Não restam dúvidas que a estrutura económica, o tecido empresarial, a localização periférica e a qualidade dos recursos humanos conferem à economia portuguesa uma situação de fragilidade que limitam a competitividade e a inserção internacional comparativamente ao padrão europeu e ao resto do mundo.
A estagnação e mesmo o retrocesso económico que se está a verificar em Portugal, determinado pela perda crescente de competitividade da economia portuguesa, faz com que esta esteja a perder quota de mercado quer no estrangeiro quer dento do próprio país.
Ora, perante isto, as empresas portuguesas devem encontrar a forma de posicionamento estratégico mais adequado face à natureza das suas vantagens competitivas, à sua dimensão e à sua cultura organizacional no sentido de enverter estes resultados.
A situação em que o país se encontra, exige um crescimento económico mais acelerado e o mais qualificado possível, o que significa investimento, inovação e internacionalização.
A realidade é que ainda se regista, no nosso país, passividade e inexperiência por parte das empresas nacionais e, opções tímidas de internacionalização, o que torna necessário uma dinâmica de empreendedorismo e de criação de empresas, sobretudo as de base tecnológica, capaz de rejuvenescer a estrutura empresarial e qualificar o crescimento da economia.
O processo de internacionalização das empresas refere-se à forma como estas se organizam internamente ou com outras empresas para acederem a mercados externos. Iniciando-se normalmente pela via das exportações, as empresas acabam por avançar para fases mais avançadas em que trabalham com locais, licenciam tecnologia ou avançam para investimentos directos no exterior, sozinhas ou através de alianças estratégicas.
Tal como o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou “é dramaticamente urgente que as empresas portuguesas comprendam que só com o mercado nacional não vão lá”, e que por isso é fundamental internacionalizar.
Em acréscimo, o Presitente da República, Cavaco Silva, à chegada ao Conselho para a Globalização, (uma iniciativa que reúne alguns dos maiores empresários portugueses e mundiais) afirmou que "Portugal enfrenta um grande desafio, que é o da competitividade à escala global. É preciso que as empresas portuguesas se habituem a este novo quadro procurando novos mercados, produzindo com maior componente tecnológica, procurando mercados mais dinâmicos", e alertou ainda para a urgência de empresários, políticos, sindicatos, investidores e "sociedade em geral" começarem a "pensar global e agir global" para Portugal não "ficar para trás" num mundo globalizado.
De facto, Portugal é um país pequeno e por isso só com a internacionalização é que tem verdadeiro futuro.
As principais motivações, ou razões, para internacionalizar, estão relacionadas com a procura de novos mercados; o acesso a factores de produção mais baratos; o aumento das economias de escala; a busca de conhecimentos/aprendizagem; e a busca de um posicionamento mais competitivo; assim como outras vantagens resultantes do facto de operar em vários mercados.
Torna-se, então, importante criar condições que facilitem e apoiem empreendedores e empresários que sigam objectivos estratégicos de transformar conhecimento em ideias de negócio, de criar, de crescer, de inovar, de internacionalizar e de criar empregos.
Deste modo, minimizar as dificuldades com que se defrontam as empresas portuguesas, principalmente as PME´s, perante os desafios da competitividade num mundo cada vez mais gobal, ao mesmo tempo que cria um ambiente estimulante ao empreendedorismo e à eficiência empresarial, deve assumir um papel de prioridade para política económica.
Maria João Veloso
A estagnação e mesmo o retrocesso económico que se está a verificar em Portugal, determinado pela perda crescente de competitividade da economia portuguesa, faz com que esta esteja a perder quota de mercado quer no estrangeiro quer dento do próprio país.
Ora, perante isto, as empresas portuguesas devem encontrar a forma de posicionamento estratégico mais adequado face à natureza das suas vantagens competitivas, à sua dimensão e à sua cultura organizacional no sentido de enverter estes resultados.
A situação em que o país se encontra, exige um crescimento económico mais acelerado e o mais qualificado possível, o que significa investimento, inovação e internacionalização.
A realidade é que ainda se regista, no nosso país, passividade e inexperiência por parte das empresas nacionais e, opções tímidas de internacionalização, o que torna necessário uma dinâmica de empreendedorismo e de criação de empresas, sobretudo as de base tecnológica, capaz de rejuvenescer a estrutura empresarial e qualificar o crescimento da economia.
O processo de internacionalização das empresas refere-se à forma como estas se organizam internamente ou com outras empresas para acederem a mercados externos. Iniciando-se normalmente pela via das exportações, as empresas acabam por avançar para fases mais avançadas em que trabalham com locais, licenciam tecnologia ou avançam para investimentos directos no exterior, sozinhas ou através de alianças estratégicas.
Tal como o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou “é dramaticamente urgente que as empresas portuguesas comprendam que só com o mercado nacional não vão lá”, e que por isso é fundamental internacionalizar.
Em acréscimo, o Presitente da República, Cavaco Silva, à chegada ao Conselho para a Globalização, (uma iniciativa que reúne alguns dos maiores empresários portugueses e mundiais) afirmou que "Portugal enfrenta um grande desafio, que é o da competitividade à escala global. É preciso que as empresas portuguesas se habituem a este novo quadro procurando novos mercados, produzindo com maior componente tecnológica, procurando mercados mais dinâmicos", e alertou ainda para a urgência de empresários, políticos, sindicatos, investidores e "sociedade em geral" começarem a "pensar global e agir global" para Portugal não "ficar para trás" num mundo globalizado.
De facto, Portugal é um país pequeno e por isso só com a internacionalização é que tem verdadeiro futuro.
As principais motivações, ou razões, para internacionalizar, estão relacionadas com a procura de novos mercados; o acesso a factores de produção mais baratos; o aumento das economias de escala; a busca de conhecimentos/aprendizagem; e a busca de um posicionamento mais competitivo; assim como outras vantagens resultantes do facto de operar em vários mercados.
Torna-se, então, importante criar condições que facilitem e apoiem empreendedores e empresários que sigam objectivos estratégicos de transformar conhecimento em ideias de negócio, de criar, de crescer, de inovar, de internacionalizar e de criar empregos.
Deste modo, minimizar as dificuldades com que se defrontam as empresas portuguesas, principalmente as PME´s, perante os desafios da competitividade num mundo cada vez mais gobal, ao mesmo tempo que cria um ambiente estimulante ao empreendedorismo e à eficiência empresarial, deve assumir um papel de prioridade para política económica.
Maria João Veloso
(doc. da série artigos de análise/opinião)
2 comentários:
Na minha opinião, este artigo chama a atenção para um tema fundamental para a economia portuguesa, que é a necessidade que as empresas nacionais têm, de se internacionalizar, para assim poderem sobreviver a nível interno e se afirmarem de uma forma competitiva a nível internacional.
Deste modo julgo que não interessa discutir as falhas e fraquezas que a industria nacional têm e que já são do conhecimento comum, mas interessa sim, abordar o caminho que deve ser seguido para eliminar essas mesmas fraquezas e estimular as mais valias.
Assim o caminho a seguir será o de um maior investimento em meios de capital e de mão de obra, apostar na qualidade, inovação, e é também fundamental, tal como é abordado no artigo, que exista uma cooperação entre as empresas portuguesas para acederem com sucesso a mercados externos.
A internacionalização das empresas portuguesas é uma quimera, uma busca do Eldorado, ou possui bases sólidas, em consequência de vantagens competitivas por parte dos seus promotores? O fenómeno da internacionalização emprega recursos financeiros e humanos escassos.
A internacionalização não deve ser utilizada como resposta a eventual insucesso no mercado doméstico, ou porque a empresa dispõe de recursos financeiros temporariamente abundantes, deve antes permitir a projecção a vantagens exploradas no mercado doméstico ou noutros mercados pela via da exportação. O fenómeno da internacionalização é ainda um facto muito recente. Existem poucas marcas e empresas portuguesas mundialmente conhecidas. Olhando para os casos da Dinamarca que tem a LEGO, a Finlândia com a NOKIA ou a Suiça com a Nestlé, estes pequenos países são detentores de grandes empresas universalmente conhecidas. Todas estas empresas encontram-se nos principais mercados mundiais, estão estabelecidas há dezenas de anos, sendo amplamente respeitadas, mesmo ao nível do consumidor final. Por enquanto não encontramos nenhum destes casos em Portugal.
Patrícia Silva
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