Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

sexta-feira, setembro 28, 2012

quarta-feira, setembro 26, 2012

"2ND INTERNATIONAL SCIENTIFIC CONFERENCE - Whither Our economies”

«2ND INTERNATIONAL SCIENTIFIC CONFERENCE
“Whither Our economies”
OCTOBER 15-16, 2012
organized by
MYKOLAS ROMERIS UNIVERSITY
Faculty of Economics and Finance Management
in cooperation with
FATIH UNIVERSITY (TURKEY)
Faculty of Economics and Administrative Sciences
UNIVERSITY OF FOGGIA (ITALY)
Department of Economics
VALENCIA POLYTECHNIC UNIVERSITY (SPAIN)
Faculty of Business Administration and Management 
If You need more information, please write: woe@mruni.eu»
(reprodução parcial de texto de promoção da conferência identificada) 

"Infelizmente, há gente que prefere que as forças anti-troika se digladiem"

Notícia Público
Manifestantes de 15 de Setembro apelam à “participação maciça” no protesto da CGTP:
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/manifestantes-de-15-de-setembro-apelam-a-participacao-massiva-no-protesto-da-cgtp-1564527

sábado, setembro 22, 2012

Humor (negro) - X


[Imagem/mensagem que me caiu entretanto na página pessoal do Facebook]

9th EBES Conference, Rome

«CALL FOR PAPERS 
9th EBES CONFERENCE - ROME 

JANUARY 11-13, 2013 
ROME, ITALY


On behalf of the organizing committee, I would like to invite you to participate in the 9th EBES Conference, in Rome, Italy, which will bring together many distinguished researchers from all over the world. Participants will find opportunities for presenting new research, exchanging information, and discussing current issues.


Although we focus on Europe and Asia, all papers from major business, finance, and economics fields - theoretical or empirical - are highly encouraged. Abstract submission for the 9th EBES Conference is now open. For online submission, please visit our website at www.ebesweb.org. I also would like to remind you that the deadline for abstract submission is October 31st, 2012

I look forward to receiving your submissions and to seeing you on January 11-13, 2013 in Rome, Italy.

Sincerely, 

Iftekhar Hasan, Ph.D
President»


(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sexta-feira, setembro 21, 2012

quinta-feira, setembro 20, 2012

ENTRExplorer

«ENTRExplorer
Visita-nos em www.entrexplorer.com e vem jogar o jogo dos empreendedores!!!

Testa a tua ideia de negócio e constrói o teu Plano de Negócios!!!»

(reprodução de mensagem promocional de jogo de introdução ao empreendorismo - em fase de teste, ainda - que me caiu entretanto na página pessoal do Facebook)

Humor (negro) - VIII


[Imagens que me caíram entretanto na página pessoal do Facebook]

quarta-feira, setembro 19, 2012

A esperança falhada…

Como podem os governantes portugueses convencer-me de que com mais austeridade poderemos aspirar a salvar a nossa economia e vê-la crescer num futuro próximo?
Não passam de balelas! Ao visitar a Finlândia neste Setembro quente de 2012, depois de em Agosto ter ido à Alemanha, só posso ter a certeza de que estão a brincar connosco ou, então, são tão “experimentalistas” que nem sabem bem o que estão a afirmar de forma tão veemente!
Ao assumir de forma tão irreflectida a austeridade, estão a camuflar inúmeros problemas inerentes à cultura portuguesa e que sobressaem quando visitamos outros países muito mais avançados que nunca conseguiremos alcançar, como, por exemplo, a Finlândia. Este país, que alberga um povo que é metade da população do nosso país consegue viver em grande harmonia com a natureza. E respeita essa mesma natureza. Vive de uma forma simples e poupa muito tempo porque é muito organizado. Poderão alguns afirmar que são demasiado organizados, mas isso é de tal forma vantajoso que se dão ao luxo de começar cedo a jornada de trabalho, fazerem duas pequenas pausas no dia de trabalho para beber café ou chá, almoçarem em meia-hora (um almoço mais leve do que o nosso) e sair cedo do local de trabalho, pelas 16 horas (alguns mais cedo), a tempo de vivenciar a sua vida familiar.
Não perdem tempo nos corredores a conversar na jornada de trabalho. Cada um desenvolve as sua tarefas e encontra-se com os outros na pequena pausa que fazem.
Por outro lado, enquanto em Portugal assistimos a um colapso do ensino, com milhares de alunos com dificuldades em assegurar a sua continuidade numa Universidade, na Finlândia os estudantes têm direito a 500 euros mensais dados pelo Governo, durante cerca de 5 anos para poderem fazer um Curso superior e um mestrado. Acresce ainda que não têm de pagar propinas. O ensino é gratuito. Como conseguimos competir com um sistema destes? É impossível.
Acresce ainda que o staff das universidades é completo. Uns dedicam-se à parte mais técnica (organizam os cursos, organizam os centros de investigação,…), outros dão sobretudo aulas e são equipas multidisciplinares. Por exemplo, um informático ajuda muito num departamento de ciências sociais… Têm dinheiro para a investigação e para desenvolver projectos. E dizem eles que agora as coisas estão pior por causa da crise internacional!...
Decidi que quando for grande quero ser finlandesa!... Ainda que esperem que eu seja muito organizada e dedicada ao trabalho, terei tempo para a minha família, viverei junto de um dos 188.000 lagos ou numa das 179.000 ilhas existentes, numa simples casa de madeira, com todo o conforto interior de que necessitarei. Terei um bonito jardim e a minha casa será cercada apenas por sebes naturais (sem muros, nem grades), pois sei que viverei em segurança. Terei um baloiço e um escorrega para os meus filhos brincarem. Pertencerei ao grupo de mulheres das mais emancipadas do planeta Terra e poderei estudar sem me preocupar com as propinas que me pedem em cada ano lectivo. Poderei ser professora, pois terei tempo para fazer investigação e tentar publicar nas revistas internacionais mais prestigiadas. Tentarei adaptar-me ao clima, seguramente um dos poucos handicaps da Finlândia… Serei uma cidadã activa, assinando petições que os políticos consideram quando pensam em demolir algum edifício antigo… Nessa altura, quando quiser ser finlandesa, nunca mais me recordarei que um dia tentei ser portuguesa, mas que a esperança acabou por sair falhada…

Paula Cristina Remoaldo

"Pedido de desculpa"


[Imagem que me caiu ontem na página pessoal do Facebook]

segunda-feira, setembro 17, 2012

"Emprego e TSU: O impacto no emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das empresas"

«Caros colegas
Dado que não conhecemos nenhum estudo sobre o impacto das variações da TSU no emprego, motivo alegado pelo governo na sua proposta, eu, o Fernando Alexandre, o Joao Cerejeiora e o Miguel Portela, com o Pedro Bação da UCoimbra) decidimos fazer esse estudo por nós próprios.
O estudo é público, os dados são públicos, a programação econométrica é pública. Tudo está disponível online para que o escrutínio público seja feito.
O trabalho segue em anexo e pode ser encontrado aqui:
O sumário executivo com a nossa motivação e com as principais conclusões a que chegámos segue em baixo.

Emprego e TSU: O impacto no emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das empresas
Sumário executivo

Nos últimos anos, vários países reduziram as contribuições das empresas para a Segurança Social com o objectivo de melhorar a competitividade externa das economias e estimular a criação de emprego. Nesta linha, o governo português propôs uma descida da contribuição das empresas para a Segurança Social ao mesmo tempo que aumenta a contribuição dos trabalhadores, resultando num aumento das contribuições totais. Mais precisamente, propôs uma diminuição da contribuição das empresas para a segurança social em 5,75 pp (pontos percentuais) e um aumento de 7 pp para os trabalhadores, o que resulta num aumento da contribuição total em 1,25 pp.

A originalidade da proposta do governo português resulta de ambos os encargos incidirem sobre o mesmo factor, ou seja, procura-se reduzir os custos de trabalho aumentando globalmente os encargos sobre o trabalho. Esta novidade torna-a, do ponto de vista intelectual e académico, numa questão muito interessante.
Com o objectivo de estudar o impacto das variações dos descontos para a Segurança Social, contribuindo para um debate informado, desenvolvemos modelos analíticos e econométricos que nos permitem analisar a política proposta.

Do ponto de vista teórico, demonstramos que o impacto da proposta de alteração da TSU depende crucialmente dos pressupostos de partida, não sendo possível alcançar resultados inequívocos relativamente aos efeitos positivos ou negativos sobre o emprego.

Assim a análise dos efeitos desta proposta do Governo terá, necessariamente, de ser empírica. De acordo com o modelo empírico estimado, as alterações dos descontos para a Segurança Social levam a que se perca cerca de 33000 empregos. Considerando um intervalo de confiança de 95%, os nossos resultados sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos 68000. Por outro lado, na melhor das hipóteses o impacto sobre a criação de emprego é praticamente nulo, apenas criaria 1000 empregos.

Concluímos também que na sequência das propostas apresentadas, é de esperar um aumento do peso do desemprego de longa duração no desemprego total.

Luís Aguiar-Conraria
-- 
Luís Aguiar-Conraria, FkD
Professor Associado
Departamento de Economia
Escola de Economia e Gestão
Universidade do Minho
telefone: +351 253 604 587»

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com origem no colega identificado e tendo por destinatários imediatos o universo dos professores e funcionários da EEG/UMinho)

Humor (negro) - VII


[Imagens que me caíram entretanto na página pessoal do Facebook]

sexta-feira, setembro 14, 2012

"Saiba onde se realizam as 30 manifestações de amanhã"

«"Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" é o mote que promete juntar milhares de pessoas em mais de 30 cidades contra a austeridade. O protesto ameaça passar fronteiras e está marcado também no...

As manifestações têm estado a ser convocadas via Facebook. Clique nas cidades para ver o evento na rede social. Saiba AQUI mais informações no blogue da organização.
Lisboa: Praça José Fontana às 17h
Porto : Avenida dos Aliados às 17h
Portimão: em frente à Câmara Municipal às 16h
Viseu: Rossio às 17h
Aveiro: Rua Carlos Aleluia às 17h
Guarda: Praça Luís de Camões às 17h
Braga: Avenida Central às 15h
Coimbra: Praça da República às 17h
Loulé: Mercado de Loulé às 17h
Vila Real : junto à Câmara Municipal às 17h
Covilhã: Pelourinho às 17h
Marinha Grande: Parque da Cerca às 17h
Moncorvo: Torre de Moncorvo - Largo da Corredoura às 17h
Leiria : Fonte Luminosa às 15h
Caldas da Rainha: Largo da Câmara (em frente ao tribunal) às 15h
Faro: Largo da Pontinha às 17h
Portalegre: Praça da República às 17h
Castelo Branco: em frente à Câmara Municipal às 17h
Beja: Praça da República às 17h
Figueira da Foz: em frente à Câmara Municipal às 15h
Santarém: em frente ao W Shopping às 17h
Évora: Praça do Giraldo às 17h
Lamego: Monumento ao Soldado Desconhecido "Chico do Pinto"às 17h
Mogadouro: Parque da Vila às 17h
Peniche: Praça Jacob Rodrigues Pereira às 17h
Santa Maria da Feira: em frente à Câmara Municipal às 17h
Setúbal : Praça do Bocage (em frente ao município) às 17h
Sines : Rossio às 17h
Nisa: Praça da República (junto à Biblioteca) às 17h
Ponta Delgada: Portas da Cidade às 16h
Funchal : Praceta do Infante às 17h
Berlim (Alemanha): Zimmerstrasse, número 56
Fortaleza (Brasil): Rua Desembargador Leite Albuquerque, 635 Sala 402
Londres (Inglaterra): Embaixada Portuguesa (11 Belgrave Square London)
Paris (França): Embaixada de Portugal (3 Rue de Noisiel)
Nos EUA e Canadá não haverá uma manifestação presencial, mas cada um é convidado no evento a fazer cartazes de indignação e fotografias e colocar durante o dia de amanhã no Facebook
(reprodução de notícia DIÁRIO DE NOTÍCIAS online, de  2012-09-14)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Desapontamento, dor e luta



[Imagens que me caíram ao longo do dia na página pessoal do Facebook]

Queremos...

"Queremos voltar a ter esperança e por isso os tempos são de luta."


(excerto de mensagem, intitulada "MSE está presente na Manif de 15 de Setembro", que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

quinta-feira, setembro 13, 2012

Humor (negro) -V



[Imagem que me caiu ao longo do dia na página pessoal do Facebook]

Queremos as nossas vidas!

[Imagem/folheto que me caiu entretanto na página pessoal do Facebook]

terça-feira, setembro 11, 2012

Humor (negro) - III






[Imagens que me caíram ao longo do dia na página pessoal do Facebook]

"CARTA AO PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL"

«Exmo. Senhor Primeiro Ministro
Hesitei muito em dirigir-lhe estas palavras, que mais não dão do que uma pálida ideia da onda de indignação que varre o país, de norte a sul, e de leste a oeste. Além do mais, não é meu costume nem vocação escrever coisas de cariz político, mais me inclinando para o pelouro cultural. Mas há momentos em que, mesmo que não vamos nós ao encontro da política, vem ela, irresistivelmente, ao nosso encontro. E, então, não há que fugir-lhe.
Para ser inteiramente franco, escrevo-lhe, não tanto por acreditar que vá ter em V. Exa. qualquer efeito – todo o vosso comportamento, neste primeiro ano de governo, traindo, inescrupulosamente, todas as promessas feitas em campanha eleitoral, não convida à esperança numa reviravolta! – mas, antes, para ficar de bem com a minha consciência. Tenho 82 anos e pouco me restará de vida, o que significa que, a mim, já pouco mal poderá infligir V. Exa. e o algum que me inflija será sempre de curta duração. É aquilo a que costumo chamar “as vantagens do túmulo” ou, se preferir, a coragem que dá a proximidade do túmulo. Tanto o que me dê como o que me tire será sempre de curta duração. Não será, pois, de mim que falo, mesmo quando use, na frase, o “odioso eu”, a que aludia Pascal.
Mas tenho, como disse, 82 anos e, portanto, uma alongada e bem vivida experiência da velhice – da minha e da dos meus amigos e familiares. A velhice é um pouco – ou é muito – a experiência de uma contínua e ininterrupta perda de poderes. “Desistir é a derradeira tragédia”, disse um escritor pouco conhecido. Desistir é aquilo que vão fazendo, sem cessar, os que envelhecem. Desistir, palavra horrível. Estamos no verão, no momento em que escrevo isto, e acorrem-me as palavras tremendas de um grande poeta inglês do século XX (Eliot): “Um velho, num mês de secura”... A velhice, encarquilhando-se, no meio da desolação e da secura. É para isto que servem os poetas: para encontrarem, em poucas palavras, a medalha eficaz e definitiva para uma situação, uma visão, uma emoção ou uma ideia.
A velhice, Senhor Primeiro Ministro, é, com as dores que arrasta – as físicas, as emotivas e as morais – um período bem difícil de atravessar. Já alguém a definiu como o departamento dos doentes externos do Purgatório. E uma grande contista da Nova Zelândia, que dava pelo nome de Katherine Mansfield, com a afinada sensibilidade e sabedoria da vida, de que V. Exa. e o seu governo parecem ter défice, observou, num dos contos singulares do seu belíssimo livro intitulado The Garden Party: “O velho Sr. Neave achava-se demasiado velho para a primavera.” Ser velho é também isto: acharmos que a primavera já não é para nós, que não temos direito a ela, que estamos a mais, dentro dela... Já foi nossa, já, de certo modo, nos definiu. Hoje, não. Hoje, sentimos que já não interessamos, que, até, incomodamos. Todo o discurso político de V. Exas., os do governo, todas as vossas decisões apontam na mesma direcção: mandar-nos para o cimo da montanha, embrulhados em metade de uma velha manta, à espera de que o urso lendário (ou o frio) venha tomar conta de nós. Cortam-nos tudo, o conforto, o direito de nos sentirmos, não digo amados (seria muito), mas, de algum modo, utilizáveis: sempre temos umas pitadas de sabedoria caseira a propiciar aos mais estouvados e impulsivos da nova casta que nos assola. Mas não. Pessoas, como eu, estiveram, até depois dos 65 anos, sem gastar um tostão ao Estado, com a sua saúde ou com a falta dela. Sempre, no entanto, descontando uma fatia pesada do seu salário, para uma ADSE, que talvez nos fosse útil, num período de necessidade, que se foi desejando longínquo. Chegado, já sobre o tarde, o momento de alguma necessidade, tudo nos é retirado, sem uma atenção, pequena que fosse, ao contrato anteriormente firmado. É quando mais necessitamos, para lutar contra a doença, contra a dor e contra o isolamento gradativamente crescente, que nos constituímos em alvo favorito do tiroteio fiscal: subsídios (que não passavam de uma forma de disfarçar a incompetência salarial), comparticipações nos custos da saúde, actualizações salariais – tudo pela borda fora. Incluindo, também, esse papel embaraçoso que é a Constituição, particularmente odiada por estes novos fundibulários. O que é preciso é salvar os ricos, os bancos, que andaram a brincar à Dona Branca com o nosso dinheiro e as empresas de tubarões, que enriquecem sem arriscar um cabelo, em simbiose sinistra com um Estado que dá o que não é dele e paga o que diz não ter, para que eles enriqueçam mais, passando a fruir o que também não é deles, porque até é nosso.
Já alguém, aludindo à mesma falta de sensibilidade de que V. Exa. dá provas, em relação à velhice e aos seus poderes decrescentes e mal apoiados, sugeriu, com humor ferino, que se atirassem os velhos e os reformados para asilos desguarnecidos , situados, de preferência, em andares altos de prédios muito altos: de um 14º andar, explicava, a desolação que se comtempla até passa por paisagem. V. Exa. e os do seu governo exibem uma sensibilidade muito, mas mesmo muito, neste gosto. V. Exas. transformam a velhice num crime punível pela medida grande. As políticas radicais de V. Exa, e do seu robôtico Ministro das Finanças  - sim, porque a Troika informou que as políticas são vossas e não deles... – têm levado a isto: a uma total anestesia das antenas sociais ou simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes políticos e estadistas que a História não confina a míseras notas de pé de página.
Falei da velhice porque é o pelouro que, de momento, tenho mais à mão. Mas o sofrimento devastador, que o fundamentalismo ideológico de V. Exa. está desencadear pelo país fora, afecta muito mais do que a fatia dos velhos e reformados. Jovens sem emprego e sem futuro à vista, homens e mulheres de todas as idades e de todos os caminhos da vida – tudo é queimado no altar ideológico onde arde a chama de um dogma cego à fria realidade dos factos e dos resultados. Dizia Joan Ruddock não acreditar que radicalismo e bom senso fossem incompatíveis. V. Exa. e o seu governo provam que o são: não há forma de conviverem pacificamente. Nisto, estou muito de acordo com a sensatez do antigo ministro conservador inglês, Francis Pym, que teve a ousadia de avisar a Primeira Ministra Margaret Thatcher (uma expoente do extremismo neoliberal), nestes  termos: “Extremismo e conservantismo são termos contraditórios”. Pym pagou, é claro, a factura: se a memória me não engana, foi o primeiro membro do primeiro governo de Thatcher a ser despedido, sem apelo nem agravo. A “conservadora” Margaret Thatcher – como o “conservador” Passos Coelho – quis misturar água com azeite, isto é, conservantismo e extremismo. Claro que não dá.
Alguém observava que os americanos ficavam muito admirados quando se sabiam odiados. É possível que, no governo e no partido a que V. Exa. preside, a maior parte dos seus constituintes não se aperceba bem (ou, apercebendo-se, não compreenda), de que lavra, no país, um grande incêndio de ressentimento e ódio. Darei a V. Exa. – e com isto termino – uma pista para um bom entendimento do que se está a passar. Atribuíram-se ao Papa Gregório VII estas palavras: ”Eu amei a justiça e odiei a iniquidade: por isso, morro no exílio.” Uma grande parte da população portuguesa, hoje, sente-se exilada no seu próprio país, pelo delito de pedir mais justiça e mais equidade. Tanto uma como outra se fazem, cada dia, mais invisíveis. Há nisto, é claro, um perigo.

De V. Exa., atentamente,

Eugénio Lisboa
Ex-Director  da Total, em Moçambique
Ex-Director da SONAP MOC
Ex-Administrador da SONAPMOC e da SONAREP
Ex-Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Londres
Prof. Catedrático Especial de  Estudos Portugueses (Univ. Nottingham)
Ex-Presidente da Comissão Nacional da UNESCO
Prof. Catedrático Visitante da Univ. de Aveiro
Doutor Honoris Causa pela Univ. de Nottingham
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro
Mesalha de Mérito Cultural (Câmara de Cascais)»

(reprodução de anexo de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Paula Cristina Remoaldo e origem em Ana Monteiro, com indicação de poder ser difundida)                                 

"Governar é mais do que aumentar impostos e ter ´coragem` para anunciar a medida"

Artigo JNegócios
Saberão eles o que fazem?
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577365

domingo, setembro 09, 2012

Humor (negro)




[Imagem retirada da página pessoal do Facebook de Pedro Pedrosa]







Comentário (de Júlio Mota, na respectiva página pessoal do Facebook), que subscrevo:
«Quando há uns dias atrás ouvi o discurso de Passos Coelho no "Pontal" ainda tive esperanças de que ele soubesse algo que ninguém sabia.
Mas, afirmar que 2013 seria o ano de inversão quando já tinha estas medidas preparadas, é algo impensável, completamente insano.
Agora nao tenho dúvidas: vamos pelo caminho da Grécia, ou pior. E no leme temos o político mais mentiroso, mais hipócrita da história da democracia. Se calhar é o que merecemos.»

sábado, setembro 08, 2012

"redefining the enterprise - ebbf conference in Ericeira"

«Vimos por este meio informá-lhe da realização da Conferência Internacional Anual “redefining the enterprise, co-creating prosperity” que este ano terá lugar no Hotel Vila-Galé na Ericeira (Portugal), nos dias 4 a 7 de Outubro de 2012.

Este evento, que cumpre o seu vigésimo segundo aniversário, reúne economistas e empresários de renome de todo o mundo motivados pelos ideais da organização european bahá’í business forum (www.ebbf.org) e chega a Portugal pela segunda vez fruto do sucesso que foi o ano passado.

ebbf  é uma organização de inspriação espiritual, sem fins lucrativos que junta pessoas de mais de 60 países que contribuem para uma civilização próspera, sustentável e justa mediante a promoção e aplicação de valores éticos, de virtudes pessoais e de liderança moral nos seus locais de trabalho. A comunidade de ebbf foca os seus esforços em inspirar as pessoas, independentemente do seu trabalho, oferecendo um conjunto de professionais com ideias que visionam a construção de capacidades e o desenvolvimentos de ferramentas práticas para a execução de trabalhos significativos e coerentes.

redefining the enterprise, co-creating prosperity” conta com um elenco de conferencialistas com grande reputação (www.makeitmeaningful.org/speakers) que abordarão uma nova perspectiva de confrontar as turbulências económicas actuais mediante um novo paradigma de trabalho.

Como tal, convidamo-lo a participar, escutar e interagir com uma audiência internacional de pessoas com ideias que os têm permitido ter êxito navegando empresarialmente nestes tempos difíceis.

Atentamente,

Victor Forghani

ebbf - members service»

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio elec trónico, proveniente da entidade identificada)

sexta-feira, setembro 07, 2012

"Congresso Democrático das Alternativas"

«Car@s colegas,

Para quem estiver interessado, segue mensagem abaixo sobre a realização do Congresso Democrático das Alternativas. As minhas desculpas a quem o evento possa não interessar.
No dia 5 de Outubro vai realizar-se o Congresso Democrático das Alternativas. Trata-se de uma iniciativa de cidadãos e cidadãs de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa, que se propõem debater as consequências económicas, sociais, políticas e culturais da adopção do Memorando de Entendimento e das políticas de austeridade.

Pretende-se reunir todos os que sentem a necessidade e têm a vontade de construir em conjunto uma alternativa à política de empobrecimento consagrada no Memorando e de convergir na ação política para o verdadeiro resgate democrático de Portugal.

Se concordar com o texto da Convocatória (in  http://www.congressoalternativas.org), não deixe de o subscrever e de participar neste evento de mobilização democrática, que visa resistir à iniquidade e lançar bases para um futuro justo e inclusivo que devolva às pessoas e ao País a dignidade que merecem.

Para mais informações sobre o Congresso e as diferentes formas possíveis de participação, consultar o site acima indicado.
-- 
CONGRESSO DEMOCRÁTICO DAS ALTERNATIVAS
Resgatar Portugal para um Futuro Decente
5 de outubro - Aula Magna - Lisboa


(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Maria José Casa-Nova)

quinta-feira, setembro 06, 2012

Tourists’ perceptions of world heritage destinations: the case of Guimarães

Guimarães is a world heritage site (UNESCO) since December 2001, and is hosting the European Capital of Culture (ECOC) in 2012. This paper examines the profile, destination image and motivations of tourists’ visiting Guimarães before the cultural event. Based on survey responses from 276 tourists, this study found that tourists arrived to Guimarães came from the two most important cities in the northern part of Portugal (Porto and Braga). They are relatively young and well educated compared with the average tourists that visited Portugal. The results suggest that many tourists are aware of the city status as a world heritage site encompassing a historic centre, monuments, and architectural buildings. Further, these perceptions shape the image of Guimarães, as the factor analysis indicates that “historical background and functionality” is the most reliable and valid factor behind the choice of visiting the city. Finally, the main tourists’ motivation to choose Guimarães as theirs destination is educational, rather than recreational as they want to live a learning experience.
J. Freitas Santos
Laurentina Vareiro
Paula Cristina Remoaldo
J. Cadima Ribeiro
Keywords: Tourism motivations; tourists’ perceptions; tourist destination image; cultural tourism; Guimarães - Portugal.
[Resumo de comunicação apresentada no 32nd International Geographical Congress, organizado pela International Geographical Union (I.G.U.), pela German Geographical Society e pela Universidade de Colónia, que decorreu na Universidade de Colónia, Alemanha, de 26 a 30 de Agosto de 2012]