A febre consumista dos dias de hoje leva as pessoas a gastarem mais do que os rendimentos que auferem, o que leva ao endividamento, originando compromissos adicionais com o pagamento de juros, criando-se assim um círculo vicioso insustentável.
No caso de um país a situação poderá ser semelhante, tendo em conta que será difícil conseguir reduzir significativamente as despesas, pelo facto de muitas delas serem rígidas e indispensáveis, a solução passa essencialmente pela capacidade de maximizar a receita fiscal.
O trabalho realizado pela Joana (apresentado pelo professor na última aula) evoca várias vezes a ideia de que o défice orçamental não é insustentável, e que nem é o problema mais grave que o país enfrenta. Ele é sim, fundamentalmente, consequência e sintoma de outros problemas mais graves cuja resolução é muito mais urgente, já que só esta é que poderá permitir o desenvolvimento sustentado de Portugal e a resolução, de uma forma duradoura, do problema do défice orçamental.
Ora, para provar esta teoria, de que o défice orçamental português não é insustentável, temos o facto de Portugal no passado já ter tido défices superiores ao actual, e apesar disso a economia cresceu e o país apresenta algumas melhorias nos seus valores.
Para além disto, um défice gerado por investimento produtivo ou para aumentar a eficiência de serviços que tornem possível um desenvolvimento elevado, é um bom défice porque gerará riqueza e, acabará por pagar esse défice.
Deste modo, muito mais grave do que o défice orçamental é a estagnação e mesmo o retrocesso económico que se está a verificar em Portugal, determinado pela perda crescente de competitividade da economia portuguesa, cujo indicador mais visível é o défice da Balança Comercial.
É muito mais importante para Portugal e para o futuro dos portugueses concentrar as energias para resolver o problema da crescente falta de competitividade da economia nacional, do que resolver o problema do défice orçamental. Isto não significa, porém, que o défice orçamental não tenha de ser controlado, e que o dinheiro público não tenha que ser sujeito a uma rigorosa gestão, mas sim que o défice orçamental só poderá ser efectivamente resolvido com o desenvolvimento sustentado do país.
Ora, o défice comercial atinge já o dobro do défice orçamental, o que revela uma perda crescente de competitividade das empresas portuguesas quer nos mercados externos quer mesmo no mercado nacional. Isto revela, então, a forte necessidade da intervenção do Estado para, modernizar as empresas portuguesas e tornar o país mais competitivo.
Maria João Veloso
(doc. da série artigos de análise/opinião)
No caso de um país a situação poderá ser semelhante, tendo em conta que será difícil conseguir reduzir significativamente as despesas, pelo facto de muitas delas serem rígidas e indispensáveis, a solução passa essencialmente pela capacidade de maximizar a receita fiscal.
O trabalho realizado pela Joana (apresentado pelo professor na última aula) evoca várias vezes a ideia de que o défice orçamental não é insustentável, e que nem é o problema mais grave que o país enfrenta. Ele é sim, fundamentalmente, consequência e sintoma de outros problemas mais graves cuja resolução é muito mais urgente, já que só esta é que poderá permitir o desenvolvimento sustentado de Portugal e a resolução, de uma forma duradoura, do problema do défice orçamental.
Ora, para provar esta teoria, de que o défice orçamental português não é insustentável, temos o facto de Portugal no passado já ter tido défices superiores ao actual, e apesar disso a economia cresceu e o país apresenta algumas melhorias nos seus valores.
Para além disto, um défice gerado por investimento produtivo ou para aumentar a eficiência de serviços que tornem possível um desenvolvimento elevado, é um bom défice porque gerará riqueza e, acabará por pagar esse défice.
Deste modo, muito mais grave do que o défice orçamental é a estagnação e mesmo o retrocesso económico que se está a verificar em Portugal, determinado pela perda crescente de competitividade da economia portuguesa, cujo indicador mais visível é o défice da Balança Comercial.
É muito mais importante para Portugal e para o futuro dos portugueses concentrar as energias para resolver o problema da crescente falta de competitividade da economia nacional, do que resolver o problema do défice orçamental. Isto não significa, porém, que o défice orçamental não tenha de ser controlado, e que o dinheiro público não tenha que ser sujeito a uma rigorosa gestão, mas sim que o défice orçamental só poderá ser efectivamente resolvido com o desenvolvimento sustentado do país.
Ora, o défice comercial atinge já o dobro do défice orçamental, o que revela uma perda crescente de competitividade das empresas portuguesas quer nos mercados externos quer mesmo no mercado nacional. Isto revela, então, a forte necessidade da intervenção do Estado para, modernizar as empresas portuguesas e tornar o país mais competitivo.
Maria João Veloso
(doc. da série artigos de análise/opinião)
1 comentário:
Portugal exporta produtos intensivos em mão-de-obra pouco qualificada e importa produtos intensivos em mão-de-obra qualificada e elevada tecnologia.
Ora, hoje em dia várias economias têm vantagem sobre Portugal em mão-de-obra pouco qualificada, pelo que os seus produtos vão ser mais competitivos a nível de custos do que os portugueses, traduzindo-se numa diminuição das exportações. Além disso, os produtos importados por Portugal são de valor bem mais elevado do que os exportados, resultando num saldo da balança comercial bastante deficitário.
Assim, Portugal deverá apostar do desenvolvimento das tecnologias por forma a que os seus produtos sejam mais inovadores e compitam quer no mercado externo como no mercado interno. Assim, não só aumentarão as suas exportações, como também diminuirão as importações, gerando uma grande melhoria no saldo da balança comercial e, consequentemente, uma melhoria do saldo orçamental.
Portanto, se o governo continuar a investir em meios que peritam uma maior competitividade, o défice orçamental não será insustentável.
Patrícia Alves
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