Que espaço resta à direita para se afirmar? Parte II (8 meses depois)
(título de mensagem, datada de Quinta-feira, 30 de Setembro de 2010, disponível em Ladrões de Bicicletas)
Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento
quinta-feira, setembro 30, 2010
quarta-feira, setembro 29, 2010
Um lugar no livro da pequena história de Portugal
Um incompetente nunca admite a sua incompetência. Teixeira dos Santos e José Sócrates já têm assegurado o seu lugar no livro da pequena história de Portugal.
J. Cadima Ribeiro
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Comportamento dos Agentes
"A Espanha será, porventura, o país que mais se assemelha a Portugal em matéria de estrutura produtiva"
- "Quem considera serem neste momento os maiores concorrentes da economia portuguesa? (Grécia, Espanha, Irlanda...etc. ou, numa perspectiva mais ampla, poderemos considerar a zona asiática, essencialmente a China, como um concorrente à "nossa" zona euro?)"[MBS]
- A(s) questão(ões) que enuncia, a meu ver, só é(são) na aparência, isto é, são múltiplas as respostas possíveis, mais ou menos detalhadas.
Brevemente, digo-lhe que, a nível de produtos e serviços produzidos, me parece que a China e a Ásia, de um modo geral, me parecem concorrerem mais com Portugal que os países europeus que menciona. Tal acontece igualmente com vários países do leste europeu. Dos países que lista, a Espanha será, porventura, o país que mais se assemelha a Portugal em matéria de estrutura produtiva. Se o enfoque fosse o investimento directo estrangeiro, então os países europeus de leste seriam os concorrentes mais directos.
J. Cadima Ribeiro
- A(s) questão(ões) que enuncia, a meu ver, só é(são) na aparência, isto é, são múltiplas as respostas possíveis, mais ou menos detalhadas.
Brevemente, digo-lhe que, a nível de produtos e serviços produzidos, me parece que a China e a Ásia, de um modo geral, me parecem concorrerem mais com Portugal que os países europeus que menciona. Tal acontece igualmente com vários países do leste europeu. Dos países que lista, a Espanha será, porventura, o país que mais se assemelha a Portugal em matéria de estrutura produtiva. Se o enfoque fosse o investimento directo estrangeiro, então os países europeus de leste seriam os concorrentes mais directos.
J. Cadima Ribeiro
segunda-feira, setembro 27, 2010
"Montalegre, Miranda do Douro, Boticas e Penedo continuam a ter aumentos superiores a 35% no número de inscritos nos centros de emprego"
Notícia i
Desemprego subiu mais de 20% em 14 concelhos do norte:
http://www.ionline.pt/conteudo/80433-desemprego-subiu-mais-20-em-14-concelhos-do-norte
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Desemprego subiu mais de 20% em 14 concelhos do norte:
http://www.ionline.pt/conteudo/80433-desemprego-subiu-mais-20-em-14-concelhos-do-norte
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domingo, setembro 26, 2010
"Muitos britânicos, espanhóis e alemães riscaram Portugal do mapa de férias"
Notícia Público
Portugal perde parte dos turistas:
http://economia.publico.pt/Noticia/portugal-recupera-parte-dos-turistas_1455607
*
Portugal perde parte dos turistas:
http://economia.publico.pt/Noticia/portugal-recupera-parte-dos-turistas_1455607
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Comércio Externo,
Conjuntura Económica,
Estatísticas
"Idade das trevas"
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. [...] a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma "idade das trevas" ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»
Andrew Oitke
[Obesidade Mental, Phd (Harvard U)]
(cortesia de JBM)
Não se trata de uma decadência, uma "idade das trevas" ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»
Andrew Oitke
[Obesidade Mental, Phd (Harvard U)]
(cortesia de JBM)
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Citações,
Modelo de Desenvolvimento
sexta-feira, setembro 24, 2010
The 2nd Annual European E-Commerce Conference 2010
«The 2nd Annual European E-Commerce Conference 2010
E-Commerce: A key driver to achieving a digital single market in Europe
2nd December 2010 - Crowne Plaza Le Palace, Brussels
Registration and conference programme available at http://www.ecommerce-conference.eu/
The 2nd Annual European E-Commerce Conference, hosted by the European E-Commerce and Mail Order Trade Association EMOTA and the European Digital Media Association EDiMA and organised by Forum Europe, will bring together a broad, high-level group of stakeholders to debate the policy and business dimensions impacting upon e-commerce and will seek to provide significant input into the policy formation process. It is expected that over 200 delegates will attend including the EU and international press and the event will run over one day.
Registration is now open and can be completed online at www.eCommerce-Conference.eu. Please note that places are limited. The conference agenda and details on speakers are also available on the website. Alternatively, please call James Wilmott on +44 (0) 2920 783 022 or email james.wilmott@forum-europe.com.
[...]
Please check back to the website regularly for updates. If you are interested in sponsoring or exhibiting, please download the sponsorship prospectus or contact James Wilmott.
Issues to be explored include:
- Consumer trust
- E-payment solutions
- The logistics behind e-business
- Multi-channel sales
- Digital content
- M-Commerce
- Copyright
If you require anything further, including details of the sponsorship and exhibition opportunities, please contact James Wilmott on +44 (0) 2920 783 022 or email james.wilmott@forum-europe.com.
We look forward to welcoming you and your colleagues to the event December.
Kind regards
James Wilmott
Director
Forum Europe
Tel: +44 (0) 2920 783 022
Email: james.wilmott@forum-europe.com
http://www.forum-europe.com/»
(reprodução parcial de mensagem que me caiu ontem na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)
E-Commerce: A key driver to achieving a digital single market in Europe
2nd December 2010 - Crowne Plaza Le Palace, Brussels
Registration and conference programme available at http://www.ecommerce-conference.eu/
The 2nd Annual European E-Commerce Conference, hosted by the European E-Commerce and Mail Order Trade Association EMOTA and the European Digital Media Association EDiMA and organised by Forum Europe, will bring together a broad, high-level group of stakeholders to debate the policy and business dimensions impacting upon e-commerce and will seek to provide significant input into the policy formation process. It is expected that over 200 delegates will attend including the EU and international press and the event will run over one day.
Registration is now open and can be completed online at www.eCommerce-Conference.eu. Please note that places are limited. The conference agenda and details on speakers are also available on the website. Alternatively, please call James Wilmott on +44 (0) 2920 783 022 or email james.wilmott@forum-europe.com.
[...]
Please check back to the website regularly for updates. If you are interested in sponsoring or exhibiting, please download the sponsorship prospectus or contact James Wilmott.
Issues to be explored include:
- Consumer trust
- E-payment solutions
- The logistics behind e-business
- Multi-channel sales
- Digital content
- M-Commerce
- Copyright
If you require anything further, including details of the sponsorship and exhibition opportunities, please contact James Wilmott on +44 (0) 2920 783 022 or email james.wilmott@forum-europe.com.
We look forward to welcoming you and your colleagues to the event December.
Kind regards
James Wilmott
Director
Forum Europe
Tel: +44 (0) 2920 783 022
Email: james.wilmott@forum-europe.com
http://www.forum-europe.com/»
(reprodução parcial de mensagem que me caiu ontem na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)
quinta-feira, setembro 23, 2010
"Portugal é o nono país que mais filiais tem em Espanha"
Notícia JN
Quase 200 filiais de empresas portuguesas em Espanha:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1668217
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Quase 200 filiais de empresas portuguesas em Espanha:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1668217
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"O único fiasco da Inditex"
Notícia Portugal Têxtil
Often, o único fiasco da Inditex:
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/38405/xmview/2/NoticiaID/38405/Default.aspx
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Often, o único fiasco da Inditex:
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/38405/xmview/2/NoticiaID/38405/Default.aspx
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quarta-feira, setembro 22, 2010
"Cerca de 54% dos carros de pequeno porte são movidos a etanol"
Notícia Geodireito
Brasil mais que dobrará produção de etanol até 2019:
http://www.geodireito.com/Conteudo/Geojuridicas.asp?notCodigo=3088&acao=DetalheNoticia
*
Brasil mais que dobrará produção de etanol até 2019:
http://www.geodireito.com/Conteudo/Geojuridicas.asp?notCodigo=3088&acao=DetalheNoticia
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terça-feira, setembro 21, 2010
“Increasing Shadow Economies all over the World - Fiction or Reality?”
“Using various methods (currency demand, physical input (electricity) measure, model approach), which are discussed and criticized, estimates about the size of 67 developing, transition and OECD countries are presented. The average size of the shadow economy (in % of GDP) over 1989-93 in developing countries is 39.2%, in transition countries 23.2% and in OECD countries 14.2%. An increasing burden of taxation and social security contributions combined with rising state regulatory activities are the driving forces for the size of the shadow economy. According to some findings, a growing shadow economy has a negative impact on official GDP growth, however, a positive impact of corruption on the size of the shadow economy can be found, i.e. the bigger the corruption, the larger is the shadow economy.”
Dominik Ernste
Friedrich Schneider
Date: 2010
Keywords: shadow economy, corruption, tax evasion
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ess:wpaper:id:2816&r=pbe
(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)
Dominik Ernste
Friedrich Schneider
Date: 2010
Keywords: shadow economy, corruption, tax evasion
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ess:wpaper:id:2816&r=pbe
(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)
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Comportamento dos Agentes,
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segunda-feira, setembro 20, 2010
Investir em energia verde, em transportes sustentáveis e em agricultura amiga do ambiente [...] é essencial para reduzir a pobreza"
Notícia Jornal de Negócios
Economia verde é essencial para reduzir a pobreza mundial:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=444343
*
Economia verde é essencial para reduzir a pobreza mundial:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=444343
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Modelo de Desenvolvimento,
Notícia,
Políticas Públicas
domingo, setembro 19, 2010
"What`s best for the economy"?
Bom Dia
(título de mensagem, datada de 19 de Setembro de 2010, disponível em A Educação do meu Umbigo)
(título de mensagem, datada de 19 de Setembro de 2010, disponível em A Educação do meu Umbigo)
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Curiosidades,
Estratégias de Desenvolvimento
sábado, setembro 18, 2010
"A causa dos actuais problemas espanhóis está no rebentar da bolha imobiliária"
Alternativas à austeridade orçamental em Espanha
(título de mensagem, datada de 12 de Setembro de 2010, disponível em e.economia.info)
(título de mensagem, datada de 12 de Setembro de 2010, disponível em e.economia.info)
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Conjuntura Económica,
Políticas Orçamentais
sexta-feira, setembro 17, 2010
"A nova muralha da China"
Yuan: a pequena muralha da China
(título de mensagem, datada de Sexta-feira, 17 de Setembro de 2010, disponível em Suplementos de Economia)
(título de mensagem, datada de Sexta-feira, 17 de Setembro de 2010, disponível em Suplementos de Economia)
"As expectativas do ministro Mariano Gago no aumento da procura do ensino superior por alunos mais velhos parecem, assim, ficar por terra"
Notícia Jornal de Leiria
Saúde e Artes com mais procura que Engenharias no IPL:
http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=5215
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Saúde e Artes com mais procura que Engenharias no IPL:
http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=5215
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Investimento em I+D,
Mercado de Trabalho
quinta-feira, setembro 16, 2010
The decision to try
"Every accomplishment starts with the decision to try."
[Author Unknown]
(citação extraída de SBANC Newsletter, September 14, Issue 636 - 2010, http://www.sbaer.uca.edu/)
[Author Unknown]
(citação extraída de SBANC Newsletter, September 14, Issue 636 - 2010, http://www.sbaer.uca.edu/)
quarta-feira, setembro 15, 2010
"Posição líquida face ao exterior corresponde a cerca de 110% do PIB"
Ainda e sempre o desequilibrio externo
(título de mensagem, datada de Sexta-feira, 10 de Setembro de 2010, disponível em Economia Política)
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Comércio Externo,
Défices Orçamentais
terça-feira, setembro 14, 2010
Desenvolvimento Regional: notícia de um livro que me chegou do outro lado do Atlântico (II)
“Desenvolvimento Regional: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?” é o título de um livro (edição UNISC, Santa Cruz do Sul, 2010) sobre a problemática em título que o seu autor, Valdir Roque Dallabrida, me fez chegar há um par de meses. Como não basta vontade para que possamos fazer certas coisas, só nestes últimos dias tive oportunidade de fazer a sua leitura e, mesmo assim, a correr.
Trata-se de uma obra com objectivos didácticos, onde, conforme escreve no Prefácio Carlos Brandão, Valdir Dallabrida, actualmente professor da Universidade do Contestado, Santa Catarina, Brasil, “busca sintetizar as diversas abordagens teóricas que buscaram enfrentar esse enigma: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?” (p.9). Conclui o prefaciador que o “livro é oportuno e bem-vindo e poderá contribuir para sanar essa enorme lacuna de textos sintéticos e didácticos que busquem melhor qualificar o debate sobre o que faz o desenvolvimento de uma região e como promovê-lo” (p.12).
Neste sentido, da qualificação do debate sobre o desenvolvimento dos territórios e, até, do país, diria que contributos de natureza similar fazem falta igualmente em Portugal, se bem que a falta de qualidade do debate público a que amiúde se assiste resulte mais da desqualificação dos intervenientes que da ausência de informação técnico-científica de base. Recordando um pensamento que vi reproduzido não há muito tempo num blogue, diria a propósito, que “É impossível derrotar um ignorante em argumentação” (William G. McAdoo) e será porventura daí que relevará a qualidade do debate (político e técnico) que temos.
Encontrei no livro em causa muitas ideias em que me reconheço, nomeadamente as que insistem i) na inviabilidade de prosseguir aproximações de natureza disciplinar na interpretação das realidades complexas das regiões e na construção de respostas em matéria do seu desenvolvimento, e ii) na inviabilidade e/ou inutilidade de uma teoria geral do desenvolvimento, em razão da dita complexidade dos territórios, decorrente de determinantes endógenos (história, geografia, contexto económico e social, instituições, cultura) e exógenos (relacionamento económico, social e político com o restante território nacional e com o exterior) que são sempre singulares.
Como foi invocado, o autor do texto definiu o objectivo ambicioso de “fazer uma breve síntese das principais abordagens teóricas sobre desenvolvimento” (cf., Introdução, p.7) e, para mais, fazê-lo com recurso a uma linguagem simples, que permita ir além da “clientela académica”. Era um enorme desafio esse e será, porventura, essa uma das limitações maiores da obra. Isto é, nunca seria fácil dar notícia em poucas páginas (212) dos contributos em matéria de desenvolvimento do território de autores que vão de Quesnay, Adam Smith e Alfred Marshall a Albert Hirschman, Paul Krugman e Vázquez-Barquero, passando por Celso Furtado e S. Boisier, entre muitos outros.
Confesso que tive dificuldade em reconhecer no texto alguns autores, ficando-me a dúvida se foi a brevidade da referência que fez parecer reduzida a sua contribuição ou se Valdir Dallabrida fez das ideias daqueles leitura diferente daquela que eu faço. Meramente a título de exemplo, da referência que a dada altura faz a François Perroux retenho que este vê o desenvolvimento como “combinações de transformações de ordem mental e social de uma população que lhe possibilita o aumento cumulativo e duradouro do seu produto real global” (p.159). Modestamente, penso que, nessa dimensão de pensar social e institucionalmente as dinâmicas económicas territoriais, Albert Hirschman e Gunnar Myrdal, autores da mesma corrente de pensamento seus contemporâneos, foram mais longe que Perroux, até por a contribuição deste último relevar de uma aproximação muito mais micro aos fenómenos económicos.
Sem descurar a importância e contributo para a compreensão das realidades brasileira e da América Latina, também me parece discutível o destaque que tem no livro Celso Furtado, que conheço muito mais como autor do crescimento e do desenvolvimento prosseguindo abordagens macroeconómicas que aproximações territorializadas.
Lendo esta obra de Valdir Dallabrida, voltei a confrontar-me com algo que se me sugeriu deste o primeiro contacto que mantive com investigadores brasileiros, mesmo que tal não seja tão presente nele quanto noutros que conheci: refiro-me ao universo distinto de referências que parece ser mantido pelos académicos europeus e da América Latina. Haverá razões para tal, sobretudo no passado. Não sei se em expressão disso, causou-me estranheza ver atribuída a “paternidade” da Teoria da Base Económica de Exportação a D.C. North (p.52) e referida a sua génese entre as décadas de 50 e 60 do século XX (p.50). Para mim, a primeira grande referência que se me sugere quando se invoca a Teoria da Base é H. Hoyt (1936-1939).
Concluo, sublinhando que o trabalho “agora” dado a conhecer por Vadir Dallabrida merece bem uma recensão que vá para além da brevidade destas notas. É ele próprio que a solicita, “para que, no futuro, se possa aperfeiçoar o texto” (p.21).
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de 2010/09/14 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no contexto de coluna regular, agora iniciada, denominada "A Riqueza das Regiões")
Trata-se de uma obra com objectivos didácticos, onde, conforme escreve no Prefácio Carlos Brandão, Valdir Dallabrida, actualmente professor da Universidade do Contestado, Santa Catarina, Brasil, “busca sintetizar as diversas abordagens teóricas que buscaram enfrentar esse enigma: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?” (p.9). Conclui o prefaciador que o “livro é oportuno e bem-vindo e poderá contribuir para sanar essa enorme lacuna de textos sintéticos e didácticos que busquem melhor qualificar o debate sobre o que faz o desenvolvimento de uma região e como promovê-lo” (p.12).
Neste sentido, da qualificação do debate sobre o desenvolvimento dos territórios e, até, do país, diria que contributos de natureza similar fazem falta igualmente em Portugal, se bem que a falta de qualidade do debate público a que amiúde se assiste resulte mais da desqualificação dos intervenientes que da ausência de informação técnico-científica de base. Recordando um pensamento que vi reproduzido não há muito tempo num blogue, diria a propósito, que “É impossível derrotar um ignorante em argumentação” (William G. McAdoo) e será porventura daí que relevará a qualidade do debate (político e técnico) que temos.
Encontrei no livro em causa muitas ideias em que me reconheço, nomeadamente as que insistem i) na inviabilidade de prosseguir aproximações de natureza disciplinar na interpretação das realidades complexas das regiões e na construção de respostas em matéria do seu desenvolvimento, e ii) na inviabilidade e/ou inutilidade de uma teoria geral do desenvolvimento, em razão da dita complexidade dos territórios, decorrente de determinantes endógenos (história, geografia, contexto económico e social, instituições, cultura) e exógenos (relacionamento económico, social e político com o restante território nacional e com o exterior) que são sempre singulares.
Como foi invocado, o autor do texto definiu o objectivo ambicioso de “fazer uma breve síntese das principais abordagens teóricas sobre desenvolvimento” (cf., Introdução, p.7) e, para mais, fazê-lo com recurso a uma linguagem simples, que permita ir além da “clientela académica”. Era um enorme desafio esse e será, porventura, essa uma das limitações maiores da obra. Isto é, nunca seria fácil dar notícia em poucas páginas (212) dos contributos em matéria de desenvolvimento do território de autores que vão de Quesnay, Adam Smith e Alfred Marshall a Albert Hirschman, Paul Krugman e Vázquez-Barquero, passando por Celso Furtado e S. Boisier, entre muitos outros.
Confesso que tive dificuldade em reconhecer no texto alguns autores, ficando-me a dúvida se foi a brevidade da referência que fez parecer reduzida a sua contribuição ou se Valdir Dallabrida fez das ideias daqueles leitura diferente daquela que eu faço. Meramente a título de exemplo, da referência que a dada altura faz a François Perroux retenho que este vê o desenvolvimento como “combinações de transformações de ordem mental e social de uma população que lhe possibilita o aumento cumulativo e duradouro do seu produto real global” (p.159). Modestamente, penso que, nessa dimensão de pensar social e institucionalmente as dinâmicas económicas territoriais, Albert Hirschman e Gunnar Myrdal, autores da mesma corrente de pensamento seus contemporâneos, foram mais longe que Perroux, até por a contribuição deste último relevar de uma aproximação muito mais micro aos fenómenos económicos.
Sem descurar a importância e contributo para a compreensão das realidades brasileira e da América Latina, também me parece discutível o destaque que tem no livro Celso Furtado, que conheço muito mais como autor do crescimento e do desenvolvimento prosseguindo abordagens macroeconómicas que aproximações territorializadas.
Lendo esta obra de Valdir Dallabrida, voltei a confrontar-me com algo que se me sugeriu deste o primeiro contacto que mantive com investigadores brasileiros, mesmo que tal não seja tão presente nele quanto noutros que conheci: refiro-me ao universo distinto de referências que parece ser mantido pelos académicos europeus e da América Latina. Haverá razões para tal, sobretudo no passado. Não sei se em expressão disso, causou-me estranheza ver atribuída a “paternidade” da Teoria da Base Económica de Exportação a D.C. North (p.52) e referida a sua génese entre as décadas de 50 e 60 do século XX (p.50). Para mim, a primeira grande referência que se me sugere quando se invoca a Teoria da Base é H. Hoyt (1936-1939).
Concluo, sublinhando que o trabalho “agora” dado a conhecer por Vadir Dallabrida merece bem uma recensão que vá para além da brevidade destas notas. É ele próprio que a solicita, “para que, no futuro, se possa aperfeiçoar o texto” (p.21).
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de 2010/09/14 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no contexto de coluna regular, agora iniciada, denominada "A Riqueza das Regiões")
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Territórios e Desenvolvimento
segunda-feira, setembro 13, 2010
"Desafios Emergentes para o Desenvolvimento Regional"
Lançamento do livro "Desafios Emergentes para o Desenvolvimento Regional"
(título de mensagem, datada de Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010, disponível em Planeamento Territorial)
(título de mensagem, datada de Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010, disponível em Planeamento Territorial)
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Informação,
Territórios e Desenvolvimento
sexta-feira, setembro 10, 2010
"Abertura do espaço europeu a 13 categorias de produtos têxteis de origem paquistanesa"
Notícia Portugal Têxtil
ATP apela a Durão Barroso:
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/38345/xmview/2/NoticiaID/38345/Default.aspx
*
ATP apela a Durão Barroso:
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/38345/xmview/2/NoticiaID/38345/Default.aspx
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Comércio Externo,
Comportamento dos Agentes
quarta-feira, setembro 08, 2010
Evolução do PIB: 2º trimestre de 2010
Notícia AF
PIB: INE revê em alta crescimento para 0,3%:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/pib-ine-crescimento-economia-agencia-financeira/1190083-1730.html
PIB: INE revê em alta crescimento para 0,3%:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/pib-ine-crescimento-economia-agencia-financeira/1190083-1730.html
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Conjuntura Económica,
Evolução da Economia Portuguesa
terça-feira, setembro 07, 2010
"A fibra da ITV"
Artigo Portugal Têxtil
A fibra da ITV:
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/38309/xmview/2/NoticiaID/38309/Default.aspx
*
A fibra da ITV:
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/38309/xmview/2/NoticiaID/38309/Default.aspx
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domingo, setembro 05, 2010
"Porque algumas regiões se desenvolvem e outras não?”
Neste sentido, da qualificação do debate sobre o desenvolvimento dos territórios e, até, do país, diria que contributos de natureza similar [entenda-se: ao de Valdir Roque Dallabrida, 2010, “Desenvolvimento Regional: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?”, edição UNISC, Santa Cruz do Sul] fazem falta igualmente em Portugal, se bem que a falta de qualidade do debate público a que amiúde se assiste resulte mais da desqualificação dos intervenientes que da ausência de informação técnico-científica de base. Recordando um pensamento que vi reproduzido não há muito tempo num blogue, diria a propósito, que “É impossível derrotar um ignorante em argumentação” (William G. McAdoo) e será porventura daí que relevará a qualidade do debate (político e técnico) que temos.
J. Cadima Ribeiro
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Territórios e Desenvolvimento
sexta-feira, setembro 03, 2010
Conjuntura económica: dados do comércio a retalho e produção industrial
Indice de Volume de Negócios do Comércio a Retalho com variação menos negativa - Julho de 2010
30 de Agosto de 2010
Crescimento homólogo da Produção Industrial abranda - Julho de 2010
30 de Agosto de 2010
(títulos de Destaques disponíveis nesta data na página de abertura do portal do INE)
30 de Agosto de 2010
Crescimento homólogo da Produção Industrial abranda - Julho de 2010
30 de Agosto de 2010
(títulos de Destaques disponíveis nesta data na página de abertura do portal do INE)
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Estatísticas
quarta-feira, setembro 01, 2010
"Com rigor, planificação e capacidade de trabalho se consegue a ´competitividade` necessária"
E o que mais Verão
(título de mensagem, datada de Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010, disponível em Suplementos de Economia)
(título de mensagem, datada de Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010, disponível em Suplementos de Economia)
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