Bons cidadãos ecológicos
Consumidor racional
Pois é estamos em plena época natalícia e os valores da solidariedade e a partilha que normalmente associamos a esta quadra voltam a estar na ordem do dia. Contudo cada vez mais a época de natal tem-se tornado uma época de consumo por excelência, mais do que em qualquer época do ano somos estimulados a comprar de uma forma irreflectida e pouco consciente dos nossos interesses pessoais e colectivos.
Embora esta realidade se repercuta ao longo de todo o ano sempre que o apelo ao consumo se torna mais alto. Não nos podemos esquecer de sermos bons cidadãos ecológicos assim ao dar prendas que elas sejam produtos duráveis ao invés de serem de usar e deitar fora que tanto sobrecarrega o ambiente. Devemos optar por produtos nacionais uma vez que para além de incentivarem o comércio nacional também reduzem o impacto ambiental associado ao seu transporte. E porque a política dos três “R” convém recordar, vamos reutilizar papéis de embrulho de anos anteriores ou de papel reciclado. Uma coisa de que talvez nunca nos tenhamos lembrado é de substituir o bacalhau por outras iguarias ou adquiri-lo com grandes dimensões, já que segundo ecologistas e investigadores o bacalhau é uma espécie em risco de extinção e a sua sobre exploração põe seriamente em risco toda a espécie e o ecossistema. E já agora mais uma chamada de atenção: porque não ter uma árvore de natal sintética?
Se por um lado a época de natal dá vigor ao comercio também não nos podemos esquecer que a sustentabilidade dos recursos é deveras importante e quando a economia é a ciência da utilização dos recursos escassos devemos ser consumeristas e não consumistas, isto é, o consumo deve ser em prole do beneficio próprio e colectivo e não um consumo irracional. Numa época que muito se compra e sabendo que o poder de compra dos portugueses não está nos melhores dias, há que pôr um travão ao endividamento e fazer alguma poupança como cidadãos racionais que somos.
Fátima Couto
(doc. da série artigos de análise/opinião)
Consumidor racional
Pois é estamos em plena época natalícia e os valores da solidariedade e a partilha que normalmente associamos a esta quadra voltam a estar na ordem do dia. Contudo cada vez mais a época de natal tem-se tornado uma época de consumo por excelência, mais do que em qualquer época do ano somos estimulados a comprar de uma forma irreflectida e pouco consciente dos nossos interesses pessoais e colectivos.
Embora esta realidade se repercuta ao longo de todo o ano sempre que o apelo ao consumo se torna mais alto. Não nos podemos esquecer de sermos bons cidadãos ecológicos assim ao dar prendas que elas sejam produtos duráveis ao invés de serem de usar e deitar fora que tanto sobrecarrega o ambiente. Devemos optar por produtos nacionais uma vez que para além de incentivarem o comércio nacional também reduzem o impacto ambiental associado ao seu transporte. E porque a política dos três “R” convém recordar, vamos reutilizar papéis de embrulho de anos anteriores ou de papel reciclado. Uma coisa de que talvez nunca nos tenhamos lembrado é de substituir o bacalhau por outras iguarias ou adquiri-lo com grandes dimensões, já que segundo ecologistas e investigadores o bacalhau é uma espécie em risco de extinção e a sua sobre exploração põe seriamente em risco toda a espécie e o ecossistema. E já agora mais uma chamada de atenção: porque não ter uma árvore de natal sintética?
Se por um lado a época de natal dá vigor ao comercio também não nos podemos esquecer que a sustentabilidade dos recursos é deveras importante e quando a economia é a ciência da utilização dos recursos escassos devemos ser consumeristas e não consumistas, isto é, o consumo deve ser em prole do beneficio próprio e colectivo e não um consumo irracional. Numa época que muito se compra e sabendo que o poder de compra dos portugueses não está nos melhores dias, há que pôr um travão ao endividamento e fazer alguma poupança como cidadãos racionais que somos.
Fátima Couto
(doc. da série artigos de análise/opinião)
4 comentários:
A situação que a colega chamou a atenção não é nova. Todos os anos, cada vez que chega esta época os centros comerciais ficam "inundados" de pessoas que procuram as suas prendas de Natal. Tal não seria de estranhar se não tivéssemos consciência de que a "carteira" dos portugueses não está "preparada para aguentar este embate". Nos últimos tempos não têm faltado motivos de protesto: o governo a manter o "apertar do cinto", as alterações dos estatutos dos professores, a perda de regalias nos mais variados sectores, as centenas de despedimentos cada vez que mais uma fábrica fecha algures pelo país. Então de onde veio o dinheiro para este Natal? Logicamente o recurso ao crédito é uma saída fácil a curto-prazo pois permite "manter as aparências" e adiar a crise por mais um mês. No entanto, a longo-prazo esta atitude não é sustentável. A juntar a isto temos ainda o facto de grande parte das prendas serem importadas, o que não contribui de um modo positivo para a nossa economia. Uma breve reflexão sobre esta questão dá-nos imediatamente a entender que a diferença tem de começar em cada um de nós, pois só dessa forma poderemos recuperar o quiçá já perdido "espírito natalício".
“Numa época que muito se compra e sabendo que o poder de compra dos portugueses não está nos melhores dias, há que pôr um travão ao endividamento e fazer alguma poupança como cidadãos racionais que somos."
Centrando-me neste assunto, passo então a fazer o meu comentário:
De facto, a ideia é contrária à época mas, ao que parece, o Natal só traz dores de cabeça.
Continua-se a comprar compulsivamente artigos sem utilidade, num gasto desmedido e desnecessário só para encher o “sapatinho na chaminé” e dar aquela falsa sensação de prosperidade na altura de abrir os embrulhos. No entanto, como o nosso poder de compra é muito limitado, vemo-nos sistematicamente confrontados com o endividamento, pois se não podemos comprar a pronto é-nos logo colocada a possibilidade de comprar a prestações, esquecendo-nos que essa despesa é apenas mais uma a somar a tantas outras que já temos. Deste modo, sabendo que o cidadão comum é facilmente influenciável e que sem querer, vai caindo num endividamento cada vez maior, fruto das propagandas feitas nos jornais e revistas, na televisão e noutros meios, deveria haver legislação que regulamentasse os anúncios e as facilidades de crédito de forma a que os clientes ficassem mais cientes daquilo que vão pagar e também daquilo a que cada prestação acresce no seu magro rendimento familiar.
Assim, para quem ainda não ganhou o euromilhões e tendo em conta que o subsídio não é elástico, há que seguir o lema da DECO: «Consuma com moderação, o que conta é a intenção»
"...há que pôr um travão ao endividamento e fazer alguma poupança como cidadãos racionais que somos...",nesta altura natalícia parece que somos contagiados por um vírus que nos estimula ao consumo deixando a racionalidade de lado, pelo menos falo por mim que á "boa" maneira portuguesa deixo as compras sempre para a última hora, sendo que, é nesta altura que se praticam preços mais elevados “esgotando-se” assim as minhas poupanças, quando no dia seguinte ao natal a maior parte dos bens já se encontram a metade do preço, o que me dá vontade de adiar a entrega dos presentes por mais um dia...esta politica de preços praticada pelo comércio deveria ser de alguma forma regulamentada penalizando os autores de "roubo descarado".
Como é lógico nunca excedo as minhas possibilidades, o facto de “esgotar” as minhas poupanças deve-se principalmente aos preços que se praticam nesta altura e não ao tipo de bens que compro, como para mim é impensável recorrer ao crédito para este tipo de consumo(por mais que esteja "infectado pelo vírus natalício"), acho ridículo como já escrevi num outro comentário a mentalidade de certo tipo de pessoas que preferem endividar-se e ter um BMW na garagem do que ter comida na mesa…pode-se mudar muitas coisas implementarem-se muitas politicas, mas se não se alterarem mentalidades os resultados tardaram a aparecer…
Manuel Vilas
Este tema, realmente desperta em mim, muito interesse. Existem coisas, que não consigo mesmo perceber. Como será possível pedir dinheiro emprestado para consumir? Ainda para mais em situação de crise, em que as ajudas por parte do Estado, se estão a reduzir. Claro que como já foi referido num artigo anteriormente publicado acerca do salário mínimo é difícil, aliás muito difícil, viver dignamente com dois dependentes a cargo com apenas dois salários baixos. Mas se é difícil fazer face às necessidades básicas, como pagar juros, para quê mostrar e dar aos outros, quando os próprios não têm.
Bem, mas questiono-me de como é encarada uma pessoa que vai às comprar prevenida de sacas plásticas, quando estas são dadas, se calhar é a atitude da poupança, não só pessoal, mas do comerciante, do ambiente. Para mim é esta atitude que devíamos ter perante tudo o resto. Devíamos preocuparmo-nos em satisfazer os nossos desejos mais do que tentar agradar aos outros. O que hoje custa, se acumulado, custará muito mais e estou convencida que quanto mais nos preocuparmos com a nossa intelectualidade menos nos preocupamos com o que os outros acham que devemos consumir. Os agentes económicos são iludidos na maioria das vezes em ajudas fictícias, compras de electrodomésticos em baixas prestações, mas por períodos muito extensos, campanhas publicitárias que não traduzem verdadeiramente os requisitos.
Aqui, não estou a fazer uma campanha anti-consumismo, até porque quero que a Economia cresça, mas acho que as pessoas deveriam faze-lo de acordo com a sua realidade.
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