Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

quarta-feira, setembro 29, 2010

Um lugar no livro da pequena história de Portugal

Um incompetente nunca admite a sua incompetência. Teixeira dos Santos e José Sócrates já têm assegurado o seu lugar no livro da pequena história de Portugal.

J. Cadima Ribeiro

"A Espanha será, porventura, o país que mais se assemelha a Portugal em matéria de estrutura produtiva"

- "Quem considera serem neste momento os maiores concorrentes da economia portuguesa? (Grécia, Espanha, Irlanda...etc. ou, numa perspectiva mais ampla, poderemos considerar a zona asiática, essencialmente a China, como um concorrente à "nossa" zona euro?)"[MBS]

- A(s) questão(ões) que enuncia, a meu ver, só é(são) na aparência, isto é, são múltiplas as respostas possíveis, mais ou menos detalhadas.
Brevemente, digo-lhe que, a nível de produtos e serviços produzidos, me parece que a China e a Ásia, de um modo geral, me parecem concorrerem mais com Portugal que os países europeus que menciona. Tal acontece igualmente com vários países do leste europeu. Dos países que lista, a Espanha será, porventura, o país que mais se assemelha a Portugal em matéria de estrutura produtiva. Se o enfoque fosse o investimento directo estrangeiro, então os países europeus de leste seriam os concorrentes mais directos.

J. Cadima Ribeiro

domingo, setembro 26, 2010

"Muitos britânicos, espanhóis e alemães riscaram Portugal do mapa de férias"

Notícia Público
Portugal perde parte dos turistas:
http://economia.publico.pt/Noticia/portugal-recupera-parte-dos-turistas_1455607
*

"Idade das trevas"

«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. [...] a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma "idade das trevas" ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»

Andrew Oitke
[Obesidade Mental, Phd (Harvard U)]

(cortesia de JBM)

sexta-feira, setembro 24, 2010

The 2nd Annual European E-Commerce Conference 2010

«The 2nd Annual European E-Commerce Conference 2010
E-Commerce: A key driver to achieving a digital single market in Europe
2nd December 2010 - Crowne Plaza Le Palace, Brussels

Registration and conference programme available at http://www.ecommerce-conference.eu/

The 2nd Annual European E-Commerce Conference, hosted by the European E-Commerce and Mail Order Trade Association EMOTA and the European Digital Media Association EDiMA and organised by Forum Europe, will bring together a broad, high-level group of stakeholders to debate the policy and business dimensions impacting upon e-commerce and will seek to provide significant input into the policy formation process. It is expected that over 200 delegates will attend including the EU and international press and the event will run over one day.
Registration is now open and can be completed online at www.eCommerce-Conference.eu. Please note that places are limited. The conference agenda and details on speakers are also available on the website. Alternatively, please call James Wilmott on +44 (0) 2920 783 022 or email james.wilmott@forum-europe.com.
[...]
Please check back to the website regularly for updates. If you are interested in sponsoring or exhibiting, please download the sponsorship prospectus or contact James Wilmott.
Issues to be explored include:
- Consumer trust
- E-payment solutions
- The logistics behind e-business
- Multi-channel sales
- Digital content
- M-Commerce
- Copyright
If you require anything further, including details of the sponsorship and exhibition opportunities, please contact James Wilmott on +44 (0) 2920 783 022 or email james.wilmott@forum-europe.com.
We look forward to welcoming you and your colleagues to the event December.
Kind regards

James Wilmott
Director
Forum Europe
Tel: +44 (0) 2920 783 022
Email: james.wilmott@forum-europe.com
http://www.forum-europe.com/»

(reprodução parcial de mensagem que me caiu ontem na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

terça-feira, setembro 21, 2010

“Increasing Shadow Economies all over the World - Fiction or Reality?”

“Using various methods (currency demand, physical input (electricity) measure, model approach), which are discussed and criticized, estimates about the size of 67 developing, transition and OECD countries are presented. The average size of the shadow economy (in % of GDP) over 1989-93 in developing countries is 39.2%, in transition countries 23.2% and in OECD countries 14.2%. An increasing burden of taxation and social security contributions combined with rising state regulatory activities are the driving forces for the size of the shadow economy. According to some findings, a growing shadow economy has a negative impact on official GDP growth, however, a positive impact of corruption on the size of the shadow economy can be found, i.e. the bigger the corruption, the larger is the shadow economy.”

Dominik Ernste
Friedrich Schneider


Date: 2010
Keywords: shadow economy, corruption, tax evasion
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ess:wpaper:id:2816&r=pbe

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, setembro 19, 2010

"What`s best for the economy"?

Bom Dia

(título de mensagem, datada de 19 de Setembro de 2010, disponível em A Educação do meu Umbigo)

quinta-feira, setembro 16, 2010

The decision to try

"Every accomplishment starts with the decision to try."

[Author Unknown]

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 14, Issue 636 - 2010, http://www.sbaer.uca.edu/)

quarta-feira, setembro 15, 2010

terça-feira, setembro 14, 2010

Desenvolvimento Regional: notícia de um livro que me chegou do outro lado do Atlântico (II)

“Desenvolvimento Regional: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?” é o título de um livro (edição UNISC, Santa Cruz do Sul, 2010) sobre a problemática em título que o seu autor, Valdir Roque Dallabrida, me fez chegar há um par de meses. Como não basta vontade para que possamos fazer certas coisas, só nestes últimos dias tive oportunidade de fazer a sua leitura e, mesmo assim, a correr.
Trata-se de uma obra com objectivos didácticos, onde, conforme escreve no Prefácio Carlos Brandão, Valdir Dallabrida, actualmente professor da Universidade do Contestado, Santa Catarina, Brasil, “busca sintetizar as diversas abordagens teóricas que buscaram enfrentar esse enigma: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?” (p.9). Conclui o prefaciador que o “livro é oportuno e bem-vindo e poderá contribuir para sanar essa enorme lacuna de textos sintéticos e didácticos que busquem melhor qualificar o debate sobre o que faz o desenvolvimento de uma região e como promovê-lo” (p.12).
Neste sentido, da qualificação do debate sobre o desenvolvimento dos territórios e, até, do país, diria que contributos de natureza similar fazem falta igualmente em Portugal, se bem que a falta de qualidade do debate público a que amiúde se assiste resulte mais da desqualificação dos intervenientes que da ausência de informação técnico-científica de base. Recordando um pensamento que vi reproduzido não há muito tempo num blogue, diria a propósito, que “É impossível derrotar um ignorante em argumentação” (William G. McAdoo) e será porventura daí que relevará a qualidade do debate (político e técnico) que temos.
Encontrei no livro em causa muitas ideias em que me reconheço, nomeadamente as que insistem i) na inviabilidade de prosseguir aproximações de natureza disciplinar na interpretação das realidades complexas das regiões e na construção de respostas em matéria do seu desenvolvimento, e ii) na inviabilidade e/ou inutilidade de uma teoria geral do desenvolvimento, em razão da dita complexidade dos territórios, decorrente de determinantes endógenos (história, geografia, contexto económico e social, instituições, cultura) e exógenos (relacionamento económico, social e político com o restante território nacional e com o exterior) que são sempre singulares.
Como foi invocado, o autor do texto definiu o objectivo ambicioso de “fazer uma breve síntese das principais abordagens teóricas sobre desenvolvimento” (cf., Introdução, p.7) e, para mais, fazê-lo com recurso a uma linguagem simples, que permita ir além da “clientela académica”. Era um enorme desafio esse e será, porventura, essa uma das limitações maiores da obra. Isto é, nunca seria fácil dar notícia em poucas páginas (212) dos contributos em matéria de desenvolvimento do território de autores que vão de Quesnay, Adam Smith e Alfred Marshall a Albert Hirschman, Paul Krugman e Vázquez-Barquero, passando por Celso Furtado e S. Boisier, entre muitos outros.
Confesso que tive dificuldade em reconhecer no texto alguns autores, ficando-me a dúvida se foi a brevidade da referência que fez parecer reduzida a sua contribuição ou se Valdir Dallabrida fez das ideias daqueles leitura diferente daquela que eu faço. Meramente a título de exemplo, da referência que a dada altura faz a François Perroux retenho que este vê o desenvolvimento como “combinações de transformações de ordem mental e social de uma população que lhe possibilita o aumento cumulativo e duradouro do seu produto real global” (p.159). Modestamente, penso que, nessa dimensão de pensar social e institucionalmente as dinâmicas económicas territoriais, Albert Hirschman e Gunnar Myrdal, autores da mesma corrente de pensamento seus contemporâneos, foram mais longe que Perroux, até por a contribuição deste último relevar de uma aproximação muito mais micro aos fenómenos económicos.
Sem descurar a importância e contributo para a compreensão das realidades brasileira e da América Latina, também me parece discutível o destaque que tem no livro Celso Furtado, que conheço muito mais como autor do crescimento e do desenvolvimento prosseguindo abordagens macroeconómicas que aproximações territorializadas.
Lendo esta obra de Valdir Dallabrida, voltei a confrontar-me com algo que se me sugeriu deste o primeiro contacto que mantive com investigadores brasileiros, mesmo que tal não seja tão presente nele quanto noutros que conheci: refiro-me ao universo distinto de referências que parece ser mantido pelos académicos europeus e da América Latina. Haverá razões para tal, sobretudo no passado. Não sei se em expressão disso, causou-me estranheza ver atribuída a “paternidade” da Teoria da Base Económica de Exportação a D.C. North (p.52) e referida a sua génese entre as décadas de 50 e 60 do século XX (p.50). Para mim, a primeira grande referência que se me sugere quando se invoca a Teoria da Base é H. Hoyt (1936-1939).
Concluo, sublinhando que o trabalho “agora” dado a conhecer por Vadir Dallabrida merece bem uma recensão que vá para além da brevidade destas notas. É ele próprio que a solicita, “para que, no futuro, se possa aperfeiçoar o texto” (p.21).

J. Cadima Ribeiro

(artigo de opinião publicado na edição de 2010/09/14 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no contexto de coluna regular, agora iniciada, denominada "A Riqueza das Regiões")

domingo, setembro 05, 2010

"Porque algumas regiões se desenvolvem e outras não?”

Neste sentido, da qualificação do debate sobre o desenvolvimento dos territórios e, até, do país, diria que contributos de natureza similar [entenda-se: ao de Valdir Roque Dallabrida, 2010, “Desenvolvimento Regional: por que algumas regiões se desenvolvem e outras não?”, edição UNISC, Santa Cruz do Sul] fazem falta igualmente em Portugal, se bem que a falta de qualidade do debate público a que amiúde se assiste resulte mais da desqualificação dos intervenientes que da ausência de informação técnico-científica de base. Recordando um pensamento que vi reproduzido não há muito tempo num blogue, diria a propósito, que “É impossível derrotar um ignorante em argumentação” (William G. McAdoo) e será porventura daí que relevará a qualidade do debate (político e técnico) que temos.

J. Cadima Ribeiro