Espaço de debate de temas de Economia Portuguesa e de outros que com esta se relacionam, numa perspectiva de desenvolvimento

segunda-feira, janeiro 17, 2011

O Poder Real em Portugal 2010 e a Crise (4ª parte)

[Continuação]
Em 4º lugar, há a forma como são elaboradas as provas saídas do MEN, que até ao 9º ano se dizem de “aferição” do nível do ensino em cada escola, e só em algumas disciplina do 11º e 12º anos “testam” os conhecimentos dos alunos. Essas provas, todas elas, estão (em metade a 2/3) pedagogicamente erradas, e são uma tortura para os alunos do 11º e 12º anos e uma “balda” para os alunos do 4º, 6º e 9º.
As do 11º (por ex., Físico-Químicas) e 12º (Matemática e Física) começam por perguntas do estilo “totobola”, onde o examinando tem de colocar um cruz num dos quadradinhos A,B,C ou D, face a números que lhe são dados, muitas vezes de forma traiçoeira, prevenindo-se o examinando de que lhe é proibido fazer qualquer justificação. Em geral, esta é a parte A, que vale 10 valores. Os outros 10 valores são reservados para a parte B, onde é suposto o aluno ser obrigado a “raciocinar”. Mas também aqui há “minas” e “armadilhas onde mesmo o Bom aluno pode cair...
Nas provas do 4º , 6º e 9º parte das perguntas são muitas vezes irrisórias e são, na prática, concebidas para alimentar falsas estatísticas internacionais quanto à “literacia” dos alunos em Portugal. De vez em quando, a falta de senso é tão grande que algumas questões saltam para alguns jornais...(não há espaço aqui para transcrever casos, mas basta ir à internet e ver os testes das últimas épocas de disciplinas fundamentais, como a de Matemática).
[Continua]

JBM

(Artigo de opinião/testemunho do autor identificado. Devido à extensão total do texto, que se reporta a um período amplo e a dimensões muito variadas da realidade que trata, será divulgado por partes. Sendo matéria sensível aquela que se invoca, é aqui tratada como testemunho de alguém que viveu o período objecto de análise e que dele faz a sua leitura.)

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