Segundo o relatório trimestral da Comissão Europeia a retoma económica na Zona Euro continua sólida, isto porque a procura interna continua consistência e o mercado do trabalho tem vido a melhorar, o que leva a crer que em 2007 a zona euro vai continuar a crescer de forma sólida, equilibrada e duradoura, apesar da conjuntura internacional menos favorável, consequência do abrandamento da economia norte americana.
Em conformidade com as previsões, o crescimento do PIB na Zona Euro deve atingir os 2,6% em 2006, no entanto em 2007 está prevista uma pequena desaceleração do crescimento económico devido aos efeitos negativos do aumento do IVA na Alemanha e ao abrandamento da economia americana, o que deverá deixar o crescimento nos 2,1%.
Neste relatório é ainda realçada a preocupação com alguns desequilíbrios na Zona Euro consequência do aumento de divergências, nomeadamente no que diz respeito à competitividade. É de salientar que uma política que procure uma maior flexibilidade salarial e aumentos de produtividade poderia permitir um ajustamento mais rápido.
Segundo as previsões do Governo, Portugal deverá crescer este ano 1,4%, o que revela uma melhoria na situação económica do país, mas apesar disso não consegue alcançar o ritmo de crescimento do resto da Zona Euro o que faz com que o nosso país esteja a divergir dos restantes. Este baixo crescimento está associado a uma baixa produtividade, ao aumento do preço do petróleo e a uma politica orçamental pró-cíclica.
Céline Afonso Palhares
(doc. da série artigos de análise/opinião)
Em conformidade com as previsões, o crescimento do PIB na Zona Euro deve atingir os 2,6% em 2006, no entanto em 2007 está prevista uma pequena desaceleração do crescimento económico devido aos efeitos negativos do aumento do IVA na Alemanha e ao abrandamento da economia americana, o que deverá deixar o crescimento nos 2,1%.
Neste relatório é ainda realçada a preocupação com alguns desequilíbrios na Zona Euro consequência do aumento de divergências, nomeadamente no que diz respeito à competitividade. É de salientar que uma política que procure uma maior flexibilidade salarial e aumentos de produtividade poderia permitir um ajustamento mais rápido.
Segundo as previsões do Governo, Portugal deverá crescer este ano 1,4%, o que revela uma melhoria na situação económica do país, mas apesar disso não consegue alcançar o ritmo de crescimento do resto da Zona Euro o que faz com que o nosso país esteja a divergir dos restantes. Este baixo crescimento está associado a uma baixa produtividade, ao aumento do preço do petróleo e a uma politica orçamental pró-cíclica.
Céline Afonso Palhares
(doc. da série artigos de análise/opinião)
2 comentários:
À margem daquilo que se verifica nos restantes países da Zona Euro, Portugal apresenta ainda baixos níveis de crescimento, apesar das previsões do Governo serem bastante animadoras.
Estas previsões assentam na hipótese de uma evolução favorável da economia portuguesa, isto é, o executivo prevê que o PIB crescerá 1,4% este ano, e 1,8% no próximo, acelerando para 2,4% e 3% nos anos seguintes, em parte devido ao crescimento das exportações e ainda por uma recuperação do investimento. Neste sentido, a taxa de desemprego reduzir-se-á dos 7,6% previstos para 2006 para uma taxa de 6,3% em 2010, e a taxa de inflação em 2006 será 2,9%, muito mais alta que os 2,3% inicialmente previstos, sendo esta diferença devida a efeitos atrasados do aumento da taxa do IVA em 2005, e ao aumento do preço do petróleo. Para os próximos anos, o Governo prevê uma taxa de inflação estável nos 2,1%.
No entanto, estas previsões dependem da concretização de uma série de pressupostos: a manutenção dos preços do petróleo aos níveis actuais, a estabilização a partir do próximo ano das taxas de juro, a continuação de um crescimento forte da procura externa dirigida a Portugal. Caso estes factores não se concretizarem, os efeitos previstos sairão distorcidos.
O Ministro das Finanças veio recentemente a público dizer que: "Se formos capazes de ter sucesso na implementação do PEC e caso se concretizarem as projecções macroeconómicas, então poderemos vir a ter condições que nos permitam aliviar a carga fiscal sobre os portugueses".
Segundo a minha perspectiva, estas projecções são de facto animadoras, resta saber se realmente se irão verificar.
Em suma, penso que Portugal terá ainda um árduo esforço pela frente tendo em vista o alcance dos níveis de crescimento verificados na Zona Euro que a serem alcançados, serão apenas a longo-prazo. Contudo importa realçar que ao que tudo indica, Portugal terá finalmente resultados mais reconfortantes a este nível, embora as expectativas continuem ainda baixas dado o facto dos portugueses (na minha opinião) estarem um pouco cansados de ouvir falar em retoma económica.
Rui Gonçalves
É evidente que a zona Euro, que se pretende globalmente homogénea a todos os níveis, diverge de país para pais, face ao poderio económico de cada um, que se reflecte, no desenvolvimento e na produtividade.
A juntar a esses factores temos que contar com a política económica desenvolvida pelos Estados Unidos, que tem um reflexo pesadíssimo no resto do mundo e nomeadamente na Europa.
Impossível será comparar Portugal á França ou á Alemanha. Seria como comparar David a Golias no que concerne é economia e desenvolvimento, o que, por sua vez se reflecte na sociedade em geral.
Portugal trilha, nos últimos tempos por caminhos que podem ser decisivos no futuro, com o desenvolvimento das novas tecnologias, caminho esse, importante no acompanhamento global do mundo em que estamos inseridos
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