado e em torno dos 2 pontos percentuais, não será expectável que se assista à redução das taxas de desemprego, em Portugal, como no resto da Europa.

No caso português, para a melhoria das perspectivas económicas também não ajudam nada o défice das contas públicas previsto para este ano, de 5,9% do PIB, e o montante esperado da dívida pública (74,5% do PIB). Estes dados macroeconómicos reconduzem o país ao quadro de infracção do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e, logo, abrem espaço para que os procedimentos aí previstos em matéria de défices excessivos sejam accionados. Esta situação tem, por seu turno, consequências gravosas em termos de liberdade de acção do governo em matéria de políticas públicas e, portanto, de capacidade de actuação a nível de estímulo à economia. Isto dito, percebe-se que os tempos continuarão a ser de grande dificuldade para os portugueses, que, depois dos sacrifícios que fizeram nos derradeiros oito anos, talvez merecessem estar bem melhor. Claro está que sempre se pode contrapor que, tendo tomado a opção de referendar, em sede eleitoral, as políticas económicas conduzidas, têm os políticos e as políticas económicas a que têm direito.
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J. Cadima Ribeiro

(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Leiria)

quarta-feira, outubro 21, 2009

The fool's idea of glory

"Showing off is the fool's idea of glory."

Bruce Lee

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 20, 2009, Issue 589-2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, outubro 19, 2009

Autoridade da Concorrência: Seminário

SEMINÁRIO
“The relationship between competition authorities and sectoral regulators: an international-comparative perspective”
Dr. Maher M. Dabbah
Director, Interdisciplinary Centre for Competition Law and Policy (ICC), http://www.icc.qmul.ac.uk/
Queen Mary, University of London
AdC, Lisboa, 26 de Outubro 2009
17h00
[...]
Entrada Livre – Necessária inscrição prévia
Local: Autoridade da Concorrência (AdC)
Para se inscrever contacte: Ema Bernardo
Av. Berna, 19 – 10º andar, Lisboa
Email: ebernardo@concorrencia.pt
Telefone: 21 790 20 53»
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(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sábado, outubro 17, 2009

Os portugueses têm os políticos e as políticas económicas que merecem?

"[...]
No caso português, para a melhoria da situação económica também não ajudam nada o défice das contas públicas previsto para este ano, de 5,9% do PIB, e o montante esperado da dívida pública (74,5% do PIB). Estes dados macroeconómicos reconduzem o país ao quadro de infracção do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e, logo, abrem espaço para que os procedimentos aí previstos em matéria de défices excessivos sejam accionados. Esta situação tem, por seu turno, consequências gravosas em termos de liberdade de acção do governo em matéria de políticas públicas e, portanto, de capacidade de actuação a nível de estímulo à economia. Isto dito, percebe-se que os tempos continuarão a ser de grande dificuldade para os portugueses, que, depois dos sacrifícios que fizeram nos derradeiros oito anos, mereciam estar bem melhor. Claro está que sempre se pode acrescentar que, tendo tomado a opção de referendar, em sede eleitoral, as políticas económicas conduzidas, têm os políticos e as políticas económicas que merecem."

J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, outubro 15, 2009

"Lisboa teve 173 milhões dos fundos para regiões pobres"

«Lisboa teve 173 milhões dos fundos para regiões pobres
Os investimentos aprovados para Lisboa com recurso a fundos comunitários dados às regiões mais pobres somavam, em Agosto, 173 milhões de euros, ou 2,3% do total aprovado, disse o secretário de Estado, Rui Baleiras.
Consulte o artigo completo em:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/nacional/interior.aspx?content_id=1390935

Comentário: É preciso ter lata...»
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(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

terça-feira, outubro 13, 2009

O comércio electrónico: curiosidades postas à luz pela investigação empírica

O passo seguinte ao uso generalizado na comunicação corrente das tecnologias de comunicação e informação, especialmente da internet, foi o respectivo aproveitamento para efeitos de negócio, entre empresas, por uma lado, e destas com o consumidor final, por outro. Os investigadores sociais não deixaram de seguir atentamente o nascimento e primeiros passos deste novo canal comercial, sendo certo que depressa foram confrontados com alguns factos inesperados.
Entre os dados surpreendentes ou inesperados que a investigação empírica trouxe para a luz do dia contam-se os seguintes: i) a dispersão de preços entre vendedores virtuais revelou ser muito mais elevada do que o esperado; ii) a importância assumida nesses mercados pela “confiança” e pela “marca” também se revelou muito elevada; isto é, longe de ser um grande egualizador dos retalhistas e de eliminar a necessidade do estabelecimento de marcas, a internet pode incrementar a importância das diferenças entre retalhistas em vertentes como a confiança e a marca”; adicionalmente, iii) constatou-se que a orientação para os mercados electrónicos não conduziu necessariamente à desintermediação das trocas, mesmo se tal difere do que se verifica nos mercados “físicos” tradicionais; isso mostrou ser particularmente verdade no caso dos vinhos, onde as vendas directas ao consumidor via internet não foram assumidas como verdadeira opção por parte da maioria dos produtores de vinhos ou adegas, grandes ou pequenas, como é ilustrado pelos casos australiano e alemão, nomeadamente.
Nesta última dimensão, tem que concluir-se que uma coisa é publicitar na internet informação sobre o produto e respectivos canais de retalho e outra é a venda directa ao consumidor final pelo canal virtual. No que se refere à importância dada pelos consumidores às marcas no comércio electrónico, os investigadores foram levados a concluir que tal possa resultar da necessidade dos consumidores de recorrerem à marca como indicador próximo dos atributos do produto para os quais lhes falta informação ou cuja informação é difícil de obter. Isso aplicar-se-ia com particular acuidade ao caso dos produtos com atributos sensoriais ou “bens tácteis”.
Infelizmente, a informação sobre o canal electrónico em Portugal é muito escassa. Conhece-se pouco mais do que o perfil do consumidor português do comércio electrónico. Um estudo disponível (Netsonda, 2008) diz-nos que este é maioritariamente masculino (52%), jovem (70,3% dos utilizadores têm entre 25 e 64 anos), detentor de boa formação académica (37,5% possuem o ensino secundário, a que se somam 49% com o ensino superior), urbano (as pequenas, médias e grandes cidades representam 83,5% deles), integrando agregados familiares pequenos (2 ou 3 membros), com um certo nível de rendimento (mais de 60% situam-se no grupo de rendimentos que vai dos 10000 aos 50000 Euros).
Através doutras fontes (por exemplo, Jornal Têxtil, 2009) e de dados referidos a casos particulares, sabemos, também, que, apesar de não estar “imune à crise”, o volume de negócios vem crescendo em cada ano que passa. Curiosamente, um operador deste mercado (Petit Patapon), entrevistado pelo jornal antes referido, sublinha que “A boa cobertura de lojas da marca no mundo físico em Portugal funciona […] como elemento gerador de rácios atípicos de visita/compra” (Jornal Têxtil, 2009, p.6). Dado este que põe evidência a possível complementaridade dos dois canais de distribuição referidos, ao invés de serem pensados como alternativos.
Sendo um espaço de oportunidade para fazer negócios ou alargar mercados, espera-se que brevemente outros dados sobre a realidade do comércio electrónico em Portugal e o perfil dos respectivos utilizadores fiquem disponíveis. A identificação dos consumidores-alvo e o seguimento das tendências da procura nunca deixarão de ser requisitos básicos de sucesso de qualquer negócio.
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J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

quinta-feira, outubro 08, 2009

Brasil: "Nordeste ganha portal de notícias econômicas"

«Praias, artesanato, frutos do mar, mas também o maior complexo de produtos químicos e petroquímicos da América Latina, força no segmento de serviços, destaque na produção agrícola. É com a proposta de mostrar o potencial da região Nordeste que entra no ar, hoje dia 8 (às 7:00h), o Tendências e Mercado – Panorama Econômico do Nordeste (http://www.tendenciasemercado.com.br/ ), portal com um olhar diferenciado sobre os aspectos econômicos da região, em sintonia com os negócios presentes no Brasil e no mundo.
Lançado na data em que se comemora o Dia do Nordestino, o Tendências e Mercado possui três raios de atuação: empresas, negócios e finanças, fazendo jornalismo econômico de forma acessível a todos os públicos, por meio de reportagens especiais, entrevistas exclusivas, indicadores financeiros, análise de mercado, além de matérias factuais e artigos de profissionais renomados.
O portal conta ainda com canais dedicados à moda e estilo, saúde e bem-estar, cultura, central de cursos e eventos, central de investimentos, inovação tecnológica, viagens, automóveis e novidades da economia. É um espaço com informações atualizadas, conteúdo especializado e foco em uma região em processo de expansão.
O Tendências e Mercado já nasce comprometido com a responsabilidade social (TM Social) e oferece às Organizações Não-Governamentais (ONGs) do País a oportunidade de apresentarem suas ações, sem nenhum custo, por meio de banners veiculados no portal. A primeira campanha é do Instituto Akatu, que prega o consumo consciente.
Acompanhe também o nosso portal: http://www.tendenciasemercado.com.br/
e nosso twitter: www.twitter.com/tmnoticias
Contatos:
contato@tendenciasemercado.com.br
(82) 3313-9342
(82) 8859-2795
--
Guto Barros Luís Augusto S. Barros
Diretor de Marketing/Planejamento
gutobarros@tendenciasemercado.com.br»

(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

quarta-feira, outubro 07, 2009

You have to…

"You have to put in many, many, many tiny efforts that nobody sees or appreciates before you achieve anything worthwhile."

Brian Tracy

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 6, 2009, Issue 587-2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

segunda-feira, outubro 05, 2009

“Convergence and divergence in welfare state development: an assessment of education policy in OECD countries”

“In this paper, we quantitatively assess education policy change in OECD countries. While research in social policy has shown that convergence in welfare provision can only partially be assessed in OECD countries, it has yet to be assessed to what extent this also concerns the sector of education. By distinguishing educational expenditures, educational governance and educational outputs, we analyze this sector for OECD countries since the 1990s. The paper is structured as follows: We first outline the importance of education and schooling in contemporary social policy. In a second step, we present concepts of convergence and divergence in welfare state development, concluding with assumptions on the state of education policy. In a third step, we present the data and methods used. Afterwards, we track changes in educational expenditures, educational governance and educational outputs. In a concluding section, we compare the findings and outline their significance for research on policy convergence and social policies, as well as for internationalization of education policy. The paper has a mainly empirical aim, contributing to the debate on policy change and convergence in social policy.”

Jakobi, Anja P.
Teltemann, Janna

Date: 2009
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:zbw:sfb597:93&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, outubro 03, 2009

"Azeite - Produção nacional cresceu 42%"

Azeite - Produção nacional cresceu 42%

(título de artigo, datado de Sexta-feira, 2 de Outubro de 2009, disponível em Café Portugal)

quinta-feira, outubro 01, 2009

U. E.: evolução dos principais indicadores económicos

Selected Principal European Economic Indicators: http://ec.europa.eu/eurostat/euroindicators

(título de tabela de indicadores económicos disponível no sítio do EUROSTAT)