Sou defensora da ideia “Estado sim, mas em doses qb”, o segredo da nossa competitividade passa essencialmente por empresários e gestores, por uma dinâmica empresarial mais activa e competitiva. Para isso é necessário uma reestruturação política e social. A palavra “mudança” já assusta os portugueses, quanto mais falar numa “mudança de mentalidades”, que é absolutamente necessária.
Fala-se em necessidade de recursos humanos com elevado nível de qualificação, fala-se num sistema de justiça mais competente e eficaz, fala-se num Estado e Administração Pública mais desburocratizado, num sistema fiscal simples, claro, estável e competitivo, fala-se numa legislação laboral que permita flexibilidade e mobilidade, pretende-se uma boa interacção entre universidades, centros tecnológicos e empresas, queremos qualidade ambiental e segurança, coesão social com sistemas de Segurança Social e protecção ao desemprego adequados…é relativamente fácil identificar o que está mal, mas a alteração já não é tão linear como gostaríamos que fosse, é um problema estrutural de difícil resolução.
Como afirmou António Carrapatoso, numa entrevista ao jornal de negócios, a prioridade é atrair e reter investimento de qualidade para Portugal, e segundo este as, comparações internacionais não nos favorecem e não é evidente que tenhamos uma vantagem competitiva significativa.
A pergunta é: Como e onde é que podemos ser melhores?, e não alimentar o tradicional pessimismo nacional a apontar tudo o que há de mal no reino de Portugal. Pois para isso bastam os relatórios da OCDE e um olhar sobre uma Grécia que já é mais forte que Portugal.
Na minha opinião há muitos obstáculos a ultrapassar e todos eles têm um denominador comum: o peso excessivo do Estado. A saber, as regras e práticas pouco transparentes nos mercados, posições dominantes, favorecimentos e proteccionismos e burocracias excessivas são tudo factores inibidores de novas gerações de empresários e gestores dinâmicos que se desejam.
Assim, será necessário para obtermos um “Portugal do 1º mundo”, a introdução de planeamento a médio e longo prazo no Estado, com gestão por objectivos, incluindo indicadores de qualidade de serviço e benchmarking interno e externo; um programa integrado de redução significativa dos funcionários públicos identificados como excedentários; flexibilidade laboral e uma transição do sistema da Segurança Social para um sistema de capitalização com conta individual… só assim poderemos dar asas ao tão debatido “Compromisso Portugal”, que o governo tanto fala e “luta” para alcançar.
Sara Veloso
(doc. da série artigos de análise/opinião)
Fala-se em necessidade de recursos humanos com elevado nível de qualificação, fala-se num sistema de justiça mais competente e eficaz, fala-se num Estado e Administração Pública mais desburocratizado, num sistema fiscal simples, claro, estável e competitivo, fala-se numa legislação laboral que permita flexibilidade e mobilidade, pretende-se uma boa interacção entre universidades, centros tecnológicos e empresas, queremos qualidade ambiental e segurança, coesão social com sistemas de Segurança Social e protecção ao desemprego adequados…é relativamente fácil identificar o que está mal, mas a alteração já não é tão linear como gostaríamos que fosse, é um problema estrutural de difícil resolução.
Como afirmou António Carrapatoso, numa entrevista ao jornal de negócios, a prioridade é atrair e reter investimento de qualidade para Portugal, e segundo este as, comparações internacionais não nos favorecem e não é evidente que tenhamos uma vantagem competitiva significativa.
A pergunta é: Como e onde é que podemos ser melhores?, e não alimentar o tradicional pessimismo nacional a apontar tudo o que há de mal no reino de Portugal. Pois para isso bastam os relatórios da OCDE e um olhar sobre uma Grécia que já é mais forte que Portugal.
Na minha opinião há muitos obstáculos a ultrapassar e todos eles têm um denominador comum: o peso excessivo do Estado. A saber, as regras e práticas pouco transparentes nos mercados, posições dominantes, favorecimentos e proteccionismos e burocracias excessivas são tudo factores inibidores de novas gerações de empresários e gestores dinâmicos que se desejam.
Assim, será necessário para obtermos um “Portugal do 1º mundo”, a introdução de planeamento a médio e longo prazo no Estado, com gestão por objectivos, incluindo indicadores de qualidade de serviço e benchmarking interno e externo; um programa integrado de redução significativa dos funcionários públicos identificados como excedentários; flexibilidade laboral e uma transição do sistema da Segurança Social para um sistema de capitalização com conta individual… só assim poderemos dar asas ao tão debatido “Compromisso Portugal”, que o governo tanto fala e “luta” para alcançar.
Sara Veloso
(doc. da série artigos de análise/opinião)
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