O sistema nacional de saúde é constituído pelo sector privado e pelo público, o denominado Serviço Nacional de Saúde. O sector da saúde é muito sensível, mas é interessante pela dificuldade subjacente ao seu trabalho. Existem muitas coisas boas na saúde, mas as negativas são mais fortes, e desta forma, é preciso trabalha-las.
Existe muita informação disponível neste âmbito, muitos estudos e muitas divergências, mas o grande problema é que pouso se tem feito, nos últimos tempos no caminho da mudança.
É necessário, um sentir dos órgãos de decisão, de que a saúde é muito mais que consultas médicas e tratamentos: é um investir na área da educação para a saúde, na aquisição de hábitos de vida saudáveis, etc. Os decisores de políticas de saúde estão muito pouco formados e não estão integrados dentro das necessidades do próprio sistema, não monetariamente mas de eficácia.
Desta forma, é urgente mudar mentalidades, mudar formas de estar, é preciso que se continuem a fazer estudos concretos e se apliquem, impossível, se continuar a haver administrações que variem por cada vez que mude o partido político, e não sejam meras estatísticas.
Clara Rosa
(resumo de relatório a apresentar na aula de 2ª feira, 06/12/04)
Existe muita informação disponível neste âmbito, muitos estudos e muitas divergências, mas o grande problema é que pouso se tem feito, nos últimos tempos no caminho da mudança.
É necessário, um sentir dos órgãos de decisão, de que a saúde é muito mais que consultas médicas e tratamentos: é um investir na área da educação para a saúde, na aquisição de hábitos de vida saudáveis, etc. Os decisores de políticas de saúde estão muito pouco formados e não estão integrados dentro das necessidades do próprio sistema, não monetariamente mas de eficácia.
Desta forma, é urgente mudar mentalidades, mudar formas de estar, é preciso que se continuem a fazer estudos concretos e se apliquem, impossível, se continuar a haver administrações que variem por cada vez que mude o partido político, e não sejam meras estatísticas.
Clara Rosa
(resumo de relatório a apresentar na aula de 2ª feira, 06/12/04)
2 comentários:
Penso que as coisas boas que existem na saúde não chegam para as diversas fraquezas que o sistema nacional de saúde apresenta. A falta de equidade no acesso é uma realidade pois existe alguma regressividade no pagamento porque o preço é igual para pessoas com rendimentos diferentes, o que pode causar algumas desigualdades em termos de acesso como também de equidade. Contudo, apesar desta falta de equidade, a introdução do SNS levou a que os ganhos de equidade fossem notórios. Existem também elevados desvios de uma eficiência alocativa, os hospitais não parecem ter a dimensão adequada e é evidente o uso excessivo do sector das urgências como também o consumo de fármacos, para além do sector privado estar a ser em parte financiado por recursos públicos e estar a competir com o sector público em determinadas áreas. A falta de eficiência técnica está a criar na minha opinião um sistema de incentivos que tanto afecta o comportamento dos profissionais de saúde como também a produtividade no sector público. E isto reflecte-se numa taxa de ocupação elevada das camas dos hospitais, grandes listas de espera e equipamentos por usar ou com uso inferior à sua capacidade de utilização. Orçamentos suaves e a falta de reputação dos agentes contribuíram para o agravamento destas ineficiências. A dificuldade em atribuir responsabilidades dentro da estrutura organizacional do SNS cria dificuldades na implementação de mudanças. A solução passa pela necessidade de reformas estruturais, mas na linha destas reformas o debate de opções concretas como de implementação tem sido muito pobre.
A saúde é um elemento essencial em qualquer economia. Nos últimos anos, conforme é referido num artigo de Ana Ferreira, Ana Harfouche, António Campos e Francisco Ramos, os gastos de saúde tanto em Portugal como em países da União Europeia e da OCDE, têm crescido a um ritmo superior ao próprio crescimento económico, tendo uma tendência crescente face ao PIB. Perante esta situação urge a necessidade de aumentar a eficiência deste sector. Muito tem sido feito nesse sentido (gerando inclusivamente grandes controvérsias), no entanto parece importante salientar que a par das medidas macro tomadas pelo governo é necessário melhorar as prestações a um nível mais micro. Ou seja, como referem os autores, o desafio da sustentabilidade só poderá ser vencido, em parte, se se operarem melhorias ao nível da gestão das próprias instituições do SNS. Concluem portanto que a eficiência na gestão é um vector fundamental para a melhoria da eficiência deste sector em Portugal.
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