Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

sábado, dezembro 31, 2011

"ACORDA SOCIEDADE BRASILEIRA ..."

«A distância entre a notícia publicada na mídia e a percepção da sociedade

Tenho certeza que você leu a notícia: “Economia brasileira é a sexta maior do Mundo”. Ou seja, na frente do Brasil os EUA, China, Japão, Alemanha e França; sendo que ganhamos a posição que antes era do Reino Unido. Coisa para encher de orgulho os brasileiros. Ou seja, usando o jargão político da moda, nunca na estória desse país chegamos a tal posição.

O Ministro da Fazenda rapidamente arrematou: em vinte anos os brasileiros poderão ter padrão de vida igual aos dos europeus; só não disse se estava se referindo aos padrões antes da crise por que passa a Europa, ou ao atual padrão. 

Ou seja, o Brasil está à frente do Reino Unido na escala agora apresentada, mas sabe-se que o padrão de vida do brasileiro é bastante inferior a qualidade de vida no Reino Unido. O IDH – índice que mede o desenvolvimento humano das nações – é de 28 para o Reino Unido, enquanto o Brasil é 84, em uma escala que vai até 187 (total de países pesquisados).

Não resta dúvida que para o Governo a notícia foi um “presente de Natal. Mas fica a pergunta: como o povo percebeu (se é que entendeu) este presente?

Olhando em volta – segurança pública, saúde, educação e corrupção – a sociedade não encontra nada que a leve a perceber o significado do “presente de Natal”; pelo contrário, tem tudo para não entender a notícia que circulou em toda a imprensa brasileira e, também, na internacional.

Na área da segurança pública e saúde as evidências são de uma crise crônica e com dificuldade de solução em curto prazo, pois depende de alterações profundas no processo de gestão e, sobretudo, de um profundo choque de moralização de comportamentos. Na educação, o descrédito nos recentes e cíclicos problemas de vazamento de informações nos processos de avaliação dos estudantes. Por último, em relação à corrupção, seis ministros demitidos ligados a cinco partidos da sustentação do Governo.

Frente a toda esta percepção natural do dia-a-dia (percepção do entorno) a sociedade brasileira fica intrigada em imaginar que superamos o Reino Unido na indicação das maiores economias do mundo.

Se levarmos em conta que, no Brasil, 2012 não terá um cenário muito diferente daquele que vivenciamos em 2011, dado que os problemas econômicos dos países europeus e os EUA ainda estão longe de serem considerados como resolvidos, a economia mundial ainda irá depender do desempenho de China e Índia para que o crescimento da economia mundial – do qual o Brasil depende – não sofra uma ação de descontinuidade.

No Brasil, no ano que se inicia, não está totalmente descartada a possibilidade da subida dos juros e da inflação que, poderá ter seus efeitos absorvidos por ações do Governo, mas que se isso não ocorrer no ritmo necessário poderá colocar o país em condições menos favoráveis que àquelas percebidas hoje em um cenário de euforia. Isso tudo tendo como pano de fundo a imprescindível evolução das atividades da indústria nacional.

Resumindo a estória (se é que isso é possível), pode-se dizer que a sociedade não verá os reflexos da nova posição do Brasil, entre as grandes economias do mundo, em um horizonte de curto e médio prazo. Possivelmente poderá sentir tais efeitos em longo prazo, particularmente se – e apenas se - o Governo adotar as posições que precisarão ser tomadas.

Várias conjunturas – algumas independentes da ação do Governo – nos levaram a realidade de estarmos em evidência na economia mundial, entretanto, e isso é inevitável, serão as novas ações do Governo que irão possibilitar que continuemos nessa posição.

Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.


[Comentário produzido a propósito da mensagem "Portugal… Política e Economia", publicado há muitos meses no blogue Economia Portuguesa e Europeia]: 

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Correio dos leitores

«Bom dia

De vez em quando dou uma olhadela no seu blog.
Um assunto em que estava interessado em ler algo, era sobre o esforço que o Estado português ou outras entidades, têm vindo a realizar para a implantação de IDE's em Portugal neste últimos tempos.
Refiro-me particularmente ao marketing junto de grandes empresas internacionais.
A renúncia de Nissan a Cacia, por exemplo, pareceu-me até enigmática.

O "Demitos" está parado e não ouvi que o seu agora ilustre autor se tenha manifestado muito em explicações relativas à sua acção de atração de multinacionais, sobretudo para criação de actividades industriais em Portugal.
Não é o caso de Marrocos e creio mesmo da Turquia.

Com os meus agradecimentos e votos de feliz fim de ano e bom ano 2012.
Cordialmente

José Gracioso
Sucy en Brie
França

(reprodução integral de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, que se agradece)

quinta-feira, dezembro 29, 2011

Enometrics XIX


«ATTENTION - BE CAREFULL - URGENT
Our first deadline for submissions
Will be in a FEW DAYS (2012/01/13)

Vineyard Data Quantification Society
European Association of Wine Economists

53, rue Saint-Denis, 75001 Paris
France
Tél. +33 (0)1 4221 1172 - Fax: +33 (0)958 888 232
e-mail : EuAWE@fed-eco.org
Enometrics XIX
VDQS 19th Annual Conference
Coimbra et VISEU, Portugal; May 30 to June 02, 2012
This meeting is organised by the Vineyard Data Quantification Society - VDQS (http://www. vdqs.net) and his two divisions the European Association of Wine Economists – EuAWE ( http://www.EuAWE.org), and Gastronometrica ( http://www.gastronometrica.org).
The aim of the conference is to promote exchanges of research ideas and results across a range of fields related to vine, wine and gastronomy;
Geographers, Lawers, 
 Physicians, Historians, ... are also welcome.

The first deadline for submission is January 13, 2012.
A scientific committee will evaluate all submitted papers. Thank you for the authors who have proposed a paper.

Plus d' informations:
www.vdqs.net/2012Coimbra
or
More information:
www.vdqs.net/2012Coimbra


(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

"A incerteza sobre o valor final da fatura telefónica pode levar o consumidor a optar por tarifas com carregamentos demasiado elevados"

Notícia Correio do Minho
Estudo coordenado por Lurdes Martins, da UMinho, diz que operadoras apresentam planos complexos:
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=58185
*

quinta-feira, dezembro 22, 2011

Assimetrias regionais: os dados sobre o Poder de Compra Concelhio em 2009

Por cortesia do Instituto Nacional de Estatística (INE), chegou-me às mãos na passada semana a edição com os dados de 2009 do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (INE, 2011), resultando daí mais uma oportunidade de retornar à problemática das assimetrias regionais de desenvolvimento, que marcam a realidade do país. Não esperava nem encontrei nos referidos dados grandes surpresas, isto é, se alguma alteração se deu nos últimos anos ela surge na margem, não questionando a perenidade dos contrastes que cavam o fosso entre as áreas metropolitanas de Lisboa, sobretudo, e do Porto e a generalidade do país.
Embora os territórios apresentem à partida dotações diferenciadas de recursos e capacidades, o crescimento assimétrico é a causa principal da evolução das disparidades regionais. Uma vez que se registe um menor nível de bem-estar num território, para que ele alcance a posição dos mais desenvolvidos, terá que crescer mais rapidamente que estes. Se, pelo contrário, crescer à mesma taxa, o fosso em termos de bem-estar aprofundar-se-á. Este acentuar das diferenças decorre do desnível inicial, posto que, crescendo à mesma taxa, terá ganhos absolutos maiores a região que partir de um nível de bem-estar superior.
Em razão da dotação diferenciada de recursos, de capacidades e de infra-estruturas, com tradução na respectiva competitividade, é legítimo que os territórios pior posicionados reclamem solidariedade dos mais desenvolvidos. Noutro momento histórico, porventura em expressão de mudanças tecnológicas ou da afirmação de novos modelos de consumo, poderá inverter-se a orientação do fluxo solidário.   
No que respeita ao território nacional, os desequilíbrios de desenvolvimento não são de data recente e apresentam já carácter cumulativo. As discrepâncias de rendimento são mais gritantes entre o litoral e o interior, mais rural, mas existem outros.
O Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio em 2009, agora divulgado, fornece-nos uma aproximação deveras expressiva a essa realidade ao caracterizar os municípios portugueses relativamente ao poder de compra, assimilado a bem-estar material em sentido amplo. Esclarece-se que o indicador ou índice em causa é um índice sintético, isto é, é construído a partir de um conjunto de variáveis, por recurso à análise factorial.
Dos dados de 2009, pegando no Indicador per Capita (IpC) do poder de compra concelhio derivado do estudo, cumpre destacar que, das 30 unidades estatísticas de nível III (NUTS III) portuguesas, apenas 5 estavam acima do valor nacional: Grande Lisboa (145,2); Grande Porto (115,0); Península de Setúbal (105,8); Baixo Mondego (105,2); e Algarve (100,4). Por outro lado, os valores mais baixos situavam-se nas NUTSIII seguintes: Pinhal Interior Sul (61,2); Pinhal Interior Norte (62,8); Tâmega (63,5); Serra da Estrela (64,3); e Alto Trás-os-Montes (67,4). Trata-se, neste último caso, de territórios situados no centro ou no norte do país, confirmando a ideia de um país marcado por um poder de compra per capita tendencialmente mais elevado no litoral continental, genericamente considerado, mas, também, por uma certa oposição entre sul e interior norte e centro.
Por sua vez, dos 308 municípios portugueses, 39 situavam-se acima do poder de compra per capita médio nacional, inserindo-se vários deles nos territórios metropolitanos de Lisboa e do Porto. Com efeito, aparte o IpC mais elevado de todos apresentado por Lisboa (232,5), nas 16 primeiras posições, correspondentes a um IpC superior a 120, encontravam-se mais 6 municípios da Área Metropolitana de Lisboa e 4 da Área Metropolitana do Porto.
Além dos territórios metropolitanos, também os municípios correspondentes a algumas capitais de distrito revelavam um poder de compra per capita superior à média nacional, destacando-se Faro (146,1), Coimbra (144,9) e Aveiro (134,8). No grupo de municípios com poder de compra por indivíduo superior à média nacional (100) incluíam-se ainda outras capitais de distrito, como Évora, Beja, Portalegre, Braga, Vila Real e Santarém, mas não Leiria que, embora não apresentasse um valor muito distante, ficava ainda assim abaixo dela (99,91%), mesmo sendo o município da NUT III Pinhal Litoral melhor posicionado.
Como última nota, sublinhe-se que 185 municípios (60% do total) apresentavam um IpC inferior a 75% do valor médio nacional o que, obviamente, compara mal com os dados de Lisboa (232,54) e do Porto (178,77).
J. Cadima Ribeiro 

(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Leiria, no quadro de colaboração regular)

quarta-feira, dezembro 21, 2011

"FW: ANdc - Petição"

«Minhas e meus amigos,
Está aberta uma subscrição pública em que, conjuntamente com outros, sou promotor.
Trata-se de uma iniciativa com vista à criação do “Dia Nacional do Microcrédito” que, dadas as provas já realizadas também em Portugal, creio que estará de acordo em apoiar.
A possibilidade da subscrição da petição pode ser encontrada em:


Ficar-lhe-ia muito grato que aceitasse subscrevê-la e que comunicasse aos seus amigos que o façam também.
Beijos e abraços do
Manuel Brandão Alves»

(reprodução de mensagem entretanto recebida, proveniente da entidade identificada)

5th Annual EuroMed Conference

«The EuroMed Academy of Business announces the 
 5th Annual EuroMed Conference 
 in Glion-Montreux, Switzerland 
 October 4th-5th, 2012 

 Organized by: Les Roches-Gruyère, University of Applied Sciences 
 Venue: Glion Institute of Higher Education, Glion-Montreux, Switzerland 
 EMRBI Presidents Prof. D. Vrontis and Prof. Y. Weber University of Nicosia, 
Cyprus and College of Management, Israel 
---
Professor Demetris Vrontis, PhD, FCIM 
[...]
EuroMed Research Business Institute (EMBRI)- www.emrbi.com 
 Editor, EuroMed Journal of Business (EMJB)- www.emeraldinsight.com/emjb.htm 
 46 Makedonitissas Avenue, POBox 24005, 1700 Nicosia, Cyprus 
Room: M207, Millenium Building 
Tel: +357 22 841615
Fax: + 357 22 355116 / 353722 

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Change your thoughts…

"Change your thoughts and you change your world."

Norman Vincent Peale

(citação extraída de SBANC Newsletter, December 13, Issue 699 - 2011, http://www.sbaer.uca.edu)

terça-feira, dezembro 13, 2011

"[aawe] Wine Economics Conference, AAWE Call for Papers, Princeton 2012"

«Dear wine and food friends,

the American Association of Wine Economists (AAWE) will hold its 6th Annual Conference
from June 7-10, 2012 in Princeton, New Jersey.

The conference will be hosted by Princeton University and Rutgers University.
All economics and statistics papers related to wine, beer and food are welcome.

Submit a 1000-word abstract to aawe@wine-economics.org by March 1, 2012.

The Call for Papers is attached. Details will be posted on our website at www.wine-economics.org.

Best,

Karl Storchmann»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

"Portugal sofreu em Outubro a segunda maior subida da taxa de desemprego"

Notícia DN
OCDE: Taxa de desemprego sobe para 12,9% em Portugal:
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2181630
*

domingo, dezembro 11, 2011

Os dados do ´Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio` em 2009

O Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio em 2009 (INE, 2011), agora divulgado, fornece-nos uma aproximação deveras expressiva à problemática das assimetrias de desenvolvimento regional em Portugal ao caracterizar os municípios portugueses relativamente ao poder de compra, assimilado a bem-estar material em sentido amplo. Esclarece-se que o indicador ou índice em causa é um índice sintético, isto é, é construído a partir de um conjunto de variáveis, por recurso à análise factorial.
Dos dados de 2009, pegando no Indicador per Capita (IpC) do poder de compra concelhio derivado do estudo, cumpre destacar que, das 30 unidades estatísticas de nível III (NUTS III) portuguesas, apenas 5 estavam acima do valor nacional: Grande Lisboa (145,2); Grande Porto (115,0); Península de Setúbal (105,8); Baixo Mondego (105,2); e Algarve (100,4). Por outro lado, os valores mais baixos situavam-se nas NUTIII seguintes: Pinhal Interior Sul (61,2); Pinhal Interior Norte (62,8); Tâmega (63,5); Serra da Estrela (64,3); e Alto Trás-os-Montes (67,4). Trata-se, neste último caso, de territórios situados no centro ou no norte do país, confirmando a ideia de um país marcado por um poder de compra per capita tendencialmente mais elevado no litoral continental, genericamente considerado, mas, também, por uma certa oposição entre sul e interior norte e centro.

J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, dezembro 08, 2011

"Motivations and Characteristics of International Wine Bloggers"

«Dear wine friends,
the American Association of Wine Economists (AAWE) just posted a few new AAWE Working Papers on its website.
For free online access please click on the link provided below.
[...]
AAWE Working Paper No. 92 Business
J. Freitas Santos
[...]
More free-access Working Papers can be found at http://wine-economics.org/workingpapers/.
Please also check out the Journal of Wine Economics http://www.wine-economics.org/journal/.
In order to receive the Journal of Wine Economics (hard copy and online access) join AAWE.
You can sign up or renew your membership at http://wine-economics.org/membership/.
Best wishes,
Karl Storchmann»

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

" Anuário do Sector das Comunicações em Portugal"

«Título: Anuário do Sector das Comunicações em Portugal

Sumário:

Esta publicação retrata uma perspectiva evolutiva do mercado das comunicações na economia portuguesa entre 2006 e 2010 e apresenta dados sobre a evolução bolsista das empresas do sector em Portugal desde 2006, assim como no período de Julho de 2010 a Agosto de 2011. O Anuário inclui ainda informação sobre as empresas em actividade, reportada a Junho de 2011.

Data: Dezembro 2011

Ano de edição: 2011

PDF Anuário do Sector das Comunicações em Portugal - 2011 (versão integral) (PDF 7116 Kb)»


(extraído de ANACOM - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1105669)

quarta-feira, dezembro 07, 2011

A full cup

"A full cup must be carried steadily."

[English Proverb]

(citação extraída de SBANC Newsletter, December 6, Issue 698 - 2011, http://www.sbaer.uca.edu)

domingo, dezembro 04, 2011

The weather

"Conversation about the weather is the last refuge of the unimaginative."


Oscar Wilde

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 29, Issue 697 - 2011, http://www.sbaer.uca.edu)