A partir do dia 1 de Janeiro a generalidade dos portugueses terão menor capacidade para consumir ou para poupar e maior dificuldade para gerir as dívidas contraídas junto da banca. Como tem sido habitual, com a chegada de um novo ano, os preços vão subir. O que aliado á situação económica e financeira do país levará a um novo “apertar do cinto”.
São muitos os bens e serviços que virão o seu preço subir. A conta da luz vai aumentar 6% para os 5,3 milhões de consumidores domésticos em Portugal continental. Quanto aos preços do gás, que variam trimestralmente, os consumidores terão de esperar pelo final de Janeiro para saberem quanto irão pagar a mais. Haverá um agravamento dos custos com a saúde. O aumento de preços não se vai verificar só em bens essenciais, também o tabaco, em resultado do aumento dos impostos específicos, sofrerá um novo agravamento.
As rendas contratadas após 1968 e as portagens nas auto-estradas também irão pesar mais nas carteiras no início de 2007. Mas é ao nível da habitação que a factura far-se-á sentir de forma mais severa para os portugueses que se endividaram, pois a subida das taxas de juro experimentada pelo Banco Central Europeu poderá ainda não ter terminado e as consequências far-se-ão sentir.Para “compensar” este cenário vêm as modestas subidas de salários programadas, na administração pública, com aumentos de apenas 1,5%, e os privados, normalmente, seguem este referencial.
O próximo ano deverá ser mais um ano em que os portugueses vão recorrer à DECO, depois de este ano o gabinete de apoio ao sobreendividado desta associação ter recebido o maior número de pedidos de apoio desde 2000, ano em que começou a disponibilizar este serviço.
Já vem sendo hábito que os portugueses tenham que “apertar o cinto”não tendo com isso algum benefício. Não se entende que se aumentem os preços em sectores como a luz, a banca, etc, que apresentam lucros avultados. Sendo muitos destes aumentos acima da taxa de inflação. Bens tão essenciais, como previsivelmente o do pão, verão mais uma vez o seu preço aumentar.
Mais uma vez os aumentos dos salários são como que uma obrigação politica, de forma a cumprir “os mínimos” que garantam a estabilidade inflacionária.
Será que o momento de “desapertar o cinto” é uma utopia que jamais acontecerá?
O Estado Social continua a não ter resposta para as necessidades gerais da população.
Diana Barbosa
(doc. da série artigos de análise/opinião)
São muitos os bens e serviços que virão o seu preço subir. A conta da luz vai aumentar 6% para os 5,3 milhões de consumidores domésticos em Portugal continental. Quanto aos preços do gás, que variam trimestralmente, os consumidores terão de esperar pelo final de Janeiro para saberem quanto irão pagar a mais. Haverá um agravamento dos custos com a saúde. O aumento de preços não se vai verificar só em bens essenciais, também o tabaco, em resultado do aumento dos impostos específicos, sofrerá um novo agravamento.
As rendas contratadas após 1968 e as portagens nas auto-estradas também irão pesar mais nas carteiras no início de 2007. Mas é ao nível da habitação que a factura far-se-á sentir de forma mais severa para os portugueses que se endividaram, pois a subida das taxas de juro experimentada pelo Banco Central Europeu poderá ainda não ter terminado e as consequências far-se-ão sentir.Para “compensar” este cenário vêm as modestas subidas de salários programadas, na administração pública, com aumentos de apenas 1,5%, e os privados, normalmente, seguem este referencial.
O próximo ano deverá ser mais um ano em que os portugueses vão recorrer à DECO, depois de este ano o gabinete de apoio ao sobreendividado desta associação ter recebido o maior número de pedidos de apoio desde 2000, ano em que começou a disponibilizar este serviço.
Já vem sendo hábito que os portugueses tenham que “apertar o cinto”não tendo com isso algum benefício. Não se entende que se aumentem os preços em sectores como a luz, a banca, etc, que apresentam lucros avultados. Sendo muitos destes aumentos acima da taxa de inflação. Bens tão essenciais, como previsivelmente o do pão, verão mais uma vez o seu preço aumentar.
Mais uma vez os aumentos dos salários são como que uma obrigação politica, de forma a cumprir “os mínimos” que garantam a estabilidade inflacionária.
Será que o momento de “desapertar o cinto” é uma utopia que jamais acontecerá?
O Estado Social continua a não ter resposta para as necessidades gerais da população.
Diana Barbosa
(doc. da série artigos de análise/opinião)
2 comentários:
Défice da economia, desemprego, vida económico-social difícil e complicada para a franja média - baixa da sociedade Portuguesa; é uma situação que infelizmente se têm vindo a arrastar ao longo dos últimos 30 anos, devido, sobretudo ás fracas politicas económicas levadas a cabo pelos diversos governos deste país.
Espera-se uma luz ao fundo do túnel.
Será que é desta?!!
Realmente todos os inícios do ano são catastróficos para a maioria das bolsas portuguesas com o aumentar dos preços, e consequentemente vão começar as queixas contra as políticas económicas do governo, mas será que nós também não andamos estes anos todos a contribuir para que as coisas atingissem este estado?
Eu acho que o problema começa em nós mesmos quando tentamos de uma forma desesperada fugir ao pagamento de impostos , não declaramos os nossos ordenados reais , quando estamos a receber subsídios indevidos , quando estamos de baixa sem estar doentes..
Nós como país temos dois caminhos a seguir, continuar a "chorar migalhas" ao governo ou juntarmo-nos todos e dar o melhor de nós para que este país possa efectivamente crescer, e, depois sim podemos não pedir mas exigir ao governo uma melhor política económica e melhorias reais em todos os índices económicos.
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