No seu Relatório de 2006 sobre a Economia Portuguesa, a OCDE considera que em Portugal o crescimento da produtividade tem sido constrangido pelo baixo investimento, isto é, segundo a própria OCDE, no nosso País o baixo nível de investimento, nomeadamente do investimento de qualidade, constitui uma das causas mais importantes para a baixa produtividade do trabalho e também baixa produtividade total da economia portuguesa.
Este problema que enfrenta a Economia Portuguesa tem-se agravado com a política económica do actual governo, que tem determinado fortes reduções do investimento público e, por arrastamento, também no investimento privado.
A evidência sugere que a quebra continuada no investimento que se está a verificar em Portugal impede que a produtividade cresça a um ritmo elevado, tendo determinado mesmo, quebras na produtividade a qual já é muito baixa quando a comparamos com a média europeia. E aquela quebra a continuar, como consequência da política seguida, só poderá prolongar a crise e tornar ainda mais difícil a sua resolução.
Este problema que enfrenta a Economia Portuguesa tem-se agravado com a política económica do actual governo, que tem determinado fortes reduções do investimento público e, por arrastamento, também no investimento privado.
A evidência sugere que a quebra continuada no investimento que se está a verificar em Portugal impede que a produtividade cresça a um ritmo elevado, tendo determinado mesmo, quebras na produtividade a qual já é muito baixa quando a comparamos com a média europeia. E aquela quebra a continuar, como consequência da política seguida, só poderá prolongar a crise e tornar ainda mais difícil a sua resolução.
Nos últimos anos, Portugal tem perdido, de uma forma continuada, quotas no mercado externo, sendo que, a perda de competitividade é apontada como a principal causa do facto de que as empresas portuguesas têm mantido a sua especialização na produção de mercadorias tradicionais baseadas em trabalho intensivo (e naturalmente de baixo custo) e de baixo valor acrescentado, estando a perder os mercados para onde exportavam devido ao aparecimento de novos concorrentes com custos ainda mais baixos, como é o caso da China. É evidente que não é possível alterar este perfil produtivo com a redução continuada do investimento e sem aumentar significativamente o nível de escolaridade e de qualificação da população empregada. Como o investimento está a diminuir em Portugal tal facto está a impedir, por um lado, a alteração do Perfil produtivo da Economia Portuguesa e, por outro lado, a modernização da Economia Portuguesa o que não deixará de ter sérias consequências futuras.
Penso que seria de crucial importância o fomento do investimento português como forma de evitar que outros países concorram de forma tão directa com empresas portuguesas e lhe retirem continuamente quota de mercado e a possibilidade de escoar a produção, no entanto, a ser feito, o investimento terá que apostar na qualidade e na minimização dos custos como forma de garantir que as empresas portuguesas tenham vantagens comparativas relativamente a empresas estrangeiras.
No entanto, ao que temos assistido até hoje é uma tentativa por parte do Governo de criar a ilusão de que Portugal poderá enfrentar os problemas graves com que se confronta com uma politica económica centrada na obsessão do défice, na redução do investimento, na manutenção de um perfil produtivo baseado em produtos de baixa qualidade e baixo valor acrescentado, numa população empregada com baixa escolaridade, baixa qualificação profissional e com baixos salários, no endividamento crescente da população, na manutenção de graves desigualdades de rendimento e sociais, etc., no entanto, tal caminho só poderá contribuir para tornar a crise mais prolongada e profunda.
Com uma taxa de crescimento de 1,5% ao ano, que é superior às previsões do governo, Portugal necessitaria de 26 anos para alcançar o valor actual do PIB por habitante da União europeia (a 15 membros) que é 25.090 euros, pois o PIB por habitante português actual é somente de 16.320 euros. E naqueles 26 anos a União Europeia adiantar-se-ia muito a Portugal pois a taxa de crescimento médio da EU (a 15) é quase o dobro da taxa portuguesa.
A questão que eu coloco è a seguinte: Não serão estes factos motivo de preocupação? Será que daqui a alguns anos não estaremos a lamentar o facto de termos sido ultrapassados pelos países recém-aderentes, apontando o argumento de que nada fizemos para alterar a situação actual?
Rui Gonçalves
Penso que seria de crucial importância o fomento do investimento português como forma de evitar que outros países concorram de forma tão directa com empresas portuguesas e lhe retirem continuamente quota de mercado e a possibilidade de escoar a produção, no entanto, a ser feito, o investimento terá que apostar na qualidade e na minimização dos custos como forma de garantir que as empresas portuguesas tenham vantagens comparativas relativamente a empresas estrangeiras.
No entanto, ao que temos assistido até hoje é uma tentativa por parte do Governo de criar a ilusão de que Portugal poderá enfrentar os problemas graves com que se confronta com uma politica económica centrada na obsessão do défice, na redução do investimento, na manutenção de um perfil produtivo baseado em produtos de baixa qualidade e baixo valor acrescentado, numa população empregada com baixa escolaridade, baixa qualificação profissional e com baixos salários, no endividamento crescente da população, na manutenção de graves desigualdades de rendimento e sociais, etc., no entanto, tal caminho só poderá contribuir para tornar a crise mais prolongada e profunda.
Com uma taxa de crescimento de 1,5% ao ano, que é superior às previsões do governo, Portugal necessitaria de 26 anos para alcançar o valor actual do PIB por habitante da União europeia (a 15 membros) que é 25.090 euros, pois o PIB por habitante português actual é somente de 16.320 euros. E naqueles 26 anos a União Europeia adiantar-se-ia muito a Portugal pois a taxa de crescimento médio da EU (a 15) é quase o dobro da taxa portuguesa.
A questão que eu coloco è a seguinte: Não serão estes factos motivo de preocupação? Será que daqui a alguns anos não estaremos a lamentar o facto de termos sido ultrapassados pelos países recém-aderentes, apontando o argumento de que nada fizemos para alterar a situação actual?
Rui Gonçalves
(doc. da série artigos de análise/opinião)
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