Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento
sexta-feira, setembro 28, 2012
quinta-feira, setembro 27, 2012
quarta-feira, setembro 26, 2012
"2ND INTERNATIONAL SCIENTIFIC CONFERENCE - Whither Our economies”
«2ND INTERNATIONAL SCIENTIFIC CONFERENCE
“Whither Our economies”
OCTOBER 15-16, 2012
OCTOBER 15-16, 2012
organized by
MYKOLAS ROMERIS UNIVERSITY
Faculty of Economics and Finance Management
Faculty of Economics and Finance Management
in cooperation with
FATIH UNIVERSITY (TURKEY)
Faculty of Economics and Administrative Sciences
Faculty of Economics and Administrative Sciences
UNIVERSITY OF FOGGIA (ITALY)
Department of Economics
Department of Economics
VALENCIA POLYTECHNIC UNIVERSITY (SPAIN)
Faculty of Business Administration and Management
Faculty of Business Administration and Management
If You need more information, please write: woe@mruni.eu»
(reprodução parcial de texto de promoção da conferência identificada)
"Infelizmente, há gente que prefere que as forças anti-troika se digladiem"
Notícia Público
Manifestantes de 15 de Setembro apelam à “participação maciça” no protesto da CGTP:http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/manifestantes-de-15-de-setembro-apelam-a-participacao-massiva-no-protesto-da-cgtp-1564527
terça-feira, setembro 25, 2012
domingo, setembro 23, 2012
“Estes programas de ajustamento da troika são um erro brutal”
Entrevista jornal i
João Ferreira do Amaral. “Estes programas de ajustamento da troika são um erro brutal”:
http://www.ionline.pt/portugal/joao-ferreira-amaral-estes-programas-ajustamento-da-troika-sao-erro-brutal
João Ferreira do Amaral. “Estes programas de ajustamento da troika são um erro brutal”:
http://www.ionline.pt/portugal/joao-ferreira-amaral-estes-programas-ajustamento-da-troika-sao-erro-brutal
sábado, setembro 22, 2012
9th EBES Conference, Rome
«CALL FOR PAPERS
9th EBES CONFERENCE - ROME
JANUARY 11-13, 2013
ROME, ITALY
On behalf of the organizing committee, I would like to invite you to participate in the 9th EBES Conference, in Rome, Italy, which will bring together many distinguished researchers from all over the world. Participants will find opportunities for presenting new research, exchanging information, and discussing current issues.
Although we focus on Europe and Asia, all papers from major business, finance, and economics fields - theoretical or empirical - are highly encouraged. Abstract submission for the 9th EBES Conference is now open. For online submission, please visit our website at www.ebesweb.org. I also would like to remind you that the deadline for abstract submission is October 31st, 2012.
I look forward to receiving your submissions and to seeing you on January 11-13, 2013 in Rome, Italy.
Sincerely,
Iftekhar Hasan, Ph.D
President»
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)
sexta-feira, setembro 21, 2012
quinta-feira, setembro 20, 2012
ENTRExplorer
«ENTRExplorer
Visita-nos em www.entrexplorer.com e vem jogar o jogo dos empreendedores!!!
Testa a tua ideia de negócio e constrói o teu Plano de Negócios!!!»
(reprodução de mensagem promocional de jogo de introdução ao empreendorismo - em fase de teste, ainda - que me caiu entretanto na página pessoal do Facebook)
Etiquetas:
Informação,
Iniciativa Empresarial
quarta-feira, setembro 19, 2012
A esperança falhada…
Como podem os governantes portugueses convencer-me de que
com mais austeridade poderemos aspirar a salvar a nossa economia e vê-la
crescer num futuro próximo?
Não passam de balelas! Ao visitar a Finlândia neste
Setembro quente de 2012, depois de em Agosto ter ido à Alemanha, só posso ter a
certeza de que estão a brincar connosco ou, então, são tão “experimentalistas”
que nem sabem bem o que estão a afirmar de forma tão veemente!
Ao assumir de forma tão irreflectida a austeridade, estão
a camuflar inúmeros problemas inerentes à cultura portuguesa e que sobressaem
quando visitamos outros países muito mais avançados que nunca conseguiremos
alcançar, como, por exemplo, a Finlândia. Este país, que alberga um povo que é
metade da população do nosso país consegue viver em grande harmonia com a
natureza. E respeita essa mesma natureza. Vive de uma forma simples e poupa
muito tempo porque é muito organizado. Poderão alguns afirmar que são demasiado
organizados, mas isso é de tal forma vantajoso que se dão ao luxo de começar
cedo a jornada de trabalho, fazerem duas pequenas pausas no dia de trabalho
para beber café ou chá, almoçarem em meia-hora (um almoço mais leve do que o
nosso) e sair cedo do local de trabalho, pelas 16 horas (alguns mais cedo), a
tempo de vivenciar a sua vida familiar.
Não perdem tempo nos corredores a conversar na jornada de
trabalho. Cada um desenvolve as sua tarefas e encontra-se com os outros na
pequena pausa que fazem.
Por outro lado, enquanto em Portugal assistimos a um
colapso do ensino, com milhares de alunos com dificuldades em assegurar a sua
continuidade numa Universidade, na Finlândia os estudantes têm direito a 500
euros mensais dados pelo Governo, durante cerca de 5 anos para poderem fazer um
Curso superior e um mestrado. Acresce ainda que não têm de pagar propinas. O
ensino é gratuito. Como conseguimos competir com um sistema destes? É
impossível.
Acresce ainda que o staff
das universidades é completo. Uns dedicam-se à parte mais técnica
(organizam os cursos, organizam os centros de investigação,…), outros dão
sobretudo aulas e são equipas multidisciplinares. Por exemplo, um informático
ajuda muito num departamento de ciências sociais… Têm dinheiro para a
investigação e para desenvolver projectos. E dizem eles que agora as coisas
estão pior por causa da crise internacional!...
Decidi que quando for grande quero ser finlandesa!...
Ainda que esperem que eu seja muito organizada e dedicada ao trabalho, terei
tempo para a minha família, viverei junto de um dos 188.000 lagos ou numa das
179.000 ilhas existentes, numa simples casa de madeira, com todo o conforto
interior de que necessitarei. Terei um bonito jardim e a minha casa será
cercada apenas por sebes naturais (sem muros, nem grades), pois sei que viverei
em segurança. Terei
um baloiço e um escorrega para os meus filhos brincarem. Pertencerei ao grupo
de mulheres das mais emancipadas do planeta Terra e poderei estudar sem me
preocupar com as propinas que me pedem em cada ano lectivo. Poderei ser
professora, pois terei tempo para fazer investigação e tentar publicar nas
revistas internacionais mais prestigiadas. Tentarei adaptar-me ao clima,
seguramente um dos poucos handicaps
da Finlândia… Serei uma cidadã activa, assinando petições que os políticos
consideram quando pensam em demolir algum edifício antigo… Nessa altura, quando
quiser ser finlandesa, nunca mais me recordarei que um dia tentei ser
portuguesa, mas que a esperança acabou por sair falhada…
Paula Cristina
Remoaldo
segunda-feira, setembro 17, 2012
"Emprego e TSU: O impacto no emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das empresas"
«Caros colegas
Dado que não conhecemos nenhum estudo sobre o
impacto das variações da TSU no emprego, motivo alegado pelo governo na
sua proposta, eu, o Fernando Alexandre, o Joao Cerejeiora e o Miguel
Portela, com o Pedro Bação da UCoimbra) decidimos fazer esse estudo por
nós próprios.
O estudo é público, os dados são públicos, a programação
econométrica é pública. Tudo está disponível online para que o
escrutínio público seja feito.
O trabalho segue em anexo e pode ser encontrado aqui:
O sumário executivo com a nossa motivação e com as principais conclusões a que chegámos segue em baixo.
Emprego e TSU: O impacto no emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das empresas
Sumário executivo
Nos últimos anos, vários países reduziram
as contribuições das empresas para a Segurança Social com o objectivo
de melhorar a competitividade externa das economias e estimular a
criação de emprego. Nesta linha, o governo português propôs uma descida
da contribuição das empresas para a Segurança Social ao mesmo tempo que
aumenta a contribuição dos trabalhadores, resultando num aumento das
contribuições totais. Mais precisamente, propôs uma diminuição da
contribuição das empresas para a segurança social em 5,75 pp (pontos
percentuais) e um aumento de 7 pp para os trabalhadores, o que resulta
num aumento da contribuição total em 1,25 pp.
A originalidade da proposta do governo português resulta de
ambos os encargos incidirem sobre o mesmo factor, ou seja, procura-se
reduzir os custos de trabalho aumentando globalmente os encargos sobre
o trabalho. Esta novidade torna-a, do ponto de vista intelectual e
académico, numa questão muito interessante.
Com o objectivo de estudar o impacto das variações dos descontos para a
Segurança Social, contribuindo para um debate informado, desenvolvemos
modelos analíticos e econométricos que nos permitem analisar a política
proposta.
Do ponto de vista teórico, demonstramos que o impacto da
proposta de alteração da TSU depende crucialmente dos pressupostos de
partida, não sendo possível alcançar resultados inequívocos
relativamente aos efeitos positivos ou negativos sobre o emprego.
Assim a análise dos efeitos desta proposta do Governo terá,
necessariamente, de ser empírica. De acordo com o modelo empírico
estimado, as alterações dos descontos para a Segurança Social levam a
que se perca cerca de 33000 empregos. Considerando um intervalo de
confiança de 95%, os nossos resultados sugerem que a perda de empregos
pode ser na ordem dos 68000. Por outro lado, na melhor das hipóteses o
impacto sobre a criação de emprego é praticamente nulo, apenas criaria
1000 empregos.
Concluímos também que na sequência das propostas apresentadas,
é de esperar um aumento do peso do desemprego de longa duração no
desemprego total.
Luís Aguiar-Conraria
--
Luís Aguiar-Conraria, FkD
Professor Associado
Departamento de Economia
Escola de Economia e Gestão
Universidade do Minho
telefone: +351 253 604 587»
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com origem no colega identificado e tendo por destinatários imediatos o universo dos professores e funcionários da EEG/UMinho)
domingo, setembro 16, 2012
sábado, setembro 15, 2012
"Um grito de revolta da sociedade civil"
Notícia JN
Mais de 100 mil pessoas confirmaram presença nas manifestações:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2771411
Mais de 100 mil pessoas confirmaram presença nas manifestações:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2771411
sexta-feira, setembro 14, 2012
"Saiba onde se realizam as 30 manifestações de amanhã"
«"Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" é o mote que promete juntar milhares de pessoas em mais de 30 cidades contra a austeridade. O protesto ameaça passar fronteiras e está marcado também no...
As manifestações têm estado a ser convocadas via Facebook. Clique nas cidades para ver o evento na rede social. Saiba AQUI mais informações no blogue da organização.
Lisboa: Praça José Fontana às 17h
Porto : Avenida dos Aliados às 17h
Portimão: em frente à Câmara Municipal às 16h
Viseu: Rossio às 17h
Aveiro: Rua Carlos Aleluia às 17h
Guarda: Praça Luís de Camões às 17h
Braga: Avenida Central às 15h
Coimbra: Praça da República às 17h
Loulé: Mercado de Loulé às 17h
Vila Real : junto à Câmara Municipal às 17h
Covilhã: Pelourinho às 17h
Marinha Grande: Parque da Cerca às 17h
Moncorvo: Torre de Moncorvo - Largo da Corredoura às 17h
Leiria : Fonte Luminosa às 15h
Caldas da Rainha: Largo da Câmara (em frente ao tribunal) às 15h
Faro: Largo da Pontinha às 17h
Portalegre: Praça da República às 17h
Castelo Branco: em frente à Câmara Municipal às 17h
Beja: Praça da República às 17h
Figueira da Foz: em frente à Câmara Municipal às 15h
Santarém: em frente ao W Shopping às 17h
Évora: Praça do Giraldo às 17h
Lamego: Monumento ao Soldado Desconhecido "Chico do Pinto"às 17h
Mogadouro: Parque da Vila às 17h
Peniche: Praça Jacob Rodrigues Pereira às 17h
Santa Maria da Feira: em frente à Câmara Municipal às 17h
Setúbal : Praça do Bocage (em frente ao município) às 17h
Sines : Rossio às 17h
Nisa: Praça da República (junto à Biblioteca) às 17h
Ponta Delgada: Portas da Cidade às 16h
Funchal : Praceta do Infante às 17h
Berlim (Alemanha): Zimmerstrasse, número 56
Fortaleza (Brasil): Rua Desembargador Leite Albuquerque, 635 Sala 402
Londres (Inglaterra): Embaixada Portuguesa (11 Belgrave Square London)
Paris (França): Embaixada de Portugal (3 Rue de Noisiel)
Nos EUA e Canadá não haverá uma manifestação presencial, mas cada um é convidado no evento a fazer cartazes de indignação e fotografias e colocar durante o dia de amanhã no Facebook.»
(reprodução de notícia DIÁRIO DE NOTÍCIAS online, de 2012-09-14)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
Queremos...
"Queremos voltar a ter esperança e por isso os tempos são de luta."
(excerto de mensagem, intitulada "MSE está presente na Manif de 15 de Setembro", que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)
quinta-feira, setembro 13, 2012
quarta-feira, setembro 12, 2012
Sign of intelligence
"The true sign of
intelligence is not knowledge but imagination."
Albert Einstein
(citação
extraída de SBANC Newsletter, September 11, Issue 735 - 2012,
http://www.sbaer.uca.edu)
terça-feira, setembro 11, 2012
"CARTA AO PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL"
«Exmo. Senhor Primeiro
Ministro
Hesitei muito em dirigir-lhe
estas palavras, que mais não dão do que uma pálida ideia da onda de indignação
que varre o país, de norte a sul, e de leste a oeste. Além do mais, não é meu
costume nem vocação escrever coisas de cariz político, mais me inclinando para
o pelouro cultural. Mas há momentos em que, mesmo que não vamos nós ao encontro
da política, vem ela, irresistivelmente, ao nosso encontro. E, então, não há
que fugir-lhe.
Para ser inteiramente franco,
escrevo-lhe, não tanto por acreditar que vá ter em V. Exa. qualquer efeito –
todo o vosso comportamento, neste primeiro ano de governo, traindo,
inescrupulosamente, todas as promessas feitas em campanha eleitoral, não
convida à esperança numa reviravolta! – mas, antes, para ficar de bem com a
minha consciência. Tenho 82 anos e pouco me restará de vida, o que significa
que, a mim, já pouco mal poderá infligir V. Exa. e o algum que me inflija será
sempre de curta duração. É aquilo a que costumo chamar “as vantagens do túmulo”
ou, se preferir, a coragem que dá a proximidade do túmulo. Tanto o que me dê
como o que me tire será sempre de curta duração. Não será, pois, de mim que
falo, mesmo quando use, na frase, o “odioso eu”, a que aludia Pascal.
Mas tenho, como disse, 82
anos e, portanto, uma alongada e bem vivida experiência da velhice – da minha e
da dos meus amigos e familiares. A velhice é um pouco – ou é muito – a
experiência de uma contínua e ininterrupta perda de poderes. “Desistir é a
derradeira tragédia”, disse um escritor pouco conhecido. Desistir é aquilo que vão fazendo, sem cessar, os que envelhecem. Desistir, palavra horrível. Estamos no
verão, no momento em que escrevo isto, e acorrem-me as palavras tremendas de um
grande poeta inglês do século XX (Eliot): “Um velho, num mês de secura”... A velhice,
encarquilhando-se, no meio da desolação e da secura. É para isto que servem os
poetas: para encontrarem, em poucas palavras, a medalha eficaz e definitiva
para uma situação, uma visão, uma emoção ou uma ideia.
A velhice, Senhor Primeiro
Ministro, é, com as dores que arrasta – as físicas, as emotivas e as morais –
um período bem difícil de atravessar. Já alguém a definiu como o departamento
dos doentes externos do Purgatório. E uma grande contista da Nova Zelândia, que
dava pelo nome de Katherine Mansfield, com a afinada sensibilidade e sabedoria
da vida, de que V. Exa. e o seu governo parecem ter défice, observou, num dos
contos singulares do seu belíssimo livro intitulado The Garden Party: “O velho Sr. Neave achava-se demasiado velho para
a primavera.” Ser velho é também isto: acharmos que a primavera já não é para
nós, que não temos direito a ela, que estamos a mais, dentro dela... Já foi
nossa, já, de certo modo, nos definiu. Hoje, não. Hoje, sentimos que já não
interessamos, que, até, incomodamos. Todo o discurso político de V. Exas., os
do governo, todas as vossas decisões apontam na mesma direcção: mandar-nos para
o cimo da montanha, embrulhados em metade de uma velha manta, à espera de que o
urso lendário (ou o frio) venha tomar conta de nós. Cortam-nos tudo, o
conforto, o direito de nos sentirmos, não digo amados (seria muito), mas, de
algum modo, utilizáveis: sempre temos
umas pitadas de sabedoria caseira a propiciar aos mais estouvados e impulsivos
da nova casta que nos assola. Mas não. Pessoas, como eu, estiveram, até depois
dos 65 anos, sem gastar um tostão ao Estado, com a sua saúde ou com a falta
dela. Sempre, no entanto, descontando uma fatia pesada do seu salário, para uma
ADSE, que talvez nos fosse útil, num período de necessidade, que se foi
desejando longínquo. Chegado, já sobre o tarde, o momento de alguma
necessidade, tudo nos é retirado, sem uma atenção, pequena que fosse, ao
contrato anteriormente firmado. É quando mais necessitamos, para lutar contra a
doença, contra a dor e contra o isolamento gradativamente crescente, que nos
constituímos em alvo favorito do tiroteio fiscal: subsídios (que não passavam
de uma forma de disfarçar a incompetência salarial), comparticipações nos
custos da saúde, actualizações salariais – tudo pela borda fora. Incluindo,
também, esse papel embaraçoso que é a Constituição, particularmente odiada por
estes novos fundibulários. O que é preciso é salvar os ricos, os bancos, que
andaram a brincar à Dona Branca com o nosso dinheiro e as empresas de tubarões,
que enriquecem sem arriscar um cabelo, em simbiose sinistra com um Estado que
dá o que não é dele e paga o que diz não ter, para que eles enriqueçam mais,
passando a fruir o que também não é deles, porque até é nosso.
Já alguém, aludindo à mesma
falta de sensibilidade de que V. Exa. dá provas, em relação à velhice e aos
seus poderes decrescentes e mal apoiados, sugeriu, com humor ferino, que se
atirassem os velhos e os reformados para asilos desguarnecidos , situados, de
preferência, em andares altos de prédios muito altos: de um 14º andar,
explicava, a desolação que se comtempla até passa por paisagem. V. Exa. e os do
seu governo exibem uma sensibilidade muito, mas mesmo muito, neste gosto. V.
Exas. transformam a velhice num crime punível pela medida grande. As políticas
radicais de V. Exa, e do seu robôtico Ministro das Finanças - sim, porque a Troika informou que as
políticas são vossas e não deles... – têm levado a isto: a uma total anestesia
das antenas sociais ou simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes
políticos e estadistas que a História não confina a míseras notas de pé de
página.
Falei da velhice porque é o
pelouro que, de momento, tenho mais à mão. Mas o sofrimento devastador, que o
fundamentalismo ideológico de V. Exa. está desencadear pelo país fora, afecta
muito mais do que a fatia dos velhos e reformados. Jovens sem emprego e sem
futuro à vista, homens e mulheres de todas as idades e de todos os caminhos da
vida – tudo é queimado no altar ideológico onde arde a chama de um dogma cego à
fria realidade dos factos e dos resultados. Dizia Joan Ruddock não acreditar
que radicalismo e bom senso fossem incompatíveis. V. Exa. e o seu governo
provam que o são: não há forma de conviverem pacificamente. Nisto, estou muito
de acordo com a sensatez do antigo ministro conservador inglês, Francis Pym,
que teve a ousadia de avisar a Primeira Ministra Margaret Thatcher (uma
expoente do extremismo neoliberal), nestes
termos: “Extremismo e conservantismo são termos contraditórios”. Pym
pagou, é claro, a factura: se a memória me não engana, foi o primeiro membro do
primeiro governo de Thatcher a ser despedido, sem apelo nem agravo. A
“conservadora” Margaret Thatcher – como o “conservador” Passos Coelho – quis
misturar água com azeite, isto é, conservantismo e extremismo. Claro que não
dá.
Alguém observava que os
americanos ficavam muito admirados quando se sabiam odiados. É possível que, no
governo e no partido a que V. Exa. preside, a maior parte dos seus
constituintes não se aperceba bem (ou, apercebendo-se, não compreenda), de que
lavra, no país, um grande incêndio de ressentimento e ódio. Darei a V. Exa. – e
com isto termino – uma pista para um bom entendimento do que se está a passar.
Atribuíram-se ao Papa Gregório VII estas palavras: ”Eu amei a justiça e odiei a
iniquidade: por isso, morro no exílio.” Uma grande parte da população
portuguesa, hoje, sente-se exilada no seu próprio país, pelo delito de pedir
mais justiça e mais equidade. Tanto uma como outra se fazem, cada dia, mais
invisíveis. Há nisto, é claro, um perigo.
De V. Exa., atentamente,
Eugénio Lisboa
Ex-Director da Total, em
Moçambique
Ex-Director da SONAP MOC
Ex-Administrador da SONAPMOC e da SONAREP
Ex-Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em
Londres
Prof.
Catedrático Especial de Estudos
Portugueses (Univ. Nottingham)
Ex-Presidente da
Comissão Nacional da UNESCO
Prof. Catedrático Visitante da Univ. de Aveiro
Doutor Honoris Causa pela Univ. de Nottingham
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro
Mesalha de Mérito Cultural (Câmara de Cascais)»
(reprodução de anexo de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Paula Cristina Remoaldo e origem em Ana Monteiro, com indicação de poder ser difundida)
"Governar é mais do que aumentar impostos e ter ´coragem` para anunciar a medida"
Artigo JNegócios
Saberão eles o que fazem?
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577365
Saberão eles o que fazem?
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577365
segunda-feira, setembro 10, 2012
"Protesto nacional vai ser o primeiro depois do anúncio das novas medidas de austeridade"
Notícia jornal i
“Este silêncio mata-nos”. Faltam cinco dias para testar a indignação dos portugueses:
http://www.ionline.pt/portugal/este-silencio-mata-nos-faltam-cinco-dias-testar-indignacao-dos-portugueses
“Este silêncio mata-nos”. Faltam cinco dias para testar a indignação dos portugueses:
http://www.ionline.pt/portugal/este-silencio-mata-nos-faltam-cinco-dias-testar-indignacao-dos-portugueses
domingo, setembro 09, 2012
Humor (negro)
[Imagem retirada da página pessoal do Facebook de Pedro Pedrosa]
Comentário (de Júlio Mota, na respectiva página pessoal do Facebook), que subscrevo:
«Quando há uns dias atrás ouvi o discurso de Passos Coelho no "Pontal" ainda tive esperanças de que ele soubesse algo que ninguém sabia.
Mas, afirmar que 2013 seria o ano de inversão quando já tinha estas medidas preparadas, é algo impensável, completamente insano.
Agora nao tenho dúvidas: vamos pelo caminho da Grécia, ou pior. E no leme temos o político mais mentiroso, mais hipócrita da história da democracia. Se calhar é o que merecemos.»
sábado, setembro 08, 2012
"redefining the enterprise - ebbf conference in Ericeira"
«Vimos por este meio informá-lhe da realização da Conferência Internacional Anual “redefining the enterprise, co-creating prosperity” que este ano terá lugar no Hotel Vila-Galé na Ericeira (Portugal), nos dias 4 a 7 de Outubro de 2012.
Este evento, que cumpre o seu vigésimo segundo aniversário, reúne economistas e empresários de renome de todo o mundo motivados pelos ideais da organização european bahá’í business forum (www.ebbf.org) e chega a Portugal pela segunda vez fruto do sucesso que foi o ano passado.
ebbf é uma organização de inspriação espiritual, sem fins lucrativos que junta pessoas de mais de 60 países que contribuem para uma civilização próspera, sustentável e justa mediante a promoção e aplicação de valores éticos, de virtudes pessoais e de liderança moral nos seus locais de trabalho. A comunidade de ebbf foca os seus esforços em inspirar as pessoas, independentemente do seu trabalho, oferecendo um conjunto de professionais com ideias que visionam a construção de capacidades e o desenvolvimentos de ferramentas práticas para a execução de trabalhos significativos e coerentes.
ebbf é uma organização de inspriação espiritual, sem fins lucrativos que junta pessoas de mais de 60 países que contribuem para uma civilização próspera, sustentável e justa mediante a promoção e aplicação de valores éticos, de virtudes pessoais e de liderança moral nos seus locais de trabalho. A comunidade de ebbf foca os seus esforços em inspirar as pessoas, independentemente do seu trabalho, oferecendo um conjunto de professionais com ideias que visionam a construção de capacidades e o desenvolvimentos de ferramentas práticas para a execução de trabalhos significativos e coerentes.
“redefining the enterprise, co-creating prosperity” conta com um elenco de conferencialistas com grande reputação (www.makeitmeaningful.org/speakers) que abordarão uma nova perspectiva de confrontar as turbulências económicas actuais mediante um novo paradigma de trabalho.
Como tal, convidamo-lo a participar, escutar e interagir com uma audiência internacional de pessoas com ideias que os têm permitido ter êxito navegando empresarialmente nestes tempos difíceis.
Atentamente,
Victor Forghani
ebbf - members service»
(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio elec trónico, proveniente da entidade identificada)
sexta-feira, setembro 07, 2012
"Congresso Democrático das Alternativas"
«Car@s colegas,
Para quem estiver interessado, segue mensagem abaixo sobre a realização do Congresso Democrático das Alternativas. As minhas desculpas a quem o evento possa não interessar.
No dia 5 de Outubro vai realizar-se o Congresso Democrático das Alternativas. Trata-se de uma iniciativa de cidadãos e cidadãs de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa, que se propõem debater as consequências económicas, sociais, políticas e culturais da adopção do Memorando de Entendimento e das políticas de austeridade.
Pretende-se reunir todos os que sentem a necessidade e têm a vontade de construir em conjunto uma alternativa à política de empobrecimento consagrada no Memorando e de convergir na ação política para o verdadeiro resgate democrático de Portugal.
Se concordar com o texto da Convocatória (in http://www.congressoalternativas.org), não deixe de o subscrever e de participar neste evento de mobilização democrática, que visa resistir à iniquidade e lançar bases para um futuro justo e inclusivo que devolva às pessoas e ao País a dignidade que merecem.
Para mais informações sobre o Congresso e as diferentes formas possíveis de participação, consultar o site acima indicado.
--
CONGRESSO DEMOCRÁTICO DAS ALTERNATIVAS
Resgatar Portugal para um Futuro Decente
5 de outubro - Aula Magna - Lisboa
Sítio na Internet: http://www.congressoalternativas.org/
Facebook: http://www.facebook.com/pages/Congresso-Democratico-das-Alternativas/320693794685218?ref=hl
Correio eletrónico: congressoalternativas@gmail.com»
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Maria José Casa-Nova)
quinta-feira, setembro 06, 2012
Tourists’ perceptions of world heritage destinations: the case of Guimarães
Guimarães is a world
heritage site (UNESCO) since December 2001, and is hosting the European Capital
of Culture (ECOC) in 2012. This paper examines the profile, destination image
and motivations of tourists’ visiting Guimarães before the cultural event. Based
on survey responses from 276 tourists, this study found that tourists arrived
to Guimarães came from the two most important cities in the northern part of
Portugal (Porto and Braga). They are
relatively young and well educated compared with the average tourists that
visited Portugal. The results suggest that many tourists are aware of
the city status as a world heritage site encompassing a historic centre, monuments, and architectural buildings. Further, these
perceptions shape the image of Guimarães, as the factor
analysis indicates that “historical
background and functionality” is the most reliable and valid factor behind the
choice of visiting the city. Finally, the main tourists’ motivation to
choose Guimarães as theirs destination is educational, rather than recreational
as they want to live a learning experience.
J. Freitas Santos
Laurentina Vareiro
Paula Cristina Remoaldo
J. Cadima Ribeiro
Keywords: Tourism motivations;
tourists’ perceptions; tourist destination image; cultural tourism; Guimarães -
Portugal.
[Resumo de comunicação apresentada no 32nd International
Geographical Congress, organizado pela International Geographical Union
(I.G.U.), pela German Geographical Society e pela Universidade de Colónia, que
decorreu na Universidade de Colónia, Alemanha, de 26 a 30 de Agosto de 2012]
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