Portugal está mais atractivo ao investimento directo estrangeiro (IDE) segundo o relatório da Ernst & Young, intitulado “Portugal: Cause for optimism”.
Apesar de no período de 2004 e 2005 ter-se registado uma significativa queda de 22% no número de projectos de investimentos estrangeiros, ainda existem motivos para nos mantermos optimistas.
A economia portuguesa tornou-se mais atractiva para investimentos de capital internacional, em 2005, comparativamente ao período homólogo.
Esta melhoria de percepção dos investidores internacionais reflecte a evolução positiva de todos os critérios considerados pontos fortes da economia, de onde se incluem o facto de Portugal ser um país da zona euro, o ambiente social ser estável, existir uma boa qualidade de vida e fortes capacidades linguísticas da força laboral portuguesa, o custo de mão-de-obra ser acessível e haver um o potencial aumento de produtividade. Mas como nada é perfeito, existem também factores negativos que tendem a “afugentar” os investidores estrangeiros. O facto da nossa Administração Pública ainda continuar a ser ineficiente, o elevado nível de tributação sobre as empresas (IVA a 21%), a demasiada burocracia para abrir um negócio, a complexidade da legislação fiscal, são elementos que continuam a prejudicar a imagem de Portugal no estrangeiro e têm fortes impactos negativos no IDE deixando o nosso país muito aquém de outros países da união europeia como a Espanha, Alemanha, França. Outro factor que menos atrai os investimentos de empresários estrangeiros é a ausência de Investigação & Desenvolvimento, especialmente em relação a quadros com estas qualificações. A economia portuguesa poderia ser mais atractiva se o nosso governo remediasse estes pontos negativos e oferecesse mais incentivos económicos às empresas estrangeiras para que estas se localizassem no nosso território, criando assim mais postos de trabalho.
É sabido que é no sector automóvel que os investidores estrangeiros mais investem, mas este sector está com problemas graves, vejamos os casos da Opel da Azambuja e da Jonhson Controls, duas multinacionais que encerram as suas portas em Portugal entre este ano e o próximo, lançando milhares de pessoas para o desemprego, aumentando desta forma os índices de desemprego português e piorando ainda mais a frágil situação da segurança social. Por isso, seria talvez melhor virar-se para o sector dos serviços (sector terciário), sector esse que tem vindo a tornar-se cada vez mais relevante na economia europeia.
Aumentar o IDE é uma tarefa a ser executada a médio prazo, mas as medidas que o Governo tem tomado levam os investidores a concluir que Portugal está no bom caminho. Podendo já antever um sinal de retoma da economia portuguesa.
Patrícia Silva
(doc. da série artigos de análise/opinião)
Apesar de no período de 2004 e 2005 ter-se registado uma significativa queda de 22% no número de projectos de investimentos estrangeiros, ainda existem motivos para nos mantermos optimistas.
A economia portuguesa tornou-se mais atractiva para investimentos de capital internacional, em 2005, comparativamente ao período homólogo.
Esta melhoria de percepção dos investidores internacionais reflecte a evolução positiva de todos os critérios considerados pontos fortes da economia, de onde se incluem o facto de Portugal ser um país da zona euro, o ambiente social ser estável, existir uma boa qualidade de vida e fortes capacidades linguísticas da força laboral portuguesa, o custo de mão-de-obra ser acessível e haver um o potencial aumento de produtividade. Mas como nada é perfeito, existem também factores negativos que tendem a “afugentar” os investidores estrangeiros. O facto da nossa Administração Pública ainda continuar a ser ineficiente, o elevado nível de tributação sobre as empresas (IVA a 21%), a demasiada burocracia para abrir um negócio, a complexidade da legislação fiscal, são elementos que continuam a prejudicar a imagem de Portugal no estrangeiro e têm fortes impactos negativos no IDE deixando o nosso país muito aquém de outros países da união europeia como a Espanha, Alemanha, França. Outro factor que menos atrai os investimentos de empresários estrangeiros é a ausência de Investigação & Desenvolvimento, especialmente em relação a quadros com estas qualificações. A economia portuguesa poderia ser mais atractiva se o nosso governo remediasse estes pontos negativos e oferecesse mais incentivos económicos às empresas estrangeiras para que estas se localizassem no nosso território, criando assim mais postos de trabalho.
É sabido que é no sector automóvel que os investidores estrangeiros mais investem, mas este sector está com problemas graves, vejamos os casos da Opel da Azambuja e da Jonhson Controls, duas multinacionais que encerram as suas portas em Portugal entre este ano e o próximo, lançando milhares de pessoas para o desemprego, aumentando desta forma os índices de desemprego português e piorando ainda mais a frágil situação da segurança social. Por isso, seria talvez melhor virar-se para o sector dos serviços (sector terciário), sector esse que tem vindo a tornar-se cada vez mais relevante na economia europeia.
Aumentar o IDE é uma tarefa a ser executada a médio prazo, mas as medidas que o Governo tem tomado levam os investidores a concluir que Portugal está no bom caminho. Podendo já antever um sinal de retoma da economia portuguesa.
Patrícia Silva
(doc. da série artigos de análise/opinião)