Portugal é um país “seguidor”, de modo que acompanha as crises geradas ao nível internacional, e os indicadores macroeconómicos destes últimos anos são sinónimo da própria conjuntura económica. Mas, ao que parece a retoma está aí... E os dados apresentados pelo boletim mensal da actividade económica fornecido pelo gabinete de estratégia e estudos do Ministério da Economia e Inovação, revelam a recuperação da economia portuguesa, no último trimestre (Julho, Agosto e Setembro).
Esta recuperação assenta essencialmente no contributo da procura externa, principalmente devido às exportações de bens e serviços que desde 2002 até ao último trimestre aumentaram 6,1 p.p..
O desemprego também acompanha as tendências e a taxa de desemprego diminuiu 0,7 p.p. em relação ao último trimestre de 2005. Este tema é o que mais gera polémica, pois nunca antes se tinha assistido em Portugal taxas de desemprego tão elevadas. No entanto, os nossos valores comparando com o de outros países mais ricos e desenvolvidos são até diminutos. É necessário desdramatizar esta questão, apesar de se saber que o desemprego é também uma questão social o qual é preciso tratar com alguma sensibilidade, pois mexe muitas vezes com problemas carência extrema das famílias.
A inflação verificou um enfraquecimento, neste último trimestre: a média dos últimos 12 meses foi de 2,7% e este último Agosto obtivemos 2%. É fundamental saber controlar este fenómeno, pois é a inflação que nos tira poder de compra e nos “deixa mais pobres”.
Como podemos verificar os indicadores estão num bom caminho, e é bem provável que a recuperação esteja já em curso. Assim, os portugueses podem “respirar melhor depois do desapertar do cinto” e voltar a sonhar num futuro próspero.
Eu acredito que a tardia recuperação de Portugal seja em grande parte devida ao pessimismo revelado exagerado dos nossos governadores e dramaticamente pelos meios de informação que em nada ajudou a mentalidade portuguesa, que enfatiza as tristezas e gostam de ser os desgraçadinhos. Mas sei que nós, os futuros economistas (como dizia outra profissão) do país, vamos ter uma grande responsabilidade no futuro do nosso país se deixarmos continuar que assim seja.
Em suma, encontrei a seguinte frase na página do Ministério da Economia e Inovação que traduz o que quero dizer: “A situação, ninguém a ignora, é muito difícil. Portugal enfrenta problemas complexos, que não podem ter uma solução imediata. Mas é clara a nossa tarefa, como é clara a nossa ambição: transformar o Portugal das fatalidades, no Portugal das oportunidades.”. Sabemos que é difícil, mas devemos lutar por sermos o que ambicionamos ser.
Paula Cristina Pereira Cerqueira
Esta recuperação assenta essencialmente no contributo da procura externa, principalmente devido às exportações de bens e serviços que desde 2002 até ao último trimestre aumentaram 6,1 p.p..
O desemprego também acompanha as tendências e a taxa de desemprego diminuiu 0,7 p.p. em relação ao último trimestre de 2005. Este tema é o que mais gera polémica, pois nunca antes se tinha assistido em Portugal taxas de desemprego tão elevadas. No entanto, os nossos valores comparando com o de outros países mais ricos e desenvolvidos são até diminutos. É necessário desdramatizar esta questão, apesar de se saber que o desemprego é também uma questão social o qual é preciso tratar com alguma sensibilidade, pois mexe muitas vezes com problemas carência extrema das famílias.
A inflação verificou um enfraquecimento, neste último trimestre: a média dos últimos 12 meses foi de 2,7% e este último Agosto obtivemos 2%. É fundamental saber controlar este fenómeno, pois é a inflação que nos tira poder de compra e nos “deixa mais pobres”.
Como podemos verificar os indicadores estão num bom caminho, e é bem provável que a recuperação esteja já em curso. Assim, os portugueses podem “respirar melhor depois do desapertar do cinto” e voltar a sonhar num futuro próspero.
Eu acredito que a tardia recuperação de Portugal seja em grande parte devida ao pessimismo revelado exagerado dos nossos governadores e dramaticamente pelos meios de informação que em nada ajudou a mentalidade portuguesa, que enfatiza as tristezas e gostam de ser os desgraçadinhos. Mas sei que nós, os futuros economistas (como dizia outra profissão) do país, vamos ter uma grande responsabilidade no futuro do nosso país se deixarmos continuar que assim seja.
Em suma, encontrei a seguinte frase na página do Ministério da Economia e Inovação que traduz o que quero dizer: “A situação, ninguém a ignora, é muito difícil. Portugal enfrenta problemas complexos, que não podem ter uma solução imediata. Mas é clara a nossa tarefa, como é clara a nossa ambição: transformar o Portugal das fatalidades, no Portugal das oportunidades.”. Sabemos que é difícil, mas devemos lutar por sermos o que ambicionamos ser.
Paula Cristina Pereira Cerqueira
(doc. da série artigos de análise/opinião)
2 comentários:
De facto, Portugal é muito sensível à conjectura internacional e qualquer choque externo pode ter uma grande percursão na nossa pequena economia nacional.
O desemprego atingui níveis muito elevados, mas que comparados com a Europa não são "nada de especial". No entanto, isto é uma visão errada porque cada país tem uma realidade diferente, e não se pode assumir que a mesma taxa de desemprego tem as mesmas repercussões em países diferentes.
O que importa é que os indicadores já estão no bom caminho, e espero que seja a tão ansiada expansão económica. Mas para isso torna-se indispensável um esforço colectivo, e não apenas governamental, para "transformar o Portugal das fatalidades, no Portugal das oportunidades".
De qualquer modo, como diz a Paula, é preciso optimismo e acreditar... pois o pessimismo nunca tirou ninguém da crise.
De facto, Portugal é muito sensível à conjectura internacional e qualquer choque externo pode ter uma grande percursão na nossa pequena economia nacional.
O desemprego atingui níveis muito elevados, mas que comparados com a Europa não são "nada de especial". No entanto, isto é uma visão errada porque cada país tem uma realidade diferente, e não se pode assumir que a mesma taxa de desemprego tem as mesmas repercussões em países diferentes.
O que importa é que os indicadores já estão no bom caminho, e espero que seja a tão ansiada expansão económica. Mas para isso torna-se indispensável um esforço colectivo, e não apenas governamental, para "transformar o Portugal das fatalidades, no Portugal das oportunidades".
De qualquer modo, como diz a Paula, é preciso optimismo e acreditar... pois o pessimismo nunca tirou ninguém da crise.
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