A crítica do Tribunal de Contas (TC) da União Europeia a Portugal vem na sequencia da não existência de uma estratégia coordenada para o estudo do abandono escolar precoce e por este não apostar na prevenção, por exemplo com acções para menores de 15 anos.
O TC dúvida que o nosso pais cumpra o objectivo que foi definido em 2000 pelo Conselho da Europa de reduzir para metade até 2010 a taxa média do abandono escolar precoce em 2000 a Europa dos Quinze tinha uma taxa média do abandono escolar precoce de 19,3% e o Conselho pediu esforços aos Estados membros para que, em 2010, essa taxa não fosse superior a 10%. O TC antevê que "poderá ser difícil" a Portugal reduzir para metade, até 2010, a percentagem dos jovens que abandonam o sistema escolar precocemente. Portugal, que em 2000, segundo dados do Eurostat, tinha uma taxa de 42,6, projecta chegar aos 25% daqui a quatro anos. O TC sustenta que Portugal não coordena estratégias e manifesta, por isso, sérias reservas à concretização daquele objectivo. Uma Maior autonomia das escolas, prevenção desde o pré-escolar e ofertas educativas diversificadas são algumas das sugestões avançadas para o problema.
Quando a educação mostra cada vez mais ser uma solução triviais para o nosso pais se tornar mais competitivo, parece-me que muito tem que ser feito neste sentido já que o segredo do êxito está no aumento da qualificação dos portugueses.
Fátima Couto
(doc. da série artigos de análise/opinião)
O TC dúvida que o nosso pais cumpra o objectivo que foi definido em 2000 pelo Conselho da Europa de reduzir para metade até 2010 a taxa média do abandono escolar precoce em 2000 a Europa dos Quinze tinha uma taxa média do abandono escolar precoce de 19,3% e o Conselho pediu esforços aos Estados membros para que, em 2010, essa taxa não fosse superior a 10%. O TC antevê que "poderá ser difícil" a Portugal reduzir para metade, até 2010, a percentagem dos jovens que abandonam o sistema escolar precocemente. Portugal, que em 2000, segundo dados do Eurostat, tinha uma taxa de 42,6, projecta chegar aos 25% daqui a quatro anos. O TC sustenta que Portugal não coordena estratégias e manifesta, por isso, sérias reservas à concretização daquele objectivo. Uma Maior autonomia das escolas, prevenção desde o pré-escolar e ofertas educativas diversificadas são algumas das sugestões avançadas para o problema.
Quando a educação mostra cada vez mais ser uma solução triviais para o nosso pais se tornar mais competitivo, parece-me que muito tem que ser feito neste sentido já que o segredo do êxito está no aumento da qualificação dos portugueses.
Fátima Couto
(doc. da série artigos de análise/opinião)
5 comentários:
De facto, e tal como as estatísticas manifestam, o problema do abandono escolar é (ou continua a ser) um dos mais graves problemas do actual sistema educativo. É necessário a realização de um profundo estudo acompanhado por uma reavaliação dos problemas inerentes a esta questão. Num país no qual o mercado de trabalho parece continuar a ser pouco exigente a nível de qualificações, o trabalho juvenil parece constituir-se como sendo um factor de atracção dos jovens para o abandono escolar precoce. Estudos realizados, identificam que este problema ocorre com um maior peso nas famílias de estratos sociais inferiores, cujas famílias registam um nível baixo de habilitações, rendimento reduzido e convivem diariamente com o "pesadelo" das dificuldades económicas. Estes problemas fazem com que os membros mais novos das famílias procurem rapidamente a autonomia financeira, ou muitas vezes abandonam os seus estudos e insiram-se no mercado de trabalho de forma a tornarem-se mais uma "mão-de-obra" capaz de injectar rendimento para o seioda família. Por outro lado, algo está (ou continua a estar) mal dentro do sistema educativo nacional, uma vez que este também é responsável pela incapacidade que demonstra em motivar e desenvolver interesse nos jovens pela educação e formação, que são pilares fundamentais para o fenómeno do crescimento do país, assim como não é capaz de apreender as necessidades individuais de um aluno, fazendo com que se excluam os alunos que não se adaptam ao sistema.
Têm de ser tomadas medidas, por parte dos responsáveis governamentais, no âmbito da procurar de uma resolução eficiente e rápido para este problema, que poderia passar pela diminuição das despesas escolares dado que algumas famílias não se encontram capazes de suportar as exigências económicas impostas pelo sistema educativo. O próprio reordenamento da rede escolar em curso, pode ser um factor que irá aumentar os níveis de abandono escolar, uma vez que a distância residência-escola também poderá ser um factor decisivo para o aluno mostrar desinteresse pelo aumento das suas capacidades.
Alberto Dantas (nº40322)
Na minha opinião, a (ainda) insuficiente qualificação do capital humano português é um dos grandes problemas com que nos deparamos e que, a persistir, pode bloquear, não só a nossa recuperação económica, como também todo o nosso processo de desenvolvimento no contexto integrado da União Europeia.
Oportunidades de integração precoce no mercado de trabalho (oportunidades essas que, na maior parte das vezes, não correspondem às expectativas dos jovens), bem como o já conhecido fenómeno do insucesso escolar contribuem para o abandono precoce do sistema escolar.
Cabe ao Estado português, mas não só, tentar contornar esta situação de modo a atingir os objectivos definidos pelo Tribunal de Contas da UE. É necessária uma acção concertada das instituições governamentais, das empresas e das famílias a que pertencem os jovens, bem como dos próprios jovens, para que a prosperidade económica não seja apenas uma utopia.
O insucesso escolar nos ensinos básico e secundário atinge, em Portugal, a percentagem esmagadora de 50%. Reduzi-lo drasticamente teria um impacto enorme na fase superior de formação e, nomeadamente, no crescimento de recursos humanos qualificados em ciência e tecnologia. A meu ver, este é, de resto, um dos desafios que o País enfrenta nos próximos anos no contexto da União Europeia, que decidiu tornar-se mais competitiva pela via tecnológica e na qual a situação portuguesa não é única. Rui Gonçalves
Portugal apresenta uma das maiores taxas de abandono escolar da Europa. É assim penoso para um país que necessita de aumentar a sua competitividade e a sua produtividade, sobretudo com a entrada de novos aderentes a União Europeia. Para conseguir estes dois factores, a qualificação profissional é essencial, contudo, as taxas de abandono escolar dificultam o processo de se prescindir da produtividade baseado na quantidade por um processo de qualidade. Assim, o combate ao abandono escolar é uma das medidas principais a ter em conta numa Europa cada vez mais exigente.
O que leva ao abandono escolar na minha opinião é o custo elevado suportado por muitas famílias, sobretudo com menores rendimentos que levam os desistentes a procurarem desde cedo autonomia financeira e pelo qual os subsídios e apoios escolares em certos casos deverão ser reforçados. Por outro lado, sendo que grande parte do abandono escolar acontece depois da conclusão do 9º ano, deveriam-se implementar programas de incentivos a continuação dos estudos nos anos anteriores.
No entanto, visto que a diminuição ou anulação do abandono escolar ser difícil ou até mesmo impossível, a obrigatoriedade da obtenção de pelo menos um curso profissional deveria, na minha opinião, ser implementada em troca de certos benefícios, como por exemplo a possibilidade dos indivíduos obterem carta de condução que de outra forma não obteriam, incentivando-os assim a repensar o abandono escolar.
Eduardo Silva
De facto, o abandono escolar é um dos grandes problemas do nosso país, uma vez que sem pessoas qualificadas não seremos capazes de nos tornarmos mais eficientes e produtivos o que não nos permite competir de igual forma com os outros países. Neste sentido é necessária a aplicação de medidas que tornem o ensino mais atractivos de forma a tornar o nosso país mais qualificado o que iria permitir um maior desenvolvimento não só ao nível da qualificação dos recursos humanos como também a nível económico, uma vez que com pessoas qualificadas o nosso país tornar-se-ia mais atractivo para os investidores.
Céline Palhares nº 40327
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