Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

segunda-feira, novembro 30, 2009

quinta-feira, novembro 26, 2009

Recuperação económica assimétrica à escala global

As perspectivas económicas melhoraram consideravelmente nos últimos meses. Em termos globais começam a observar-se variações positivas do produto, aumentos tímidos nos volumes de investimento e uma leve recuperação do comércio internacional. A conjuntura actual caracteriza-se pela assimetria na recuperação económica por grupos de países, dado que o bloco dos emergentes, que foi o que melhor resistiu aos embates da crise, está a recuperar com maior robustez e celeridade que o das economias ditas desenvolvidas, onde a persistência de desequilíbrios continua a lastrar a recuperação do produto e do emprego.
O cenário de recuperação mais provável nas economias desenvolvidas traduzirá diferentes intensidades de saída da crise, dependendo do tipo de desequilíbrios internos nas taxas de investimento e nos rácios de endividamento privado, e da evolução das variações do PIB. Ademais, as políticas de protecção do emprego adoptadas em alguns países terão um impacto considerável sobre a velocidade de saída no curto prazo. Países como Alemanha, que introduziram medidas de manutenção do emprego no sector privado, crescerão menos no curto prazo, mas é muito provável que os impactos dessas medidas heterodoxas sejam muito positivos, tanto no médio como no longo prazo.
A assimetria em termos conjunturais coloca reptos importantíssimos na definição de uma estratégia de saída da crise. Para além dos problemas associados à determinação dos estímulos públicos a retirar e das medidas de política económica a introduzir nesta fase, pretende-se evitar a extemporaneidade nas decisões sobre esta matéria. Isto porque existe o risco de que a recuperação induzida pelas políticas públicas seja confundida com uma recuperação efectiva dos níveis de actividade. Uma retirada prematura das políticas monetárias e fiscais, implementadas na generalidade das economias desenvolvidas, poderia pôr em risco a incipiente recuperação em algumas delas, prolongando a conjuntura recessiva ou incrementando os desequilíbrios em diversos âmbitos.
Se houver que definir uma calendarização para a alteração do mix de política económica adoptado genericamente no último ano, a cronologia da estratégia de intervenção nos países desenvolvidos deveria contemplar as seguintes fases. Em primeiro lugar, os estímulos monetários quantitativos, associados à expansão da base monetária dos bancos centrais, deveriam ser eliminados de forma progressiva. As principais vias de intervenção são o cancelamento das facilidades de crédito, destinadas à correcção das disfunções dos mercados de crédito e à contenção dos problemas sistémicos no sector financeiro, a modificação das políticas de gestão da liquidez, diminuindo o peso das injecções ilimitadas e reactivando os leilões competitivos, e a suspensão dos programas de compras de activos. Em segundo lugar, e, dependendo das conjunturas nacionais ou regionais, o endurecimento progressivo da política monetária, através do incremento sucessivo das taxas de juro de intervenção. Por último, quando os sinais de crescimento e de criação de emprego sejam suficientemente robustos, os governos deverão restringir a política fiscal, reduzindo a despesa pública, e mais especificamente, contraindo o investimento público. Nos países em desenvolvimento as primeiras duas fases tendem a sobrepor-se e o incremento das taxas de juro deveria começar de forma iminente, inclusivamente antes de retirar as medidas de estímulo, dado que as autoridades destes países estão a ter imensas dificuldades para lidar com as entradas massivas de capital, que se têm verificado nos últimos meses.
A principal consequência macroeconómica dos planos de resgate financeiro e de estímulo monetário e fiscal é o crescimento desproporcionado da dívida pública, que neste momento representa, em média, nos países desenvolvidos, perto de 120% do PIB, transferindo riscos desde os balanços do sector privado para as contas do sector público. Esta situação é altamente indesejável, dado que a margem de manobra dos governos, perante conjunturas recessivas, é cada vez mais limitada. Por este motivo, nos próximos anos as instituições financeiras internacionais deverão pressionar junto dos governos para reduzir os actuais níveis de dívida, até situá-la por baixo de 60% do PIB, nos países desenvolvidos, e em níveis ligeiramente inferiores nos países em desenvolvimento.
A saída da crise implica necessariamente a coordenação das estratégias nacionais, ainda que essa coordenação não significa que as medidas que as integram devam ser implementadas de modo sincrónico, dado que os ritmos de recuperação estão a ser significativamente desiguais. Nas próximas décadas, o reforço da coordenação supra-nacional e a adopção de uma perspectiva sistémica para a resolução dos problemas devem presidir a actuação governamental em matéria de política económica. As necessidades de ajustamento durante o próximo ciclo expansivo obrigarão a uma reformulação do papel do estado na economia e à realização de reformas na saúde, nas pensões e no mercado de trabalho, especialmente nos países desenvolvidos, e a adoptar políticas supranacionais de supervisão do sistema financeiro e medidas efectivas de luta contra a evasão fiscal à escala internacional. Assim sendo, em algumas matérias será necessário alcançar consensos e ceder alguma soberania, na esperança de que a adopção de uma perspectiva global contribua para prevenir o aparecimento de crises sistémicas e limitar o seu alcance e intensidade.
FRANCISCO CARBALLO-CRUZ
(artigo de opinião publicado na edição de 2009/11/24 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

quarta-feira, novembro 25, 2009

Thinking about a thing

"If you spend too much time thinking about a thing, you'll never get it done."

Li Xiao Long

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 24, Issue 594 - 2009, http://www.sbaer.uca.edu/)

terça-feira, novembro 24, 2009

segunda-feira, novembro 23, 2009

sábado, novembro 21, 2009

quinta-feira, novembro 19, 2009

sábado, novembro 14, 2009

"Euro-Mediterranean Trade and Investment Fair"

«Dear EMRBI members and associates
This is to inform you that the EuroMed Research Business Institute has joined forces with the BusinessGlobal.com and the Cyprus Chamber of Commerce and Industry and co-organises the Euro-Mediterranean Trade and Investment Fair. The Euro-Mediterranean Trade and Investment Fair is an on-line exhibition and forum bringing together business professionals, exhibitors and buyers from EU countries and Mediterranean countries. The main purpose is the forging of strategic alliances and partnerships in trade, industry, technology and investments.
The Fair with many benefits to the exhibitors and visitors is an innovative marketing tool linking businessmen and investors in EU countries with their counterparts in the Middle East and North Africa providing an ideal platform for promoting their economic and competitive strengths to European as well as global markets.
To find out more about this initiative please read the document attached or email info@businessglobal.com or tel. +357 22581450
Regards

Professor Demetris Vrontis
President, EuroMed Research Business Institute (EMBRI) - http://www.emrbi.com/»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a origem que se identifica)

sexta-feira, novembro 13, 2009

quinta-feira, novembro 12, 2009

"How well the balance-of- payments constraint approach explains the Portuguese growth performance. Empirical evidence for the 1965-2008 period"

«Abstract:
The present study aims to verify whether the balance-of-payments constrained growth approach is suitable for explaining the Portuguese growth performance during the last decades. For that, we adopt “Thirlwall’s Law” that predicts actual growth by the ratio of the exports growth relative to the income-elasticity of the demand for imports. The income-elasticity of imports, essential for the entire analysis, is obtained from the estimation of the imports function by 2SLS, assuming that domestic growth is endogenous.To smooth cyclical variations, 15-year overlapping periods are considered in the computation of “Thirlwall’s Law”, assuming that income-elasticity with respect to imports is either constant or variable over time. It is found that the Law is a good instrument for predicting actual growth in Portugal and this result is reinforced by performing the McCombie test. Our results reveal that Portugal grew slightly higher relatively to the OECD countries in the entire period and this is consistent with the income-elasticity of the demand for exports exceeding that of imports, as “Thirlwall’s Law” implies. Portugal also grew slightly faster than the rate consistent with the balance-of-payments equilibrium, accumulating external deficits over time. Dividing the sample in the pre and post-adhesion period to the EU, it is shown that Portugal grew at a lower rate in the latter, and this is consistent with lower export growth and higher income-elasticity with respect to imports. To overcome this problem, policies are needed to improve the supply characteristics of exports related to non-price competitiveness and reduce the imports sensitivity with respect to domestic income changes.»
Micaela Antunes, Faculty of Economics, University of Coimbra, Portugal
Elias Soukiazis, Faculty of Economics, University of Coimbra and GEMF
[Estudos do GEMF, N.º 13, de 2009,

quarta-feira, novembro 11, 2009

Money is only a tool

"Money is only a tool. It will take you wherever you wish, but it will not replace you as the driver."

Ayn Rand

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 10, Issue 592-2009,

terça-feira, novembro 10, 2009

Estatísticas do Território: convergência e divergência económica

Depois de um largo período de redução drástica da produção de estatísticas sobre o território, especialmente a escalas geográficas mais restritas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e outros organismos públicos que integram o Sistema Estatística Nacional retomaram há cerca de 4 anos o esforço de recolha e tratamento de informação relevante para o conhecimento das realidades regionais e locais e de suporte à execução e avaliação das políticas públicas com maior incidência territorial. Por detrás do desmantelamento do sistema de estatísticas de base local e regional a que se assistiu num certo momento estiveram considerações de natureza estritamente financeira e, diria, também, estreiteza de pontos de vista sobre as estatísticas que importaria produzir e o alcance económico e social de dispor de boa informação estatística.
Na linha de trabalhos anteriores, necessariamente recentes, chegou-me às mãos há poucos dias um estudo do Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais (DPP) em que o tema versado é a “Convergência Económica das Regiões Portuguesas: 1995-2006” (DPP/MAOTDR, 2009), onde, como se deduz pelo título, o que está em causa é a evolução das desigualdades no país, tratadas a nível de NUTs II e NUTs III. A leitura que se faz toma como indicadores a densidade da população, o VAB, o emprego, a produtividade e o VAB per capita, e a partir deles ensaia-se caracterizar os comportamentos de convergência ou de divergência de cada “região”, isto é, é analisado em que medida as unidades estatísticas em análise (NUTs) registaram uma evolução no sentido de aproximação aos valores da média nacional (convergência, que pode ser positiva ou negativa) ou de afastamento face a essa média (divergência, que pode, também, ter dois sentidos).
Sem surpresa, os autores do estudo acabam por concluir que as dinâmicas a que se assistiu no período em análise são muito diversas, não permitindo arrumações fáceis na conjugação dos comportamentos dos indicadores com as zonas geográficas, a indiciar “estruturas quantitativas territoriais muito diferenciadas” (p. 11). Pese isso, não deixam de sublinhar que as áreas metropolitanas do Porto (Grande Porto) e de Lisboa (Grande Lisboa), juntamente com a Península de Setúbal (4,1% da superfície do país, no seu conjunto), em 2006, “concentravam 38,4% da população, 38,4% do emprego e 48, 6% do VAB nacional” (p.11).
Numa leitura mais fina, assinalam-se outras coisas que me parece oportuno reter aqui; nomeadamente:
i) a perda de posição da NUT II Norte, resultado, em grande medida, do comportamento genericamente negativo da área metropolitana do Porto e da NUT III Ave, parcialmente contrariada pelo Cávado e pelo Tâmega e por alguns sub-regiões do interior;
ii) o contraste que se viu estabelecido entre a área metropolitana de Lisboa, que, em termos gerais, continuou a registar uma divergência positiva face ao restante território nacional, e a Península de Setúbal, que não foi capaz de preservar o dinamismo revelado no período precedente; e
iii) a continuação da evolução convergente mantida pelo Algarve, embora padecendo de limitações em matéria de produtividade.
Como resulta óbvio desta breve apresentação de dados, não há grandes surpresas nos dados agora trazidos a público. Entretanto, como é missão das estatísticas oficiais, esta análise permite tornar mais objectivo o sentimento que vamos tendo de um país a várias velocidades e, em grande medida, desgovernado, nomeadamente naquilo que à gestão do território diz respeito. Será que disponibilidade de mais e melhor informação sobre o território faz/fez diferença deste ponto de vista, particularmente para efeitos de desenho e monitorização das políticas públicas (estruturais; regionais)? Claro que fez, mas não são as estatísticas (e os seus produtores) que decidem sobre a afectação dos recursos e controlam a sua aplicação.
Como última nota, é bom que fique dito que a análise de convergência ou de divergência territorial que é objecto do estudo em referência não deve ser confundida com análise de crescimento. Isto é sublinhado deste o prólogo pelos autores do trabalho. É que desempenhos absolutos positivos mas diferenciados configuram também convergência ou divergência. Claro está que pior que tudo é termos o país “parado”, como foi norma na década que agora se apresta para terminar.´
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J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de 2009/11/10 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

segunda-feira, novembro 09, 2009

sexta-feira, novembro 06, 2009

quarta-feira, novembro 04, 2009

Call for Papers for the 4th meeting of the Portuguese Economic Journal

"Dear colleague,
Please find attached the first Call for Papers for the 4th meeting of the Portuguese Economic Journal which will be held in Faro from June 25th-26th, 2010.
Theoretical, empirical or policy oriented papers on economic-related fields can be submitted.
The meeting is being organised by the Centre for Advanced Studies in Economics and Econometrics (CASEE) together with the Faculty of Economics of the University of Algarve.
We look forward to receiving your submission.
(...)
Best regards,
Paulo M. M.Rodrigues"
(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a origem identificada)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Conjuntura do mercado de trabalho espanhol: é necessário introduzir reformas?

Sendo certo que os governos Europeus estão extremamente preocupados com os indicadores económicos de conjuntura que os serviços estatísticos produzem periodicamente, neste momento as inquietações mais profundas estão associadas ao crescimento do desemprego. Ademais, na maioria das economias Europeias a tradicional sazonalidade do mercado de trabalho aponta para um agravamento dos níveis de desemprego nos próximos meses e as previsões macroeconómicas para um estancamento da actividade mais prolongado do que inicialmente esperado, que vai atrasar a criação líquida de emprego na maioria dos sectores.
A situação a este nível em Espanha é dramática. A taxa de desemprego aproxima-se dos 18% e o número de desempregados dos 4.125.000. Os dados do último trimestre foram relativamente favoráveis, dado que o desemprego caiu aproximadamente em 14.000 pessoas, ainda que esta descida apenas teve impacto sobre a taxa de desemprego, devido a uma redução da população activa de perto de 90.000 pessoas (por segundo trimestre consecutivo). Esta diminuição explica-se em grande medida pela redução das entradas de jovens no mercado de trabalho e pela contracção da população imigrante.
O dado mais preocupante do último trimestre foi, como já tinha sido nos trimestres anteriores, a intensa destruição de emprego verificada em quase todos os sectores de actividade. Apesar de se ter verificado uma certa moderação, pelo incremento de actividade no período estival e pelos efeitos do Plano E (de promoção de obras públicas locais), no último trimestre a economia espanhola destruiu perto de 75.000 postos de trabalho. Os dados são mais preocupantes se o horizonte temporal for alargado retrospectivamente. No último ano destruíram-se em Espanha mais de um milhão e seiscentos mil postos de trabalho, quase um milhão na construção e perto de setecentos mil na indústria. O emprego no sector serviços tem permanecido praticamente invariável, tendo inclusivamente criado algum emprego nos períodos de maior actividade.
Existem outros aspectos, que sendo de distinta natureza, dão origem a uma preocupação acrescida. Em primeiro lugar, o crescimento do número de lares com todos os seus membros em situação de desemprego, que neste momento se aproxima rapidamente de 1.150.000. Em segundo lugar, a destruição de emprego começa a afectar os trabalhadores com contratos sem termo (indefinidos), dado que no último trimestre o número de trabalhadores com este tipo de contratos caiu em mais de 160.000.
A experiência passada demonstra que a economia espanhola apenas cria emprego quando cresce por cima de 2,5%. Segundo as previsões macroeconómicas internacionais, não voltará a crescer com esse vigor até 2012 ou 2013. Para além das medidas paliativas adoptadas pelo governo nos últimos meses (como por exemplo a concessão de subsídios adicionais para grupos de desempregados sem subsídio), este tem que pôr em prática medidas activas que alterem os pressupostos que regem o mercado de trabalho. Existem evidências objectivas que provam que o mercado de trabalho está desajustado. Por um lado, em situações de crise, a taxa de desemprego praticamente duplica a da média comunitária e, por outro, a aproximação a essa média apenas tem sido possível crescendo desequilibradamente por cima do seu potencial.
A persistência de taxas de desemprego relativamente altas é explicada por várias razões. Primeiro, nos contratos colectivos de trabalho os salários não têm em consideração certos aspectos de extrema importância, como a situação particular de cada empresa, as variações de actividade económica ou o nível de desemprego em cada momento; isto é, a impossibilidade de ajustamento via preços conduz para um ajustamento via quantidades. Segundo, a grande diferença entre o custo de despedimento (e outros direitos) dos contratos a termo e dos contratos sem termo (indefinidos), aliado à facilidade para manter trabalhadores no primeiro regime durante longos períodos de tempo. Terceiro, o escasso recurso à contratação a tempo parcial, dado que a flexibilidade no mercado é introduzida maioritariamente através dos contratos temporais. Quarto, o domínio das políticas passivas de emprego face às políticas de formação e reciclagem profissional no conjunto das políticas de emprego. E por último, ainda que noutro nível, a grande ineficiência dos serviços públicos de emprego que apenas intermedeiam uma em cada dez colocações.
Na primeira fase da recessão a utilização de políticas macroeconómicas de procura permitiu amortecer os seus efeitos mais negativos ao manter os níveis de actividade económica. Uma vez ultrapassado o momento mais crítico, a saída da situação recessiva obriga à utilização de medidas de cariz microeconómico que melhorem o funcionamento dos mercados que se têm revelado menos eficientes. O crescimento do desemprego e os custos económicos e sociais associados obrigam a que o governo tome medidas que contribuam para promover a criação de emprego e, sobretudo, para resolver os problemas que afectam o mercado de trabalho. A crise voltou a evidenciar, com toda a sua crueza, que o mercado de trabalho espanhol apresenta graves problemas institucionais, de carácter estrutural, que têm a sua manifestação mais clara na rigidez salarial e na natureza dicotómica da contratação, que dá origem a um mercado de trabalho dual. Uma reforma do mercado do trabalho que resolva os problemas anteriores é, sem dúvida, necessária, para evitar que continue a ser, durante as fases recessivas, um lastre para o crescimento económico e, durante as expansivas, uma fonte de desequilíbrios macroeconómicos.
FRANCISCO CARBALLO-CRUZ
(artigo de opinião publicado na edição de 2009/10/27 do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

domingo, novembro 01, 2009

“The determinants of university patenting: Do incentives matter?”

“In recent years various studies have examined the factors that may explain academic patents. Existing analyses have also underlined the substantial differences to be found in European countries in the institutional framework that defines property rights for academic patents. The objective of this study is to contribute to the empirical literature on the factors explaining academic patents and to determine whether the incentives that universities offer researchers contribute towards explaining the differences in academic patenting activity. The results of the econometric analysis for the Spanish universities point towards the conclusion that the principal factor determining the patents is funding of R&D while royalty incentives to researchers do not appear to be significant.”

Tomás del Barrio-Castro (University of the Balearic Islands)
José García-Quevedo (University of Barcelona)

Date: 2009
Keywords: patents, university, R&D.
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ieb:wpaper:2009/9/doc2009-13&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)