Baixa produtividade e controlo do défice penalizam crescimento económico
[http://http://www.publico.clix.pt/noticia.asp?id=1279970] (15-12-06, in Público)
"O baixo crescimento económico em Portugal resulta da baixa produtividade, da alta do preço do petróleo e da política orçamental pró-cíclica adoptada, afirmou hoje o governador do Banco de Portugal."
[http://http://www.publico.clix.pt/noticia.asp?id=1279970] (15-12-06, in Público)
"O baixo crescimento económico em Portugal resulta da baixa produtividade, da alta do preço do petróleo e da política orçamental pró-cíclica adoptada, afirmou hoje o governador do Banco de Portugal."
3 comentários:
Aqui associamos a baixa produtividade ao défice e eu não podia estar mais de acordo. Na minha opinião o governo português encara a redução do défice como um mal em si, no entanto, este só pode ser reduzido se se resolvereem outros problemas económicos como a baixa produtividade. É trivial que se oposte no investimente, educação, exportações e na inovação para que deste modo se reduza o défice comercial e, do mesmo modo, o défice orçamental. Quanto ao descontentamento dass classes afectados pelo orçamento, como seja o pessoal da função pública, é inevitável evitar o seu descontentamento.
Fátima Couto nº40319
Concordo plenamente com o governador do banco de Portugal, em primeiro lugar, porque, como pequeno e extremamente integrado país que é, seria completamente ilusório pensar que políticas de relançamento da procura interna por via de estímulos orçamentais produziriam quaisquer efeitos sensíveis. O resultado traduz-se apenas num agravamento do défice orçamental, não compatível com a situação actual das finanças públicas, e num aumento do desequilíbrio externo e dos níveis de endividamento, já de si excessivos, temos que pensar nos interesses a prazo da economia portuguesa, que implicam a recuperação do papel anti-cíclico de política orçamental que só pode exercer-se plenamente após termos atingido uma posição de maior equilíbrio. Em segundo lugar, porque, depois de anos de políticas económicas desajustadas, que implicaram significativas perdas de competitividade da produção nacional quer nos mercados externos quer no próprio mercado interno, o caminho não pode ser outro que não o da recuperação da competitividade perdida e isso passa por mais produtividade e por uma aceleração das reformas estruturais.
Quanto ao preço do petróleo à entrada para o primeiro trimestre de 2007, parece claro que deverá exibir este ano um comportamento menos benigno que o anteriormente antecipado. Um preço do petróleo elevado teve um impacto muito negativo no crescimento da economia mundial nestes últimos anos. A subida do preço do petróleo tem reproporções no aumentado nos mercados financeiros da preocupação de que um crescimento global forte venha acompanhado de uma inflação mais elevada, com as taxas de juro de referência a subirem para além das expectativas iniciais em economias como nos Estados Unidos ou a zona euro. Limitando assim o espaço de aceleração do crescimento da economia portuguesa, tão dependente neste momento de um ambiente externo positivo. Contudo o principal malefício de um aumento do preço do petróleo para a economia portuguesa reside na sua forte dependência exterior de recursos energéticos, aumentando assim, o valor das importações e consequentemente aumento défice da balança comercial e das suas implicações para o crescimento da economia.
As políticas económicas dos governos, a produtividade e o preço do petróleo podem não explicar todos os problemas da economia portuguesa, mas ajudam de certa maneira a entender o porquê da situação actual da economia portuguesa
Torna-se cada vez mais necessário e urgente que Portugal se torne mais produtivo e menos dependente do petróleo para que choques como os que se verificaram mais recentemente não afectem de forma tão "agressiva" a nossa economia. Para isso são necessárias não só as reformas que estão a ser levadas a cabo pelo governo como também que as pessoas tomem consciência que devem elas próprias a contribuir para uma economia mais saudável.
Céline Palhares nº 40327
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