Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

domingo, janeiro 24, 2010

Dependência energética na U.E. e políticas de combate às alterações climáticas

A União Europeia encontra-se extremamente dependente da energia externa, nomeadamente, do petróleo e gás natural da Rússia e do Médio Oriente. Este consumo representa cerca de 60% da factura energética da UE. Tendo em vista promover um futuro mais sustentável e diminuir as importações energéticas e, consequentemente, diminuir a vulnerabilidade europeia às crises internacionais, a UE estabeleceu vários objectivos, de que se destacam as metas definidas para 2020 no âmbito da designada “proposta 20-20-20”; a saber: i) reduzir o consumo de energia em 20%; ii) aumentar a percentagem de energias renováveis no consumo energético em 20%; iii) reduzir pelo menos em 20% das emissões de gás com efeito de estufa. Outra meta prosseguida pela U.E. no mesmo horizonte temporal é aumentar em 10% a percentagem dos biocombustíveis no consumo total de gasolina e de gasóleo.
A prazo mais curto, a U.E. comprometeu-se a: i) reforçar o mercado interno da energia, beneficiando cidadãos e empresas; ii) melhorar a integração entre política energética, agrícola e comercial; iii) reforçar a cooperação internacional; e iv) sujeitar o sector dos transportes aéreos às restrições de emissão previstas pelo Protocolo de Quioto. Para um horizonte temporal mais longínquo (até 2050), foi fixado obter 50% da energia utilizada na produção de electricidade nos sectores industrial, transportes e doméstico a partir de fontes livres de carbono.
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J. Cadima Ribeiro

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