Portugal sobe para o 13º lugar no ranking (vindo da 17º lugar) elaborado pelo Fórum Económico Mundial (WEF) que avaliou o grau de sucesso dos países da U.E. na aplicação da Estratégia de Lisboa (em 25 paises da UE) – tendo como objectivo principal que a Europa se torne na área mais competitiva do mundo.
Com a subida, Portugal ultrapassa a Itália e a Espanha e comparando este ranking com o anterior (de há sensivelmente 2 anos). Portugal subiu na classificação absoluta (de 4,25 para 4,64), quer na classificação relativa. O índice de competitividade sintetiza a avaliação em certas áreas tendo Portugal apresentado melhores notas quando se analisa o funcionamento das “indústrias em rede”, os serviços financeiros e o contexto empresarial, a nível das baixas taxas de juros cobradas pelos bancos (sobretudo porque se trata de um factor fundamental para desenvolver o investimento), ao combate ao crime organizado, a independência do poder judicial, em relação ao I&D a vantagem mais patente encontra-se ao nível do licenciamento de tecnologias estrangeiras, no sucesso governamental na promoção de tecnologias de informação e comunicação, na transferência de tecnologias, e até mesmo no número de telemóveis. Contudo, apresenta dificuldades na sociedade de informação, nas baixas taxas de poupança, na dívida pública, no défice do Estado, no grande desperdício público existente, no acesso ao crédito devido sobretudo às baixas taxas de poupança existentes no país, na inflação e na inovação e I&D, sendo algumas destas dificuldades para muitos de nós uma não-surpresa visto que a inovação e o I&D estar pouco desenvolvido no nosso pais.
Espanha e Itália caíram para o 15º e 24º lugar do ranking respectivamente.
Contudo, já não e de estranhar que na liderança apareçam países nórdicos, tal como a Dinamarca, Finlândia, a Suécia, Holanda e a Alemanha.
Os objectivos da “nova” Estratégia de Lisboa foram recentemente desviados para a preocupação com o emprego e com o crescimento.
A meu ver, Portugal está no bom caminho visto que realizou progressos na implementação de medidas de impacto macroeconómico mas que tendem a melhorar a sustentabilidade das finanças e as condições para um crescimento sustentável, facilitando mesmo a correcção do seu défice externo, tendo também recentemente abordado a Administração publica de uma forma concreta e eficaz.
Contudo é ainda preciso reorientar o Investimento público para áreas onde este possa promover e acelerar o crescimento, sendo fundamental promover uma melhor educação (programas de formação profissional) e rever a burocratização existente sobretudo ao nível elaborar. Esta posição de Portugal é um indicador que revela uma tendência positiva do trabalho que tem sido feito nos últimos dois anos.
A visão do pais apenas focadas nas contas públicas e na legislação laboral pesada tem-nos muitas vezes impedido de ver que o Estado funcional melhor do que muitas vezes pensamos.
O Estado não é mau só porque é o Estado. E os privados não são bons só porque são privados. Por isso muitas vezes os dogmas distorçam as nossas visões em relação a realidade.
Ana Rita Miranda
(doc. da série artigos de análise/opinião)
Com a subida, Portugal ultrapassa a Itália e a Espanha e comparando este ranking com o anterior (de há sensivelmente 2 anos). Portugal subiu na classificação absoluta (de 4,25 para 4,64), quer na classificação relativa. O índice de competitividade sintetiza a avaliação em certas áreas tendo Portugal apresentado melhores notas quando se analisa o funcionamento das “indústrias em rede”, os serviços financeiros e o contexto empresarial, a nível das baixas taxas de juros cobradas pelos bancos (sobretudo porque se trata de um factor fundamental para desenvolver o investimento), ao combate ao crime organizado, a independência do poder judicial, em relação ao I&D a vantagem mais patente encontra-se ao nível do licenciamento de tecnologias estrangeiras, no sucesso governamental na promoção de tecnologias de informação e comunicação, na transferência de tecnologias, e até mesmo no número de telemóveis. Contudo, apresenta dificuldades na sociedade de informação, nas baixas taxas de poupança, na dívida pública, no défice do Estado, no grande desperdício público existente, no acesso ao crédito devido sobretudo às baixas taxas de poupança existentes no país, na inflação e na inovação e I&D, sendo algumas destas dificuldades para muitos de nós uma não-surpresa visto que a inovação e o I&D estar pouco desenvolvido no nosso pais.
Espanha e Itália caíram para o 15º e 24º lugar do ranking respectivamente.
Contudo, já não e de estranhar que na liderança apareçam países nórdicos, tal como a Dinamarca, Finlândia, a Suécia, Holanda e a Alemanha.
Os objectivos da “nova” Estratégia de Lisboa foram recentemente desviados para a preocupação com o emprego e com o crescimento.
A meu ver, Portugal está no bom caminho visto que realizou progressos na implementação de medidas de impacto macroeconómico mas que tendem a melhorar a sustentabilidade das finanças e as condições para um crescimento sustentável, facilitando mesmo a correcção do seu défice externo, tendo também recentemente abordado a Administração publica de uma forma concreta e eficaz.
Contudo é ainda preciso reorientar o Investimento público para áreas onde este possa promover e acelerar o crescimento, sendo fundamental promover uma melhor educação (programas de formação profissional) e rever a burocratização existente sobretudo ao nível elaborar. Esta posição de Portugal é um indicador que revela uma tendência positiva do trabalho que tem sido feito nos últimos dois anos.
A visão do pais apenas focadas nas contas públicas e na legislação laboral pesada tem-nos muitas vezes impedido de ver que o Estado funcional melhor do que muitas vezes pensamos.
O Estado não é mau só porque é o Estado. E os privados não são bons só porque são privados. Por isso muitas vezes os dogmas distorçam as nossas visões em relação a realidade.
Ana Rita Miranda
(doc. da série artigos de análise/opinião)
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